Shinedown - The Dark Triumph escrita por Isa


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Sejam bem vindos!!



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Ele escutava com o máximo de atenção a única estação do rádio bruxo que não estava controlada. Lembrava-se de quando fazia isso rezando para que nada de ruim acontecesse com aqueles que amava, na sensação de alívio que sentia quando o programa terminava e na desaprovação de Harry ao fazê-lo. Eram tempos melhores e bem diferentes do que se vivia agora. “Nessa noite 31 de maio de 1999, estima-se que mais de 1.500 nascidos trouxas, mestiços e simpatizantes foram capturados e executados por comensais da morte. É importante que todos nós fiquemos unidos, busquemos segurança e enviem boas energias a família e entes queridos dos nossos que se foram hoje. Terminamos por aqui o programa e esperamos voltar com melhores notícias amanhã. Dum spiro, spero*.”

A guerra ainda nem se aproximava de um fim. Voldemort havia conseguido apoio de muitas outras famílias no mundo todo, estava na sua glória e aqueles que se opunham a ele eram mortos. Sempre presos ou mortos mais cedo ou mais tarde. Todos cujo o sangue não era dito puro tinham de se esconder, buscar uma nova identidade ou apenas se enfurnar em algum buraco onde não vissem o mundo, pois se o mundo os visse eles seriam expostos a crueldade de Voldemort e seus seguidores.
Naquela noite, mais de 1.500 rebeldes foram capturados, incluindo Hermione Granger. 

 

A mesa de pernas bambas e capengas quase desabou no chão tamanha a fúria com que Ron a socou. Não acreditava que a havia perdido. Primeiro Harry, depois seus pais e agora Hermione. Falhou as três vezes. Não conseguiu proteger aqueles que amava, e nada no mundo é pior do que falhar em proteger aqueles que amamos. Sua vontade era desistir de tudo, da Ordem da Fênix e da sua vida. Mas não podia, outros precisavam dele, Harry e Hermione não gostariam que largasse tudo e sentia vontade de vingar a todos que ele perdeu. Seu medo agora era se tornar como eles: matar aqueles que o ameaçavam e se sentir bem com isso.

*****************************

Fazia algumas semanas que Hermione não via a luz do dia. Com as perseguições ela ficava a maior parte do tempo na sede da ordem ou nos esconderijos para nascidos trouxas e mestiços. Nessas últimas semanas ela ficou no maior esconderijo que a Ordem possuía: uma estrutura subterrânea com capacidade para 500 pessoas. No dia em que foi capturada a AD, o grupo formado no 5º ano de Harry e agora a elite da Ordem, levava pessoas de um lugar que estava ficando cercado para este, mais seguro. Tudo parecia calmo, até o meio do caminho, numa floresta escura eles serem descobertos e presos por comensais. Ron conseguiu pegar chaves de portal de emergências assim como algumas pessoas, mas ela não pegou a sua chave. Tentava entender o que havia acontecido para que não pegasse, porém não achava esse instante na sua mente. A última coisa que se lembrava antes de ser agarrada pelas costas e desmaiar era do grito desesperado de Ron enquanto ele era consumido pela chave de portal. Aparatar não era a melhor solução nessas circunstâncias, haviam crianças e bruxos que não eram capazes disso. Assim ela criou esse dispositivo: todos os que seriam transferidos usavam pequenos objetos como botões, pingentes, etc que eram enfeitiçados para retornarem a sede da Ordem.
Agora se lembrara que podia acionar a chave e tentar voltar, mas antes que pudesse se movimentar se deu conta que não vestia mais sua jaqueta (onde guardava o pingente) nem suas botas. 

 

Seus devaneios foram interrompidos quando sentiu a caixa de madeira vedada em que estava mover-se e cair em algum lugar. Ouviu vozes de homens e barulhos de outras caixas sendo partidas. Finalmente sua caixa estava sendo aberta e assim que uma pequena fissura surgiu ela já fechou os olhos instantaneamente, temendo uma luz forte que não veio. O lugar em que estava era só um tanto mais claro que a sua caixa, um galpão sem paredes e um clima cinzento e frio. Muito frio. Provavelmente haveriam dementadores por perto, o que a preocupava mais ainda, já que obviamente sua varinha já tinha lhe sido tirada antes de entrar na caixa. Olhou os dois comensais, sequestradores ou o quer que fossem, desamarrar suas mãos e pés enquanto davam risadinhas maldosas. Sentiu nojo quando notou que a desamarravam encostando suas mãos o máximo que podiam nela. Notou que ao redor haviam mais algumas caixas abertas e dentro delas moças, jovens como ela e o mesmo procedimento era feito. Quando seus captores a soltaram por completo eles a levantaram pelo tronco e ela notou que mal conseguia ficar de pé, mas se forçou mesmo que tonta e cambaleante andasse alguns passos de distância deles. Não conseguiu e caiu de joelhos no chão duro. Sentiu o tecido da jeans arranhar sua pele. Nem se importaram com ela e continuaram a sua tarefa. Tentou protestar quando suas mãos foram presas, novamente, mas dessa vez por algemas enferrujadas e antes que tentasse correr foi arrastada e presa a uma grossa corrente onde haviam mais moças jovens. Todas nascidas trouxas imaginou.

 

Seriam executadas assim? Se elas fossem mortas por que transportá-las para algum outro lugar? Que galpão era aquele? Por que só garotas estavam ali? Hermione se perguntava, mas o cansaço a impedia de raciocinar. Os homens puxaram uma extremidade da corrente e a amarraram em testralios, que as puxaram por alguns quilômetros e uma estrada tortuosa e com pedregulhos que inviabilizariam o uso da carroça em que ela estava antes de ser libertada de sua caixa. Assim que a estrada terminou, sentiu uma sensação desagradavelmente familiar percorrer o que restava de si e entendeu, quando passou pelo pórtico de pedra com a marca negra esculpida e a diante viu a Mansão Malfoy, o quartel general dos comensais. Havia algumas diferenças, estava bem maior e mais sombria, e estavam entrando pelo que seria a lateral da mansão. Seus pés ensanguentados pararam naquele momento e sentiu a tração dos testrálios a puxar e cedeu. Não tinha como escapar. Não tinha ideia do que faria ali mas tentou respirar fundo e seguir em frente. Dum spiro, spero*.


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Notas finais do capítulo

*Dum spiro, spero = enquanto respiro ainda há esperança. (N.A.: Pelo menos foi essa a tradução que achei do latin ;P)



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