Na direção de um amor esquecido... escrita por Amanda Silva


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.
Personagem nova...



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Aos poucos Arabella se restabelecia. Muita coisa circulava sua mente, um questionamento sem fim. Porque ninguém vinha visita-la? O que ela teria feito de tão mal para que ninguém se lembrasse de sua existência?   Contudo o que Arabella não sabia é que não lhe sobrou família, não que ela conhecesse e, isso ela iria descobrir aos poucos.

Diana arquitetava uma maneira menos dolorosa para introduzir as lembranças de Arabella. Diana era uma excelente psicóloga, disto ninguém duvidaria, mas o medo de magoar sua amiga tornava tudo mais complicado.

O hospital estava movimentando na quinta- feira quando Diana adentrou o quarto de Arabella, encontrou a jovem completamente diferente do que se lembrava, reaprendendo a andar.  Era de se admirar a força de vontade da jovem, pessoas acometida de coma de mais de seis meses precisa de muletas, mas, Arabella só precisou de algumas tentativas e seus passos estavam perfeitos. 

Diana conversava com jovem para saber do que ela se lembrava mas, não havia vestígios de infância ou aventuras de adolescência. Diana viu o sorriso de Arabella brotar:

“Lembro-me de um sorriso, de que me coração sempre acelerava quando me chamava de Bella.” Ela suspirou e continuou. “Eu sei que parece loucura, mas, quando eu acordei do coma, percebi que o que me motivou a acordar foi tristeza nesse sorriso e lagrimas molhando seus lábios isso me sufocou Doutora.”

Diana não sabia o que dizer a ruiva, apenas sabia que aquele sorriso com toda certeza era de Lucas e também sabia que quando o empresário soubesse disso o rumo de seus planos seria mudado.

“Chame-me de Diana, nós éramos amigas antes de tudo isso e espero que você se lembre o quanto antes” a morena sorriu e continuou.“ você ainda vai ter que ficar em observação por alguns dias, mas prometo que vou vir te ver sempre. Quando você tiver alta, vou te ajudar com as memorias mas preciso que me conte tudo que for se lembrando ou sonhado. Certo?”

“Prometo que vou me esforça, emuito obrigado por tudo isso, não sei o que seria de mim sem você.”  Arabella abraçou de surpresa e Diana concentrou-se para não chorar, porque sabia que isso pioraria o estado da amiga.

*

Os dias se passavam e mesmo apresentando inúmeras melhoras não havia vestígios de memórias em Arabella. Lucas analisava os relatórios diários da ruiva e sabia que só faltavam 24 horas para que a mesma recebesse alta. O empresário planejava com cautela os passos e iniciativas que iria tomar, sentado no escritório que outrora fora dela, pensava na melhorar maneira de manipula-la. Olhando para uma foto emoldurada em um belo e grande quadro, Inebriado pelas memorias sorrio ao ver as fotos mais recentes da jovem em suas mãos e compara-las com o quadro a sua frente.

Arabella estava muito diferente, mais magra e bem mais confusa do que ele se lembrava. Seus cabelos ruivos estavam enormes e todas as vezes que ele ia visita-la, escondido de todos e no meio da noite, não resistia e acariciava os fios longos e macios da jovem. 

Ele sabia o quando era hipócrita em acreditar que a amava, não era merecedor de amar. Mas não sabia o que estava acontecendo consigo desde que decidiu desligar os aparelhos de Arabella, não parava de pensar nela, de lembrar-se de seus sorrisos e de seus lindos olhos que mais pareciam esmeraldas, e de alguma forma a esperança crescia desenfreadamente em sua alma lhe motivando a continuar na loucura que planejava.

Lucas recolheu todo material, organizou a o local de trabalho que logo seria de Arabella novamente, tudo ficou bem posicionado e então ele se foi preocupado com suas decisões.

Ao chegar a seu apartamento se deparou com a bela loira que o atordoava há quase um ano. O ódio tomou conta de seus olhos, entretanto, ele não poderia culpa outro alguém a não ser a se mesmo. A loira com os cabelos curtos em um corte Chanel usava lentes azuis em seus olhos grandesque estampava desejo, seus lábios pálidos pintados em um rosa que combinava com a sobra preta que contornava os olhos da mesma lhe dava um visual delicado e sensual. Lawrence benday era uma mulher que esbanjava autoconfiança, sua pele clara resplandecia em um vestido preto e saltos da mesma cor. Ela sorriu a perceber a presença do moreno e caminhou sedutoramente em sua direção.

“Hoje não Lourem.” Ela parou imediatamente ao ouvir o tom de voz áspero de seu amante.

“Você ainda esta enfeitiçado por aquela ruiva, não acredito.”Ela tornou-se impassível e o rosto angelical transfigurou-se em um ser determinado movido a ira.  “Como pode ser tão estupido!?” antes que ela terminasse, com movimentos rápidos ele a prendeu  segurou os braços da loira contra a parede mais próxima imobilizando-a.

“ O QUE VOCÊ QUER DE MIM, LAWRENCE?” os olhos da mulher em sua frente declaravam medo, ela já tinha o que queria,  sua atenção estava nela naquele momento e não em Arabella.  “Você não teve o suficiente”? Ela está lá sozinha. Não lembra mais de suas atrocidades, você está livre. Deixe-a ser feliz desta vez.”  Os olhos dos dois estavam conectados, seus rostos muito próximos e a atração física era palpável.

“O que ela tem que eu não tenho? Que porcaria você vê nela? Eu posso ser como ela se você quiser, somosiguais, eu posso te fazer feliz só você não enxerga isso.” Ela disse encostando seus lábios levemente no dele.

 O desejo foi maior e eles se consumiram em um beijo ardente que expressava à ira de ambos, suas línguas dançavam uma com a outra. Seus corpos se uniramofegantes. Lucas estava completamente perdido, elas compartilhavam traços de semelhança e podiam facilmente ser confundidas, e sua decisão estava longe de ser tomada, ele estava dividido entre a paixão e o amor. Foram obrigados a se separar pela falta de ar em seus pulmões.

O moreno se afastou deu as costas a jovem que ofegava após o beijo, ele passou a mão em seu cabelo bem alinhado e o desespero parecia tomar conta do seu corpo forte.

“Lawrence, eu não sei o que fazer.” Suspirou “Arabella precisa de nós, se seguimos um plano, se você for uma aliada podemos reverter essa situação. Ela pode nos perdoar.”

Lawrence se aproximou de Lucas em passos rápidos.

“ Porque precisa tanto desse perdão, você já tem a mim não lhe é suficiente?” ela segurou o rosto do jovem com apreensão suplicando pela resposta.

“Preciso do perdão dela porque foi rejeitável e você sabe muito bem disso”.  Ele olhou nos olhos azuis a sua frente. “Lawrence eu ainda não decidi, estou perdido mas, preciso estabelecer a paz entre nos e depois escolherei. Tente me entender, por favor.”

“Tudo bem Lucas, qual o plano?”

*

Na manhã seguinte, Diana, acordou antes de o sol raiar. Ela tinha muitos planos. Primeiro certificou-se de que o apartamento estava pronto para recebê-la, despois preparou roupas e alguns objetos que serviria de âncora para as memórias de Arabella.

Tudo estava indo bem, fazia uma semana que Arabella tinha acordado do coma estava contestando cada detalhe de sua existência mas, não havia memorias apenas o sorriso e isso, aos olhos de Diana, era completamente estranho e significava que Lucas poderia obter o que tanto queria.

Às nove da manhã, Diana encontrou Arabella se olhando no espelho. Os cabelos vermelhos alaranjados iam abaixo do bumbum,reluzente na pela branca e, os olhos de esmeraldas bem abertos e esperançosos.A bata cedida pelo hospital para os pacientes era grande para o seu corpo magro. Era uma tremenda confusão na analise de Diana.

A ruiva estava aflita e, ao perceber a presença de Diana correu para os seus braços, desolada e completamente sozinha.

“Diana, o que vai ser de mim?Pelo visto não tenho família, devo ter sido alguém horrível para que  ninguém querer me visitar.” Olhou nos olhos da doutora ainda aninhada em seu abraço. “Não me lembro para onde ir.”

“Arabella...” a Doutora suspirou “ não se preocupe, prometi lhe ajudar e aqui estou. Você não está só, você tem tudo apenas não se lembra. Para tudo que precisar estarei aqui.”

“obrigado” disse a paciente, se soltando do abraço.

“Agora tome um banho, hoje o dia será longo.”

Após o banho Arabella parecia melhor, vestia um vestido azul de mangas curtas que ficava acima dos joelhos, era justo no busto com a gola U e rodado em baixo, roupa que Diana lhe trouxera.

Diana prendeu o cabelo da ruiva em um rabo de cavalo alto para desfaçar o comprimento exagerado e, lhe entregou sabatinas em um tom de azul mais escuro que o do vestido. Passou rímel em nos cílios longos da mesma e um batom rosa cereja que amenizou a palidez da jovem.  E estavam prontas para parti.

*

 O apartamento de Arabella era amplo, as paredes esbanjavam clareza em um tom cintilante e os moves brancos dava ao local um ar sofisticado. Bella não imaginava que o possuía. Admirou cada detalhe com ternura e logo se familiarizou com o ambiente.  Sua doutora lhe apresentou tudo com calma.

“Bella, que tal darmos uma volta? Gostaria de lhe mostrar algumas coisas.” Disse a Doutora enquanto a ruiva admirava o lustre da sala de jantar.

“Sim, seria adorável. Também tenho algumas perguntas.”

Foram a uma praça bem próxima do apartamento, onde as crianças corriam e as mães conversam despreocupadas.  Sentaram-se abaixo de um sombreiro na grama fresca. Diana trazia consigo uma bolsa grande e tirou de lá uma caixinha de musica de tamanho mediano.

“acredito que isso servira.”Olhou nos olhos esmeralda em sua frende “ você se recorda?”

“Acho que não” respondeu insegura.

Diana abriu a caixa e tirou de dentro uma foto que parecia antiga. Mostrava uma criança de cabelo ruivo preso em uma traça enfeitada de pequenas flores brancas com sua bicicleta branca com detalhes rosa, vestia um vestido folgado verde claro que realçava seus olhos e estava descalça aolado de uma mulher em seus 30 anos, loira, que usava calça jeans e camisa preta e um avental de cozinha. Esbanjavam sorrisos largos em um terreno com árvores.  

Arabella fechou os olhos e as memorias a invadiram.

Flash Black on:

P.O. V Arabella.

19 anos atrás...

Amanhã será meu aniversário, mas mamãe disse que meu presente chegará hoje.

Vesti meu vestido favorito, verde claro e soltinho fiz a trança que mamãe me ensinou e prendi. Quando cheguei à sala papai estava sentado no sofá tinha acabado de colher flores no jardim, e enfeitou meu cabelo com elas. São brancas com miolo amarelo, tão lindas. Sorri para ele, papai está tão diferente hoje parece triste então resolvi abraça-lo.

“Bella, minha filha tenho uma surpresa para você la fora” diz e abre o belo sorriso que me convence. “mas antes feche os olhos e só abra quando eu disser”

“ta bem, papai” respondo e fecho os olhos.

Ele paga minha mão e me guia ate o quintal.

“Abra os olhos, querida.”

Quando o fiz me encantei, era a bicicleta mais linda que já tinha visto. Da minha cor preferida; branca, porém com detalhes rosa. Abracei papai. fiquei tão feliz com a surpresa.

“que tal fazermos um teste Bella?” pergunta papai.

“eu tenho medo papai, nunca fiz isso” respondi tristonha.

“minha querida você já está quase 5 aninhos está na hora de se aventurar” deu um leve risada e continuado disse; “vamos, suba! Prometo ajuda-la”

Subi na bicicleta e papai segurava por trás do acendo de maneira que me mantinha em equilíbrio, mesmo tendo rodinhas. Com algumas pedaladas já me senti segura então papai foi me soltando aos poucos.

“Júlia venha depressa! Arabella está a pedalar” – gritou. Então mamãe apareceu correndo enxugando suas mãos em um pano-de-prato.

“olhe para frente querida, está indo bem.” Disse mamãe arrumando seu avental de cozinha.

Estava tão feliz que não percebi a velocidade que ia, me desesperei ao perceber que não conseguia mais parar.

“mamãe, não consigo mais parar.”Gritei assustada.

“calma filha, pedale devagar” advertiu enquanto corria na direção que estava indo.

Inclinei a bicicleta para fazer a volta e por causa da velocidade a mesma virou, me lançando no chão e continuando o percurso inclinado por alguns centímetros. Mamãe chegou em pouco tempo me levantou e ajudou-me  a caminhar até a varanda do quintal onde papai esperava-nos com a câmera fotográfica.

“Temos que registrar esse momento. A primeira aventura” disse papai.

Limpei os joelhos que estavam doloridos por conta do pequeno corte causado pele queda, corri busquei minha linda bicicleta e fiquei ao lado de mamãe então, papai nos fotografou.

Depois corri e abracei papai. Mamãe logo se juntou ao abraço.

“Eu amo tanto vocês” disse em meio ao abraço.

Flash Back off:

“Diana foi incrível eu me lembro desta foto, eu ia fazer 5 anos” disse a doutora a minha frente.

“Estou tão feliz por você, como se sente?”Ela pergunta.

Era encantador, meus pais tão amorosos. Porque ainda não apareceram para me visitar, possivelmente moram longe ou eu fui uma má filha, são tantas possibilidades.  Os olhos de mamãe eram muito lindos, tão celestes.

 “Sinto-me amada, viva. Foi muito real.” Sorri. “Onde estão meus pais?”

“Vamos até eles.” Disse Diana pegando sua bolsa levantando-se.

Caminhamos um pouco ate um jardim próximo, logo atrás havia uma grade antiga a qual adentramos. Meu coração disparou enquanto caminhávamos em meio às várias lápides. Era um grande cemitério todas as lapides em cinza com os nomes gravados tanto em ouro como em prata, o cheiro de flores exalava no local. Então Diana parou de frente a duas lápides, meu coração quis parar naquele mero segundo. Gravados em ouro reluzente estava;

Robert DaviGröner, Pai e esposo adorável.

Júlia Evelyn Gröner, Mãe e esposa adorável.

Naquele momento meu sangue entrou em convulsão, não pude sustentar meu peso e deixe-me cair sentada junto as rosas brancas que preenchiam o tumulo, também havia um cartão; “De: Analise Lourem.”  Entretanto não me importei com os detalhes apenas com a nova e dolorosa lembrança que me invadia.

Era tão nítido e eu não podia fazer nada que revogasse aquele momento. Tantos momentos felizes, papai tinha olhos esverdeados como os meus. As nossas brigas por motivos banais. Era como viver tudo novamente.

Não pude suportar a dor tomava meu fôlego, Diana me abraçou e foi a ultima coisa que me lembrei.

Desmaiei em seus braços, esgotada de tantos sentimentos em uma única tarde.

P.O.V Arabella off.


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Notas finais do capítulo

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