Oi de novo pessoas mais lindinhas da titia Carol (aperta as bochechas de quem estiver lendo).

  Bem, pra quem não sabe, eu sou de Maceió (cidade mais linda do Brasil, êee).

  Então, todo final de ano meu pai inventa de viajar, e algumas vezes, ele e o amigo dele (Tio Mauricio, beeeeeijos) combinam de viajar juntos. Quando combinam, ai vamos eu, minha mãe, meu pai (meus irmãos não vão porque eles são chatos, rá), tio Mauricio, tia Ana Valéria, Ana Luisa (amarela feia) e Juliana. Enfim, duas famílias unidas para uma causa nobre: Diversão.

  Naquele ano, os dois amiguinhos bests combinaram de viajar para São Paulo. E eu fiquei toda feliz, já me imaginando na 25 de março comprando camisetas falsas da puma, ou falando com os japinhas fashions. Ou, INDO AO SHOPPING.

   Bem, como sou uma pessoa de muita cultura, já havia viajado para São Paulo, ido aos shoppings, museus, etc, etc. Só que eu não havia visitado TODOS os shoppings. Só dois, no máximo.

  Por conta disso... Aconteceram, errr... Uns imprevistos.

  Vejam bem companheiros e companheiras (mode Lula on), estávamos num shopping (o qual não lembro o nome), e eu e Ana Luísa resolvemos pedir aos nossos queridos papis e mamis para andarmos sozinhas, como já fazíamos no shopping de Maceió (grande coisa, hahaha). Incrivelmente, nossos pais deixaram, mas vocês sabem, que sofredores, como eu, e provavelmente você, nunca nos damos bem no final. Afinal, o que vem de bem a gente tem que pagar depois, né?

  Enfim, lá estava eu toda chique e arrumada, me sentindo a esperta, enquanto andava com a Ana Luísa pelo shopping. Tipo, eu estava dizendo:

  - AHH, ALI DEVE TER AQUELA LOJINHA LEGAL.

  E a gente ia, dava uma olhada na loja, e pronto. Até ai tava tudo bem, eu acertando tudo, etc... Eu estava até achando que era meu dia de sorte, e mais blábláblá. Mas não se enganem... Pessoas como eu devem sempre estar atentas as “camas de gato” (ARMADILHAS, BEIJOS, SOU UMA PESSOA COM CULTURA) da vida.

  A minha sorte começou a ir por água abaixo quando eu avistei uma loja zen. E eu e a Ana Luísa, nem um pouco matutas, resolvemos entrar lá. Ao entrar, a vendedora desesperada, foi logo falando:

  - Boa tarde, vieram procurar algo? – Ela disse olhando para a gente com aquele olhar “COMPRA OU MORRE”.

  Maaaaas, minha grande amiga amarela feia, sempre com idéias geniais, decide dar um jeito de sair da situação.

  - Não moça, é que nós somos duas curiosas e queríamos só ver como era uma loja zen.

  NÃAAAAAO MESMO! Claro que minha amiga não falou isso. Ela, com aquela inteligência maquiavélica, resolveu jogar a bomba pra mim.

  - É que a minha amiga aqui – acenou para mim –, quer dar uma olhada nos budas.

  A mulher virou para mim, eu quase mijando nas calças de medo, e encarando a Ana Luísa assim: HÃ?! Você vai morrer sua desgraçada!

  - Olha querida, a gente só tem esse aqui. – Ela falou enquanto me mostrava, com aquele ar de que vai me amarrar na cadeira, roubar minha carteira, pegar meu dinheiro, me entregar o budas e dizer: “Volte sempre querida”.

  Euzinhaaa, futura atriz da globo, resolvi usar todo meu talento fenomenal para sair daquela situação.

  - Ahhh... É que eu queria um verde... - Fiz cara de decepção.

  - A gente não tem verde, desculpe. – Ela disse, já com peninha de mim ( VOU GANHAR O OSCAR, HOHOHO).

   - Então, obrigada, tchau. – Sai de lá, toda educadinha hihihi.

  Lá fora, minha amiga amarela feia já me esperava, rindo de mim.

  - Vou matar você sua desgraça.

  Puxei uma faca da bolsa e matei ela.

  (PARA DENUNCIAR A POLICIA DISK: MEIA MEIA MEIA MEIA, SEM SAPATO... CARRAM!)

  Não, brincadeira gente, nós continuamos a andar néé...

  Mas, a partir dali, meu azar já estava lançado.

  Me sentindo a esperta de novo, falei com a Ana Luisa:

  - Olha, já estamos no terceiro andar, vamos para o quarto. – Apontei para a escada rolante.

  Ingenuidade a minha, tsc tsc...

  Mas minha amiga amarela sabe que eu tenho A MORAL e me seguiu, né (SUA DEMENTE, COMO VOCÊ SEGUE UMA AZARENTA COMO ELA?!).

  Ao subir as escadas rolantes, estávamos ansiosas para ver o quarto andar e...

  - OH NÃO! AQUI É O ESTACIONAMENTO! – Falei chocada.

  - SUA BOCÓ, COMO VOCÊ ME LEVA PARA O ESTACIONAMENTO?! - Ela reclamou.

  - Mas eu achava que tinha quarto andar! Tem um shopping ai que tem... – Me defendi.

  - Beleza, e como a gente vai descer? – Ela disse, apontando para a escada rolante.

  GENTEEEEEEEEE, COMO EM UM SHOPPING CHIQUE DA CIDADE DE SÃO PAULO, SÓ TEM ESCADA ROLANTE DE SUBIDA AO ESTACIONAMENTO??

  E se a pessoa esquecer a sacola de compras na loja e quiser descer? Como faz?

  Maaaas, minha amiga amarela feia geniaaal, quando eu já estava quase chorando, salvou nossa pele. Aprendam, caras leitoras azarentas, pois se isso acontecer com vocês, vai ser legal se vocês já saberem como proceder.

  - A escada rolante! – Apontou.

  - Eu sei que a escada rolante só sobe demente.

  - Não, bocó, vamos descer pela escada rolante!

  - O QUÊ?! A gente pode cair amigaaaaa! Cê tá louca?

  - É a única saída. – Ela falou, me encarando como se fosse para a guerra.

  - Ai meu gosh... VAMOS ENTÃO!

  E descemos a escada rolante que subia, FOI EMOCIONANTE!

  O melhor, é que a galera toda ficou olhando para a gente. E quando chegamos lá embaixo, ficamos tendo crises de riso, HAHA.

  Como somos boas filhas, contamos nossa aventura aos nossos pais, que desde então, falaram que nunca mais irão nos deixar sozinhas em São Paulo. Dito e feito.