20 Primaveras escrita por Thayná Soares


Capítulo 33
O pesadelo retorna


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!!!!!
Saudades da história??? Bora então ler mais um episódio dessa vida louca da Becca!



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Alguns dias depois...

Já tem quase uma semana que Letícia foi para o interior ajudar os pais a arrumarem as coisas. O divórcio sairá daqui a 3 dias e ela foi até lá dar uma mãozinha para que seu pai não se atrase em sua mudança. Será ele que sairá da casa, mas tudo permanece como no começo: os dois sendo amigáveis em todos os momentos. Definitivamente Letícia entendeu tudo bem mais rápido do que esperávamos, quando seu pai a ligou pedindo essa ajuda ela aceitou rapidamente.

Deu uma afastada da Faculdade aproveitando que suas provas – diferente das minhas – ainda não começaram e foi para casa. Sua mãe me telefonou essa manhã me agradecendo por tê-la feito entender que não era uma adeus, e sim uma pausa de um relacionamento que por longos anos deu muito certo. Não foi mérito meu, foi maturidade da Lê, isso sim!

Sobre a pintura, estive melhorando. Mas pensei esses dias que não quero e nem devo parar com a Faculdade. Sei bem que disse antes que pretendia fazer isso, mas depois de tanto pensar não vi sentido. Já faço o curso a dois anos e não tenho por que largar tudo agora, já que são ao total 4 anos de estudo vou levar até o final. Apesar de não querer exercer como profissão será um boa ter um plano B caso nada dê certo, como papai sempre fala.

Analisando as minhas paixões ( escrita e arte) vi que tenho um vasto mundo a explorar se por acaso do destino, decida juntá-las em um projeto. Poderei viver no meio das palavras como sempre quis fazer, porque não preciso necessariamente ser uma professora, tem um vasto mundo de profissões que uma pessoa formada em letras possa trabalhar. Poderei se quiser trabalhar na editoração de textos, na parte da revisão ou tradução, sendo esta última possível de ser exercida em agências de publicidade por exemplo.

Não terei a necessidade de lecionar na frente de muitos alunos( que sempre foi uma coisa que eu temi muito) graças a meu terror de público. Se me organizar não precisarei parar de fazer nem uma coisa nem outra, continuarei com a minha Faculdade agora tendo um pouco mais de amor pelo o que estudo e tendo como Hobby a pintura, essa a qual permanecerá apenas para mim.

Já fui e voltei da Faculdade hoje e enfrentei uma maratona de provas, me encontro exausta e sem vontade de fazer nada entretanto com um monte de coisas para fazer.

Tenho que ir ao banco, pagar umas contas e ainda fazer compras, já que minha casa está sem nada para comer. Logo sacudi a preguiça e fui para a rua resolver as coisas que tinha que fazer.

Enquanto ando distraída pelo supermercado sinto meu corpo se chocar com o de alguém. Já começo a pedir desculpas depois disso, antes mesmo de olhar o rosto de quem era.

— Por favor, me desculpe é que estava com a cabeça em outro mundo – disse e comecei a juntar as coisas caídas no chão.

— Está pensando em como manter o Guilherme interessado em você, é? Ah claro! Deve ser por que ele reparou a mulherzinha que tem do lado. – disse a voz irritante, que eu conhecia bem.

Tentar negar a mim mesma antes de levantar a cabeça e olhar aquele rosto desprezível. Era o encosto da Gabriela que estava ali, me atormentando. Pensei que essa coisa já tivesse ido para a lua, afinal ninguém mais tocava no nome dela. Gui por exemplo, ficou todo irritando quando eu um dia desses questionei sobre o paradeiro dela.

Situação a qual eu achei muito estranha, mas preferi deixar quieto.

— Querida Gabriela, como vai? Ah, deve estar muito mal né? Afinal o caminhão de lixo já passou e esqueceu de você! Calma, que se der tempo eu o chamo para voltar e te pegar. – afirmei sendo a mais sarcástica possível.

Seu maxilar se fechou e seus olhos me fuzilaram. Estava com as minhas compras nas mãos novamente e deixei as delas espalhadas pelo chão da mesma forma que estavam. Eu até que estava recolhendo mas quando vi que era ela, decidi não bancar a educada, sendo que a minha vontade era pegar aquele pacote de papel higiênico e esfregar em sua cara.

— Você sempre me xingando, não é mesmo? – questionou Gabriela, recolhendo suas coisas.

— E você sempre me infernizando desde que chegou. – afirmei com uma certa raiva.

— Desculpa se meu brilho te incomoda. – disse metida.

— Pois bem querida, acho que precisa ligar para a companhia de energia porque seu brilho nem existe mais, vai que sua lâmpada queimou! – a irritei mais uma vez.

Ela continuou me olhando com muita raiva, e se ela tivesse uma arma e eu também haveria ali no meio do supermercado a 3ª Guerra Mundial.

— Como está o Gui, hein? – perguntou.

Estava pensando seriamente em puxar os cabelos descoloridos dela.

— Ué, se você que é a prima querida dele não sabe, eu não que não vou lhe passar informações sobre ele. – finalizei por ali aquela conversa ridícula que não daria em nada.

Passei por ela mandando um beijinho ( como sempre fazia) e fui me retirando daquele lugar que estava infestado de breguice By Gabriela.

— Manda um beijo para ele! – gritou a descarada.

Virei de frente para ela.

— Claro que sim, flor! E olha tem mais uma coisa sua caída no chão. – a alertei.

Ela olhou para o mesmo procurando o que era e me olhou confusa.

— Ah, pensei que esse sujinho no chão fosse o seu caráter que você por descuido deixou cair. Mas acabei de me lembrar que não se perde o que nunca teve. Beijos! – disse e virei de costas e fui embora.

Rebolando, sim eu saí de lá R-E-B-O-L-A-N-D-O! Só para deixar aquela pacote de Miojo vencido bem irritado.

Passei minhas compras no caixa e retornei para casa. Já havia passado no banco e pago as contas necessárias antes de ir para o Supermercado. Sabe que meu deu muita curiosidade agora, saber o porquê Guilherme não quer tocar no nome da Gabriela?

Vou conversar com ele depois mas com jeito já que ele sempre muda de assunto quando falo sobre ela.

Ao chegar em casa guardei tudo e liguei para Guilherme perguntando se podia ir lá. Ele estava com a voz estranha ao telefone e disse que sim. Mas sabe quando a pessoa diz sim, meio largado? Como se quisesse dizer: “Tanto faz” ?

O sim que ele me disse foi assim. Não sei o que acontecia mas imaginar que as coisas entre Gui e eu pudessem estar ficando ruins, me sentia absurdamente gélida.

Me arrumei e fui até seu hotel. Pois é, Guilherme ainda estava hospedado em um hotel. Dizia que ainda não havia tido tempo de encontrar um bom lugar para morar e que a correria do trabalho com os estudos não o permitia ter esse tempo livre para procurar.

— Pode entrar amor, a porta está aberta! – gritou lá de dentro e eu abri a porta.

Já disse para Gui não ficar deixando a porta aberta porque isso pode ser perigoso.

Entrei e ele logo veio saindo do banheiro de banho tomado. Corri até ele e dei-lhe um abraço bem apertado. Quando o olhei ali, com aquele cabelo bagunçado de sempre e com o charme único, senti meu coração acelerar e uma vontade enorme de tê-lo em meus pequenos braços. Dá aquele nó na garganta e aquele frio na barriga como se toda vez que eu o visse fosse a primeira, minha mente só queria lembrar dos beijos dele e de como ele me fazia bem, mesmo sem saber.

Quando era criança e escutava as pessoas falando que amar é bom, não assimilava que trouxessem tanta verdade no que falavam. Quando você encontra aquela pessoa que você sempre quis mas que nunca soube quando ela apareceria, tudo faz sentido, tudo fica bom e o mundo que era cinza passa a ser colorido. Você entende que um sorriso, um olhar, um gesto têm o pode de serem gravados no seu subconsciente como uma coisa maravilhosa de ser revivida.

Passa um calafrio por mim em todos os momentos que penso que ele existe e que se eu quiser posso vê-lo na minha frente e ter total liberdade de tocá-lo, sem que ele se esquive de mim ou corra de todo esse amor. Eu insisto em demonstrar que eu sinto muito por ele, que ainda não houve medidor capaz de medir todo esse amor e suportar algo que ultrapasse 100%. Vai além do que os livros de romance escrevem e do que são cantados nas músicas. Segue sendo muito mais do que eu sonhei pra mim.

Tudo o que eu sempre imaginei em alguém, cabe perfeitamente bem dentro de quem ele é.


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Notas finais do capítulo

Vejo que muitas pessoas leem a história mas não comentam. Acho que todo mundo sabe o quanto comentários fazem falta, é meio desestimulador você ficar escrevendo e não receber uma palavrinha sequer como comentário.
Então leitores fantasma apareçam! Amo essa história que escrevo e queria saber se você estão gostando também, ok?
Mil beijos!



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