Dragon Age escrita por rafaela dragneel


Capítulo 1
Um novo mundo




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Ashino - ON

Hiury, a onde você vai? Volta aqui, não me deixa aqui sozinha. Eu não sei voltar para casa, Hiury, Hiury, HIURY...

  Acordei e percebi que tudo não passou de um sonho, ultimamente estou sonhando com minha irmã, mas dessa vez ela me deixava em um lugar escuro e não sabia a onde eu estava e nem como voltava para casa. Estava com medo e passei a gritar o nome dela, mas ela foi desaparecendo na névoa, então acordei. Minha irmã foi sequestrada quando tinha quatro anos, meu pai fez de tudo para encontrá-la, mas nada adiantou. Doze anos se passaram, desde então minha família nunca superou o desaparecimento da Hiury, meu pai é muito cuidadoso, nunca me deixa sair sozinha. Não sei, mas algo me diz que um dia eu vou encontrar minha irmã, quando ela desapareceu eu tinha cinco anos, mas me lembro perfeitamente dela, as fotos também ajudam. Eu realmente queria que ela estivesse aqui, meus pais não comentam, mas sei que eles sofrem tanto quanto eu. Deixei as lágrimas tomarem conta de mim, mas antes que eu me afogasse nelas o despertador alarma, então levantei e fui tomar banho, ainda pensando no sonho que tive essa manhã, depois do banho, peguei uma roupa no closet e desci para tomar café da manhã.

— Bom dia!                                                

— Bom dia filhinha!

  Meus pais responderam juntos, mamãe estava fazendo torradas e papai estava colocando a jarra de suco na mesa. Realmente eu não tinha do que reclamar, meus pais eram maravilhosos, eu tinha tudo que eu queria, eles sempre me deram tudo, nunca me deixaram faltar nada.

— Ashino, poderia passar a geleia de amora, por favor!

— Claro! Papai.

— Obrigado! É melhor que você tome rápido o seu café, se não chegará atrasada no colégio.

— Tudo bem papai, hoje posso chegar até 8:00 horas no colégio, não teremos aula normal, hoje será uma aula de campo.

— Onde será essa aula? Todos os professores vão? É seguro? É obrigatório ir?

— Calma Kizameru, deixa a menina tomar o café em paz.

— A aula será em uma floresta não muito longe daqui, só irão os professores de história, geografia e filosofia, é seguro sim e é obrigatório, se não ficarei sem nota.

— Então não sai de perto dos professores, entendeu mocinha?

— Sim senhor papai.

— Kisameru meu amor, posso dizer uma coisa?

— O que é Hasume?

— Você é muito chato.

— Eu sei que você me ama, Hasume.

— Vamos logo antes que a Ashino chegue atrasada no colégio.

  Mamãe amava brincar com o papai, ela era doce até brigando. Alguns minutos depois fomos até o tumulo da Hiury, hoje estava fazendo exatamente doze anos que ela desapareceu, sempre que íamos lá, levávamos flores e o papai levou uma maçã, por causa que a Hiury amava maçã. O tumulo dela ficava debaixo de uma enorme cerejeira que tinha perto de casa, ao chegarmos lá, colocamos as flores azuis no tumulo e ficamos em silêncio, até que percebi que a mamãe estava chorando então abracei ela e acabei deixando as minhas lágrimas caíram também, e quando mal percebi já não conseguia mais conter minhas lágrimas. Papai nos envolveu em seus braços, ele não estava chorando, porém conseguia sentir o seu coração pulsar mais rápido, ele carinhosamente me pediu para que eu fosse para o carro e levasse a mamãe comigo, não falei nada apenas balancei a cabeça dando lhe um sinal positivo. Depois de deixar a mamãe no carro, voltei para o tumulo e me deparei com o papai chorando, ele não estava gritando ou se lamentando, apenas chorava silenciosamente ele estava tão perdido em seus pensamentos que não percebeu minha presença. Eu me aproximei dele e o abracei por trás, ele tomou um susto mais não disse nada. Os seus olhos estavam tão tristes que fez o meu coração doer, alguns segundos se passaram e delicadamente ele tirou a minha mão que estava na sua cintura e olhou no fundo dos meus olhos como se estivesse procurando algo, mas ele não disse nada apenas deu um pequeno sorriso e segurou minha mão e me conduziu até o carro, onde passamos o caminho todo em silêncio até chegar no colégio.

— Tchau, até mais tarde.

— Tchau filha, tome cuidado.

— Sim papai pode deixar.

— Divirta-se filha.

— Sim mamãe.

  Acenei para eles e fui para o ônibus que estava estacionado em frente ao colégio. Me sentei em uma cadeira do lado da janela e fiquei observando as folhas caindo no chão, aquela cena me fez lembrar de quando eu e a Hiury brincávamos juntas para ver quem pegava mais folha no ar.

— Ashino?

— Oi!

— Posso me sentar aqui?

— Mas é claro Yasuke.

— Como você está?

— Bem e você?

— Estou bem, na medida do possível.

— Entendo.

  Yasuke é um grande amigo meu, a gente se conhece desde criança, ele e a Hiury era como carne e unha, eles fizeram nossas famílias fazerem um casamento de brincadeira para eles, foi muito engraçado teve até bolo. Depois que a Hiury desapareceu o Yasuke nunca mais sorriu como antigamente os seus olhos estavam sempre tristes, mas ele sempre tentava sorrir para as pessoas, sempre tentando ajudar o próximo.

— Ashino, está ansiosa pela aula de campo?

— Não e você?

— Também não, na verdade só vim porque vale nota.

  Aquilo me fez dá uma risada, ele também retribuiu dando um pequeno sorriso.

— Yasuke você sabe dizer se o Sazuko vem?

— Acho que ele vem, Ashino.

— Entendo.

— Olha só quem vem ali.

— Hum...

— Ei Sazuko.

— Oi Yasuke.

— Ansioso para aula?

— Não.

— Oi Sa- Sazuko.

— Oi.

  Quase não consegui falar o nome dele, não sei o porquê mais algo nele fazia meu coração bater mais forte. Ele foi sentar na última cadeira para minha sorte, o Yasuke passou o caminho todo calado, eu não achei ruim já que eu também não estava afim de conversar. Passamos o caminho todo em silêncio, quando chegamos na floresta a professora disse que podíamos sair, só não se afastasse muito, não pensei duas vezes e fui dá uma olhada na floresta. Quando de repente eu encontro uma caverna na qual me chamou muito atenção e resolvi explorá-la o lugar dentro parecia um jardim era lindo e tinha uma árvore enorme, daí quando eu olhei para trás vi o Sazuko e o Yasuke vindo em minha direção, esperei eles chegarem mais perto.

— O que você está fazendo aqui, Ashino?

— Tive curiosidade de entrar aqui e vocês?

— Também.

  Fomos andando mais para perto da árvore, a sensação de estar nesse lugar é tão bom, mas algo de estranho aconteceu quando a gente tocamos a árvore, ela nos puxou para dentro dela e parecia que estávamos se afogando até que caímos em um lugar que nunca vi na vida...


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