Reencontro escrita por Team Caskett


Capítulo 1
Capítulo 1 - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e deixem a vossa opinião - é a minha primeira one :) !
Boa leitura.



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Pov Castle

Levei o copo de whisky até aos lábios e senti mais uma vez a minha garganta queimar à medida que o líquido descia.

A cada gole, eu me lembrava cada vez mais dela. Aquele cheiro a cerejas… Aquele olhar penetrante e intenso que me fizeram apaixonar logo no primeiro contacto.

As lágrimas, lentas e silenciosas, escorregavam pelo meu rosto sem cessar.

Always…

Aquelas palavras… Como era impossível esquecê-la. Porque raio ela sumiu assim? Sem sequer me dar uma explicação?

A minha tristeza começou a tomar uma forma diferente. Eu sentia ódio. Ódio de tudo isto… De Kate me ter deixado, de não ter voltado…

—Porra! – Eu gritei, jogando o copo contra a parede. Os cacos rapidamente se espalharam pelo chão da sala do loft.

Agora as lágrimas corriam cada vez com mais frequência. Ela desistiu. Quebrou a minha confiança e ainda assim eu a continuo amando e não há forma de este sentimento sumir.

Fazia um ano que Kate tinha ido embora sem ao menos me dar uma explicação. Eu liguei milhares de vezes, deixei mensagens e nem a porra de uma mensagem ela mandou para mim. Falei com Lanie e ela simplesmente me disse “dá espaço para ela, Castle”. Espaço?

—Saí da minha cabeça… - Chorei desesperado, deixando o meu corpo cair no sofá.

Fechei os olhos por um instante e era como se pudesse inalar o seu perfume adocicado.

As suas unhas cravaram suavemente na minha pele, mas o suficiente para me deixar louco e com vontade de a apertar mais. Os seus suspiros quentes encontravam-se contra o meu pescoço, fazendo-me arrepiar. Aumentei os meus movimentos e o seu corpo contraiu-se, impulsionando as suas costas para cima. Beijei o seu pescoço, enquanto sussurrava coisas bonitas em seu ouvido. Passei as minhas mãos pela sua cintura fina e apertei levemente, roubando um gemido dela. Ela cravou mais as suas unhas nas minhas costas e chamou o meu nome ofegante. Aquilo me tirou o chão. Apertei a sua coxa morena com alguma força e continuei investindo nela alternando a velocidade dos movimentos. Kate deitou a cabeça para trás , deixando-se levar pelo momento. Trocamos entre palavras desconexas, juras de amor e promessas. Atingimos o clímax juntos e deitámo-nos lado a lado na cama, exaustos e rendidos pelo prazer e amor que sentíamos. Pela primeira vez eu e Kate não tínhamos nada para conversar. Quer dizer, tínhamos muita coisa para conversar, afinal acabáramos de fazer amor pela primeira vez. Eu não falei nada porque tinha medo de dizer algo que a afugentasse e ela… Bem, ela acho que não falou nada porque estava com vergonha. Vergonha de finalmente se ter rendido a mim. A nós. Foi perfeito. Foi a melhor noite de amor que alguma vez já tive.

Acordei sobressaltado com a lembrança da minha primeira e única noite passada com Kate. Depois disso ela sumiu. Sei que devíamos ter conversado, mas para quê fugir? Ela não percebe que eu a amo com todo o meu coração? Eu preciso tanto dela… Sei que erámos apenas amigos, mas no nosso caso era diferente. Ela amava-me e eu sei disso. Só não sei porque foge dos seus próprios sentimentos. Eu devia calcular que ela iria sumir depois daquela noite, mas nunca pensei que fosse para sempre, muito menos depois de tantas vezes dizermos um ao outro “always” entre uns sorrisos tímidos e comprometidos. E mesmo passado um ano, eu não consigo tirar essa mulher da minha cabeça. Onde Beckett estará agora?

A campainha tocou e eu dei de ombros. Alexis deve se ter esquecido das chaves.

Sem sequer olhar quem era, abri a porta e meu mundo tremeu ao ver aqueles olhos outra vez. Aquele castanho-mel que eu tanto amava e tanto senti falta. Kate ficou com a mesma expressão, encarando bem o meu rosto.

Não sei por quanto tempo ficámos em silêncio. Como sempre eu conseguia ler a sua mente, mesmo passando um ano, eu não perdera essa capacidade.

Os nossos olhos não se desviaram um único segundo. A minha vontade era agarrar as suas mãos, puxá-la para uma dança, envolve-la nos meus braços e nunca mais a largar.

Naquela minhas dúvidas desapareceram todas. Era como se aquele ano nunca tivesse acontecido. Como se nós tivéssemos estado sempre juntos. Nada tinha mudado. Passado um ano, Kate estava junto da minha porta me encarando com o mesmo desejo, com o mesmo carinho e com o mesmo amor. Ela não tinha mudado. Continuava a mesma Katherine Beckett – determinada, linda, sensual e confiante. Continuava a minha musa, a minha Kate. Analisei o seu corpo pela primeira vez, procurando por alguma diferença. Ela fez o mesmo. Permanecemos em silêncio.

—Quer entrar? – A minha voz saiu rouca. Estava nervosamente feliz e estar com Kate aqui na minha frente passado um ano me deixava sem jeito. Voltei as costas, esperando que Beckett me seguisse para a sala.

—Eu tentei, Rick… - Assim que ouvi ela me chamar de “Rick” petrifiquei. Continuei de costas. – Eu tentei de esquecer, mas eu não consegui. Eu sei que sumi sem dar uma explicação, mas como eu ia explicar para mim própria o facto de amar um homem que sempre brincou com o coração de todas as mulheres? Eu não queria aceitar isso, então eu me afastei. Lanie se chateou comigo, dizendo que você estava diferente e tudo mais, mas eu não queria. Queria tirá-lo da minha cabeça. Fui trabalhar para Washington durante um ano, na tentativa de te esquecer, mas não deu. E eu estou aqui para dizer que voltei e pedir desculpa por ter sumido sem mais nem menos.

Um largo sorriso formou-se no meu rosto. Não consegui evitar isso.

Voltei me para Kate e sem ser preciso dizer nada, estendi-lhe a minha mão.

Ela olhou para mim com um tanto de desconfiança provocada pelo meu silêncio. Eu não queria dizer nada. Assim que ela explicou, tudo se encaixou na perfeição na minha cabeça. Eu só queria aproveitar este momento. Só queria olhar para ela. Tê-la nos meus braços.

Ao fim de uns segundo, Beckett tocou na minha mão gentilmente me fazendo fechar os olhos, arrepiando-me com o toque das nossas peles quentes juntas. Percebi que ela também se tinha arrepiado.

De mãos dadas, voltamo-nos a encarar com intensidade. Puxei-a para mim com firmeza e envolvi a sua cintura. Kate escondeu o seu rosto no meu peito e acariciou a minha cabeça com a ponta dos dedos, enquanto abraçava o meu pescoço com força.

Abracei-a mais forte depois de ouvir o seu soluçar. Kate chorava e isso apertava o meu coração. Sem me conseguiu impedir, as minhas lágrimas rolaram pela minha cara num misto de felicidade a angústia por a ver chorando daquela maneira. Eu precisava saber o que passava pela cabeça da minha musa.

—Shiu, Kate…. Eu estou aqui com você. – Murmurei no seu ouvido, enquanto eu sentia o meu peito ficar humedecido pelas suas lágrimas. Assim que Beckett ouviu a minha voz, seu choro abrandou e eu tomei o seu rosto com as minhas mãos grandes. Olhei bem nos seus olhos, sorri e limpei as suas lágrimas com os meus polegares. Sustentei a sua cara com carinho, enfeitiçado pelo seu olhar.

—Você não imagina a falta que eu senti desse seu cheiro a cerejas. – Admiti, continuando a encarar os seus olhos. Beckett fazia o mesmo.

—Só do meu cheiro a cerejas? – Olhou-me com os olhos brilhantes devido ao choro.

—Não. – Respondi, honestamente, com um sorriso. – Também senti falta da sua teimosia, do seu sarcasmo, de puder olhar para si todos os dias e levar aquele cafezinho que pousava com tanto gosto na sua secretária onde depois me sentava na cadeira vaga à sua frente. Muitas vezes você ficava falando sobre o caso e só ficava ouvindo, olhando para a imensidão da sua força, determinação e da sua beleza.

Beckett continuou olhando para mim, analisando se eu estava a dizer a verdade.

—Senti falta das nossas teorias, das nossas brincadeiras e desse seu feitio. É Kate, eu te amo e não é um ano que me vai fazer  te amar menos. Não foi um ano que diminuiu o que sinto por você, nem é um ano que vai mudar aquilo que eu sinto. Eu te amo Katherine Beckett. E garanto-lhe que da próxima vez que você fugir, seja pelo motivo que for, eu só vou parar quando a encontrar e meter nessa sua cabecinha que eu a amo. Always.

Um enorme sorriso apareceu no seu rosto mostrando os seus dentes alinhados. Automaticamente a abracei pela cintura e elevei-a no ar. As suas gargalhadas formavam uma melodia linda em todo o loft.

Pousei-a e uma tensão formou-se no ar, assim que os nossos corpos se tocaram.

Aproximamo-nos ao mesmo tempo e beijámo-nos. Um beijo calmo no início que foi tomando outras proporções assim que as nossas línguas travavam uma batalha sensual. Aprofundei o beijo e tirei a sua camisa. Beckett fez o mesmo comigo.  

As nossas roupas espalhavam-se pelo chão, enquanto eu segurava o corpo de Kate nos meus braços fortes e criávamos um momento de intimidade entre beijos, risos, mordidas e olhares apaixonados.

Deitei-a no sofá cuidadosamente e olhei o seu corpo nu como se fosse a primeira vez.

—Eu te amo tanto, Kate. – Mordi o seu lóbulo, deitando-me sobre ela.

Os olhos dela me encararam com desejo e percebi que Kate estava pronta para me amar. Comecei a nossa dança com movimentos calmos até encontrar o nosso ritmo. Um ritmo só nosso, onde só nós dois existíamos e que só nós conhecíamos.

Sentia o suor escorrer pelo meu corpo e os nossos cheiros misturavam-se. Os gemidos baixos de Kate, eram suficientes para eu me descontrolar e envolver-nos num movimento cada vez mais rápido e firme. Beckett inverteu as posições e continuou ao mesmo ritmo, deixando-me louco de prazer. Pela segunda vez chegámos ao clímax juntos e, desta vez, deitei-me exausto e puxei o seu corpo para cima do meu.

—Eu te amo. – Beijei a sua testa, suada.

—Eu te amo, Rick. – O meu ser todo se iluminou e eu sabia que a partir daquele momento nada nos iria separar.


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