My Gay Best Friend escrita por Aghata Collins


Capítulo 1
New York, New York


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEY HONEY!! ♥ Que saudades que estava de escrever. Como você vai? Tudo bem? Chorando muito porque as aulas vão voltar? ♥ Finalmente voltei para casa, no Brasil e enquanto estive fora essa ideia me veio a cabeça. Culpe meu amigo Liam, ele é MUITO gay no skype.
Espero realmente que goste dessa história, por quê ela já mora no meu coração. Percy e Annabeth são inspirados em pessoas reais, são uma mistura de pessoas na verdade.
Boa leitura!!
Kisses Aghata



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Algumas pessoas são destinadas a ficarem juntas. O universo conspirou para que eles se encontrassem, como Lizzie e o Sr Darcy, Katniss e Peeta, Romeu e Julieta, Scarlett O'Hara e Rhett Butler, Dante e Beatriz, e outros infinitos casos.   

Percy e eu somos um desses casos.   

Nos conhecemos antes mesmo de termos dentes, nossas mães eram vizinhas e melhores amigas.   

Percy esteve comigo em todos os momentos importantes da minha vida. A primeira vez que entramos em uma escola, a primeira detenção detenção, a primeira briga de escola, ele é o primeiro garoto que beijei, quem me consolou quando partiram meu coração, a primeira pessoa que contei quando perdi a virgindade, até na minha primeira menstruação ele estava, e foi super discreto me emprestando sua jaqueta no meio da aula de ginastica do sexto ano.    

Percy Jackson é o melhor amigo que alguém poderia ter, e o melhor namorado também, incrivelmente inteligente, super quente e tem estilo, o dois únicos problemas dele são: 1° Ele baba enquanto dorme e 2° Percy é gay!    

Agora eu me pergunto, qual o meu problema? Com tantos homens maravilhosos em toda essa enorme Nova Iorque, por que eu me apaixonei justo pelo meu melhor amigo gay?   

— Annie! — exclamou ele empurrando a porta do meu quarto ao entrar. Derrubando uma das nossas inúmeras fotos que tenho pregadas nas paredes de tijolos do quarto.   

Fechei meu, abre aspas, caderno pessoal onde escrevo tudo que penso, mas não posso contar para ninguém, fecha aspas, por que não gosto do termo "diário", o chutei para debaixo da cama, onde eu estava sentada, junto com alguns outros livros.  

Eu amo estar no meu quarto, é um cantinho só meu onde posso assistir series, ler e suspirar por ser tão pateticamente apaixonada, também é o lugar em que menos me sinto sozinha quando estou em casa, já que minha mãe passa mais tempo na empresa dela do que aqui.  

Desde o incidente a dois anos trás Athena Chase não faz outra coisa que não seja trabalhar, ela faz turnos e mais turnos desenhando para a empresa de arquitetura, para não encarar a realidade. Que o papai foi embora, porque ela não conseguiu manter as pernas fechadas para o nosso vizinho, que por acaso é o pai de Percy.  

Percy é inegavelmente pegavel, principalmente quando se vestia para matar, como hoje por exemplo, ele está usando seus jeans claros de joelhos gastos, lenço vermelho envolta do pescoço, blusa branca de gola V, que ressaltava seus músculos de surfista, Percy não é um cara musculoso a ponto de parecer um monstro, ele tem tudo no lugar, braços fortes e um abdome sarado que suou para conseguir.   

Sua jaqueta de couro e óculos escuros estão em sua mão direita, enquanto ele se apoia no batente da porta com a esquerda, fazendo sua blusa subir um pouco.  

— De quem é o coração que você quer ganhar hoje, Annie?— Percy jogou seu cabelo para o lado, caindo sobre os olhos verdes iguais ao mar. Estava precisando cortar o cabelo e ele não iria cortar até que eu falasse. — Por que vestida desse jeito, eu não sei como os pobres mortais vão sobreviver.  

Percy apontou para minha roupa, que estava uma mistura entre "me arrumei" e "peguei qualquer coisa no armário".  

— Acha que só você pode se divertir, Jackson? — pisquei para ele.   

Terminei de amarrar meu All Star e fui para o enorme espelho oval de corpo inteiro que fica ao lado da prateleira de livros, enfeitada com fotos e luzinhas.

Eu AMO luzinhas de natal, as coloco em todos os cantos do meu quarto, nas paredes, no chão, penduradas no teto, nas estantes, se tem espaço, eu coloco luzinhas.  

Observei meu reflexo no espelho, o corpo que consegui com horas correndo e malhando junto com Percy está bem marcado com essa calça jeans preta justa, minha blusa é cavada embaixo dos braços, mostrando a renda escura do sutiã. Consegui domar meus cachos e os alisei, as pontas batem um pouco abaixo do cotovelo.  

— Maquiagem maravilhosa, esse batom vermelho mate é completamente a sua cor, mas tira esses tênis. Agora. — Percy se virou e começou a procurar um par de sapatos que combinassem com a minha roupa.  

Diferente de Percy, que deixa todas as suas coisas espalhadas pelo quarto, eu gosto de tudo arrumado em seu lugar.   

Na parede direita, ao lado da porta ficam as prateleiras onde guardo meus sapatos, bolsas e assessórios em geral, na parede atrás da cama de casal cheia de travesseiros está o meu guarda-roupas, com tantas roupas minhas quanto de Percy. A parede da esquerda é toda coberta por fotos e luzinhas, é onde estudo e fica o computador. A minha parte favorita do quarto, a parede enfrente a cama, prateleiras e mais prateleiras de livros, luzinhas e bichinhos de pelúcia, em sua maioria eram corujas e uma tartaruga que Percy me deu quando tínhamos 8 anos.  

— Isso vai ficar melhor. — Percy literalmente jogou em mim um par de botas curtas de salto Jimmy Choo, óculo escuros redondos e um chapéu coco preto.  

— Vou parecer gótica indie. — comentei colocando as botas.  — Isso é Jimmy Choo, gastei meu melhor par de Manolo atrás dessas botas, e você sabe o que dizem sobre esses sapatos...

— Eu sei, eu sei, mas use o Jimmy Choo, combina com seu estilo de hoje — ele deu de ombros, com um sorriso de lado, que seria capaz de derreter a maior geleira do mundo. — Anda logo Srta Atrasada.  

Percy me puxou pelo braço, esmagando minhas pulseiras em suas grandes mãos, fui literalmente arrastada para fora de casa, pegando minha jaqueta de lã cinza e a mochila da faculdade pelo caminho.  

Meu apartamento não é grande, tem dois quartos, um banheiro, e uma sala ligada a cozinha, nenhuma das duas é usada atualmente. Nem Athena, nem eu cozinhamos e muito menos assistimos TV. A anos atrás era diferente, meu pai queria que nós duas sentássemos na mesa, comíamos juntos falando sobre o dia-a-dia, banalidades no geral, e nos finais de semana assistíamos filmes e Frederick e eu tocavamos piano, mas ele foi embora e levou o piano junto, deixando um espaço enorme em um apartamento minusculo, até tentei cobrir o espaço com uma cadeira que achei no brechó de Manhattan, porém Athena o jogou fora e deixou o espaço ali, como uma lembrança masoquista. Essa mulher é doente. 

— Esse elevador que não sobe. — Percy apertava sem parar o botão do elevador, tantas vezes que o pequeno bip que ele faz ao ser apertado se tornou um som continuo.  

— Um nova-iorquino como você já devia saber que chegar no horário em qualquer lugar é falta de respeito. — falei girando meu anel de ônix no dedo indicador. — Chega a ser rude se você tem aula as uma da tarde e chega antes do sinal bater.  

— Annie, sabidinha do meu coração, são duas da tarde, perdemos a primeira aula.   

Revirei os olhos para o chilique que Percy fazia no meio do corredor. O elevador finalmente chegou e nós entramos, com Percy dizendo amém varias vezes.  

 —Até parece que você é estudioso, assim, tudo preocupado com horário. — apoiei meu braço no ombro dele, mas Percy tem 1,80 de altura, tenho que ficar na ponta dos pés para o abraçar todo dia, é humilhante, por que eu só tenho 1,65. — Quando na verdade você só quer passar na frente do Will enquanto ele sai do prédio B.  

— E se for? Will é com certeza um dos caras mais gatos da faculdade, só perde para mim, é claro. — Percy me lançou um sorriso malicioso, enrolando nossos dedos e correndo para fora do prédio.  

— Tire seu cavalinho da chuva queridinho, Will é hetero, e eu mesma tirei a prova disso. 

— Só porque você transou com o Will não quer dizer que ele é hetero. — ele balançava nossos braços, com meu ombro esbarrando no dele a cada dois segundos. Percy se virou, me fitando divertido com aqueles olhos verdes. — É como eu sempre digo...  

—Ninguém é hetero até que se prove o contrario. — cortei a frase dele, dessa vez eu que o puxava pela rua.   

Se Percy ao menos soubesse como meu coração perde a batia quando ele me olha.  
  

  
  

  

Nós andamos as quatro quadras até a NYGU, onde curso moda e Percy oceanografia. No ensino médio eu tinha certeza do que iria fazer, arquitetura, como Athena, no entanto assim que me formei, a bomba estourou lá em casa e eu decidi que não queria ser nada parecida com Athena Chase, corri para o meu plano B e aqui estou eu, indo para a sala 23 no prédio C. 

— Não me deixe sozinho com essas pessoas sem cérebro e que não sabem a diferença entre cupcake de blueberry e azul. — implorou Percy quando passamos pela sua sala, número 12.  

 —Desculpa vadia, mas eu estou atrasada. — lancei beijos para ele enquanto seguia pelo corredor cheio de salas.  

—NÃO ME DEIXE. — gritou Percy entrando na sala, atraindo atenção de todos em volta, incluindo seus colegas de classe. Eu ri baixinho correndo para a minha sala.

Percy e seus dramas, ele poderia muito bem estar fazendo artes cênicas em vez de oceanografia.

Assim que abri a porta todos os 34 alunos se viraram para mim. 68 de pares curiosos de olhos de toda aquela sala enorme que parece um auditório com cadeiras estofadas azuis.  

— Olá. — acenei para ninguém, descendo as escadas e sentando ao lado de Thalia.  

Thalia Grace tem 18 anos, uma garota punk durona, que faz cair por terra o pré-conceito de que estudantes de moda devem ser todas cor-de-rosa, mimadinhas e delicadas, Thalia é resmungona, mal-humorada e xinga como um marinheiro, e também é uma das alunas mais brilhantes dessa turma.  

— Fico feliz que tenha se juntado a nós Srta Chase. — falou Afrodite sorrindo, ela é uma professora um tanto quanto diferente.

Afrodite é gostosa suficiente para que até Percy diga que ela é, usa roupas justas que fazem a imaginação dos garotos fora da turma, nessa turma só tem dois garotos e ambos são gays e namoram.   

— Você perdeu uma hora de Afrodite falando sobre a importância do estilo. — comentou Thalia rabiscando em seu tênis.  

— "Sejam vocês mesmos, a não ser que o seu real eu tenha o estilo da reitora Hera, então por favor, vista qualquer outra coisa" — falei imitando a voz fina de Afrodite. Toda segunda na primeira aula ela faz esse discurso, sobre a importância do seu próprio estilo.  

— Prestem atenção que esse projeto vai valer 40% da nota de vocês nesse semestre. — Afrodite bateu sua mão com unhas perfeitas no quadro, atraindo atenção de toda a turma. — Vocês sabem que nós não somos levados a serio, não é? Nenhum de vocês é retardado a ponto de não ver o quanto somos ridicularizados, e eu pessoalmente cansei de ser a piada na sala dos professores, então vamos fazer um projeto que vai mudar o modo dessa universidade de pensar.  

Como bons alunos que somos, todos bateram palmas para o curto discurso/desabafo de Afrodite, ela sorriu, mostrando os dentes brancos e brilhantes de comercial de pasta de dente.

— Ótimo, adoro entusiasmo, agora algum de vocês tem alguma ideia? — Afrodite sentou na mesa dela, olhando para todos nós. — Vamos, falem algo.  

Thalia foi a primeira a levantar, com os olhos azuis brilhando de animação, ela tem aquela chama, que só vive em pessoas que vão começar uma revolução, foi por isso que nos tornamos amigas e porque ela é prima do Percy.  

— Vamos desconstruir essa universidade. — começou ela dando um sorriso perverso. — A Universidade Goode pode ser uma das melhores universidades do Nova Iorque, mas continua sendo machista, homofobia e muito conservadora, eu proponho que quebremos todos esses tabus pregados aqui.  

— E o que você sugere Thalia? — perguntou Rachel se levantando, duas fileiras atrás de nós, usando uma cashmere da Chanel vermelha, que não ficou tão ruim nela, ressaltou o cabelo ruivo. — Queimar sutiãs na frente da escola e segurar cartazes?   

Ela estava obviamente zombando de Thalia. Eu levantei também, ficando ao lado da minha amiga.  

— Não, podemos faze-los pensar, todo mundo acha que somos vadias burras, sem ofensas. — coloquei as mãos nos bolsos da minha calça, fulminando Rachel com os olhos. — Podíamos, sei lá, fazer uns vídeos mostrando como a Goode está objetificando a mulher.  

— Caso você não saiba o que significa "objetificando", Rachel, quer dizer tratar como objeto. — informou Thalia, não poupando o veneno em cada palavra.  

— Eu sei o que significa objetificando, Thalia. — Rachel revirou os olhos, e a garota ao lado dela levantou.

Silena é uma garota muito fofa e educada, simpática demais para ser amiga de uma cobra como Rachel, mas elas são, isso é estranho.  

— Podíamos fazer um desfile! — exclamou dando um pulo de animação.  

— Silena, essa é a ideia mais burra que você já...  

— Brilhante! — Afrodite falou batendo palmas e interrompendo o discurso de ódio de Rachel. —Dizemos para todos que é um desfile, e no meio do desfile começa os vídeos, e as meninas falam sobre a objetificação feminina.  

Rachel forçou um sorriso, colocando um cacho do cabelo ruivo para trás da orelha.  

A aula inteira se passou com o planejamento do desfile e tudo que precisamos  arrumar para começarmos a realmente por a mão na massa.  

— Grupo 1 vão cuidar dos desenhos das roupas, grupo 2 vai confeccionar as roupas, grupo 3 vai desfilar e falar sobre a objetificação, grupo 4 organização e direção.  

Afrodite estava radiantes, ela até abraçou Thalia e eu na saída da sala.  

— É melhor que isso de certo meninas. — falou ela enquanto esmagava nossos ossos.  

Ela saiu rebolando com seus cadernos de desenho na mão.  

— Ainda não sei como garotos podem gostar e alguém tão cabeça oca quanto ela. — disse Thalia com a cabeça de lado.  

Dei de ombros, indo para a biblioteca com ela.  

— Particularmente nunca entendi garotos em geral, parece que eles falam outra língua.   

Nós duas somos voluntarias na biblioteca. Thalia só vai para ficar mais tempo longe de casa, e eu gosto do livros, principalmente os mais velhos.  

A biblioteca da Goode é uma das maiores que eu já vi, com livros atuais, outros que tem quase cem anos e até manuscritos.

O carpete azul tinha marcas de cigarros e café, espaço para estudos com mesa de madeira e lâmpadas individuais, e dois andares de livros, é um lugar tão bonito que da vontade de chorar.  

— Como anda o mundo Percy&Annie? — perguntou Thalia enquanto empurramos o carinho com livros para serem colocados em ordem. 

Thalia sabia sobre minha enorme paixão pelo Percy. Não fui eu que contei, estávamos no natal ano passado e ela chegou na minha frente e falou "Eu sei que você gosta do Percy", não preciso nem dizer que eu quase desmaiei na hora. Segundo ela, está escrito na minha testa, só não vê quem não tem olhos.

— Do mesmo jeito que está desde que terminamos o ensino médio. — resmunguei fazendo um bico. — Eu transo com quem quero, Percy destrói os corações dos garotos que se apaixonam por ele, e nada dele perceber.  

— Ele pode ser gay, mas ainda é um garoto, não iria perceber que você gosta dele nem se estivesse tatuado em sua testa. — Thalia afirmou pegando um dos livros de medicina e colocando na prateleira de ferro.  

— Ia ser tão mais fácil se ele olhasse para mim e pensasse "nossa como a Annabeth é gostosa" em vez de "Annie, que sutiã lindo, é renda francesa?". — coloquei outro livro na prateleira com força. Thalia riu, balançando a cabeça em negação.  

— Consigo imaginar o cabeça de algas dizendo isso.   

— Porque ele disse! Eu fiquei só de sutiã e calcinha na frente dele e tudo que aquele idiota falou foi sobre a renda da meu sutiã! — joguei os braços para cima revoltada. Como ele pode ser tão tapado a ponto de não ver que eu gosto dele, gosto pra valer, não é só uma paixãozinha de adolescente.

—E le é gay, queridinha, aceita que dói menos, da fruta que você gosta, o Percy chupa dia sim e dia também. — Thalia deu dois tapinhas no meu ombro, jogando o cabelo preto espetado para o lado. —Vocês até combinam, os dois são umas vadias rodadas.

— Gosto de sexo, isso é pecado agora?

— Na verdade é sim. — confirmou Thalia.

—Você só está assim porque brigou com o Luke e está sem sexo a semanas, aposto que nem se masturbando você está. — subi na escada de madeira que fica na última prateleira, de madeira e presa na parede.

— Eu ainda me masturbo. — afirmou ela, segurando a escada para mim. — É como dizem, conheça a si mesma antes de conhecer outros, pena que o Percy nunca vai conhecer você.

Desci as escadas ignorando o cacarejar de Thalia trás de mim, continuamos a dirigir o carrinho, guardando os livros. Eu vou ficar com Percy, sei que vou, porque não importa com quantos garotos ele esteja, Percy sempre volta para mim.

— Desisto, vou virar lésbica, hora de descobrir o poder da boceta, me passa o número da Reyna. — chutei o carrinho o puxando para a outra prateleira.  

— Perdeu a oportunidade, Reyna não é mais apaixonada por você, ela está pegando a Piper agora. — informou Thalia colocando um dos últimos livros da prateleira dos clássicos. 

— Piper não estava com o seu irmão, Jason? — arquei a sobrancelha, terminando de arrumar os livros. Fiquei uma semana matando aulas e esse monte de coisas acontecem! Quem diria que Pips jogava para o lado rosa da força.

— Eles terminaram, parece que o Jason comia outra garota enquanto dizia que estava treinando com a equipe de natação.  

Thalia e eu olhamos uma para outra e falamos juntas. 

— Adolescentes. — reviramos os olhos sorrindo. 

Nós duas nunca fomos melhores amigas, do tipo que conta segredos e essas coisas, porém depois de Percy e eu mesma, claro, Thalia é minha terceira pessoa favorita, porque ela é aquele tipo de ser que você liga as quatro da manhã, diz "vamos sair" e ela vai estar lá. O mundo precisa de mais pessoas como Thalia.

— Me leve para a saída desse labirinto literário. — Thalia pediu como se fosse uma lady, sentando em cima do carrinho de livros vazio. 

— Como desejar, milady. — coloquei meu pé sobre o cano de ferro que fica perto das rodas e dei impulso com o outro, igual se faz com um skate. 

As enormes prateleiras de livros passaram sobe nós como um borrão, Thalia levantou os braços assobiando. Passamos pelo espaço para estudo recebendo olhares zangados dos alunos, Thalia mostrou o dedo para eles, colocando a língua para fora, minha gargalhada encheu o ar a nossa volta, assim como a dela. 

—OLÁ SR BLOFIS. — gritei quando passamos feito um jato pelo diretor da universidade. Paul está tomando café em uma caneca que dizia "ODEIO CANECAS". Ele riu para nós, balançando a cabeça 

— Cuidado com os livros, meninas. — pediu ele voltando a olhar os livros de romance. 

Continuei remando até chegarmos a saída da biblioteca. 

— Vinte segundos cravados! — Thalia pulou do carrinho, levantando as mãos como Rocky Balboa no topo da escadaria. — Isso é um novo recorde pessoal! 

Os alunos lançaram outro olhar zangado para Thalia, a puxei pelo pulso para fora da biblioteca. 

— Annabeth, você vai para o show da minha banda? — perguntou Thalia enquanto andávamos pelo pátio da Goode. 

É um lugar enorme, com grama brilhante e bem cortada e muitas, muitas árvores mesmo, é quase como um segundo Central Park, só que com menos esquilos e muito menos hippies, só o cheiro de maconha que é bem parecido. 

— Nem sabia que sua banda ia fazer um show.  

— Vai ter show, Dark Sex Bomb vai tocar no Sub 20, esse sábado, e é melhor você estar lá. — Thalia me empurrou com o ombro, sorrindo. — A garota mais gostosa dessa cidade vai cantar. 

—Não sabia que um clone meu iria cantar no seu show, Lia, e esse nome ainda é muito idiota, não acredito que aceitou a ideia do Percy. — provoquei sorrindo também.

— Era esse nome ou The Ass, não foi uma escolha difícil. 

— O trouxa que beija o chão sobre seus pés vai tocar também. — informou ela tirando um maço de cigarros do bolso.

— O Nico não é trouxa, e nós não somos namorados. 

— Você está com ele a mais de três semanas, isso significa três anos, segundo o calendário de garotos de Annabeth Chase. — Thalia chutava pedrinhas no caminho para o metro, soprando a fumaça para cima.

— Ei! Eu não mudo tão rápido assim. — dei de ombros, com as mãos apoiadas na minha mochila de lado. 

— Qual é Chase, vai mesmo se enganar? Quer que eu faça uma lista com os nomes dos caras que você pegou e dispensou só nesse semestre, deve dar duas folhas.  

— Que culpa tenho se eles me entediam tão rápido. 

— Não são eles Annabeth, é você. — Thalia se virou, andando de costas para as pessoas e de frente para mim, algo perigoso de se fazer no horário do rush. — Você que está apaixonada pelo seu melhor amigo gay, pega caras parecidos com ele e depois da um pé na bunda deles, porque nenhum deles é você-sabe-quem. 

— Ainda bem que eles não são Voldemort, isso sim ia ser estranho. 

— Você é estranha e uma vadia. — Thalia socou meu ombro indo para o outra rua. 

— VIVA AS VADIAS. — gritei para ela do outro lado da rua. 

Andei tranquilamente pelas ruas, bom, o mais tranquila que uma garota da cidade pode andar, cantarolava alguma musica do The Cure que está na minha cabeça quando esbarrei com Nico. 

Nico Di Angelo é muito quente, nós nos conhecemos em um dos ensaios da banda da Thalia, ele é o baterista, embora eu prefira baixistas (eles tem mãos maiores) e nós nos pegamos de cara, quando digo de cara, quero dizer de cara mesmo, uma música depois que nos vimos, a língua de Nico já estava na minha garganta. Eca, essa foi uma imagem nojenta de se ter em mente, pelo menos no dia foi bom e muito divertido. 

— Hey Annabeth. — Nico passou a mão nos cabelo negros, sorrindo para mim, com os dentes brancos brilhando.

— Olá, fiquei sabendo do show da banda. — comentei continuando meu caminho, Nico me seguiu de perto. Ele também é alto como Percy, tinha que praticamente se curvar quando nos beijávamos. 

— Eu ia te chamar, mas você não atendeu o celular esse final de semana. — afirmou ele cruzando os braços e mantendo o sorriso. Ele tem um belo sorriso, o tipo de sorriso que sabe que vai foder a sua mente e estragar calcinhas.

— Final de semana dos filmes.   

— Claro, com o seu amigo Percy. -Nico parecia com ciúmes. 

— Vamos sair sexta? Eu te ligo. — dei um selinho nele, mas Nico fez questão de aprofundar para um beijo de verdade, me segurando pela cintura. 

Nico beija bem, mas o tempo dele é diferente do meu. Ele é rápido e sedento, enquanto eu sou mais para o lento e sexy. 

Ele colocou as mãos nos bolsos do moletom escuro e parou de me seguir quando atravessei a rua. 

— Tchau. — acenei para ele, Nico sorriu para mim e eu virei as costas indo para a melhor cafeteria de Nova Iorque. 

Blue Candy! O melhor lugar do mundo para se engordar. Eles tem doces, cupcakes e bebidas quentes de todos os sabores e cores.

Percy e eu nos encontramos aqui quase todos os dias, é o único lugar onde vendem o cupcake azul favorito dele, e corujas de goma. E essas coisas só existem aqui porque é a dona é Sally Jackson, a mãe do Percy.

Empurrei a porta azul, um sino tocou assim que eu entrei, o cheiro de doces e cupcake fresco invadiu meu sistema respiratório, por alguns segundos eu fiquei apenas inspirando, como um drogado. 

— Bom tarde Annie. — Sally sorriu para mim, colocando uma fornada quentinha de cupcakes de morango no mostruário, são os meus preferidos desde os seis anos.

— Oi Sally, um cupcake azul... 

— Um de morango e café puro, sei muito bem o que vocês comem. — Sally sorriu, amarrando seu avental azul e se virou para preparar o café.  

Sally é uma das pessoas mais doces conhecidas pela terra. Ela e o pai do Percy estão tentando reatar o casamento depois do incidente, e eu sinceramente quero que eles voltem, não por Poseidon merecer alguém tão incrível como Sally, mas porque Percy e Tyson não iriam suportar os pais se separando.

Principalmente Tyson, ele tem 10 anos, é filho de Poseidon com outra mulher, e Sally cuida dele desde os três anos, os dois são muito ligados, ele não iria aguentar perde-la. 

Sentei na cadeira que sempre sentamos, de couro em U sobre a mesa, perto da janela.

Blue Candy é pequena, tem apenas quatro conjuntos de mesa de aço e cadeiras em U de couro, paredes listradas azuis e brancas com fotos em molduras de doces. Fotos de cupcakes, cafés e de momentos importantes da loja.

Tem uma foto minha e do Percy juntos com 15 anos, sujos de glace, na moldura de pirulito. Se olhar atrás da foto tem o seguinte recado escrito por Percy:

12/03/2013

"Primeira Guerra Doce lendária da Blue Candy, foram tristes perdas de cupcakes azuis, da qual a memoria será sempre lembrada. Infelizmente o lado negro da força ganhou.

Nós podemos ter perdido a guerra, mas ganhamos a batalha.

Ass o comandante do lado azul, Percy Jackson."

Por acaso, eu era o lado negro, e venci Percy, acertando um cupcake de morango no nariz dele.

Hoje a Blue Candy está até vazia, tenham apenas seis pessoas espalhadas entre o balcão e as cadeiras no fundo.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Percy. 

De: AChase 

Para: Cabeça de Algas 

Blue Candy. Agora. 

Ele não respondeu na hora, então eu apenas guardei o celular dentro da mochila. 

É engraçado como mesmo separados nós somos tratados no plural, "onde vocês vão?", "o que vocês querem?", "como vocês estão?", é como se fossemos um só. Eu nunca nós trava no plural, é nojento "nós não gostamos de canela", "nós dançamos sozinhos", parece coisa de namorados sem cérebro. 

— Aqui está querida. — Sally colocou o cupcake azul e o café sobre a mesa. 

— Obrigada Sally. — sorri para ela, dando uma pequena tragada no café quente mais delicioso que já provei. 

Sally olhou para mim por alguns segundos, depois sentou ao meu lado, segurando minha mão entre as suas. 

— Não faça isso, Annie. — pediu ela, me fitando com seus enormes olhos castanhos. — Você sabe que Percy não te vê desse jeito, ele nunca vai te amar de outro modo. 

— Está tão na cara assim? — eu olhei para baixo, não porque estava corada, porque eu não fico corada, nunca. Mas por que Sally é quase como minha mãe, e nos últimos dias eu só não morro de fome por que ela cozinha, se ela me olhasse com pena, aquilo ia ficar tatuado nas minhas pálpebras. 

Antes que Sally falasse algo Percy entrou, assobiando alguma música e girando os fones de ouvido no dedo. Ele parecia alegre, alegre demais.

— Mãe. — ele sorriu, dando um beijo na bochecha de Sally. — CUPCAKE AZUL! — Percy deu uma mordida enorme no cupcake, sujando o canto da sua boca de glace. 

— Tenho que ir fazer mais cupcakes. — Sally abraçou a mim e a Percy, e foi embora para dentro da cozinha. 

— Você está dez minutos atrasado. — falei o fuzilando com os olhos, Percy se jogou do meu lado, abraçando meus ombros. 

— Hoje é o melhor dia da história. — afirmou ele enquanto eu bebia outro gole de café. 

— O que aconteceu? Encontrou a Lady Gaga? — perguntei pegando um guardanapo e limpando o rosto dele. 

Percy virou o rosto para mim, com seus olhos verdes intensos presos aos meus, estamos tão perto que eu podia sentir uma força me empurrando para ele. 

— Não, mas foi quase isso, eu encontrei o futuro Sr Jackson. — Percy sorriu mais ainda e me deu um selinho. 

Meu queixo caiu, literalmente caiu, pude sentir meu maxilar esticando a pele do meu rosto. COMO ASSIM? O que? Mas quem? Como? Hã?  

Ok, estou com cara de idiota por tempo de mais, tenho que falar algo, que maravilha, a única coisa que minha mente está produzindo agora é ciúmes e perguntas sem sentido. 

— Quem...como se conheceram? — perguntei balançando a cabeça e bebendo mais café para acordar, e esconder meu rosto.

— Nós nos esbarramos na rua, ele deixou o celular cair, eu me abaixei para pegar, vi a música que estava tocando e falei que também gosto de Simple Minds... 

— Você detesta Simple Minds. — O impedi de continuar, o olhando confusa. — Não gostou de ouvir Don't You nem enquanto tocava em O Clube dos Cinco. 

— Mas ele é muito gato, eu precisava de um assunto, e era Simple Minds que tocava, que culpa tenho se a banda não é tão boa... 

— Vou fingir que não ouvi você falando mal de uma das minhas bandas preferidas.  

— Cala a boca e me deixa continuar, vadia. — Percy empurrou o cupcake meio comido dele para minha boca. — O gato pareceu surpreso, ele falou da banda e eu só concordei e as vezes falava algo que você me contou, eu peguei o número dele, lógico, e vamos sair hoje a noite. 

Percy não parava de sorrir, ele parecia realmente elétrico, mas ele sempre fica assim quando conhece um cara novo, não dou nem uma semana para ele terminar com esse garoto. E nós voltarmos ao mundo Percy&Annie

— Hoje? — perguntei de olhos arregalados e Percy concordou com a cabeça. — Mas hoje é a noite do Yakisoba, lembra? Já tenho todos os ingredientes para você cozinhar. 

— Nós deixamos para amanhã. — ele deu de ombros. — Agora vamos, preciso dar uma volta. 

— TCHAU SALLY. — gritei enquanto Percy me arrastava para fora do Blue Candy. 

— TCHAU AMORES, TOMEM CUIDADO. — ela gritou de volta, acenando da cozinha com o rosto sujo de farinha. 

— Vamos logo vadia. — Percy me puxou mais uma vez, andando com seu braço nos meus ombros e o meu na cintura dele. Parecíamos até namorados, quem dera fosse verdade. 

 

 

— Tchau Annie, volto meia noite. — Percy terminou de arrumar o cabelo, beijo minha testa e foi embora. 

Estou sentada na cama dele, com meu moletom favorito, que pertence a ele, andando pela bagunça de roupas, calçados e livros.

As paredes do quarto de Percy são cobertas por posters de bandas, capas de historias em quadrinhos e fotos. 

Girei meu celular na minha mão, estou entediada, e Percy saiu tem uns cinco segundos. 

Bufei deitando na cama, liguei o celular, entrei nos contatos, liguei para Thalia e perguntei se ela quer sair. 

— Estou indo para a casa do Luke. — falou ela e eu escutei o som do seu carro sendo ligado. — Desculpa Annie. 

— Relaxa, vou ligar para o Nico. — dei de ombros desejando uma boa noite para ela que não ia dormir, Thalia me mandou a merda e desligou. 

Liguei para o Nico, ele só atendeu depois do quarto toque. 

— Hey Annabeth...

— Oi, vamos fazer alguma coisa? Estou entediada. — perguntei suspirando. Comecei a enrola meu cabelo com o dedo enquanto falava com ele. 

— Bem que eu queria, mas estou na casa da minha irmã, coisa de família.  

Assim que alguém fala "coisas de família" já se podia esperar algo ruim, era isso que eu dizia quando a bomba do incidente estava explodindo lá em casa. 

— Tudo bem, boa sorte, se precisar desabafar eu estou aqui. — Nico sussurrou um "obrigado" e eu desliguei. 

Tentei ligar para outros colegas, como: Léo, Jason, Piper, Reyna, Calipso, Silena, até Rachel! E todos estavam fazendo algo, Jason está com uma garota que não quis dizer quem, Piper está com Reyna, Léo vai concertar o carro, Silena está em seu ritual de descanso, Calipso disse que está de castigo pela última festa de que deu e Rachel não atendeu o telefone.

Maravilhoso. Vou ficar sem fazer nada até a meia noite, onde Percy vai chegar pulando de animação. 

Andei pelo quarto olhando em volta, arrumei algumas coisas, revi algumas fotos nossas antigas e agradeci mentalmente a puberdade, porque eu era horrível quando adolescente.

Percy era o popular, e eu a nerd gorda, até que ele me mudou e mostrou algo chamado "exercícios", aquilo me fez bem, não porque as pessoas começaram a me olharem de modo diferente, mas porque eu comecei a acreditar em mim mesma, que com esforço eu poderia ser tudo que quisesse. 

Deixei as fotos na gaveta de Percy e sai do quarto, indo beber um copo d'água na cozinha. 

— Annabeth. — cumprimentou Poseidon, entrando de roupão azul na cozinha amarela de Sally. 

— Olá. — forcei um sorriso enquanto bebia a água.

Poseidon e eu nós evitávamos desde que meu pai foi embora, ele por culpa e eu porque não queria estourar com o pai do meu melhor amigo.

— Tchau. 

— Annabeth, err... 

— Oi? — me virei para ele, puxando a blusa de moletom ainda mais para baixo.

Por um segundo eu imaginei que ele iria pedir desculpas, dizer que sente muito por ter transado com a minha mãe e separado mais pais. Mas é claro que ele não fez isso. 

— Você e o Percy estão...você sabe...juntos?  

Forcei outro sorriso para esconder meu desapontamento, e parece que funcionou, porque Poseidon sorriu alegre, mostrando todas as suas rugas no rosto bronzeado.

— Estamos, não contamos para ninguém ainda e provavelmente vai continuar assim. — assenti com a cabeça indo para o quarto de Percy, mas não sem antes escutar ele dizer: 

— Ufa, estava começando a achar que ele era viado, eu não criei um filho para ser baitola.  

Precisei mordei a língua para não dizer tudo que está entalado na minha garganta e que ele não criou Percy, foi a Sally. Eu corri para o quarto e fechei a porta, dando de cara com um poster da Madonna. 

Me joguei sobre a cama, quicando um pouco antes de parar, puxei o violão de Percy. 

Ele quase nunca tocava, mas também não jogava fora.  

Sentei na cama, com as pernas dobradas e o violão nos braços, minhas costas no rosto da Coco Chanel. Afinei o violão e comecei a dedilhar sem realmente tocar. 

Comecei a tocar quando eram onze da noite, já são duas da manhã e nada de Percy aparecer. 

Guardei o violão e mandei uma mensagem perguntando onde ele estava, depois mandei outra, e outra, e outra e outra, até que as quatro da manhã eu comecei a cochilar. 

— Annabeth. — sussurrou Percy na minha orelha. 

— Que foi merda? — perguntei de olhos fechados. 

— Acorda. — ele balançou meus ombros, até eu ficar com as costas na cama. — Tenho uma coisa importante pra te contar! 

Na hora eu abri os olhos, ele estava a três centímetros de distancia do meu rosto, e me deu um selinho quando eu acordei, os lábios de Percy continuam macios. 

— O que aconteceu? Vocês transaram? — perguntei sonolenta bocejando. 

Meus olhos vagaram para o relógio de Percy no criado mudo. Seis e vinte da manhã, alguma coisa rolou. 

— Conte para a mamãe aqui o que ele fez com você. — abri os braços e deixei que Percy deitasse sua cabeça na minha barriga. — O gato te jogou na parede e te chamou de lagartixa? 

— Idiota. — Percy riu, enquanto eu fazia carinho na cabeça dele, sentindo seus macios fios negros entre meus dedos. — Nós só comemos pizza, conversamos sobre muita coisa e... ele me beijou! Eu ainda sinto os lábios dele, e que lábios! 

Percy suspirou abraçando um travesseiro.

— Me fale algo sobre ele. — pedi tentando parecer animada, mas na verdade eu me sentia despedaçada, Percy falava com tanta paixão desse novo garoto, talvez eu não queira dividir ele com outro cara. 

— Ele toca em uma banda. 

— Quente. — sorri para Percy, tirando os fios dos olhos dele. 

— Acho que é baixista, tinha um baixo no quarto dele, é bem bonito, branco com duas listras pretas, fiquei minutos olhando para o baixo enquanto ele ia pedir a pizza. 

— Baixista, eles tão mãos grandes e... 

— São os melhores. — completou  Percy. 

— Calma ai, você foi para o quarto dele? Meu Deus, você é um puto Percy Jackson, não conhece o garoto a mais de um dia e já transou com ele.

Dei um tapa na testa de Percy, ele se sentou rindo. 

— Bem que eu queria, mas não passamos de uns amaços. — ele pegou minha mão e ficou brincando com os meus dedos. — Vamos dormir.  

Percy segurou minha mãos e nós deitamos de conchinha, com o braço dele envolta de mim, e sua perna sobre as minhas. 

Beijei a mão de Percy, soltando um suspiro baixo e fechei os olhos, tendo a certeza que eu o amo tanto que arde, como se estivesse me queimando de dentro para fora.


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Notas finais do capítulo

Então?????? Aprovada??? Like? Don't like??
Mereço pelo menos um "oi"?? Não me deixe falando sozinha please



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