Alma Gêmea escrita por Veka AD
Notas iniciais do capítulo
Yoooo, okaerinasai! Gente lembrando que minhas fanfics são postadas pro mim mesma lá no Social Spirit em!
Me lembro perfeitamente do dia em que ela chegou a Swett Amoris, estava perdida, olhava para os lados e conferia sua grade de salas. Eu me distrai prestando atenção em seus lindos cabelos castanhos, seus olhos verdes e o corpo perfeito, juro por deus que não percebi que estava a sua frente até que nossos corpos colidiram, ela me olhou com as bochechas vermelhas e eu não pude deixar de sorrir, ela era linda.
Eu já nem durmo mais, não
Só fecho os olhos e penso em você
Só fecho os olhos e tento entender
O que me trouxe aqui
Lynn era seu nome, uma nova aluna, como representante da turma é meu dever apresentar o colégio para ela, a levei para cada pedacinho desconhecido, ou pouco frequentado pelos outros alunos e disse que ela sempre me encontraria por ali - Você costuma se isolar do resto do mundo? — Eu a ouvi sussurrar - Sim — Eu respondi com um meio sorriso, se ela soubesse como eu gostaria de poder me isolar de tudo e de todos....
Sei que te amo mais, mais
Bem mais do que eu te falei há um mês
E se eu não falo mais dessa vez
É porque finalmente entendi
Sempre encontrava ela nos meus esconderijos e aos poucos eu percebi que estava me apegando à ela, passávamos horas conversando após as aulas, ela me contava sobre sua vida perfeita e eu só me perguntava por que uma garota tão boa perdia tempo com um problemático como eu, mas eu sabia a resposta, o Nathaniel que ela conhecia tinha uma vida perfeita, pais ricos e uma irmã gêmea patricinha, mas ela não sabia o que se passava quando desapontava meu pai.
Eu e você, sem direção
Me dê a mão e eu me perco mais
Eu e você, sem direção
Não solte minha mão jamais
Ela se tornou especial para mim, todos no colégio já comentavam sobre nossa suposta relação, eu percebia que ela ficava vermelha ao negar, mas nem tudo são rosas e minha irmã se sentiu incomodada e acabou ameaçando Lynn que por sua vez se afastou de mim. Nem em todas as vezes em que meu pai me bateu eu senti uma dor tão forte, eu a via de canto conversando com as amigas, percebia também os olhares dos outros caras para ela, aquilo me atingia de uma forma dolorosa, eu tinha medo de perde-la, mesmo sabendo que ela nunca foi minha realmente.
Eu já nem durmo mais, não
Não sei se devo fugir de você
Se agora é certo ou errado dizer
Que eu te quero aqui
Melody me disse que viu Lynn e Ambre conversando, meu coração acelerou e eu corri para o corredor, Ambre estava com um sorriso triunfante nos lábios apertando a mão de Lynn, somente mais tarde descobri o que havia acontecido, Lynn iria dormir na minha casa, quando a vi ali, parada na sala meu coração acelerou e tive vontade de correr até ela, mas sabia que não poderia fazer isso, eu teria que me conter a noite inteira por causa do meu maldito pai. Durante o jantar Lynn olhava de canto do olho pra mim, ela sorria e tentava manter uma conversa agradável mas meu pai não é do tipo que tem uma conversa agradável e foi logo esnobando a garota por não ter um nível alto de vida. Me levantei da mesa batendo as mãos e fui para meu quarto mesmo sabendo que teria consequências, eu não iria ver ele envergonhar minha garota daquela forma, ouvi quando outra cadeira foi arrastada pelo chão e me preparei para a surra da noite mas então braços finos envolveram minha cintura. Eu não soube como reagir, eu não poderia reagir, sabia que meu pai estaria de olho. Eu não temia por mim, mas sim por ela, ele não levantaria a mão para ela mas iria a agredir com palavras, ele era ótimo nisso.
Sei que te amo mais, mais, mais
Bem mais do que eu deveria, eu sei
E se eu não quero mais dessa vez
É porque finalmente entendi
Se eu quisesse continuar com Lynn eu sabia que deveria enfrentar meu pai mas eu não tive reação quando ele me deu um tapa naquela noite dizendo que "a vadiazinha" era só uma distração, que ela iria tirar o meu foco, eu senti o sangue em meias veias quando ouvi o soluço de Lynn, peguei em sua mão e sai de casa a levei ao parque e contei para ela sobre todos os anos em que aguentei aquilo, meu pai me agredindo física e verbalmente como se eu não fosse seu próprio filho, me surpreendi quando ela me calou com um beijo, um doce e molhado beijo.
Eu e você, sem direção
Me dê a mão e eu me perco mais
Eu e você, sem direção
Não solte a minha mão jamais
As coisas com a Lynn ficaram estranhas depois que todo o colégio soube pelo que passei, não conseguia encará-la, era como se me doesse cada olhar que trocávamos, eu estava sendo digno de pena e meu orgulho gritou mais alto. Quando a situação piorou Castiel veio me procurar, a última pessoa que esperaria conversar abertamente era ele, depois de contar sobre meus problemas e também sobre Lynn ele me disse para me livrar dos meus pais com a emancipação, espero que não me arrependa de dizer isso, mas até que ele é um cara legal. Quando não está de TPM.
Eu e você, sem direção
Me dê a mão e eu me perco mais
Eu e você, sem direção
Não solte a minha mão
O processo de emancipação foi longo e chato mas ao final eu estava finalmente livre do meu pai, ele ainda ia ter que arcar com as minhas despesas mas pelo menos eu não estaria mais em suas mãos, e agora viria o momento mais complicado: Me desculpar com a Lynn. Assumir que eu errei ao me distanciar, que eu devia muito a ela e principalmente que eu a amava. Quando voltei ao colégio naquela segunda-feira eu dei de cara com a Lynn, como da primeira vez em que nos encontramos, ela sorriu e eu derreti, comecei logo me desculpando, dizendo o quanto fui babaca e ela me surpreendeu novamente ao me abraçar e dizer que tudo estava bem agora que eu estava feliz.
E você pode me guardar
Em cada foto, em cada olhar
Em cada vez que eu não ligar
Porque me dói ouvir sua voz
Chamei Lynn para morar comigo, aos dezesseis anos, loucura? Era com toda certeza, mas estávamos apaixonados demais para ligar, era tudo perfeito, nossa casa, nossos gatos, nossa bagunça. Cada cômodo do apartamento tinha o cheiro dela e quando ela não estava em casa eu me perdia olhando nossas fotos espalhadas pelo quarto, o modo como ela sorria ao meu lado, nossas mãos entrelaçadas, os pais dela acharam que estava cedo demais para um relacionamento, disseram que não duraria, mas eu estava disposto a casar com ela.
E agora o tempo vai passar
Talvez não exista nada pra falar
Se por acaso um dia encontrar
O que perdeu, eu vou estar aqui
Aos dezoito nós nos casamos, a cerimônia foi linda, todos nossos amigos reunidos, nossos familiares, mas ela estava perfeita, ah deus! como estava perfeita, o vestido branco justo destacava suas curvas, o véu que cobria o seu rosto fazia meu coração acelerar, ela sem dúvida alguma era a mulher da minha vida. Após o casamento alugamos uma casa maior, afinal em breve nossa família iria crescer, passávamos horas discutindo sobre o nome do bebê, as vezes ela fazia birra e batia o pé no chão dizendo o quanto eu era chato e eu me apaixonava mais e mais por ela a cada dia...
Eu e você, sem direção
Me dê a mão e eu me perco mais
Eu e você, sem direção
Não solte a minha mão jamais
Se um dia te disserem que amor a primeira vista não existe, responda-lhe que na verdade a pessoa ainda não encontrou o certo olhar, sua alma gêmea, ou talvez ele ande ocupado demais olhando para os lados que nem vê quando o seu grande amor atravessa a rua, desce do táxi ou bate em seu ombro no meio da multidão.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Manu Gavassi - Direção ♥