A verdadeira história de Rapunzel escrita por Camila Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

HELLOU POVO! Chegay u-u
Começando a história, escrita do ponto de vista da "Bruxa má" (o estilo da escrita pode lembrar um pouco As Brumas de Avalon tbm) Estou me esforçando para deixar no tu, e eu sou uma porcaria nisso, então se tiver algum errinho, please, me avisem ;---; (podem comentar, eu edito e conserto)
Boa leitura ♥



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Se estás lendo é porque se interessastes em minha história. Isso me deixa um tanto feliz. Mas se quiser manter minha imagem horrenda de bruxa má, por favor, pare de ler imediatamente. Não me importo se, mesmo após ouvir a minha versão da história, continue me odiando. Aliás, nunca me importei com esse tipo de coisa. Mas, para os poucos que continuaram, eis minha história:

Meu nome real é Morgana. Sobrenome abandonei a tempos. Fui criada em uma cabana abandonada na floresta unicamente por minha mãe, que viu em mim um grande potencial em magia. Fui educada de modo que me tornasse, de fato, uma bruxa má. Porém, um dia eu vagava na floresta atrás de frutos para minha mãe, na época doente, quando me deparei com o príncipe de um reino próximo.

Ele pareceu admirar minha beleza e desde então vinha visitar-me em nossos encontros secretos. Como nunca tinha visto homem nenhum, me apaixonei imediatamente. Ele fazia promessas apaixonadas para mim, dizendo que tirar-me-ia daquele lugar abandonado, e levaria-me para o seu enorme palácio, para que pudesse ser declarada rainha.

Acontece que descobri que estava grávida e quando contei ao príncipe ele parou de me visitar. Atormentada com a criança, permiti que, sem querer, minha mãe descobrisse e mandasse eu beber um chá com as ervas abortivas que ela mesma trataria de colher na floresta. Porém, depois que ela partiu, cuidei de pegar ervas específicas para o sono e misturei no chá de minha mãe, deixando que ela bebesse quando chegou.

Enquanto ela dormia sob o efeito do chá, arrumei minhas coisas e fugi, com dezoito primaveras completas e um filho da realeza em meu ventre, que agora começava a ter volume.

Cheguei no reino do meu amado e logo encontrei uma pousada para viajantes. Consegui me informar sobre o castelo e, juntando os cacos de minha coragem, fui até lá.

Logicamente que demorei para conseguir entrar e o príncipe me olhou totalmente surpreso. Corri para abraçá-lo, plenamente feliz, dizendo que havia sentido sua falta. Porém, ele fingiu que não me conhecia e mandou que os criados me levassem embora.

Nunca fui tão humilhada antes. Eu gritava pedindo para que parassem, e que ele entendesse, mas ele jurou a todos os presentes que nunca tinha me visto na vida. Eu gritei, o amaldiçoei por tudo, e lancei um feitiço contra sua fertilidade. Afinal, se ele recusaria um filho meu, não seria capaz de ter filhos com mais ninguém, foi o que pensei, tomada pelo ódio, quando fui despejada do palácio.

Claro que ninguém acreditaria nos feitiços de uma louca pobre e suja como eu, mas algo me dizia que havia dado certo.

Quando meu filho nasceu, percebi que era um homem parecido com o pai, e me vi obrigada a deixar a criança na porta do palácio durante a madrugada, assistindo de longe a noiva do príncipe pegá-lo e levá-lo para dentro. Não acho que talvez fosse certo, mas, para o meu orgulho, não tinha outra opção.

Claro que ninguém acreditaria nos feitiços de uma louca pobre como eu, mas algo me dizia que havia dado certo. Quando meu filho nasceu, porém, ao perceber que era um homem parecido com o pai, me vi obrigada a deixar a criança na porta do palácio durante a madrugada, e assisti de longe a noiva do príncipe pegá-lo e levá-lo para dentro. Não acho que talvez fosse certo, mas, para o meu orgulho, não tinha outra opção.

Com o episódio esquecido, comecei a trabalhar tecendo vestidos e utilizando um pouco de magia para os detalhes. Gastei o pouco de dinheiro que tinha para tecidos e demais apetrechos que precisaria, a princípio na pousada, mas logo consegui dinheiro para minha própria casa.

A minha aparência pouco a pouco mudava: os dedos, antes lisos e perfeitos, agora tinham marcas do trabalho doméstico que era obrigada a fazer sempre. Os cabelos negros, antes sedosos e perfeitos, agora raramente adquirem essa aparência, pois não me importo mais com ela. Ganhei olheiras por quase sempre dormir pouco , consequência do trabalho. Mas aos poucos ia conseguindo me manter perfeitamente, visto que as mulheres do reino se interessavam cada vez mais pelos vestidos que eu fazia.

Logo comprei sementes e plantei um pequeno pomar no pouco espaço que havia na parte de trás da casa. A magia facilitou para que crescessem árvores grandes e frondosas, que ocupavam boa parte do que chamam de quintal, em especial uma linda macieira sempre cheia de maçãs, muito cobiçada pelas crianças imundas que sempre vêm a pedido de suas mães para buscar os vestidos que eu faço e que ficam olhando feito patetas para a minha macieira.

As vezes eu tinha um pouco de pena e lhes entregava uma ou duas maçãs, mas quase sempre mandava-as embora sem dó. Morgana não é o tipo de mulher que sente pena de alguém, mesmo de uma criança.

Talvez você esteja se perguntando "Mas e a Rapunzel nisso tudo? Onde ela está?", visto que o foco neste conto é a menina dos cabelos dourados, não eu. Pois bem, a verdadeira história da Rapunzel começa quando algumas de minhas preciosas maçãs começam a desaparecer misteriosamente...

xXx

O sol nascia, colorindo os céus. Levantei como sempre sem nenhum ânimo. Passei a mão com cuidado sobre os cabelos atados e saí da cama, totalmente desperta. O dia se iniciava e precisava trabalhar. Afinal, como diriam os mais sábios: o pão não se coloca na mesa sozinho.

Caminhei até o meu pomar, procurando uma maçã para comer no desjejum. A macieira deveria de estar lotada. Porém, não foi o que encontrei ao chegar até ela.
Indícios de que muitas maçãs haviam sido arrancadas eram claros na pobre árvore. Em volta dela, as folhas foram violentamente pisoteadas. Próximo ao muro, estava uma maçã, abandonada. Um claro sinal de roubo.

— Se eu pego quem fez isso... - Rosnei baixinho, segurando a maçã com força em minha mão. - Irá pagar muito caro. - Deixei o desjejum de lado e entrei, irritada, na minha casa. Ah, eu iria descobrir!

xXx

O dia passou rapidamente, pelo menos para mim. Era um tanto trabalhoso tecer vestidos, ainda mais que as mulheres que os pediam eram sempre reclamonas e - na maioria das vezes - perfeccionistas.

Ouvi um bater suave na porta, que me obrigou a levantar e ir até ela para a abrir. Mas, no instante em que a abri, tive vontade de fecha-la novamente.

A criatura parada em minha frente era nada mais nada menos que Madalena, minha vizinha.

— Vim buscar o vestido. - Falou assim que me viu, sorridente.

— Entre. - Respondi, seca e rápida. Ela abaixou a cabeça para entrar e ficou em um canto quieta enquanto eu procurava o vestido que havia feito. Rapidamente o encontrei e o entreguei para ela.

— Aqui está. Maior do que os outros, como havia me pedido.

— Obrigada. - Dizia enquanto me entregava um pequeno saquinho com moedas. - Sabe, as roupas têm ficado muito apertadas ultimamente.

Parei, tentando compreender. Fitei-a.

— Estás esperando um filho?

— Sim. - Ela sorriu abertamente, passando a mão no ventre ainda não volumoso. Fiquei estática, sem acreditar.

— Está tudo certo, obrigada. - Falei depois de me recuperar, sem sequer contar as moedas.

— B-Bem, já vou então. - Disse Madalena pegando o vestido e saindo de cabeça baixa.

— Espere, Madalena - Ela parou já na porta. - Felicidades. - A palavra saiu a muito custo da minha boca. Eu praticamente a cuspi na face de Madalena. Mas, mesmo assim, ela sorriu para mim e se foi.

Nem esperei ela sumir do meu campo de visão para fechar a porta com força.

— Enfim acaba minha jornada de trabalho. Agora apenas amanhã. - Falei, exausta, tentando esquecer o fato.

Aproveitei e tomei um longo e demorado banho, honra essa que demorei a ter. Comi algumas frutas e logo adormeci, um sono pesado.

Despertei no meio da noite com alguns sons estranhos no pomar.

— Hm..? - Ergui-me rapidamente da cama. - Quem...? - Eu estava um tanto zonza, por conta do sono. Mas, ao recuperar minha estabilidade...

O ladrão.

Saí da cama com rapidez e corri desesperada em direção ao quintal. Pude ver uma sombra carregando um cesto de maçãs.

— VOLTE AQUI! - Esbravejei, mas a sombra me ignorou completamente, pulando o muro. Não pude segui-lo, estava cansada demais. Suspirei, irritada, e corri até o pomar. Em um dos galhos afiados (e agora vazios) tinha um pedaço de tecido. Peguei-o sem pensar e voltei para casa.

Uma pista estava em minhas mãos. Voltei a dormir sem dificuldades, esperando descobrir mais sobre o ladrão no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

OIEEE! Já foi uma boa introdução, não acham? C:
Gostaram? Amaram? Odiaram? COMENTEM! O/ Vão me deixar mt happy :)
Creio que o próximo capítulo saia amanhã, então...bye! E até amanhã!



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