Sweet Memories escrita por Villen


Capítulo 1
I Remember The Night...


Notas iniciais do capítulo

Fala meu povo! A tia ta de volta ~le palminhas. Não resisti e depois de assistir o filme cinco vezes seguidas '-' tive que escrever alguma coisa mds! Me julguem u-u Espero que vcs gostem dessa one shot que eu fiz.
Bjs e boa leitura!~♥



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Era uma noite fria de inverno em Londres.

A neve caia torrencialmente, cobrindo tudo o que via pela frente. Edith estava sentada á lareira, fazendo algumas correções em seu livro. Enquanto escrevia, uma mãozinha pequena puxou a barra de seu vestido, fazendo-a voltar-se para seu interlocutor.

—Ola, meu amor.- a escritora falou, pegando a pequena criança no colo.

—Mamãe, a senhora pode ficar comigo? Estou sem sono e não queria ficar sozinho..- o pequeno garotinho falou deitando a cabeça no braço da mãe.

O menino estava na casa dos cinco anos. Tinha olhos verdes e o cabelo preto ondulado. Era uma cópia idêntica do pai. O pai que ele não pode conhecer, devido aos tristes ocorridos. Edith olhava com carinho para a pequena criança, lembrando de Thomas Sharpe, o único homem que ela realmente amara.

—Mas Thomas, meu bem, mamãe está ocupada agora. Por que você não vai brincar com sua babá Janet? Ela gosta tanto de você.

Thomas ergueu  a cabeça, com os olhinhos tristes já regados pelo choro. Ele olhou para o manuscrito encima da mesinha e suspirou:

—Tudo bem mamãe. Eu entendo.- o pequeno respondeu, descendo do colo da maior, caminhando lentamente em direção da porta.

Aquela cena partiu o coração de Edith. Ver seu filho triste nunca fora sua intenção, mas a medida que seus manuscritos eram publicados mais ocupada ela ficava, o que a tornava ausente na vida do menino. Meneou a cabeça. Isso não estava certo. Então após fechar a capa de seus textos,ela correu e pegou-o nos braços, surpreendendo a criança que agora gargalhava com vontade enquanto ela fazia-lhe cócegas.

Edith levou Thomas até a cama e pondo ele ao seu lado, deitou-se. Era impossível não olhar para a criança e lembrar de seu pai. Parecia que já haviam se passado tantos e tantos anos, mas fora algo tão marcante,um trecho tão significativo de sua vida, que tudo parecia ser recente.

Alguns anos já haviam passado, e ela ainda podia se lembrar claramente da noite em que consumou seu casamento.  Da noite em que teve seu marido só para si.

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Nevava muito.

Eles haviam ido ao correio. Enquanto Thomas pegava algumas peças para sua máquina, Edith foi receber as correspondências. Enquanto olhava os remetentes, Thomas se aproximou:

—Edith. A tempestade está chegando. Temos que ir logo, senão temo que não possamos chegar em casa.

Ela o encarou. Não estava com pressa de retornar a mansão. Aquela casa a assustava, com suas assombrações e fantasmas. Tinha que ficar longe dali, ou acabaria ficando louca. Thomas a olhava com certa urgência. Ela sabia o quanto a casa era importante para ele, mas ela não queria perder chance de sair de lá e ficar a sós com seu marido, nem que por um dia.

Antes que ela dissesse algo, um funcionário falou:

—Se precisarem passar a noite, temos um pequeno quarto lá em baixo.

Thomas olhou indeciso para o rapaz, e Edith aproveitou a oportunidade para convencê-lo:

—Por que não? Podemos regressar a Allerdale pela manhã.- ela sorriu, e ele mesmo um pouco relutante, assentiu.

Assim que a noite caiu, eles se vestiram para dormir. Thomas sentou em uma cadeira, com o manuscrito de Edith em mãos. Ela sorriu ao observá-lo. Ele parecia tão concentrado na história, tão fascinado. Ela se aproximou e passando a mão por seus ombros, perguntou:

—E então, gosta do que lê?

—Mas é claro,minha querida. A forma como você relata os fatos é incrível. Sinto-me participando de sua trama, como se fosse eu mesmo um de seus personagens.- ele sorriu e ela lhe retribuiu acariciando seu rosto e lhe beijando.

Quando se separaram, Thomas falou:

—Este sujeito Cavendish. Seu pequeno herói. Há algo obscuro nele que eu gosto.- ele então fechou a capa e se levantou perguntando:

—Ele conseguiu chegar onde queria?

—Isso depende apenas dele.- respondeu Edith, arrumando os lençóis de cama.

—Como assim?

—Os personagens falam com você. Transformam-se. Fazem escolhas.

—Escolhas?- Thomas pareceu refletir um pouco sobre o que sua esposa estava falando.

—Sim, conforme vão mudando.

Ele nada respondeu. Apenas pegou um travesseiro e foi em direção da cama. Ela já havia terminado de arrumar e assim que ele se sentou, ela deitou a cabeça em suas pernas.

—Sinto informar-lhe minha querida, mas isto é bastante ruim.-ele sorriu.- Bem, ao menos é quente.

—Bem, pois eu já acho que é muito melhor.- ela comentou, acariciando seu braço.

—Melhor do que o quê?- ele acariciou seu rosto.

—Melhor do que a casa. - ela pensou por um momento e depois falou- Por que não vamos embora?

—Não podemos. A casa é tudo o que temos.

Ela o encarou por um tempo e depois falou:

—Eu deixei tudo o que eu era para trás. Tudo o que conhecia, tudo o que eu tinha.

Ele levantou um pouco o rosto, encarando a lareira. Ele sentia vontade de sair daquela casa, de ir embora com Edith. Ele sabia, que de todas as mulheres que ele já conheceu, ela era diferente. Era única, especial. E ele a amava. Com todas as suas forças. Mas também não podia deixar Lucille sozinha, mesmo por que ela nunca aceitaria isso. Confuso com todos esses pensamentos, ele suspirou triste.

—Thomas..- ela chamou tocando de leve em seu rosto, fazendo-o encará-la.

—O passado,Thomas. Você está sempre olhando para o passado. Não irá encontrar-me lá.- Ela falou, seus olhos transmitindo certa tristeza.- Estou aqui, com você.

Ele deu um pequeno sorriso e aproximando-se de seu rosto, falou:

—Também estou aqui, Edith.- segurou seu rosto delicadamente e puxou-a para um beijo casto, tenro.

Aos poucos, o beijo que começara calmo, fora ganhando mais intensidade. Ele segurou-a pelos ombros e foi deitando-a devagar sobre a cama, sem deixar de beijá-la. Enquanto se beijavam, Edith o ajudou a descer uma das alças de seu suspensório. Paravam entre um beijo e outro e sorriam, sem deixar de permanecerem juntos. Entre uma pausa e outra dos beijos, Thomas ergueu um pouco seu corpo para retirar sua camisa, sendo auxiliado por Edith. Logo ele a ajudou com seu vestido e a deitou novamente. Ficou um tempo a admirar-lhe seu belo corpo. A pele branca, as curvas bem feitas, o busto cheio. Sorriu e deitou-se novamente sobre ela, buscando com ansiedade seus lábios doces, macios.

Então desceu para seu pescoço, beijando toda a extensão de pele que encontrava, descendo por sua barriga, até parar em uma de suas pernas, onde foi beijando cada centímetro com paixão, com fervor. Levantou-se então e retirou a calça, voltando para perto de sua amada. Edith encarava-o com fascínio. Aquele homem misterioso, que assim que chegou chamou-lhe a atenção.

Aquele que rápido como a neve que caia, roubou-lhe o coração. Aquele que ela amava com fervor. Thomas tomou-lhe novamente os lábios, enquanto encaixava-se sobre sua mulher. Edith sentiu-o preencher-lhe e após a dor inicial, o prazer tomou conta de seu corpo. Thomas remexia-se sobre seu corpo, beijando-a e arfando contra sua boca, enquanto Edith percorria suas costas até chegar em suas nádegas, onde apertou com força para retomar o caminho de suas costas, arranhando-lhe no processo.

E naquela noite, entregaram-se com prazer deixando que todo o sentimento que sentiam transparecesse em seus atos, nos beijos ardentes e nas carícias trocadas. O que nenhum dos dois sabiam era que apenas aquela noite, aquela longa noite de amor, seria o suficiente para que dali o fruto dessa paixão nascesse.

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Edith só voltou a realidade depois que Thomas começou a se mexer deitado na cama. Ela sorriu, afagando-lhe os cabelos e acariciando seu rosto. O menino agora dormia tranquilamente, seu corpo aconchegado ao da mãe.

Se aconchegou melhor na cama trazendo o menino para perto de si, e esticou o lençol para ficarem agasalhados. Lá fora a neve caia sem trégua. Edith ficou a observar a janela, até que de repente, teve a impressão de ter visto alguém a observar. Sentou-se sobressaltada, mas quando olhou de novo não avistou nada.

Meio atordoada, ela voltou a deitar-se, dessa vez abraçando o filho.

—Apenas minha imaginação..-ela falou, fechando os olhos para dormir.

Não sabia ela que, naquele momento, um ser os observava. Thomas Sharpe estava parado no meio do quarto, a contemplá-los de longe. Com certo receio, aproximou-se da cama e observou sua esposa e seu filho deitados. Sorriu ao ver que o menino era sua réplica fiel. Acariciou-lhe a cabeça, passando a observar Edith. Seu rosto transmitia paz e tranquilidade, e Thomas não pode deixar de sorrir com a cena. Aproximou-se devagar e beijou-lhe a cabeça, sussurrando:

 -Eu te amo, Edith. Sempre vou amar. E também sempre estarei ao seu lado, mesmo que você não me veja.

Ela apenas suspirou, e após isso, ele sumiu. Ela agora podia viver em paz com seu filho, realizando seu sonho. A vida voltara ao normal. O pesadelo ficará para trás, na neve coberta de argila vermelha, nos arredores da colina escarlate.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Odiaram? Dormiram no meio da leitura? ;-;Peguem leve nos comments ok mi amores? A tia ama tanto vcs... :v :v huehuehue