20 Primaveras escrita por Thayná Soares


Capítulo 5
Como cura amor resolvido?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como estão?
Aprendam hoje com a Rebecca a como acordar sua melhor amiga,ok? hahahaha, ou não! Quem sabe.



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— Bom dia Letícia – disse ao entrar no apartamento dela com uma bandeja de café da manha nas mãos, batendo a porta e gritando.

Acordando a amiga com o maior carinho do mundo, para agradecer o constrangimento que ela te fez passar na noite passada, nada mais justo.

— Não grita Rebecca, que coisa – reclamou- parece que está fazendo isso como se eu tivesse feito algum mal pra você – se defendeu sentando na mesa e comendo o que eu trouxe.

— Está de ressaca mas não esqueceu da idiotice que faz ontem né? - perguntei para ela que com um pão escapando pela boca me olhou com o cenho franzido.

— Que idiotice? – questionou agora preocupada.

— Não se preocupe, não se estresse, quem fez a besteira foi você mas a atingida fui eu. Letícia que merda foi aquela de dizer pro Felipe que o Guilherme era o meu ex? Você não poderia apenas ter apresentando os dois, mas sem dar detalhes? Você não pode beber que sempre faz asneira, eu queria ter tirado o meu sapato e jogado na sua cabeça, aposto que curaria aquela bebedeira logo, logo e você voltaria a si e fecharia essa boca- disse nervosa com as mãos apoiadas na mesa. Ela engoliu o que estava comendo rapidamente, e se levantou.

— Amiga, desculpa, eu estava bêbada e eu vi o Guilherme ali, eu só me lembro até aí para ser sincera, meus miolos pifaram depois disso e deve ter sido nessa hora que eu falei isso, me perdoa eu sei que não gosta de lembrar dele e assim que eu encontrar o Felipe eu mudo o que eu disse. Isso é claro, se ele se lembrar do que eu disse depois de 15 copos de bebida duvido que os miolos dele não pararam de funcionar como os meus. – ficou rindo pensando na cena.

Essa hora eu já nem estava mais com raiva, ela estava certa eu não tinha o porquê ficar com raiva dela, ela estava bêbada e ninguém tem culpa se ele me afeta tanto. E todos os meus amigos sabem dele, sabem sobre ele e sobre nós. É que eu se eu pudesse transformar ele em um segredo do passado e trancar a sete chaves eu faria isso, mais eu não posso, infelizmente.

— Tudo bem, não tem problema. Eu sei que sempre entendeu e sempre me escuta por mais que já esteja cansada de me ver falar sobre ele e minhas frustrações. Sei que se estivesse sã em momento nenhum teria feito isso, mas sabe também que eu ainda não o esqueci – disse me rendendo a mais pura verdade.

— Becca, não fica assim. Sem tristeza, ela não é sua melhor amiga eu que sou, e sempre que você pensar em ficar chateada eu vou te alegrar. Mesmo meio tonta, com muita vontade de voltar pra cama para dormir e dor de cabeça. – falou fazendo uma careta-

— Eu vou tomar um banho e você vai se arrumar, sabadão temos que sair, vamos pro shopping fazer algo,vulgo, compras – disse sorrindo me deu um abraço um beijo na testa e saiu.

Se não fosse essa louca,sua besteiras e mancadas eu não sei o que seria de mim. Fui fazer o que ela recomendou e fui pra casa me arrumar, já que ia ter shopping ia ter coisas diferentes pra ver e lógico me distrair. Tudo o que eu queria agora.

— Tem algo em mente hoje? – li em voz alta o que dizia a mensagem no meu celular.

Eu já estava arrumada e tinha uma certa Letícia sentada na minha frente batendo palminhas e com os olhinhos brilhando enquanto me escutava ler a mensagem.

— O que eu faço? É o Arthur, o gato da minha turma- perguntei para ela que desfez a animação na hora e me olhou com cara de nada.

— Poxa Becca você é linda, inteligente, mas não sabe das manhas da paquera – disse se sentindo a expert no assunto.

— Ah, é mesmo? E então Dr. do amor, como devo me portar então? – disse entregando o celular para que ela aplicasse suas “manhas”.

— É assim olha – disse e começou a digitar, quando acabou leu pra mim.

— “ Ah, eu não sei, não tenho nada em mente, mas aceitos convites e vindos de você então, não serei capaz de recusar” – sorriu- Entendeu? – questionou me devolvendo o celular.

— São essas as suas “manhas”? – perguntei e ela acenou com a cabeça jogando o cabelo.

— Letícia que coisa mais ridícula, como assim “aceito convites” eu não sou um circo com entrada franca, ok? Pelo amor, nem eu nem você sabemos lidar com isso, sinal disso que estamos solteiras até hoje e pelo o que posso ver você não vai sair disso tão fácil – joguei na cara dela que me mandou um gesto obsceno como resposta.

— Olha aí tá vendo? – disse me apontando a nova mensagem no meu celular – as minhas táticas não são tão ruins assim, se fossem ele não teria respondido nos convidando para ir ao cinema, sim eu disse nos convidando porque eu havia mandado entre parênteses que você estava comigo e se poderia ser um encontro de casais. Você e o Arthur e eu e o Felipe, já que ele conhece o Felipe não tem nenhum problema- disse.

— E quando no meio dessa confusão, você convidou o Felipe? – perguntei.

— Amiga querida, eu não durmo no ponto, enquanto você estava xingando as minhas manhas eu estava aplicando outra, com os meus dedinhos nervosos eu convidava o Lipe por uma mensagem a sair com a gente. Aprenda, agilidade é tudo! – disse convencida de que ela sabia de tudo.

A Letícia não tinha jeito, sempre foi assim precipitada nessa coisa de relacionamento, nunca gostou de alguém de verdade e sempre que terminava um namoro, nem sequer chorava, apenas dizia que “ ele não era o cara certo, por isso não lamento”. Eu queria ter essa praticidade, esse desapego, esse “ se não me ama eu não te amo”.

Mas tem uma coisa que ela sempre fala também, que ela é assim porque ainda não amou de verdade, e quem ama faz coisas que quem não sente o mesmo acha loucura, acha besteira e pensa que essa dificuldade para esquecer é pirraça. Quem me dera se fosse pirraça, se fosse assim era só eu levar uma bronca da minha mãe que passava, mas como não é pirraça eu continuo aqui, tentando descobrir como cura esse tal de amor mal resolvido.

 


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Notas finais do capítulo

E você, sabe como cura esse tal de amor mal resolvido? Se souber, passa a dica para a Becca, tadinha!
Deixem seus comentários.
Beijos!



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