Mudanças Para Continuar escrita por Magui


Capítulo 29
Chapter Twenty Nine


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores! Demorei anos? É, desculpem-me por isto.
Lembram do que eu disse sobre a internet? Então, a espertinha fica caindo e voltando toda hora. Pelo menos, dessa vez, eu não esqueci de postar; a internet que resolveu me irritar.
Obrigada por lerem e aguardarem os capítulos ♥
Espero que gostem ♥



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P.O.V. Sr. Crawford:

Chego em casa e vou continuar o que comecei – meu trabalho, é claro – no ‘’escritório’’. Esses relatórios sobre o aumento dos lucros devem ser lidos, observados e avaliados logo. E quem melhor para fazer isso do que o dono da empresa? Absolutamente ninguém.

— Com licença, Sr. Crawford. Precisa de algo? — Eleonor surge no ‘’escritório’’.

— Onde está Noah? — ela não responde. — Onde ele está, Eleonor?

— Desculpe, Sr. Estava distraída. É que meu primo me lig... — interrompo-a.

— Eu confio em você. É meu braço direito dentro desta casa. Não quero ser grosso, mas não me interessa saber os acontecimentos de sua vida. Agora me responda, onde?

— Desculpe novamente, Sr.... — ela me olha por um instante e finalmente fala o que me interessa. — No seu quarto, estudando. Deve ter ficado cansado e cochilado.

Pelo menos ele estuda, penso.

— Não se desculpe, apenas não repita o erro. E obrigado. Pode voltar aos seus afazeres agora — ela sai.

Enquanto trabalho, ouço um carro passar com uma música assassina da cultura clássica tocando altamente.

Esses jovens de hoje, além de não conhecerem o que é música de qualidade, são surdos.

Ignoro esse ato desprezível e continuo meus afazeres. Mas então, percebo que o som continua, como se estivesse bem perto. E, de repente, para. Vou até a janela, porque quero saber que adolescente ousa chegar na casa dos Crawford com esta porcaria assassina. Quando olho para fora, vejo uma caminhonete cinza com vários adolescentes.

Consigo vê-los bem daqui – foi por este e outros motivos que escolhi colocar uma janela exatamente nessa posição. São quatro na carroceria do carro e, acredito eu, três dentro. Parecem estar falando enquanto admiram minha casa. Eu quero ir lá embaixo agora – ou mandar os seguranças – e avisá-los que posso fazer um B.O. (Boletim de Ocorrência) contra os mesmos, mas não vou. Não vou porque estão saindo do carro. O que pretendem fazer?

Um garoto sai do carro. É... Noah!? Ele não estava no quarto?

Eleonor está ficando velha...

Então essas são as companhias de Noah?, penso. Estes são seus amigos? Meu filho anda com adolescentes folgados, festeiros e vagabundos? Porque esse carro é horrível – com certeza, roubado –, assim como essas pessoas, péssimas companhias. O que será que aprontam?

Noah se despede dos adolescentes e os mesmos vão embora do mesmo jeito que chegaram: rebeldes, malcriados, incultos e vagabundos.

Saio da janela e volto para meu notebook. Ele saiu hoje?

Depois de um tempo trabalhando e pensando, vejo Noah passar pelo ‘’escritório’’.

— Noah, chame Eleonor para mim — ele para na hora. Será que ficou com medo? A consciência pesou? — O que está esperando? Chame-a.

Vamos ver se mentirá para mim, penso enquanto observo-o parado sem movimentar um músculo sequer.

— NOAH! Estou falando com você! — aumento o tom de voz. Ele me escuta?

— ...D-desculpe, pai. Estava distraído. Vou chama-lá — ele se recompõe e vai para a cozinha atrás de Eleonor. É isso mesmo? Ele mentiu?

Depois de um tempo, Eleonor ainda não chegou.

— EU MANDEI VOCÊ CHAMAR A ELEONOR, NOAH! QUANTAS VEZES PRECISO DIZER?! É TÃO DIFÍCIL CHAMÁ-LA? — grito. Será que assustei ele?

— Desculpe, Sr. Crawford, meu primo me ligou de novo e...         — Eleonor finalmente aparece. Ela para de falar, percebendo o que acabou de dizer, mas logo continua. — Não vai se repetir.

— Você aprende rápido, Eleonor. É assim que deve ser — ela parece entender, finalmente. — Mandei Noah lhe chamar, porque precisamos conversar.

— ... Sobre o quê? — é possível vê-la engolir em seco, nervosa.

— Quantos anos você tem? — ela me olha surpresa.

— Quarenta e nove, Sr. Crawford.

— Você sabe com quem o meu filho anda? Quais são suas companhias?

— Ér... Saber assim, direitinho, de cor, na ponta da língua; não. Mas já vi alguns amigos dele aqui em casa — ela realmente não tem uma boa memória. — Quem mais vinha aqui em casa era a Cindy, lembra? Eles brincavam juntos quando eram pequenininhos e se davam muito bem, mas faz um tempo que não a vejo...

— Bom. Muito bom — digo. — E mais uma coisa, Eleonor: na minha casa, o nome desta senhorita rebelde não é mais citado, entendido? Agora pode ir, obrigado.

— ... Sim, Sr. — ela sai novamente.

Ainda tenho muitas tarefas para você, Eleonor.

Sinto algo passando entre meus pés. É a criatura de estimação.

— NOAH! VENHA PEGAR SUA CRIATURA DE ESTIMAÇÃO AQUI!

ELE É UM GATO, PAI! E TEM NOME: PERRY!ele ousa aumentar o tom de voz para mim?! Gato, Perry, criatura, animal... Seja lá o que for isso, é um vândalo!

— NÃO FALE ASSIM COMIGO! EU BANCO VOCÊ! VOCÊ MORA NA MINHA CASA! — ele aparece no ‘’escritório’’ e retira a criatura desprezível de meus pés.

— .... Desculpe — ele e a criatura somem da minha vista.

Melhor assim. São muitos papéis para analisar. Sem tempo para discussões.


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Notas finais do capítulo

Você acha que o Sr. Crawford está por fora? SABE DE NADA, INOCENTE. Ele até tem POV grande!
Novamente, desculpem-me.
Muitos beijos e até lá! ♥ :* :* :* :3 :D ^^ *u*
AH! Já vou me adiantar: Feliz Halloween! Divirtam-se! ♥



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