--Amor, acorde! – falava o Joaquim em vão tentando me acordar – Alice Singer Calix, acorde imediatamente para dar de mama aos nossos filhos. – falou ele com uma voz mais mandona.

    --O que foi Joaquim só mais cinco minutos.

    --Quer que eu chame a enfermeira?

    --Para que?

    --Para ela arrumar uma mãe que esteja disposta a cuidar da Luna e do Luan, que estão morrendo de fome e a mãe deles se recusa a acordar para dar de mamar a eles.

    --Está bem, você conseguiu. – disse me levantando – quem está com mais fome? -falei desabotoando a camisola.

    --A Luna, que como a mãe é mais comilona. – falou ele me entregando ela.

    Peguei ela com muito carinho e ajudei ela a mamar.

    --Ainda são três da manhã...

    --Eles não arrumam hora para mamar, se estão com fome tem que mamar.

    --Eu sei, eu sei...

    Quando percebi que ela já estava satisfeita, coloquei ela de pé e dei uns tapinhas na costa dela para ela arrotar, depois que ela arrotou entreguei para o Joaquim que a colocou no berço e pegou o Luan que me deu em seguida, fiz a mesma coisa com ele, mas dei para o Joaquim colocar ele para arrotar.

    --Agora posso dormir?

    --Por que você está tão estranha amor.

    --Como assim?

    --Está mais fria...

    --Só não estou acostumada acordar no meio da noite.

    --Você tem sorte de estar na maternidade, mas lembre-se que hoje a tarde vocês receberam alta e teremos uma conversa bem seria em casa.

    --Você e essa suas conversas serias. – falei revirando os olhos – Agora estou morrendo de sono e vou dormir.

***

    Quando acordei dei de cara com o Joaquim me olhando com uma cara seria e eu que ainda estava super a fim de dormir, falei com minha melhor cara de sono:

    --Bom dia amor, como vai nossos anjos.

    --Agora são anjos? De madrugada você não estava dando a mínima de atenção à eles.

    --Querido relaxe você sabe como eu fico quando estou com sono e hoje parece que o dia está lindo lá fora! – exclamei olhando a janela que estava aberta – além do mais é hoje que teremos alta.

    --Eu sei e não vejo a hora disso acontecer para finalmente podermos ter aquela conversa.

    --Esquece isso amor, vou no banheiro tomar um banho e depois volto para dar de mama à eles.

    Entrei no banheiro e tomei um banho bem relaxante esses dois últimos dias tinham sido muito cansativo e ao mesmo tempo tão feliz, como eu já disse hoje finalmente sairei do hospital, não que aqui seja chato nem nada já que eu fiquei em um ótimo quarto, me senti verdadeiramente em casa, mas não tem nada melhor que a própria casa, se é que você concorda comigo.

     --O seu celular tocou enquanto você estava no banho. – o Joaquim falou enquanto brincava  com os nossos filhos, depois que sai do banho.

    --O meu? E quem ligou?

    --Adivinha? Seu querido primo.

    --Serio? E o que ele queria?

    --Não sei, ele não quis deixar recado, falou que depois liga.

    --Então tá – falei pegando a Luna no colo – como vai a princesinha mais linda do mundo? – perguntei a ela com voz de criancinha – Está com fome? – falei e depois comecei a dar de mama a ela. – Um dos meus maiores sonhos foi realizado e ainda em dose dupla, não existe felicidade maior do que ser mãe, na verdade foi dois sonhos realizados em seguida me casar com o homem que amo e ser mãe dos dois bebes mais lindos do mundo. – disse para a surpresa de Joaquim que me olhou assustado – O que foi? Não posso dizer o que penso?

    --Isso é verdade?

    --Por que não seria?

    --Você está muito distante e sinceramente não parece feliz nem com o nosso casamento e muito menos com os nossos filhos.

    --É tanta felicidade que fica difícil demostrar e em relação ao nosso casamento você diz isso por termos ficado muito tempo longe também por que você está claramente morrendo de ciúmes.

    --É claro que estou você vive falando com esse seu primo, existe tanta intimidade entre vocês que não da para suportar.

    --Confesso que sou culpada por isso é que eu estava tão deslumbrada com a gravidez, eu estava muito sensível e ele se aproximou de mim tão carinhoso e prometeu que iria ficar de olho em você para não acabar ficando com nenhuma outra, eu morria de ciúmes de deixar você sozinho naquele colégio onde várias é caidinha por você.

    --Você sabe que sou incapaz de te deixar.

    --Mas eu não pensava assim eu tinha motivos de sobra para pensar isso, estávamos longe e eu estava horrível toda inchada, morria de medo de ser trocada e você ainda acabar me privando de ver meus filhos. – falei fazendo enquanto fazia a luna arrotar.

    --Para mim você estava linda, estava linda por fora e ainda mais linda por dentro por carregar nossos filhos, não sei da onde você tirou tanta besteira. Eu te amo e sempre te amarei como já foi dito nosso amor será eterno.

    Ele pegou a Luna do meu colo e a colocou no berço, depois ele voltou até mim me puxou delicadamente e me beijou, como todos os nossos beijos foram repletos de sentimentos diferentes entre si.

    --Eu te amo Alice e não me canso de falar isso para o mundo inteiro.

    --Eu também te amo.

    Voltamos a nos beijar, mas fomos interrompidos pelo medico que adentrou o quarto.

    --Acho melhor voltar outra hora.

    --Não precisa doutor, traz boas noticias? – perguntei em tom brincalhão para tirar a tensão que ficou no ar.

    --A senhora e os seus filhos já estão de alta, já podem voltar para casa, só vou precisar que assine alguns papeis e estarão liberados.

    --Obrigada doutor.

    --Não foi nada, agora irei deixar vocês arrumando as coisas.

    O medico saiu, enquanto eu amamentava o Luan o Joaquim colocava a saída de maternidade na Luna, depois eu me troquei e ele arrumou o Luan, organizamos o quarto e nos despedimos do hospital.

   Colei a foto das roupas de maternidades deles, espero que goste: