*Leiam, o "textão" das notas inicias, please ^^
Tobby

Assim que soltei o fósforo, o fogo se espalhou e corri para mais a dentro da floresta, porém as chamas se espalharam mais rápido do que eu esperava e me cercaram. Eu estava com certeza de que iria morrer, mas não fiquei com medo, na verdade, não me importei. O espírito da minha irmã me assombra, aquele velho nojento está morto, minha mãe deve estar com um desgosto de mim e não tenho amigos mesmo. Eu não ligo se eu morrer, e não vou sentir dor conforme minha carne for queimada pelo fogo...

De repente senti uma presença, virei para trás e vi um homem, porém não era humano. Ele era muito alto, usava um terno negro e seu rosto pálido não possuía face. Essa coisa existe mesmo, não era só uma creepypasta ou apenas coisa da minha cabeça. O Slenderman existe.

Ouvi um xiado estranho em minha cabeça, então tudo ficou escuro.

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"Tobby... Tobby... Fique comigo... Por que você não morreu também?!"

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Acordei num susto. Outro pesadelo, assim como nos ultimos dias...

Onde estou? O que aconteceu? Por um segundo olhei para minhas mãos e reparei nas ataduras cheias de sangue. Sangue que não era meu, então ontem aconteceu mesmo... Ok, mas, por que o Slenderman me deixou aqui? Isso se aquilo não fizer parte do sonho.

Olhei em volta, estou numa espécie de quarto, havia um guarda roupa aberto com algumas caixas e na parede oposta à cama em que estou há uma prateleira com uma câmera com sua luz vermelha piscando. Por que isso tá aqui?

Peguei a câmera para dar uma olhada, mas antes que eu fizesse qualquer coisa ouvi o barulho da porta se abrindo e levei um susto. "Finalmente você acordou.", falou um cara que usava um moletom amarelo e atrás dele dava pra ver um outro, este com uma camisa preta.

Estou um tanto confuso, será que aquela coisa ter aparecido para mim durante o incêndio foi real ou loucura da minha cabeça? Minha cabeça esteve bem estranha nos últimos dias, sei levemente o motivo, mas se não for este, é apenas por que sou louco.

— Quem são vocês? - perguntei.

— Pode me chamar de Hoodie, e ele de Mask. - o de casaco respondeu.

Ok, a parte "Hoodie" é óbvia, mas cadê a máscara do outro então né? Tá, dá pra entender, acho que estava um pouco óbvia a probabilidade de eu surtar se visse uma pessoa de máscara na minha frente. Bem que acho que eu ficaria na mesma. Não onde estou e o motivo de eu ainda estar vivo.

— E por que estou aqui? - continuei fazendo perguntas.

— Um "ser" sem rosto o deixou aqui. - Mask finalmente falou alguma coisa.

— Hum, então aconteceu mesmo... - acabei pensando em voz alta. Então pelo visto o Slenderman não é loucura da minha cabeça.

— O "ser" chamamos de Operador, - Hoodie complementou - apesar de que outras pessoas, inclusive creepypastas, o conhecem como Slenderman.

— Na questão "Slenderman" tenho noção, já vi em algum lugar, só não pensei que fosse real.

— Acontece, e digamos que para os que estão aqui a mais tempo como eu e Mask era um tanto complicado e mais confuso. Bem, é melhor se sentar, pois explicar tudo será uma conversa bem longa.

— Saquei. E isso... - me referi à câmera.

— É minha. - o de casaco disse.

Estendi a câmera a ele e Hoodie apertou nuns botões e desligou a câmera.

— Por que ela estava aqui, e ligada? - perguntei por curiosidade.

— É um hábito meu, filmar tudo.

— Uma hora você se acostuma, Hoodie vive com essa coisa. - Mask falou entrando e fechando a porta.

— Falou o cara que me incentivou a começar M.H. né? Bom, por onde posso começar...

Hoodie foi me contando tudo. Sobre o Operador (Slender), sobre as creepypastas, sobre os proxies...

Basicamente, o Operador é uma especie de entidade, criatura ou algo assim, nem Mask e Hoodie sabem direito. Há outro como ele, porém um tanto diferentes, que eu poderia futuramente encontrar, mas que não seria algo para me preocupar para fazer no momento. Além disso, o Operador possui poder de transportar a si mesmo ou outras pessoas, os proxies, por exemplo, e também tem um elevado poder telepático, podendo comunicar-se, controlar mentes, trazer... Insanidade... Eu sei bem que o vi antes de ficar totalmente louco ao ponto de matar meu padastro, Slender que fez isso comigo?

— E por acaso, como ele decide se a pessoas irá serví-lo ou não? Qual o critério?

— Na verdade não sei. Simplesmente por algum motivo ele decide que tal pessoas será um proxy aí pode--

— Deixá-la louca?

Hoodie se calou por uns segundos. Ele sabe que as coisas que Operador faz não é nada ético.

— É, de certo modo... E não é lá tão agradável, ao menos para quem é humano. Ele faz isso para nos "quebrar", quando a mente quebra, se torna um proxy.

— Então, pra virar um proxy, é preciso quebrar a mente da pessoa.

— Não só um proxy, mas uma creepypasta também. - Mask complementou - Tipo, Jeff The Killer, Bloody Painter, Homicidal Liu...

— A diferença para nós é que a mente deles se quebrou sozinha, a nossa foi induzida à quebrar. Além disso, há creepypastas que nunca foram humanos, mas teve sua mente quebrada, ou ainda, pessoas que morreram, fantasmas, como Ben Drowned, Sally a Suja, Herobrine e Lost Silver, por exemplo.

— Tá, saquei. Agora, pra quê tudo isso? Por que o Operador cria proxies, e pra que essa de "Mansão Creepypasta"?

— A Mansão é apenas uma espécie de esconderijo, e um lugar um tanto seguro e confortável para ficar, de certo modo, Mr. Creepypasta a criou para manter os monstros mais escondidos e controlados a medida do possível. E a função dos proxies, dada pelo Operador, é de controlar o quanto as pessoas devem saber e acreditar sobre nós. Você ouviu falar do "Slenderman" como uma lenda na internet, mas creio que não acreditou a princípio, certo? A internet é um poço de mentiras, é fácil esconder uma "verdade absurda" nela.

— Hum, entendi.

Hoodie continuou a explicação, só deu para notar quanto tempo passou quando comecei a sentir fome. A gente saiu do quarto e Hoodie continuou dando as explicações sobre tudo enquanto olhava algo para comermos. Aliás, não tinha como eu não deixar de notar um casaco beje com umas manchas de sangue, uma máscara branca de plástico e uma negra de tecido. Essas devem ser as máscaras deles e Mask devia estar sem casaco para não me assustar de primeira vendo alguém com roupa cheia de sangue. Que idiotice se preocupar com isso, não sou mais criança.

Comemos uns walffles e Hoodie encerrou as explicações falando que eu precisava de uma máscara, pois Tobby Rogers não existe mais. É... Pelo jeito é isso mesmo. Sou um criminoso e como fiquei perdido no fogo, devem achar que estou morto. Aliás, o que será que foi divulgado pela mídia sobre o que aconteceu ontem a noite? E, por parte do Mask e do Hoodie, o quanto eles sabem?

Depois de comer voltei para o quarto que eu estava, Hoodie até que tentou "trocar uma ideia", mas não estou com cabeça pra isso. Aconteceu tanta coisa esses dias que é difícil pensar sobre.

Algum tempo depois, Hoodie apareceu , enquarto eu estava deitado, olhando para o vazio.

— Ei, está acabando a comida, aí vou comprar umas coisas, vai querer algo?

— Acho que não... Se você passou por algo similar a mim, não é arriscado sair por aí?

— Já faz uns anos e nem foi na cidade que há aqui perto e digamos que o mais preocupante seria se eu só tivesse as roupas que uso "para trabalhar".

— Entendi. E Mask, sei lá, ele não é muito sociável não?

— Ele é, só estou interagindo mais com você por que, digamos que estou aqui a mais tempo e também ele não gosta lá tanto de lidar com novatos e crianças. Há uma proxy mais velha que eu em termos de idade, mas como o Operador o deixou aqui, de nós dois o mais responsável acaba sendo eu, isso é meio chato ás vezes, huhu.

— Hum. Aliás, eu tenho 17, não sou criança.

— Ah, tá. Bom, não vou te apressar nisso, mas é bom sair desse quarto de vez em quando. No começo pode ser estranho e confuso mas--

De repente tive um "tique" e foi um pouco forte, por que deu para sentir o meu ombro estralar.

— Que foi?

— Não é nada de mais, acontece ás vezes.

Do nada aparece o Mask:

— Ei, Hoodie, olha isso!

— Que?

— Vem logo!

Hoodie o seguiu e pela curiosidade eu fui também. Mask mostrou num notebook uma notícia escrito "Jovem mata o padastro e logo em seguida morre num incêndio!"

Falava sobre o que aconteceu ontem. Pelo visto a mídia acredita mesmo que morri no incêndio que provoquei, e acharam um corpo e acreditam que era eu... Mas que... Quem foi pego pelo incêndio?

— Pelo visto, - Mask falou - o Operador tomou as "devidas providências" pra apagar Toby do mapa. A maioria dos true proxies são dados como desparecidos.

— Que estranho... - A expressão do Hoodie não era das melhores, pelo visto não é algo tão normal isso que rolou.

— Bem... Hoodie, você não tinha algo pra comprar?

— Aé! Já tava de saída. Volto em menos de duas horas e meia.

— Ok, se demorar peço pro Smile te buscar.

— Não, aquele cachorro do capeta não!

Mask riu e Hoodie foi embora. Me é meio estranho ver alguém tão próximo, sei lá... Deve ser por que nunca tive nenhum amigo de verdade. Só minha irmã que era mais próxima de mim antes de falecer, mas não é a mesma coisa.

Mask continuou distraído no computador e nem sei que assunto puxar. Ok... Parece que vou voltar ali no canto e continuar sem nada pra fazer...