Laços Por Contrato! escrita por KAT


Capítulo 11
As coisas não deviam ser assim!


Notas iniciais do capítulo

Galeraaa, mil perdões pela demora, juro que queria postar rápido mas, um tanto de coisa deu muito errado aí não deu, maaas finalmente consegui postar haha. Quero dedicar esse capítulo há "Nathalya Goncalves" que recomendou a fanfic, muitooo obrigada meu amor, fiquei feliz deemais!



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POV. Paulina

— Acordem pombinhos! – ouvi a voz de Paola e logo pulei da cama.

— O que está fazendo aqui? – Carlos Daniel indagou, parecia tão surpreso quanto eu.

— Bem apressada você não é mesmo, irmã – disse sarcasticamente – Perdeu a mãe ontem e em seguida foi caçar um homem para fazer sexo.

Senti vontade de bater nela até desfigurar aquele rosto tão idêntico ao meu, entretanto, ao mesmo tempo me senti culpada… Talvez ela estivesse certa.

Enfim, só a lembrança de ter perdido minha mãe tão recentemente já me deixou acabada!

— Paola sai daqui agora. – Carlos Daniel gritou – Isso é invasão de privacidade, sabia?

— Escuta aqui, queridinho, quem dá as ordens sou eu! – Paola berrou na mesma intensidade – E para avisar quero deixar algo claro: Sua nova esposa de mentirinha serei eu.

— O que? Você ficou maluca!? - Carlos Daniel perguntou, eu sabia muito bem oque estava acontecendo aqui. Ela queria o meu lugar.

— Caso você não aceite, contarei de toda essa farsa entre vocês não apenas para seus pais, mas também para os maiores clientes da empresa de seu pai, o que provavelmente levará vocês há falência. - ameaçou, deixando-me incrédula.

— Por que está fazendo isso?

— Não vai mudar nada para você. A diferença é que terá uma versão melhor dessa mosca morta.

— Lhe dou dinheiro, o mesmo que Paulina recebe, mas por favor, não faça isso.

— Uau… Você realmente está apaixonado, não é? – Meu coração palpitou quando ela disse isso, seria mesmo verdade?

Carlos Daniel havia se apaixonado por mim?

— Apenas não quero precisar suportar você sempre… – Carlos Daniel falou, explicando-se e tirando minhas esperanças.

— Olha, sinceramente, tem como vocês falarem sobre isso depois? Tenho um enterro para ir. – implorei, já cansada daquele dia e desejando com todas as forças que ele terminasse logo.

— A Paulina tem razão. Depois resolvemos isso Paola.

— Não tem o que resolver, Carlos Daniel. Eu já decidi tudo! – Paola falou com o mesmo ar prepotente de sempre e depois saiu de lá.

Horas Depois…

Carlos Daniel havia sido incrível comigo, arrumou tudo do enterro e por sorte não precisei me preocupar com nada.

E agora, eu apenas estava preocupada em prestar atenção nas palavras do padre, mas para falar a verdade, meus pensamentos estavam bem longe.

Foquei meus olhos em algumas fotos encostadas na sepultura, uma delas era minha com minha mãe.

Lembrava-me exatamente daquele foto, fora a primeira vez que eu estava andando de bicicleta.

Lembro-me que após meu primeiro tombo e me recusei a andar de novo, então minha mãe segurou meu rosto com as palmas da mão, me olhou no fundo dos dos olhos e disse:

— A vida não para. Mesmo quando nos recusamos a fazer algo, a vida não espera. Por isso, sempre que caímos, temos que nos levantar e tentar até conseguirmos.

Ela disse com tal convicção que aceitei tentar novamente.

O vento zumbiu, bagunçando meus cabelos, então voltei há realidade. Dura e cruel realidade.

Subi meu olhar e vi minha mãe deitada naquele caixão, imóvel, sem aquela segurança que sempre havia possuído. Apenas fria e sem vida.

Enterro não é uma chance de nos despedirmos, é apenas um momento para nos deixar mais tristes ainda.

Despedida é o último contato.

O último contato pele a pele.

As últimas palavras.

Meu coração doeu ao pensar nisso, meu último diálogo com minha mãe tinha sido horrível!

O que me leva a questionar sobre como a vida é traiçoeira. Eu nunca conseguiria imaginar que ela ia partir logo após nossa discussão. Se eu soubesse as coisas seriam tão diferentes, mas, infelizmente, não foi assim. Tudo que resta é a realidade e por pior que ela seja é tudo que temos.

Novamente fui arrancada abruptamente dos meus pensamentos, quando vi Paola em minha frente.

— Oi – ela falou parando ao meu lado – Imagino como isso é difícil para você.

— Desde quando você se importa? – retruquei.

— Paulina.. Não sou uma mulher sem sentimentos.

— Jura? – falei com sarcasmo.

— Se te passei essa intenção hoje cedo e nos outros momentos que já nos vimos, foi apenas porque não consigo ver você como irmã, apenas como uma rival. – ela comentou.

— O que isso significa?

— Eu o amo, Paulina. É difícil assumir isso, mas é a verdade, não é apenas um capricho, realmente quero o Carlos Daniel para mim. – eu a encarei incomodada, era horrível ouvir aquilo – Sei que você também deve achar que o ama, mas oque eu sinto por ele é bem mais forte. Eu preciso dele.

— Não é um bom momento para conversar, Paola… – Tentei fugir daquele assunto.

— Eu sei e sinto muito. Quero apenas dizer uma última coisa: se você não quer ficar totalmente sozinha e quer que tenhamos uma boa relação, me ajude! – ela disse olhando-me profundamente –É a única forma para que eu alcance a felicidade, irmã. E para você também, pois só assim terá uma família. – Após isso ela saiu dali.

Qual era o problema dela? Chegava em mim, dizia todas essas coisas terríveis e depois apenas saia… Eu mal sabia o que pensar sobre aquilo, jamais imaginei que ela realmente viesse a mim para pedir algo assim.

Depois disso o tempo passou se arrastando, mas finalmente chegou pelo menos ao final daquele enterro. Não estava mais conseguindo sobreviver a esse dia horrível.

O cemitério já estava bem vazio agora, quer dizer, quase isso. Havia apenas eu e Carlos Daniel ali agora.

— Já podemos ir – Carlos Daniel falou, aproximando-se de mim.

— Talvez Paola tenha razão – Falei de repente. Nem sei se estava preparada para aquela conversa, mas sei que nunca estaria então decidi acabar logo com isso.

— O que? Paulina, eu darei um jeito. Confie em mim, okay? Essa mulher não vai nos atrapalhar.

— Carlos Daniel… Ela tem ótimos recursos nós… Não vamos conseguir vencer dela. – falei, mas era apenas uma desculpa.

Após aquela conversa com Paola lembrei-me do último pedido de minha mãe: Cuide de sua irmã como eu nunca pude cuidar.

E se estar com Carlos Daniel era o que a faria feliz, eu não podia atrapalhar isso. Mesmo que precise abdicar da minha própria felicidade pela dela.

— Paulina, presta atenção – ele olhou no fundo dos meus olhos – Eu amo você! – estremeci. Não, não, ele não pode estar falando isso, apenas piora tudo. – E se for preciso, me caso de verdade contigo e então as provas dela cairão por terra – meu coração doía mais em cada palavra que ele dizia, minha vontade era apenas de chorar mais que nunca agora. Pensei em como seria bom escutar essas palavras em outras circunstâncias, mas agora apenas dói. Dói com muita força. – Nunca pensei dizer isso pra mulher nenhuma mas… você é diferente. Você me faz querer isso como nunca quis antes eu…

— Para – o interrompi, se ele continuasse a falar eu não conseguiria – Não posso ter nada disso contigo, Carlos Daniel… – Falei em baixo tom, deixando algumas lágrimas caírem.

— Er… Por que não? Claro que pode, meu anjo, eu prometo que daremos um jeito.

— Eu não posso porque não quero – falei e me arrependi no mesmo instante. Era a maior mentira que eu já havia contado e a expressão que vi em sua face após dizer isso, com certeza foi o pior – Não me entenda mal mas, depois de perder minha mãe, eu preciso de um tempo. E você sabe como essa nunca foi a vida que eu quis, apenas entrei nisso para minha mãe viver, mas agora não tenho mais motivos para continuar…

— Eu já entendi – ele soltou, com os olhos marejados – Eu entendo você, realmente merece mais que isso… Espero que encontre a felicidade Paulina, mesmo que ela signifique estar longe de mim. – foi a última coisa que ele falou antes de sair dali.

E após isso meu mundo pareceu parar, tudo ficou preto e branco, nada parecia fazer sentido algum!

Ajoelhei-me ao lado de onde minha mãe havia sido enterrada e chorei… chorei como nunca.

As coisas não deviam ser assim!


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? p e s a d o NÉ? haha
Comentem ;)