20 Primaveras escrita por Thayná Soares


Capítulo 14
De novo?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, como estão?
Já fizeram as pipocas? Compraram o refrigerante? Se não, antes de começar a ler faça isso, ou não hahahaha, enfim, segurem - se nas cadeiras e vamos em mais uma emoção da história!



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Ele se aproximou de mim e eu por um momento pensei que ele fosse me dar um beijo, mas não. Ele tirou a blusa de frio que estava com ela e que estava completamente ensopada e deixou por cima da cadeira da mesa onde eu estava encostada. Abri os olhos, já que eles estavam fechados esperando por um beijo dele, o qual não veio.

Se afastou, respirou fundo e eu passei a olhá-lo. O seu cabelo estava completamente bagunçado e sua camisa colada no corpo. Esse homem não era real, e eu era absurdamente louca por ele. Ele não era daquele estilo malhado, mas era do estilo que eu gostava. Era um corpo normal com suas curvas sem nada exagerado, era do jeitinho que eu amava.

—Eu não imaginei que você viesse aqui.- começou falando e eu mantive a minha expressão de boa ouvinte. – Acho que nem preciso dizer que eu te amo não é? Não é preciso dizer mas eu gosto, e vou dizer isso para você infinitas vezes, até você colocar nessa sua cabecinha de vento que eu não quero mais ninguém... eu só quero você. Não vou fazer rodopios nem ficar andando em círculos, vou direto ao ponto. Você realmente quer que a gente dê certo? – perguntou.

—Eu quero que seja a gente, que tenha amor, que tenha nós dois, então sim, eu acho e quero que a gente dê certo- disse.

Guilherme abriu um sorriso, abaixou a cabeça logo depois a levantou e eu pude ver que ele mordia os lábios e tinha sua sobrancelha arqueada. Com cara de quem quer tudo, sem dizer nada.

—Você já tem tudo arrumado para ir embora? – perguntei.

—Sim – respondeu de supetão.

Agora eu estava confusa, será que ele vai ou vai ficar comigo?

—Guilherme- o chamei e ele me olhou. – Não vai embora – disse e comecei a chorar e ele ficou me olhando. – Não some de novo, eu quero tentar, eu não quero continuar da onde a gente parou, eu quero tudo de novo mas de um jeito novo. Eu quero um novo nós, uma história diferente, porque nós começamos errado da outra vez e eu não quero que se repita. Pode não ser fácil, eu sei que não vai ser... mas eu preciso te dar todo o amor que eu sinto e sei que você quer recebê-lo – finalizei.

Saí do lugar onde estava e fui me aproximando dele.

— Eu não tenho medo, agora não mais- disse e dei um passo- sei que não há outro que me dará tanta segurança, amor, sorrisos, arrepios, sei que nenhum um outro será você – falei e fiquei em sua frente.

Ele mantinha os olhos fixos nos meus lábios e eu olhava seu rosto. Peguei seu rosto em minhas mãos e ele colocou as suas na minha cintura e se aproximou de mim. Não passava nem uma linha entre nós, nossos corpos não estavam mais tão distantes para tal coisa.

— Eu te amo – dissemos juntos e sorrimos com a sincronia que nos rondava.

Sem perder tempo eu o beijei. E nada disso de borboletas no estômago, ele não revirava nem me incomodava. Eu estava em pleno estado de paz e cada parte do meu corpo e do meu interior cantavam baixinho de alegria pelo o que estava acontecendo. Tudo estava calmo e foi o melhor beijo da minha vida.

As sucessões dos fatos, formaram a perfeição do momento e eu não poderia encontrar formas de agradecer... por ter tomado a decisão correta.

Fomos parando o beijo aos poucos e mantivemos nossas testas unidas, ainda com os olhos fechados eu acariciei sua nuca e ele fazia um carinho bom nas minhas costas.

— Vamos começar de novo – disse Guilherme.

Eu abri os olhos e me afastei um pouco dele para poder vê-lo melhor.

—Eu vou te conquistar novamente, vamos agir como um possível casal e não como um casal que está tentando de novo. Cometemos muitos erros e caso, tentemos reconstruir tudo isso, a sombra do passado sempre voltará, principalmente quando acontecer alguma discussão entre nós. Prefiro que nós façamos tudo como a primeira vez. Vamos nos vendo, saindo e descobrindo um no outro o amor puro e maduro. – completou Guilherme.

Era exatamente o que eu estava pensando e querendo. Eu quero começar do zero, só que com a mesma pessoa. Não quero lembranças de um amor que já se foi, digo isso porque aquele amor que nós vivemos foi confuso, e agora que temos a chance de tentar novamente, quero fazer o certo. Quero amar e ser amada da melhor forma que puder.

— Eu aceito, a sua proposta- disse para ele.

Gui, abriu um sorriso e me beijou de novo. Depois, eu mandei ele dar um jeito de tomar um banho e tirar aquela roupa molhada, eu teria que ir pra casa e fazer o mesmo já que eu estava na mesma situação. A chuva já havia diminuído e estava mais acessível ir pra casa. Me despedi dele, trocamos telefones e prometemos manter contato.

Saí de seu quarto e desci pelo elevador. Quando cheguei no térreo, avistei a arrumadeira, abri um sorriso e me aproximei dela.

— Oi – disse tocando em seu ombro.

— Oi, moça. – disse ela de uma forma gentil. – E o coração? Por esse sorriso, imagino que ele esteja mais calmo- disse.

—Completamente mais calmo e mais amado também – disse para ela que sorriu. – Obrigada pelo conselho – agradeci.

— Sempre que precisar, pode vir aqui que a gente conversa – me disse.

Eu dei um abraço nela e fui embora. O trânsito estava um inferno, mas nada tiraria a minha felicidade hoje.

Cheguei no meu prédio, cumprimentei o porteiro como sempre fiz, mas ela reparou que havia uma felicidade a mais ali.

— Feliz hoje, senhorita Rebecca? – perguntou.

— É amor seu João, é o amor que me deixa assim – disse para o seu João, o porteiro simpático do meu prédio.

Ele ficou sorrindo ao me ver indo toda feliz para o elevador. Cheguei no meu andar, entrei no meu apartamento e fui correndo tomar um banho, demorei um pouco mais do que sempre demoro, mas é que toda hora eu me distraia lá dentro lembrando de tudo.

Saí do banho e coloquei uma roupa quentinha e aconchegante. Já eram 19:00 hras, e eu decidi fazer o jantar. Liguei para Letícia a convidando para comer aqui em casa, ela amou a ideia já que tinha feito trabalhos a tarde toda e estava com muita fome mas também com muita preguiça de fazer algo para comer.

Quando ela chegasse aqui eu contaria para ela tudo o que me aconteceu hoje, e como, como eu estou em paz comigo mesma e com o meu coração.

“Resolva todas as suas pendências enquanto ainda há tempo, para se fazer isso. Não deixe coisas mais resolvidas e amores mal vividos, ninguém é feliz com metades e fragmentos. E ninguém é completamente pleno sem amor. Sei que as vezes o orgulho aparece e quer se mostrar imponente, mas quer saber, manda ele embora se você tiver a certeza de que ele está sendo uma barreira entre você e a sua felicidade. Orgulho é bom quando te impede de se rebaixar, se inferiorizar, desvalorizar, mas em algumas coisas ele só tende a atrapalhar. No amor ou você se rende ou você se prende. Tenha limites, se ame em primeiro lugar para assim poder amar o outro verdadeiramente. Mas saiba que amor bom é aquele que é vivido e correspondido, não aquele idealizado apenas por um. Se renda as coisas boas que o vento traz, e o deixe levar aquilo que não tem nada a acrescentar.”

Escrevi esse pequeno trecho na minha velha e amiga agenda. Já que o amor voltou pra minha vida, nada mais certo que fazer essas palavras voltarem também. Sinto que muito amor vai ser decifrado em palavras nessas páginas ainda... e eu não vou impedir isso de acontecer.


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Notas finais do capítulo

Meus amores, o que me dizem hein? Esse casal agora sim vai que vai haha.
Muito obrigada a você que leu, e deixa seu comentário pra mim, esse gesto é de muita importância.



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