Rosalie arrumava suas coisas apressada, felizmente o período de quarentena tinha acabado e ela poderia viajar. Bella já estava na maternidade e ela não perderia a oportunidade de ver o bebê.

As ultimas quarenta e oito horas tinham sido confusas e ao mesmo tempo um sonho, mas o problema maior era que agora seu coração estava apertado. Seu amor por Emmett aumentara nunca escala de proporções enormes e não sabia o que fazer.

Em nenhum momento ele falara em continuar com algum envolvimento quando retornassem a vida normal e ela sabia que ele não pensava em relacionamentos sérios, não no momento, não agora depois do casamento desastroso e isso a fazia querer fugir, enterrar-se dentro da terra.

Como viveria sem seus abraços? Como conseguiria dormir sem o peso de seu corpo sobre o dela? Teria que se afastar dele imediatamente ou morreria.

Como que se adivinhassem seus pensamentos, o celular tocou:

- Olá Aro. –atendeu sorridente.

Uma voz masculina com sotaque italiano carregado soou por seus ouvidos.

- Sim, estou voltando hoje... ah? ..o que?

- Você tem certeza que quer isso?.. já lhe expliquei a situação...

Pensou por um momento antes de responder:

- Tudo bem querido, irei com você. Chegarei hoje à tarde, verei a Bella e o bebê e amanhã viajarei com você para a Itália.

Fechou o telefone satisfeita, passaria uns dias com Aro, viajar seria a melhor coisa a fazer no momento, precisava tirar Emmett de sua cabeça o quanto antes. Virou-se para pegar sua bolsa e surpreendeu-se com um par de olhos raivosos.

         - Vai a algum lugar Rosálie? – sua voz era ríspida.

         - Vou para a Itália com Aro...- respondeu confusa.

         - Sugiro que espere uns dias até se deitar com ele, duvido que o italiano fique satisfeito vendo as marcas de sexo em seu corpo.

Rosálie piscou atordoada e ele continuou.

         -Sabe querida, os homens não apreciam que suas mulheres dividam a cama com outros homens. – concluiu sarcástico.

         Rosálie sentiu como se tivesse levado a maior de todas as bofetadas. Emmett a estava tratando como se ela fosse uma mulher sem princípios. Uma mulher que dormia com vários homens ao mesmo tempo. Nunca se sentiu tão humilhada.

Uma lagrima solitária rolou pelo canto de seu olho, enquanto respirava profundamente e erguia o rosto.

- Não se preocupe , o fato de você ter deixado marcas pelo meu corpo é um problema meu – sua voz era amarga – Garanto que em nenhum momento isso lhe causará constrangimento algum. Sabe Emmett, eu sempre fui muito consciente de tudo que faço em minha vida. Nunca usei drogas, não bebo e nunca me prostitui. Não imaginei que você fosse tão mesquinho e preconceituoso, se eu fui pra cama com você foi porque era algo que eu desejava. O que acontecerá na cama entre eu e Aro é assunto meu. Agora se já terminou, queria que se apressasse preciso ver a Bella.

Saiu do quarto de hotel batendo a porta, não queria que ele visse a dor que assolava seu rosto.

 ******

Jacob andava nervoso de um lado para o outro no corredor do hospital, embora a bolsa amniótica de sua esposa tenha estourado o bebê não estava na posição correta para nascer e Bella teve de ser submetida a uma cesariana.

No momento a ansiedade era o que lhe estava consumindo, primeiro pelo fato de ser uma cirurgia e segundo queria ver seu filho ou filha. Graças à teimosia de sua amada não quiseram saber o sexo do bebê antes do nascimento.

- Senhor Black? – a obstetra saiu pela porta de acesso ao centro cirúrgico.

- Sim, como está minha mulher? – perguntou  aproximando-se da medica.

- Correu tudo bem, é um garoto muito saudável.

- Um homem? Meu filho?- perguntou com um sorriso que ia de um canto a outro do rosto, e gritando entusiasmado no corredor do hospital quando a Medica balançou a cabeça confirmando.

Jacob a abraçou em um arroubo de contentamento. Estava feliz, era feliz Amava sua família que agora estava completa.

******

Emmett  olhava pelo canto do olho a mulher fria a seu lado. Desde que saíram do hotel Rosalie só falava por monossílabos e o estritamente necessário. Nem ao menos se dava ao trabalho de olhá-lo.

Sabia que a tinha machucado com suas palavras, mas Droga ela tinha de concordar em viajar com aquele paspalho italiano? Será que as horas que passaram juntos não tinham nenhum significado para ela? E eu o idiota aqui fazendo planos de pedi-la em casamento e confessar que estou apaixonado. Alias não estou mais! Dane-se !!!.- pensava irritado.

Sua cabeça doía, tinha saido contente e assoviando do banheiro, quando a ouviu conversando com o Italiano ao telefone. Teve vontade de invadir a linha telefônica e esganar o homem. Mas o fato é que Rosalie quisera apenas se divertir, como ela mesma dissera “ sem promessas”.