Porto-Seguro - Corações Incompletos I escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 22
Decisões Importantes II


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Versão Christian.

Estou na casa da minha mãe sentado no sofá tentando me concentrar em algo.
Eu ainda não acredito que a Ana vai me deixar, eu a amo, eu sei disso... Mas se bem que eu fui um idiota com ela ultimamente, eu a magoei de várias formas, e mesmo assim ela continuou ao meu lado, mas como toda pessoa que tem um coração ela se esgotou.
Não consigo imaginar minha vida sem ela.
Como vai ser agora quando eu acordar e não ver aquele sorriso? Ou até mesmo receber um bom dia?
Aquela garota é tudo na minha vida, ela tem um jeito todo arapalhado e confuso, é especialista em fazer um bom drama, sem contar sua bipolaridade. Mas é dona de um jeito único e cheia de mistérios, e é isso que me faz amá-la.
Meu Deus! E a Pheobe?
Como eu vou conseguir viver sem ver aqueles olhinhos e aquele sorriso?
Ouvi-la me chamando de papai, ou até mesmo nossas brincadeiras, isso me faz querer ser uma pessoa melhor, mas agora que eu destruí tudo, para quem eu vou ser melhor?

—Está tudo bem meu filho? —Mamãe pergunta.
—Não. —Digo exasperado. —Eu não acredito que estraguei tudo com a Ana. Mamãe aquela garota foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, e eu destruíu isso.
—Sabe filho... —Mamãe senta ao meu lado. —A Ana é uma ótima garota, ela é boa e muito sensível, mas além de todas as qualidades que ela tem, ela tem uma que ninguém consegue quebrar. O amor. Eu nunca vi ninguém amar como ela ama, mesmo com todos os traumas, mesmo depois de tudo que ela passou, ela consegue se entregar ao amor. Ela enxerga o melhor das pessoas, e ela enxergou o seu melhor. Não abra mão dela. Dê um jeito de consertar isso.
—Como?
—Só você mesmo poderá dizer.

Mamãe me dá um beijo e sai da sala.
Fecho meus olhos e passa aos mãos pelos cabelos.
Como eu vou recuperá-la?
Sinto meu celular vibrar no meu bolso e pego-a, atendo rapidamente ao ver que é Ana.

—Ana? —Pergunto calmamente.
—Papai. —A voz de Pheobe do outro lado faz meu coração acelerar.
—Querida, está tudo bem?
—Não. —Ela diz chorando.
—Pheobe onde está a mamãe?
—Eu não sei. Ela entlou e me mandou voltar pala o carro. A pota estava abeta papai.
—Querida. —Levanto-me e começo a andar de um lado para o outro. —Onde você está?
—No carro.
—E a mamãe?
—Em casa, ela não sai, ela está glitando papai.
—Pheobe, não sai do carro, e tranque as portas.
—Ta bom papai. Você vai vir?
—Eu já estou chegando.
—Vem rápido papai?
—Vou sim meu amor.

Pego as chaves da minha moto e saio de casa, mas antes ligo para o Ray.

—Christian?
—Ray a Pheobe acabou de me ligar, ela disse que aconteceu algo com a Ana, eu não entendi direto, mas estou indo para casa.
—Como assim? —Ray grita.
—Eu não sei direito, mas por favor, vá para a nossa casa.
—Eu estou indo.

Desligo o celular e subo na moto seguindo para casa.
Como a casa dos meus pais fica mais perto eu chego primeiro que Ray, desço da moto e vejo Floquinho e Fadinha latindo e tentando entrar em casa, mas a porta está fechada.
Pheobe está no carro com as portas fechadas.

—Pheobe. —Digo batendo na jenela.
—Papai. —Pheobe diz e destrava a porta.
—Onde está a mamãe?
—Lá dentlo.
—Não sai daqui, está ouvindo?
—Sim papai.
—Tranque as portas.

Fecho a porta do carro e Pheobe as trava, vou correndo em direção a porta e abro lentamente, Fadinha e Floquinho entram correndo e eu entro logo atrás.
Os cachorros sobem correndo, mas eu paro ao ver uma blusa da Ana jogada no chão.
Merda!

—Não! —Ouço um grito dela e meu coração para. —Me solta!

Subo as escadas correndo e vejo Floquinho e Fadinha parados em frente à porta do nosso quarto, que está fechada. Abro a porta e os cachorros entram correndo, eles se escondem em baixo da cama e eu posso ver Ana jogada sobre a cama e um homem em cima dela, eu não consigo ver seu rosto, mas acho que pode ser Josh.
Ana está gritando e tentando sair de baixo dele enquanto o homem tenta tirar sua roupa.
Maldito!
Aproximo-me sem fazer barulho, mas antes que eu posso fazer qualquer coisa Floquinho salta de baixo da cama e ataca o homem sendo seguido por Fadinha, eles começam a morder o homem e eu corro até Ana e a pego em meus braços.

—Christian. —Ana sussurra.
—Eu vou te tirar daqui baby.

Corro para fora do quarto com Ana e encontro Ray no corredor.

—Christian.
—Ray, ele está no quarto, os cachorros atacaram ele.

Ray saca sua arma e vai correndo para o quarto.
Desço as escadas e coloco Ana no chão, tiro meu casaco e coloco sobre seus ombros.

—A Pheobe?
—Está no carro.

Ana me empurra e sai correndo, vou atrás dela e apenas a vejo tirando Pheobe do carro e abraçando-a.
Um disparo chama a nossa atenção e eu volto para dentro da casa, mas ao ver Ray descer as escadas sendo seguido por Fadinha e Floquinho fico mais tranquilo.

—Aquele maldito nunca mais vai encostar na minha filha. —Ray fala. —Christian, leve as meninas daqui, eu vou chamar alguém para limpar a casa.
—Está bem Sr. Steele.

Saio de casa e Ana me olha preocupada.

—Seu pai está bem, ele pediu que eu levasse vocês daqui.
—E a Fadinha e o Floquinho?
—Eles estão bem.
—Eu quero vê-los.

Assobio e logo os dois aparecem correndo todos sujos de sangue.

—O que aconteceu com eles mamãe? —Pheobe pergunta.
—Nada querida. —Ana diz. —Eles vão ficar bem.
—Ana... —Sussurro me aproximando.
—Não. —Ana coloca a mão na frente. —Por favor, não faça isso, eu não mudei de ideia.
—Por favor Ana.
—Não, para. Eu não consigo mais. Eu não aguento mais essas coisas. Fica longe de mim.
—Mamãe... —Pheobe diz chorando.
—Me dá mais uma chance.
—Para você me magoar outra vez? Desculpa, mas eu não consigo.
—É isso mesmo que você quer?
—Nós já entramos nessa dicussão Christian, não é eu, e sim você.

Olho para ela e apenas mantenho o silêncio.
Caminho até a minha moto e ouço Pheobe me chamar, mas não olho para trás, ascelero a moto e sigo para um bar que costumo ir, talvez beber me faça esquecer como eu fui um filho da puta.


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Notas finais do capítulo

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