Sofia escrita por anaor


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olha quem apareceu! Sim, eu sumi. E agora ressurgi like a fênix q. Tanta coisa aconteceu na minha vida no último ano que eu não tinha inspiração pra nada. Agora aos poucos o arco-íris foi ressurgindo por aqui (e sim eu sei que isso foi MUITO gay) e eu voltei a acreditar em coisas bonitas e felizes. Eu acho. Então, ta aí uma one toda fofa pra quem quiser ler. E Lady Extravaganza, voltei a ler suas fics (QUE EU AMO DEMAIS MENINA ♥) e prometo que vou deixar reviewzinho em todas. Espero que apareça por aqui, porque sua opinião é realmente importante pra mim.

Boa leitura!



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Achei que nunca mais sentiria algo assim novamente.

Eu tinha meus motivos, devo dizer.

Meu coração estava destroçado e eu ainda não conseguia saber quem era a verdadeira culpada em todo esse desastre que foi o último ano do relacionamento difícil que eu havia tido. Tinha tudo pra dar errado e me senti culpada por perceber de que quando o fim chegou, eu já estava um pouco preparada. Quer dizer, só se eu fosse desprovida de sentimentos pra não notar a distância que ia afetando aos poucos tudo o que havíamos construído. Mas nada me preparou definitivamente para ver de camarote tudo o que por dois anos foi construído e eu achei que não iria me recompor. Poderia facilmente me comparar com cacos de vidro que costumavam ter um formato antes de serem quebrados em pedaços. Por mais que se tentasse juntá-los ao antigo molde, jamais seriam como antes. Eu era um vidro quebrado. E precisava aprender a lidar com isso.

 

Mas então a menina de longos cabelos loiros e olhos castanho-claros apareceu em minha vida. Não que eu não a conhecesse antes… mas nossa aproximação e a amizade que foi se formando aos poucos, era a cola que tentava juntar meus cacos. Meu coração já não doía tanto ao seu lado, o brilho dos seus olhos tornava o dia mais bonito. O tom rosa natural de seus lábios que cobriam o lindo sorriso foi algo que passei a admirar. Sorrisos estes que eu, por ser a pessoa menos séria desse mundo, conseguia causar sem nenhum esforço. Valia a pena sorrir se eu recebesse seu sorriso em troca.

Estava rindo de alguma coisa realmente idiota que ela havia acabado de dizer, quando percebi que cada célula do meu corpo queria beijá-la. Queria aqueles lábios junto aos meus. Queria provar o seu sabor. E aquela sensação tomava conta de mim novamente. Estava cada vez mais difícil controlar isso nas últimas semanas. Cada dia que passava só fazia com que eu a quisesse cada vez mais. Só percebi que encarava fixamente o objeto de meu desejo quando o sorriso morreu. Em seus olhos havia preocupação.

 

— Você está bem? - Disse ela, encostando a palma da mão quente eu meu rosto frio. Acordei de meus devaneios e percebi que devia realmente estar parecendo alguém que estava passando mal. Não sabia como ela reagiria ao que eu realmente queria dizer, então apenas me dei o privilégio de colocar a mão em cima da mão pálida que estava em meu rosto, para prolongar seu toque um pouco mais.

 

— Não foi nada, estava apenas pensando…

 

— Você tem andado pensativa demais ultimamente, Júlia. - Ela me corta, e agradeço mentalmente por não ter que terminar minha explicação, até ouvir sua frase seguinte. - Sabe que pode me contar o que está dando voltas aí dentro a dias, não sabe? Achei que tinha deixado claro que você podia falar comigo sobre qualquer assunto. Deve ser algo realmente difícil de dizer para você manter pra si mesma por tanto tempo, mas você sabe que eu não te julgaria por nada. Eu te amo.

 

— Esse é o problema, Sofia. Eu também te amo, mas eu acho que estou ficando maluca. - Respirei fundo, fechando os olhos. Eu teria que dizer, não teria? Se não fosse agora seria algum dia. Eu devia uma explicação a ela. Precisava dizer que seu “eu te amo” no fim de cada conversa fazia meu coração agir de um modo estranho, por mais que eu soubesse que era uma declaração inocente. Pessoas amavam uma as outras sem necessariamente ter algo romântico nisso, não é? Amor de irmão, amor de mãe, amor de… amiga. Era isso o que era. Era o que meu cérebro não parecia entender. - Seria estranho demais se eu te dissesse que estava pensando em como gostaria de te beijar agora?

 

E ao contrário do que eu penso, depois da minha extrema coragem em ser sincera (que eu não sabia de onde é que havia surgido) sua mão não tenta se retirar debaixo da minha, seus olhos não demonstram surpresa, ela não ri como se eu estivesse brincando, nem demonstra confusão. Suas bochechas ganham um leve tom rosado e seus longos cílios se abaixam, em sinal de vergonha. Logo antes de seus olhos subirem até encontrarem os meus novamente.

 

— Na verdade, não. - E então ela sorri. Sorri como se eu tivesse dito exatamente o que ela queria ouvir. Como se o que eu havia dito a fizesse extremamente feliz. Como se ela quisesse aquilo tanto quanto eu. E minha vergonha fica perdida em algum lugar entre aqueles dentes brilhantes quando toco seu rosto e o puxo para mim, fazendo exatamente o que ambas queríamos. Seus lábios eram mais macios do que eu havia imaginado, seus cabelos escorriam sedosos entre os meus dedos e eu não queria soltá-la nunca mais.

E lá estava eu me afundando de novo, entrando de cabeça em algo que poderia novamente me destruir… ou não. Com ela a vida era mais fácil, leve, simples. Seu sorriso era contagiante, seu amor era suave. Era como uma leve brisa em minha vida logo após a tempestade. Era simples, era fácil, era tudo o que eu poderia pedir.


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Notas finais do capítulo

Então???????????



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