A Escuridão Escarlate escrita por Tris Z


Capítulo 9
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

E ai pessoal? Trouxe o tão esperado capitulo 8. Gostaria de agradecer as pessoas que comentaram,as que favoritaram a minha fic e estão acompanhando. Vocês são uns amores.
Desculpem se tiver alguns errinhos,mas eu tive que postar pelo celular.
Espero que gostem.



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O baile dos fundadores não foi tão terrível quanto achei que seria. Embora,é claro,que o baile em si não tinha relação nenhuma com algumas ocorrências.
Damon tinha decidido cumprir sua antiga promessa e conhecer Elena. Aquilo não aconteceu da melhor forma,e tampouco Stefan ficou satisfeito.
Meu irmão de olhos cor de céu,cometera o erro fatídico de contar nossa história a garota idêntica a seu antigo amor. Seu argumento era que ela havia visto — assim como eu — os nomes de meus irmãos no papel emoldurado,desta forma ele contou nossa história — tirando a parte de seres sedentos por sangue — alegando ser a história de nossos ancestrais e que eles haviam inspirado os seus nomes.
Mesmo que seus argumentos fossem concretos e fundáveis,isso nem de longe agradou Stefan. Podia sentir a tensão em seus músculos e sua insatisfação em seus olhos castanhos claros. Embora eu entendesse seu lado, não havia nada que eu pudesse fazer além de manter Damon afastado.
E foi isto que fiz. Assim que conversei com Stefan,arrastei Damon para dançar,mesmo odiando tal ato. Para minha felicidade, não demorou muito para que outras mulheres quisessem sua companhia,todavia passei meia hora me escondendo de meus colegas da escola. Quando Damon finalmente ficou sozinho por alguns segundos, enlacei seu braço e caminhei por entre as pessoas tomando o cuidado de não esbarrar nelas.
Nos unimos aos Cullens com com um comprimento gracioso de época.Com um sorriso amigável fixo no rosto,falamos mais baixo e rápido possível o que sabíamos sobre as mortes. A família de olhos cor topázio sabia tão pouco quanto nós,mas eles também acreditavam piamente que todos os homicídios tinham como autor,um ser sobrenatural de caninos alongados.
Para meu imenso alivio, Damon não percebeu os olhares de Edward. Eu achava impossível,mas os pelos da minha nuca se arrepiaram,e meu estômago se revirou.
Ignorei tudo isso,e tal como chegamos,nós saímos. Tão inesperadamente e rápido.
Não fiquei por muito tempo.
Quando deitei na cama naquela noite,enrolada por uma grossa coberta,com o rosto iluminado pela fraca luz do abajur da cabeceira,e com o som da chuva ao bater na janela,eu senti falta daquela eletricidade. Senti falta da sensação de ter seus olhos em mim. Senti falta do som da sua voz aveludada.
Dormi profundamente, com seu belo rosto assombrando meus sonhos.
******************************
Pela primeira vez em décadas,eu estava eufórica para ir a escola. E o motivo, era ridículo demais para admitir. Edward Cullen.
Para a minha sorte,ambos os meus irmãos não perceberam meus sentimentos. Ou talvez, eles fingiram não perceber. De qualquer forma,eu não me importei.
Embora estivesse feliz,não pude deixar de notar a fraca linha de preocupação no rosto de meu irmão caçula. E tinha mas do que certeza de que o motivo da pequena ruga profunda,se resumia a uma garota de olhos amáveis.
Damon não estava em nenhum lugar da enorme casa,tampouco o procurei de forma minuciosa,mas meus instintos — geralmente corretos — dizia que ele estava debruçado no balcão do Forks Grill com uma garrafa de uísque pela metade e um copo com gelo cheio.
Para o deleite de Damon,e minha preocupação,Stefan não quis ir naquele dia. E outra vez,eu sabia o motivo.
Mesmo sendo o certo a se fazer,não consegui evitar a onda de culpa que me invadiu quando o deixei e dirigi a picape chevy até a escola.
Eu ainda me sentia culpada enquanto caminhava até a aula de história,a terceira do dia.
Deveria ter ficado e feito companhia a Stefan. Deveria ter lhe perguntado o que acontecera e lhe aconselhado. Poxa,deveria ter ido até o Grill batido na cara de Damon e lhe perguntado se viveria assim para sempre.
Na minha cabeça,tudo aconteceu com uma riqueza de detalhes impressionante. Mas essas fantasias nem sequer saíram dali.
Como uma covarde exemplar,apenas caminhei até a próxima aula, sem nem ao menos hesitar ao entrar na sala.
Amaldiçoei-me por dentro. Perderá uma oportunidade preciosa.
Automaticamente sentei-me no meu lugar,peguei o livro e o caderno,sem me preocupar com a caneta no fundo da bolsa.
Involuntariamente, meus olhos voaram para a mesa onde se sentava Elena Gilbert. Controlei-me para não me jogar nela e desgrudar a cabeça de seu pescoço.
Estranhei aquilo, eu não era uma pessoa violenta.
Devagar,encostei minhas costas na careta e me obriguei a fitar o quadro negro,dando de cara com um novo professor e com seu nome escrito em giz na lousa.
Alaric Saltzman
Um homem de cabelos cor de areia e com uma barba rala,sorriu para a classe e se apresentou.
Eu não sei o porquê,mas senti que havia algo de errado nele. E não gostei disso.
**********************************
Alaric Saltzman,ou simplesmente,Rick parecia um humano qualquer. Mesmo se alguém o observasse atentamente não teria nada que afirmasse que ele apresentava algum risco. Em sua aparência,não havia de errado,no entanto, o seu cheiro o entregava.
Eu conheci aquele fraco odor doce. Verbena.
Neste exato instante,a erva estava em sua corrente sanguínea,protegendo-o de qualquer vampiro — exceto os originais,e ao que parecia a raça dos Cullens — ,pelo simples fato de haver verbena em seu sangue denunciava o que provavelmente era seu maior segredo.
Ele sabia sobre os vampiros.
Encolhi meus ombros quase imperceptivelmente. Essa constatação, fez um arrepio percorrer minha espinha. E por um milésimo de segundo,eu deixei transparecer minha fraqueza.
Não, eu disse a mim mesma, Isso não é bom. Nem um pouco. Mas tenho que manter minha fachada humana. Não posso fraquejar; nem por um instante.
Arqueei meus ombros e endireitei minha postura. Manti meu rosto sem nenhuma expressão.
Quando o sinal finalmente tocou,passei por sua mesa e inalei profundamente.
O cheiro era intoxicante,e queimou minhas narinas. Imaginei que a sensação pudesse ser comparado a uma pessoa que fica tempo demais debaixo d'água,e logo,erroneamente, tenta respirar pelo nariz ainda submerso.
Se Alaric percebeu algo,não disse nada ou demonstrou qualquer sinal suspeito. Droga!,ele nem sequer olhou em minha direção.
No fundo da minha mente uma voz fraca sugeriu que eu estava paranoica.
A ignorei,com medo de que estivesse certa.
Forks não era um lugar comum. As famílias fundadoras estavam lá em 1864,e consequentemente não deixaram o fato de vampiros existirem em vão. Eles se prontificaram de que cada descendente soubesse dos seres sombrios que andavam pela Terra,assim como deixaram maneiras de eles se protegerem.
Ele poderia saber,e como as outras famílias,ter a mania de temperar seu café com verbena.
Sorri triunfante, parcialmente convicta de que essa teoria era correta.
Logo,o sorriso desapareceu de meu rosto.
Caminhei distraída,seguindo atrás de Jessica e Ângela que conversavam animadamente sem se preocupar com minha falta de interesse.
Minha teoria era furada. Alaric Saltzman não fazia parte das famílias fundadoras. Era novo na cidade. Mas como? Ele sabia sobre a existência dos vampiros,sem dúvida. Então porque bebia verbena? Ele sabia sobre nós,os Salvatore?
Reprimi um suspiro de raiva. E ainda distraída,peguei apenas uma garrafa de limonada de almoço.
Automaticamente me sentei ao lado de Ângela ainda inerte em meus devaneios.
O que Alaric Saltzman fazia em Forks? Como ele sabia dos vampiros? Por que usava verbena em uma cidade supostamente segura de vampiros?
Quase dei um pulo quando Jessica voou para o meu lado e cochichou:
— Edward Cullen está olhando para você. Porque será que esta sentado sozinho hoje?
Droga! Xinguei internamente. Estava tão absorta em meus pensamentos paranóicos que me esqueci completamente da promessa que havia feito a Edward. Fato que até hoje de manhã me deixava esbaforida.
Segui o olhar de Jess e fitei os belos olhos dourados de Edward Cullen. De repente,ele piscou e com a mão, fez um sinal para que eu fosse até ele.
Jessica me olhou,surpresa.
— Ele esta te chamando?
Fingi um ar de inocência.
— Acho que ele precisa de ajuda com o dever de biologia. Vou ver o que ele quer.
Me levantei um pouco hesitante e caminhei em direção ao ser que me prendia a atenção,ignorando completamente os burburinhos dos meus colegas.
Parei em sua frente e arquei uma sobrancelha, com um leve ar de diversão.
Observei seus lábios se abrirem, formando um sorriso ofuscante.
— Que tal se sentar comigo hoje?
Debilmente,abri um fraco sorriso e brinquei:
— Claro,tenho uma promessa a cumprir.
Escorreguei para a cadeira facilmente. Seu rosto ainda estampava um meio sorriso, de tirar o fôlego. E por um momento,eu achei que estivesse sonhado,e logo,acordaria no meu quarto em Florença.
— Isso é...diferente.— murmurei, percebendo que ele esperava que eu dissesse algo.
Seu sorriso enfraqueceu.
— Eu conclui que se vou para o inferno, posso muito bem fazer o trabalho completo.
Por alguns segundos, tentei entender sua frase. Ele acreditava que ia para o inferno por ser o que era,e também, acreditava que estar perto de mim era errado.
Apertei a limonada em minhas mãos e escutei um estalo quando trincou.
— Ahh...— foi a única coisa que consegui falar. Minha visão estava vermelha. De repente,ser rejeitada por ele,ou até mesmo reprovada era insuportavelmente doloroso. Logo,a raiva foi substituída pela tristeza.
Ele franziu a testa percebendo minha reação.
— Desculpe. Não queria dizer aquilo. — ele suspirou — Eu tendo a falar demais quando estou perto de você.
Assenti,ainda abalada.
Ficamos em silêncio por um bom tempo. Podia sentir o peso do constrangimento em cada partícula de ar que entrava e saia de seu peito. O mesmo acontecia comigo.
A poucos instantes eu estava surtando por um professor supostamente suspeito,e agora eu estava surtando por causa da possibilidade de um garoto não gostar de mim.
Eu estava ficando louca. Certamente, Edward jamais se apaixonaria por mim. Estava convicta de que nada de bom aconteceria comigo. Havia uma porção de coisas que nunca aconteceriam comigo. O amor,sem dúvida, era uma delas.
Ainda em silêncio levei a garrafa em minha boca,engolindo boa parte dela.
Edward me encarava com curiosidade.
— Não está com fome?
Deixei que meu corpo relaxa-se e frazi o cenho,com nojo.
— A comida humana é um pouco repulsiva. Como por aparência.
Ele assentiu
— Não é uma das minhas preferidas tão pouco.
Seus olhos desviaram para algo a minhas costas
— Seus amigos não parecem estar muitos satisfeitos. Eles estão debatendo se devem vir te resgatar.
Revirei os olhos
— Eles vão superar.
Seu sorriso aumentou,fazendo com que meu coração revivesse por um segundo.
Abaixei a cabeça tentando controlar meus sentimentos confusos.
— No que está pensando? — Edward perguntou
Torci o nariz.
— Tentando entender alguém. — menti com maestria .
Seus sorriso falhou por um instante.
— Espero que não seja eu.
Lhe dei um fraco sorriso de cumplicidade.
— Não é.
Pude ver o alívio em seus olhos,o que me fez questionar o que ele escondia e não queria que eu soubesse.
Ignorei minha curiosidade momentânea,mas não deixei isso para lá completamente.
— Então o que?
Mordi meu lábio inferior,decidindo se deveria ou não revelar minhas especulações.
Assumi uma expressão sombria,sabendo que este era um assunto sério.
— Desconfio que o novo professor de História saiba sobre os vampiros. Não vocês,mas nós.
Edward fechou o semblante.
— Do que você desconfia?
Me inclinei levemente em sua direção.
— Ele tinha verbena no sangue.
Sua sobrancelha arqueou em um ângulo perfeito.
— Como pode saber disso? — falou em um tom conspiratório.
Suspirei
— O cheiro para nós funciona de uma maneira diferente. Cada pessoa tem um cheiro específico,uma essência. Nenhum sangue é igual ao outro,o cheiro é sua característica marcante e inigualável. Quando essa essência é misturado com verbena,seu odor se torna tóxico para nossas narinas. Geralmente não é algo que sentimos,mas a verbena faz com a pessoa esteja debaixo de um holofote e seja captada a quilômetros da distância.
Ele passou a mão pelo cabelo bagunçado. Seu rosto não tinha expressão alguma,mas seus olhos irradiavam preocupação.
Coloquei minha mão sobre a sua.
— Eu não tenho nenhuma prova. Ele não faz parte dos fundadores,mas pode ser um simples humano que tem o costume de colocar verbena no café. No entanto,acredito que seja mais prudente se prevenir e ficar de olho nele.
Edward balançou a cabeça em concordância. Por míseros segundos— que para mim,foram anos — ele voltou a me encarar.
Com delicadeza,ele apertou minha mão e abriu um sorriso torto. Aquele que me fazia esquecer de respirar.
Abobalhada,sorri de volta e admirei a sensação da sua mão na minha. O calor que envolvia meus dedos e acalentava meu coração.
Reprimi um suspiro de satisfação e quase amaldiçoei o barulho estridente que nos mandava de volta para os prédios.
Com dificuldade,puxei minha mão da sua e olhei sua carranca.
Abri um leve sorriso.
— Acho que temos que ir.
Ele negou com a cabeça.
— Eu não vou.
— Porque?— questionei
Ele franziu os lábios perfeitos.
— Tipagem sanguínea.
Mordi o lábio inferior,hesitante.
— Agora não parece uma boa idéia ir.
Ele sorriu,acompanhando com os olhos até o último adolescente sair da cafeteria.
De repente,se levantou e estendeu a mão em minha direção.
— Venha comigo.
Encarei sua mão pálida com dedos longos e finos. Por um instante,pensei recusar,dar a volta e ir até em casa cuidar de meus irmãos.
Isso seria o certo a se fazer.
Mas tomada por um impulso,sorri e finalmente,cedi.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal,gostaram?
Olha,eu não sei quando vou conseguir voltar a postar galera,porque minhas aulas voltaram,por isso não me matem rsrs. Mas eu prometo não demorar muito para postar o próximo capitulo.
Bjss
Tris Z



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