D e s t i n y escrita por Yoko san


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo saindo, espero que gostem.
Ps. Sei que a Maria Cebolinha tá bem longe de ser tímida, mas vamos relevar KKKKKKK



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Eu e Magali estávamos em frente ao boliche do shopping Limoeiro. Havíamos chegado á 5 minutos.

—Pensei que eles já estariam aqui. -Magali enrolava seu cabelo liso na ponta do dedo. Antes de sairmos, dissera que estava muito simples, então deixei meu guarda roupa a dispor para que ela pudesse escolher algo que gostasse. Ela estava com um cropped listrado preto e branco, um short jeans preto e uma camisa jeans. Incrível como minhas roupas ficavam melhores nela do que em mim.

—Eles já devem estar chegando. Vem cá. - Peguei meu celular e estendi o braço, para tirarmos uma foto. Ela encostou sua cabeça na minha sorrindo. Após isso, cliquei na miniatura da foto para vermos como tinha ficado. Nossos corpos se enrijeceram em surpresa ao ver Cebola e Cascão atrás de nós igualmente sorrindo.

—Aposto que a foto ficou ótima. -Cascão sorria. -Oi Magá, oi Mô.

—Oi. -Respondemos em uníssono.

—Desculpem a demora. -Cebola coçava a nuca, nervoso. -Lembra quando eu disse que eram cinco convites? Então... -Ele se afasta um pouco e vemos Maria Cebolinha, escondendo-se atrás do irmão. Seu rosto como de uma boneca de porcelana estava visivelmente corado. A garota de 8 anos ao contrário de seu irmão, era extremamente tímida. -Sai daí, você já tá grande pra essas coisas. -O irmão mais velho a empurrou levemente, para que ficasse em sua frente.

—Não fala assim com ela, Cê. -Estendi a mão para a menina, que a segurou acanhada.

—Bom, espero que não tenha problemas, ela nunca havia jogado boliche, e minha mãe insistiu para que eu a trouxesse.

—Deixa disso, a Maria é legal. Você que é chato. -Cascão cruzou os braços e rimos.

—Bom, vamos entrar logo. -Magali esticava as mãos entrelaçadas em frente o corpo, estralando os dedos e arqueando a sobrancelha em um tom desafiador.

Ao entrarmos, Cebola entrega os convites para que possamos pegar nossos tênis para jogar boliche. Feito isso, o instrutor nos leva até o approach, que é uma área antes da pista. Nesse espaço continha uma mesa redonda com um sofá ao seu redor. No meio, havia uma base instalada no chão, contendo as bolas. Mais á frente, tínhamos cinco pistas, uma para cada um.

Nossos nomes logo apareceram na tela plana acima de nós, indicando a ordem de jogarmos. Cascão seria o primeiro. Ele escolhe uma bola verde com estampa camuflada. Caminha confiante até a pista, seu corpo se curva e ele fica imóvel por uns segundos, antes de correr para frente e jogar a bola, que desliza perfeitamente pelo centro, derrubando cinco dos dez pinos. Como indicado pela tela, ele deve ir mais uma vez. Ele repete o mesmo processo e derruba nove pinos. Ele se vira para nós cruzando os braços e piscando enquanto o aplaudíamos. A próxima era Magali. Ela passa por Cascão e esbarra em seu ombro de propósito, que fica tenso.

Após escolher a bola e observar a pista, ela corre e lança a bola, seu corpo se desloca delicadamente e a bola vai de uma só vez, derrubando nove dos dez pinos. Todos abrem sua boca num perfeito ''O''. Como regras do jogo, todos devem ir duas vezes, então ela pega outra bola, visualiza a pista e joga a bola no sentido do pino, o atingindo em cheio. Ela se vira triunfante e imita a brincadeira de Cascão.

—Agora eu entendi por que você ficou tenso. Parece que você arranjou uma rival á altura. -Cascão empina o nariz e se senta no sofá, todos rimos.

A tarde de boliche passou rápido. Cascão e Magali competiam entre si durante todo o jogo, mas acabaram ficando empatados. Descobri que para mim não era tão fácil quanto eles faziam parecer quando fiquei em ultimo lugar.

Decidimos ir para casa de Cebola e fazermos algo para nós comermos ao invés de comermos no shopping. Ao chegar lá, fomos fazer pizza. Os pais de Cebola não estavam em casa, então já podem imaginar o estado da cozinha, sem contar que estávamos cobertos de farinha, da cabeça aos pés após a grande ideia de Cascão de começar a jogar farinha em mim, o que não deu muito certo, porque alguns minutos depois estavam todos jogando farinha uns nos outros.

As pizzas já estavam no forno, duas doces e duas salgadas. Cebola havia dito para tomarmos um banho, pois nossos corpos estavam com farinha em lugares que eu nem sabia que existiam, ainda bem que insisti para colocarmos aventais para não sujar nossas roupas, sabia que íamos fazer alguma sujeira. Então, enquanto Cascão jogava vídeo game esperando Magali terminar seu banho, eu e Cebola limpávamos a sujeira da cozinha.

—Acho que faz tempo que não tínhamos uma tarde assim. -Cebola me tira de meu devaneio enquanto passo pano no balcão de mármore.

—Oi? -Ponho uma mecha do meu cabelo para trás e me viro para encará-lo.

—Fazia tempo que não passávamos a tarde juntos e depois acabava na noite da pizza. Antigamente, era sempre aqui em casa.

E ele tinha razão. Antes, fazíamos o ensaio da "banda" que tínhamos em sua garagem, depois tudo acabava em pizza ou saíamos de novo para outro lugar, até dar a hora de irmos para casa.

—Acho que nos afastamos depois que você passou um tempo na França. -No primeiro ano, a mãe de Cebola passou por umas complicações de saúde. Ela estava em tratamento para o câncer de mama, mas teve de viajar á França para fazer uma trata mais especifico, e então acabaram ficando lá por um ano.

—É, eu sei disso. Mas não foi algo que a minha família escolheu, foi preciso. -Seu rosto refletia na janela da cozinha com um olhar perdido.

Instintivamente, o abraço por trás. Um abraço inocente e sincero, ele segura minha mão em seu peito e sua respiração parece calma.

—A gente te entende Cê, não se preocupa. As coisas realmente ficaram um pouco frias depois que você voltou, mas é porque não sabíamos como chegar em você depois de um baque daqueles. Mas o importante é que agora tá tudo certo, somos nós de novo. -Mesmo de costas, posso ver sua bochecha dando espaço sorriso. Ficamos assim, abraçados por um tempo, até que fui tomar banho. A água morna escorria pela raiz de meu cabelo, fazendo meus músculos relaxarem. Foi quando parei para pensar no momento que tive com Cebola na cozinha, a sensação dos meus braços em volta dos seus braços levemente musculosos e sua mão na minha ainda permanecia, não me deixando parar de sorrir. Terminei o banho e vesti a roupa que estava antes. Penteei meu cabelo com uma escova que estava na pia e desci para a sala. Magali e Cascão estavam conversando casualmente, porém um pouco perto de mais, eu diria. Cebola não estava lá, deduzi que estava tomando banho.

Fui á cozinha para olhar as pizzas no forno. Estavam quase prontas. Sentei no balcão de mármore, de frente para o fogão, enquanto mexia no celular. Alguns minutos depois o sino do forno toca, avisando que as pizzas estavam prontas. Pego as luvas que estavam penduradas no armário ao lado e tiro uma de cada vez, colocando em cima da pia. Pego os pratos e talheres e coloco no balcão, mas não consigo achar os copos. De repente sinto uma respiração quente no topo da minha cabeça, me viro para trás e me deparo com o peito nu de Cebola. Subo a cabeça lentamente para encará-lo, posso sentir meu corpo esquentar de vergonha.

—Precisa de ajuda?

—Não consegui encontrar os copos.

—Bom, mesmo se tivesse encontrado, não ia conseguir alcançar. -Ele abre o armário e pega os copos em uma prateleira apenas um pouco mais alta que eu.

—Você é um trouxa, sabia? -Dou um tapa em seu braço.

—Você sabe que não mudou muito, certo? Já não é mais gordinha, é apenas um pouco dentuça, seu cabelo agora está grande, mas continua baixinha.

—Você quer apanhar agora ou depois Ceboli...- Sou interrompida quando sua mão desliza suavemente pela nuca, atrás do meu cabelo ainda molhado.

—Relaxa, eu gosto de baixinhas. -Arregalo meus olhos surpresa, enquanto sinto meus pelos eriçarem a partir do local de seu toque.

—Eu... tô interrompendo alguma coisa? -Cascão aparece encostado com os braços cruzados no batente da porta da cozinha, não contendo o riso.

—Não, nada. -Cebola também ri e com a ajuda do amigo, leva as pizzas para a sala, enquanto eu me recupero na cozinha antes de levar o resto das coisas.

A noite se saiu muito bem, as pizzas estavam deliciosas e embora o filme que o Cascão escolheu (algo sobre monstros do lago e monstros gigantes) não tenha sido uma escolha tão boa assim.

Às dez horas, Magali e eu resolvemos ir embora. À convidei para dormir na minha casa, mas ela precisava resolver coisas de manhã, então nos despedimos e fomos cada um para sua casa. Ao chegar, fui direto para o quarto e coloquei meu pijama. Maratonei minha série preferida até que me desse sono, foi quando resolvi dormir. Mas cada vez que fechava os olhos, podia quase sentir novamente o toque de Cebola em minhas mãos e nuca, juntamente com seu hálito quente no topo de minha cabeça. Coloco as mãos em frente aos olhos, irritada comigo mesma pela sensação. Fico um tempo assim até que finalmente caio no sono.


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