A verdadeira história de Rapunzel escrita por Camila Reis


Capítulo 6
Capítulo Seis


Notas iniciais do capítulo

Oiee gent- *faca se crava na parede à mm do meu rosto* EITA! CALMA! *desvia das facas* CALMA! MAIS UMA E EU MATO TODO MUNDO DA FIC! * .... * isso aí u-u
Demorei pq, sabe como é, aula, trabalhos, tarefa.. T^T (e a preguiça tbm, diga-se de passagem -q) MAAAS, como infelizmente (ou felizmente né, vai de cada um), esse é praticamente o último capítulo, faltando apenas o epílogo. Não me xinguem nem me julguem, eu só transformei a one em uma short pq era muita coisa para escrever, ficaria cansativo mesmo se eu dividisse, ok? E também, tenho planos para escrever uma short parecida, só que com a Branca de Neve... Mas ó, shhh, é apenas uma ideia u-u' Daqui a alguns dias aparece uma história minha no Nyah! kkkkkkkkkk
Bom, foco nesta história. Se tudo der certo, amanhã sai o epílogo :) Só aguardem (e rezem, se necessário kkkkkkkkkkkkk)
Boa leitura u-u



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Rapunzel pareceu assustar-se com minha pergunta, e passou a mão de forma protetora na barriga.

— Não! Claro que não!

Avancei contra ela, segurando seu pulso com força:

— Não minta para mim, menina. - Rosnei, soltando-a e caminhando até seu quarto.

— Mãe! Por favor!

Entrei no quarto dela, notando a cama desarrumada. A presença era tão nítida quanto se ele estivesse realmente ali.

— Trouxestes um homem aqui?!

Ela respondeu depois de um tempo:

— Ele apareceu alguns momentos antes da tua visita.

— A quanto tempo ele vem? - perguntei, querendo matá-la.

— Não sei, mas... Faz muito tempo. Desde que me trouxeste aquele livro.

— Ele já sabe?

— Não, eu...Descobri hoje mesmo. - Ela falou, tímida. - Por favor, não o culpe, eu...

— Vais tomar um chá que eu farei. Vou buscar ervas abortivas.

— O que?! Não!

— Claro que vou! Não permitirei que tenhas este filho!

— Mãe...Eu o amo...

— Mas ele não te ama! - Vociferei, vendo os olhos da garota se encherem de lágrimas.

— Me ama sim! Ele me disse!

— Rapunzel... - Sussurrei. - Garota inocente. Eu também caí na mesma lábia há muitos anos atrás. É bobagem, querida. Da boca para fora. Assim que contares a ele sobre o bebê, serás abandonada. Podes acreditar no que falo.

— Mentira! Tudo mentira! - Ela gritou.

— Rapunzel, acredita no que te falo!

— Não! - Ela cobriu os ouvidos, balançando a cabeça.

Abracei-a, acariciando o topo da sua cabeça. A garota desatou a chorar em meus braços.

— Acalma-te, menina. - Pedi, falando baixinho e com calma. - Acredita no que tua mãe fala.

— Ao menos deixe-me ficar com o filho. - Pediu ela, soluçando. - Vivo tão sozinha aqui...

— Está bem. - não queria o incômodo de uma criança na torre, mas isso aquietaria Rapunzel. - Como quiseres, menina.

Fiquei acalentando Rapunzel por um tempo, e quando ela se acalmou resolvi partir.

Parei depois de atravessado o lago, e encarei minha filha por mais alguns instantes. Rapunzel acenou tristemente para mim, e segui em frente.

***

E agora, novamente, entramos em uma parte distorcida da história. De acordo com o conto, eu teria mandado Rapunzel para um deserto e cortado seus lindos cabelos para uma armadilha com o príncipe. Mas não foi bem assim que a coisa funcionou...Era um dia comum em que eu visitaria minha Rapunzel, esperando vê-la com as energias de outrora, porém, algo estava errado. Muito errado.

Quando cheguei na torre, gritei como de costume, mas a garota não me respondeu. Gritei mais uma vez e, como continuou em silêncio, entrei pela pequena passagem entre os espinheiros, que levava às escadarias da torre. O mesmo lugar que passei para deixar minha pequena Rapunzel, dormindo, em seu novo lar.

Abri o alçapão que levava à cozinha, e novamente não avistei a loira. Chamei mais algumas vezes, e nada. Assim que entrei no seu quarto, soube de imediato que não a recuperaria mais.

Seus cabelos dourados estavam jogados pelo quarto, terminando em cima da cama. Peguei-os e senti sua textura macia.

Com certeza, fora o homem que mexera com sua cabeça.

Senti uma raiva sem tamanho e gritei, ajoelhando-me na madeira podre. Estava com tanto ódio que soquei o piso com raiva. Tanto esforço para nada. A frustração atingiu um patamar absurdo. Eu não percebera, mas ela tinha escapado entre meus dedos. As lágrimas caíram, mas não era por tristeza. Era por ódio.

Até que uma voz veio ao longe.

***

Rapunzel! - A voz masculina me fez reagir de imediato, levantando-me e secando as lágrimas. - Rapunzel, jogue tuas tranças!

Caminhei até a janela, observando o lado de fora de modo que ninguém me visse. Não distingui a forma, mas era um homem, de fato. Uma ideia cruzou minha cabeça, e corri para pegar os loiros cabelos de Rapunzel. Pesavam muito, e eu precisei arrastá-los pelo chão.

Joguei-os pela janela, segurando a outra ponta. À medida que sentia o peso do homem subindo me preparava mais para encará-lo. Quando ele estava bem próximo da janela foi que criei coragem para colocar a cabeça fora da janela.

Esperava de tudo, tudo mesmo. Porém, ao notar aqueles olhos iguais aos meus meu sorriso desapareceu, junto do dele.

— És tu, bruxa! - Assustou-se meu filho. Então ele me via assim.

— O que queres aqui?! Rapunzel já está bem longe.

— O que? Mas por quê?

— Como não sabes o porquê?! Fostes tu quem a convenceu! Pilantra!

— Nunca que pediria à ela! A culpa é tua, que sempre a tratou mal!

— Eu sou a mãe dela! - Vociferei - Trato-a como ela merece!

— Ah, claro! E uma mãe a trancaria em uma torre, longe de tudo e todos?!

— Foi para protegê-la! - Menti. - E isto sequer é da tua conta! Agora, vá-te embora e não me incomoda mais!

— Para onde ela foi?

— Não é da tua conta! Vou buscá-la e trancá-la aqui novamente, e se resolveres aparecer...

— Espera, te conheço de algum lugar.. - Murmurou ele - Tu és a louca que apareceu no baile dizendo ser minha mãe!

— Tanto faz tanto fez - Digo, exasperada - Agora vá-te embora daqui!

— Mas e...

— Minha paciência acabou contigo! - Larguei os cabelos de Rapunzel, deixando que Philip - o príncipe - caísse nos espinheiros, gritando. Quando se ergueu, cambaleava sem rumo, e então percebi que não enxergava mais.

Com uma certa pena do meu menino, conjurei as pequenas pedras do lago, e com magia o guiei até ele chegar na outra margem. Deixei que seguisse caminho sozinho, e corri para arrumar meus pertences e sair logo dali.

***

Depois disso comecei uma caçada por Rapunzel. Imaginei que estivesse no reino, então comecei lá. Pela primeira vez em muitos anos, encarei a casa de Madalena, que estava em pedaços. Ela deixou de cuidar do local há tempos. Pela primeira vez em anos, ela mostrou o rosto na janela e a encarei por instantes que pareciam eternos. Deixei para lá e segui a busca.

Segui por cada canto escuro do reino. Cada casa. Cada lugar, seja ele rico ou pobre. E nada de Rapunzel. Segui a busca incessante atrás dela durante muito tempo, tanto que nem pude contar.

Quando finalmente pude achá-la, estava na outra ponta da floresta, perto das margens de um rio. Infelizmente, alguém havia a encontrado primeiro.

***

De onde estava pude ver Rapunzel com Philip, ambos sentados na margem do rio. Ela chorava enquanto passava carinhosamente a mão pelo seu rosto. Estava mais magra, os cabelos cortados no início dos ombros e o vestido esfarrapado. Demorei para perceber que não era um vestido que eu havia feito. Ela própria o tecera com cuidado.

Caminhei até eles, surpreendendo Rapunzel. Ela levantou e me encarou por um tempo. Notei que havia a presença de mais dois bebês ali, enrolados em simples mantos.

Dois?

— O que fazes aqui? - Perguntou ela, temerosa.

— Quem és? - Perguntou Philip, os olhos inúteis tentando procurar algo.

— Estava te procurando - Respondo - Vamos para a torre agora.

— Não. - Respondeu ela, firme.

— O que?

— Não!

— Vamos! Eu deixo ficar com as crianças!

— Não!

— Rapunzel...Venha agora. - Disse, já com raiva.

— Não. Eu vou ficar com Philip.

— Vais me trocar por um homem?!

— Sim. - Disse-me, firme.

— Como ousa, sua... - Respirei fundo - Isso é jeito de falar com tua mãe?!

— Sei que não és minha mãe.

— O que?

— Philip me contou.. - Ela fungou - Então é verdade? Tomou-me de outra mulher...

— Tive meus motivos - Falei, com calma. Rapunzel avançou, dando um tapa em minha face. Como Madalena há tanto tempo atrás. Rosnei.

— Não a machuque! - Disse Philip, com raiva.

— Cala tua boca, cego.

— Já o conheceu?

— Claro, eu quem o ceguei. - Sorri, maldosa.

— Sua...Bruxa! Reverta isso!

— Hm? Como eu reverteria?

— Eu vi o que fazes com as pedras! Agora reverta! - Ela o ergueu com dificuldade, ficando diante de mim.

— Não quero. - Cruzei os braços.

— Por favor. - Ela começou a chorar, abaixando a cabeça. Algo dentro de mim chorou também.

Suspirei e fiz um pequeno sinal. O garoto olhou para os lados, e para Rapunzel. Ambos sorriram e se beijaram. Depois, Philip correu até os bebês e os pegou com cuidado. Rapunzel o ajudou e pegou um. Ele me encarou por alguns instantes:

— Obrigado, mãe. - Ele agradeceu com sinceridade. Aquilo tocou-me de tal forma que senti os olhos marejarem.

Rapunzel me olhou, estranhando a forma como ele me chamou.

— Tanto faz - Respondi, aborrecida. Limpei as lágrimas discretamente.

Bobagem. Morgana não é o tipo que chora.

Vi os dois se abraçando, felizes com suas crianças. Imaginei Henry e a esposa. As lágrimas desceram quentes pelo meu rosto. Funguei e me retirei dali discretamente. Não faria falta minha ausência ali. Morgana não faz falta nem na vida de seu próprio filho.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Gostaram? Amaram? Odiaram? Comentem C:
Vou tentar postar o epílogo amanhã, certo? e-e Talvez eu até programe a postagem para evitar problemas...Bom, pensarei nisso dps :)
Até a próxima! o/
P.S: eu não fiz uma graande revisão, e sou um vergonha conjugando no "tu" ;--; quaisquer erros, me avisem q eu edito, ok?



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