Freaking Birthday escrita por Rocker


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Não sei bem explicar, essa one shot não é exatamente a continuação de Oh Sweet Birthday, é mais um spin-off. Minha irmã leu a primeira one e praticamente me obrigou a escrever como eles se conheciam. Como é raro ela pegar alguma coisa minha pra ler e gostar, decidi escrever. Então agradeçam a Bruna, ela me encheu muito o saco até eu finalmente escrever e.e Vou deixar nas notas finais o link de Oh Sweet Birthday para quem quiser ler. Não é necessário para entender a história, mas ajuda. Espero que gostem ♥

Bem, como eu disse no Disclaimer, a personalidade do garoto é minha, então resolvi postar aqui como história original. Nicholas é Kian Lawley por curiosidade ;)



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Freaking Birthday

Capítulo Único

Written by Rocker

 

Participar de festas infantis nunca foi meu forte. Ou qualquer outro tipo de festa. Sarah dizia que eu era muito anti-social, mas não era algo que eu pudesse mudar. E mesmo se pudesse, eu não iria querer. Gostava do meu mundo calmo. Gostava de ficar no jardim da frente de casa lendo um livro sem ser incomodada. Era algo que eu não trocaria por noites seguidas de festa e bebida.

— Audrey! - chamou minha mãe.

Bufei, levantando-me do sofá. Não era algo que eu pudesse reclamar abertamente. Minha irmã Julie estava adorando sua festa de três anos, e eu gostava de vê-la feliz. Então o mínimo que eu poderia fazer era ajudar quando fosse preciso para que sua festa fosse perfeita.

— O que foi, mãe? - perguntei quando cheguei à cozinha.

— Pode levar alguns doces nas mesas e depois guardar os presentes de Julie no quarto dela? - ela pediu, pegando duas garrafas de refrigerante na geladeira.

— Tudo bem. - eu disse, pegando uma bandeja em cima da bancada e colocando alguns pratinhos de doce dentro dela.

Equilibrei-a em meu braço e sai para o quintal, que tinha mesas espalhadas e uma cama-elástica no centro. Quando as crianças ali presentes me viram com a bandeja, eu quase fui atacada.

— Calma, gente, sou uma só! - exclamei, tentando driblar os pequenos e chegar às mesas com alguns adultos.

— Mas a gente quer doce, tia Audy! - pediu um dos meninos, que reconheci sendo Aaron.

— Calma, pequeno, deixa eu servir os adultos primeiro. - respondi, indo até as mesas e colocando os pratinhos sobre a mesa.

— Obrigado, garota. - agradeceu um dos homens, possivelmente pai de alguma das crianças.

Abri-lhe um sorriso como resposta e terminei de servir as mesas. E as crianças ainda me acompanhavam com sua algazarra.

— Ei, ei, ei! - chamei a atenção deles. - Esperem aqui, eu vou buscar mais doces, soldados. - eu disse, mandando uma piscadela para Aaron.

Ele me conhecia bem por estar frequentando nossa casa há mais tempo. Mesmo para um menino de quatro anos, ele começou a organizar os amigos em fila, dizendo que eu não iria entregar nenhum doce se eles não se comportassem. Enquanto eu seguia até a cozinha, pensei no quanto ele estava certo. Coloquei mais alguns doces na bandeja e sai de novo. As crianças ameaçaram correr até mim, mas quando eu parei no meio do caminho, eles também pararam.

— Pronto, agora sim! - exclamei quando cheguei até eles.

Entreguei uns três doces para cada um, e eles logo voltaram para a cama-elástica.

— Audrey! - ouvi um a voz infantil e bastante conhecida chamando por mim. - Audrey!

Virei-me para Julie, que vinha correndo até mim.

— O que foi, pequena? - perguntei, segurando-a por baixo dos bracinhos e puxando-a para meu colo.

— A campainha tocou, mas eu tava com vergonha de ir atender. - ela disse baixinho, como se fosse um segredo, enquanto pousava suas mãos em meu ombro para se firmar em meus braços.

— Tudo bem, vamos até lá atender juntas. - eu disse, caminhando para dentro de casa.

— Pode ser a Isabelle. - murmurou Julie.

— Talvez. - concordei enquanto abria a porta.

Isabelle estava lá, mas não sozinha. Um garoto a segurava no colo. Alto, moreno, um piercing no nariz e algumas tatuagens no braço. Ele era lindo. E estava na minha porta.

— O-oi. - gaguejei, e senti Julie apertando meu ombro como se soubesse que eu estava envergonhada. - Podem entrar.

O garoto entrou com Isabelle e a soltou no chão logo depois.

— Eu pedi para ela vir com o irmão dela para vocês se conhecerem. - Julie disse ao meu ouvido logo antes de descer do meu colo. - De nada.

Corei enquanto as duas corriam para o quintal. Sentia a presença do garoto quase fisicamente. O fato de eu ser extremamente tímida e ter um garoto lindo na minha casa não ajudava em nada. Principalmente que Sarah não havia chegado ainda.

— Agora entendo porque Isabelle quis tanto que eu viesse. - ouvi uma voz grossa atrás de mim e me virei, um pouco surpresa. Ele tinha um sorriso torto nos lábios. - Sou Nicholas.

Apertei sua mão estendida, sentindo a minha meio trêmula. - Audrey.

— Eu nunca tinha te visto por aqui antes. - ele comentou e eu percebi que também nunca o havia visto. E éramos vizinhos de mesma rua.

— Bem... - murmurei, coçando minha nuca. - Eu não sou muito de sair de casa, talvez seja por isso.

O garoto, Nicholas, arqueou uma sobrancelha.

— Você não me parece o tipo de pessoa proibida de sair de casa.

— É porque não sou. - eu disse, e ele franziu o cenho em confusão. - Eu fico em casa por escolha minha. Gosto de uma rotina calma.

— Você não gosta de sair? Tipo, nunca? - ele perguntou, parecendo incrédulo.

Apenas dei de ombros.

— Às vezes ficar no sofá lendo meu livro - apontei para o "Orgulho e Preconceito" em cima do sofá. - ao invés de passar a madrugada bêbada em alguma festa seja uma boa escolha.

Nicholas ficou algum tempo calado, talvez pensando em minhas palavras.

— De certa forma, talvez você tenha razão. - ele disse por fim.

— Se quiser eu te mostro como não é tão ruim.

Arregalei os olhos quando percebi o que havia dito e condenei-me até minha última geração.

— Só se me permitir mostrar o meu mundo. - Nicholas surpreendeu-me ao dizer, abrindo um sorriso torto.

Sorri de volta para ele, e ficamos algum tempo em silêncio, apenas olhando um para o outro.

— Oh, Nick, que bom que está aqui! - minha mãe exclamou e o abraçou quando se aproximou de nós.

Meu cenho se franziu e eu tinha certeza que minha expressão se tornara uma carranca estranha.

— Você o conhecia, mãe? - perguntei, ainda em dúvida.

— Claro, eu e a mãe deles somos amigas já tem algum tempo. - ela explicou, ainda com o braço ao redor dele, como se fosse a coisa mais simples do mundo.

E talvez fosse.

— Okay, com isso de não sair de cada eu não conheço ninguém. - resmunguei.

— Você não sai de casa quando mando. - retrucou minha mãe, dando de ombros.

Ela e Nicholas riram de mim e eu revirei os olhos.

— Tudo bem, eu tento sair mais. - cedi.

— Vou apresentá-la alguns amigos, senhora Morgan. - ele garantiu, ainda sorrindo.

— Ela e Sarah precisam sair mais. - disse minha mãe, e eu revirei os olhos novamente. - Audrey, pode ficar aqui conversando com Nick, eu me viro daqui para frente.

— Tudo bem. - assenti.

Ela logo saiu, deixando-nos a sós. E eu não iria ficar em pé à toa, então me joguei no sofá. Nicholas sentou-se ao meu lado, pegando "Orgulho e Preconceito" no braço do sofá.

— Eu vou mesmo gostar disso? - ele fez uma careta ao começar a folhear as páginas.

Sorri-lhe. - Leia e descubra.

— Garanto que vou ler. - Nicholas também sorriu.

Um sorriso que claramente indicava que aquela não seria nossa última conversa.

Aquele maldito aniversário não parecia mais tão ruim.

 


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Notas finais do capítulo

Oh Sweet Birthday:

https://fanfiction.com.br/historia/653324/OhSweetBirthday/



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