A Matter of Time escrita por Clever Girl


Capítulo 11
Capítulo 11 – Turning Page


Notas iniciais do capítulo

I'm back my loves! Tanta coisa aconteceu nesse tempo. Era eu escrevendo capítulos de outra fanfiction, tendo pouco tempo, ficando gripada, e esse capítulo foi sendo adiado. E para a felicidade de minha inspiração e animação pra escrever,achei a música perfeita para nosso casal nessa história, mas sabem o que é perfeita mesmo? Fiquei tão ansiosa pra escrever por conta dela, que até nomeei o capítulo em sua homenagem. Se quiserem ouvi-la depois, colocarei o link na descrição, eu recomendo muito. Talvez seja um pouco suspeita a falar, pois amo quem canta e praticamente todas suas músicas kk
E se quiserem ler a outra fanfic que estou fazendo em parceria com a autora Himiko (Porque sim, eu tinha que postar mais uma), vou deixar o link nas notas finais também. Moral da história:Links nas notas finais.
Agora sério, se você curtem Snowbarry,Olicity e um tema estilo contos de fada, acho que vão gostar. E não é minha parte " a pessoa que escreve a fic falando" kkkk
Espero que gostem do capítulo e beijinhos...



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Assim que chegou ao Star Labs. Barry pode sentir um clima diferente no local. Caitlin evitava olhar pra ele, e Cisco mantinha um olhar divertido em seu rosto, como se soubesse de algo que ele não.

— O que foi? — O velocista indagou curioso.

— Nada — A resposta veio de ambos, apressada demais.

 O Allen olhou para os dois desconfiado. O que estavam escondendo dele?

— Cait?

— Não é nada Barry, e sabe o quê, tenho que levar isso pra outra sala...Então... — Ela  declarou levantando um pasta de arquivos em sua mão, e tratou de sair dali, mas não antes de olhar Cisco com uma expressão mortal.

— O que deu nela? — Sua atenção é dirigida para Cisco, depois que sua médica se vai.

— Nada...Só uma coisa com minhas primas —O engenheiro mantém um sorriso travesso, esforçando-se para não rir

— Suas primas?! O que? Me conte, eu estou curioso agora

—Não posso cara. Esta no código Bro e ela me mata se eu disser algo. Espero que um dia saiba da história, mas vai por mim, não pergunte.

— Cisco? — Ainda insistiu, tentando covencer o amigo, agora que o mesmo havia atiçado sua curiosidade.

— Nem vem. Ainda não chegou a ver Caitlin verdadeiramente irritada, e vai por mim, não é algo que gostaria...Pelo menos não, se tem amor ao seu pescoço.

— Okay, deixarei essa passar, mas só se me tirar uma dúvida

— Manda ver —Aceitou o engenheito

—É o melhor amigo dela, não é?

— Gosto de pensar que sim.

— Hum... É que Cait comentou que Ronnie, seu noivo, não era sua alma gêmea, então estive pensando: Você saberia dizer se...Bom, se ela sabe algo sobre ele.

— Por que quer saber? Gosta dela?

—O que? Não, não é isso. Só quero saber por pura curiosidade e nada mais.

— Hum...Curiosidade? Certo! De toda maneira, ela nunca falou sobre isso. Eu só soube que não era Ronnie, porque já vi a marca dele e ela definitivamente não tem, mas a maiorias das pessoas acreditava ser ele, ainda mais depois do que ocorreu quando o acelerador explodiu.

— O que aconteceu quando o acelerador explodiu?

—Ela...

— Não ficaria feliz em ver você falando sobre sua vida pessoal pelas costas, não é senhor Ramon? — Wells o calou, repreendendo-o assim que entrou na sala.

 Cisco arregalou os olhos e deu um pequeno salto com o susto de ver seu chefe e mentor de repente. Em seu rosto ele exibia uma expressão culpada, de quem acabara de ser pego no flagra fazendo algo errado.

— E senhor, Barry Allen, não deveria esta na delegacia uma hora dessas?

— Sim, eu só passei aqui pra me certificar de que esta tudo bem.

— Lhe certifico que esta

 Harrison Wells não estava em seu melhor humor naquele momento. Era quase como se não quisesse que Barry e Cisco continuassem essa conversa, ou pelo menos foi essa a impressão que o velocista teve, e mesmo se fosse verdade, provavelmente seria pelo motivo que o levou a chamar a atenção de Cisco.

— Então acho melhor ir — Resolveu ir e evitar qualquer tipo de conflito

...

As coisas no departamento de policia estavam normais. O perito terminava seus relatórios se esforçando o máximo possível pra ter sua completa atenção no que estava fazendo, e não em sua talvez vida amorosa. O que aconteceu com Cait na noite em que o acelerador explodiu? Além do que ele obviamente já sabe, é claro. O que Cisco lhe diria se Wells não tivesse interrompido-os naquele momento? Talvez algo que lhe levaria a respostas...Ou talvez não.

 — Terra chamando Barry — Joe chama sua atenção, fazendo o Allen perceber que se distraiu mais uma vez.

— Oh...Oi. Estava aqui terminando um relatório

— Estava mais pra no mundo da lua. O que esta havendo Barry? Tem haver com a misteriosa mulher que você finge que não existe?

— Sim...Quer dizer, não! Não! Não tem mulher misteriosa alguma, é tudo coisa da cabeça da Iris.

— Sou um detetive, sei quando mentem pra mim, e acredito na sua desculpa tanto quanto acredito na fada do dente. Se não quiser falar sobre isso, não fale, mas acho que agora você faria um bom proveito de uma pausa.

— Ainda tenho trabalho a ser feito.

— Trabalho que faria bem mais rápido se tivesse concentrado, e não é tanta coisa assim, ou tão urgente. Dê uma volta, limpe a cabeça, talvez tome um café. Esta precisando.

— Tudo bem, você esta certo, acho que uma pausa me faria bem.

— Então te vejo mais tarde Barry.

— Até mais tarde Joe — E com isso o velocista deixa a delegacia.

Ele resolveu por não tomar um café, e sim optou por uma deliciosa rosquinha com cobertura de chocolate, enquanto caminha pelas ruas de sua cidade.

 O perito forense havia decidido que tinha que acabar com aquilo naquele momento, a dúvida já estava o corroendo demais. Iria conversar com Cait, e iria ser hoje, só não sabia ainda como.

" Hey Cait, você por acaso não seria minha alma gêmea, seria?" Foi uma abordagem que descartou, queria algo mais sutil.

 Ficou pensando em frases...Maneiras de lhe fazer essa pergunta, porém nada que vinha em sua cabeça era bom o suficiente. Talvez fosse apenas medo. Medo de não ser ela e estar errado, ou descobrir que estava certo e que ela não quis ser essa pessoa.

 Seus pensamentos só foram silenciados quando fumaça chamou sua atenção. Em um prédio bem perto de onde estava, ocorria um incêndio que bombeiros tentavam apagar, e o Flash seria bem útil em ajudar a tirar todas as pessoas que ainda estavam lá dentro. Sem ir aos laboratórios pegar seu uniforme primeiro, o velocista correu em socorro as pessoas. Estaria tão rápido que ninguém iria vê-lo de toda a maneira. O que provou-se uma ideia não tão boa. Já que roupas normais são um pouco inflamáveis a velocidade e o fogo não ajudava a melhorar a situação.

 Caitlin estava no banheiro lavando as mãos, quando sentiu as primeiras queimaduras. Como não foi notificada de nenhuma atividade do Flash, sabia que o Allen havia aprontado alguma. Assim que a rápida dor se foi, ela saiu em passos rápidos ao córtex da instalação, encontrando só Cisco mexendo nos computadores.

— Onde esta... — Iria perguntar, mas parou ao ver o velocista chegando, ainda apagando um pedaço de sua camisa pegando fogo. — Barry?

...

 Barry estava sentado naquela mesa de metal mais uma vez. Desde que acordou e vem agindo como o Flash, aquele é como se fosse um ponto de parada obrigatório ao herói. Caitlin insistiu em cuidar de seus ferimentos, mesmo que esses fossem tão insignificantes a ponto de dentro de uma hora, não haver mais nem sinais que existiam. Na realidade, alguns deles nem mais ali estavam, só os maiores se encontravam evidentes.

— Que ideia idiota Barry, devia ter vindo aqui primeiro pegar seu traje, antes de se meter em um prédio em chamas — Repreende-o enquanto limpa e lida com os ferimentos menores em seu corpo.

—Eu já estava praticamente de frente ao incêndio Cait.

— Claro, também não seria como se você tivesse super velocidade e demorasse menos de 10 segundos pra vir aqui se trocar e voltar pra lá, não é?

— Okay, admito que não pensei direito na hora.

— Mas deveria — Sua voz era dura e forte.

 Qualquer pessoa classificaria isso como raiva, porém por traz de toda aquela fachada ele podia notar o real motivo. Ela estava preocupada, preocupada com ele.

Caitlin já havia limpado e coberto todos seus pequenos ferimentos, que já não eram tantos a essa altura do campeonato. No momento só faltava o maior, que consistia em uma queimadura de cinco centímetros agora em carne viva. Ele não sentia dor alguma com isso, mas este fato veio a mudar quando Cait colocou a gaze encharcada com o produto anti séptico  em cima dele.

 O corpo de Barry se contraiu com o ardor repentino, que só veio a cessar alguns segundos depois. Ele olhou para ela assim que a dor passou, mas ela não estava olhando pra ela. Sua cabeça estava virada um pouco de lado, como se não suportasse olhar para a ferida, e sua testa franzida em quase uma careta, que foi se suavizando lentamente. Quando percebeu ser observada, sorriu um sorriso tímido como se nada houvesse acontecido e continuou seu trabalho.

 A mente do velocista começou a trabalhar rapidamente. Será isso a prova que procurava, ou apenas algo que seu cérebro criou, tentando corresponder a suas expectativas.

— Sempre faz isso? — Pergunta por fim, cedendo a sua necessidade.

— Faço o que? — Respondeu com outra pergunta, terminando de cobrir seu ferimento com o curativo e tirando as luvas de látex azul de suas mãos.

— Essa careta enquanto cuida dos machucados da alguém?

— Eu...Eu não... Não faço careta nenhuma. — Ela começa a recuar, tentando se livrar daquela situação.

— Mas você fez. Tenho certeza que já viu feridas muito piores antes, mas ainda assim...  — O velocista se levantou da mesa e foi andando até ela, decidido a não deixa-la fugir antes de descobrir a verdade.

— Não... Sou uma doutora e já vi muitas coisas piores, então é claro que não... Não fiz careta alguma, você dever estar imaginando... — Sua frase se interrompe quando suas costas encontram a parede —... Coisas.

— Estou? Estou mesmo? Então por que esta tão nervosa? — Disse ele parando tão perto dela, que estavam a míseros centímetros de se tocarem.

 A respiração de Caitlin se tornou descompassada. Ele estava tão próximo dela, que quase se podia sentir o calor emanando de seu corpo. Seus olhos caíram para seu torço desnudo e ela sentiu uma imensa vontade de toca-lo. Subiu o olhar novamente ao seu rosto na esperança que passasse, mas suas respirações estavam tão perto, que outras ideias vieram a sua cabeça. Ela não confiava em si mesma para dizer mais nenhuma palavra. Sua vontade era agarra-lo naquele exato momento, e se ele chegasse um pouco mais perto, não poderia resistir por muito mais tempo.

—Eu preciso saber Cait — As palavras dele saíram em um sussurro que causou arrepios a doutora.

 Se dissesse que ela foi capaz de processar o que ele acabará de dizer, estaria mentindo. Sua mente nublada pelo pensamento de quão maravilhoso serias ter seus lábios nos deles.

Barry  não era alheio as reações que estava causando nela. A boca entreaberta, respirando ofegantemente, suas pupilas dilatadas, estava tudo ali, e com certeza não era algo de sua cabeça. Naquele momento,com o aroma doce do perfume da doutora invadindo suas narinas, percebeu que havia chegado perto demais para voltar atrás. Era quase como se uma aura tivesse se formado em volta deles, puxando-os juntos.

 Ele tocou o rosto dela delicadamente, suas mãos correndo até se engancharem em seus cabelos macios. A sensação familiar de formigamento tomou conta dele assim que realizou tal ato, fazendo-o ter total consciência dos desejos de seu coração. Ela fechou os olhos ao seu toque e ele pode perceber o indicio de um pequeno sorriso querendo se formar em seus lábios, lábios esses que não foi capaz de desviar o olhar.

 Instintivamente o velocista foi se inclinando pra frente, deixando uma questão de milímetros entre ambos os rostos. Ele lhe deu alguns segundos, apenas deslocando seus lábios próximo aos dela, em uma espécie de provocação antes de selar o beijo. Em nenhum momento ela veio a recuar, pelo contrario, só se inclinava mais a procura do que tanto precisava, e que não demorou muito a obter.

 Os lábios dele caíram sobre os dela, unindo-se pela primeira vez, e para ambos foi como se o mundo houvesse explodido em um espetáculo de cores e sensações. Com seu braço disponível, ele envolveu a cintura da doutora, reivindicando seu corpo para junto do seu,enquanto aprofundava seu beijo. As mãos da doutora vagavam entre sua nuca, braços e peitoral, mas não por não saber onde coloca-las e sim por querer tudo.  

 Não se poderia dizer que aquele foi um beijo doce, ou delicado. O beijo que compartilhavam era algo repleto de amor, paixão, desejo e principalmente, saudade. Saudade de duas partes de uma mesma alma que se procuraram incansavelmente por toda sua existência, e agora estavam finalmente unidas novamente. E foi essa a verdade incontestável revelada naquele momento. Por toda suas vidas eles foram quebrados; incompletos, e agora, finalmente, com seus corações batendo aceleradamente na mesma sintonia, todas as peças foram colocadas juntas e eles eram um novamente.

Quando o ar se tornou escasso, e não havia uma maneira de continuarem, se separam. Barry abriu seus olhos relutantemente, temendo que aquilo fosse apenas um sonho...O mais maravilhoso que já teve em sua vida; porém ao olhar pra ela, sua respiração ainda ofegante, seus lábios inchados e suas pupilas ainda dilatadas pelo desejo, chegou a conclusão que nem suas mais incríveis fantasias eram capazes de criar algo tão perfeito.

 Iris tinha toda razão. Ele não precisava ver uma marca, ou que alguém lhe contasse. Seu coração conhecia a verdade, e sabia com a mais absoluta certeza.

— É você!


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Notas finais do capítulo

Alguém teve um ataque cardíaco? Piripaque? Estavam esperando por isso faz tempo, não estavam? Sei que sim! Eu estava!

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Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=Q1oNpoEhW1Y
E
Link da fanfiction: https://fanfiction.com.br/historia/687997/Just_The_Way_You_Are/