Meu pesadelo Benjamim escrita por Larissa Lionel
Notas iniciais do capítulo
Que tal conhecer a casa de Benjamin?
— Vocês queriam me dizer alguma coisa? – perguntou Sara.
Uma semana depois de eu ter aceito o pedido de Benjamin.
Estávamos no pátio da faculdade, era intervalo. Benjamin insistiu muito para que contássemos a ela – nossa única amiga – sobre o nosso relacionamento.... Isso apenas pra não ter que ficar se segurando a não me agarrar na frente dela... Vê se pode.
— Bem... É que…Quer dizer... – eu coço a cabeça tentando encontrar uma maneira para falar aquilo – é que....
— Ariel é gay. – falou Ben, apontando pra mim.
— QUE?! – gritei – você também é!
Suspiro.
Sara vira espantada pra mim, seus olhos esbugalhados me diziam claramente, “quando isso aconteceu? Como? Onde?”
— Espera... Espera...
Ela faz uma cara estranha, ergue as sobrancelhas enquanto piscava extremamente rápido – mas que droga era essa?
— Vocês dois estão....
— Namorando há uma semana, mas estamos juntos há mais tempo. – falou ele.
Esperamos a reação.
— AAAAAAHHH MEU DEUS! – ela fica entre a gente e nos agarra pelo pescoço.
— Ah, Sara! – eu estava sufocando.
— NÃO ACREDITO NISSO! – fazia o maior escândalo.
— Sara!
— Me digam, me digam, quem é o seme e quem é o uke?!
— Ah.... – suspirei.
— Quem é o que? – Ben tenta tirar o braço dela de seu pescoço.
— Benjamin, ela é uma fujoshi.
— Uma o que?
— Longa história....
— MEU DEUS, SE AMEM NA MINHA FRENTE!
Quando conseguimos afastar os braços, fugimos dela o mais rápido que pudemos. Mas enfim, ela era dessas que curtia muito relacionamento entre dois homens, ah, eu tive que explicar várias vezes a ele para que pudesse entender. E sabe, sempre soube que ela era uma, não imaginei que teria uma reação tão grande.
Resultado. Acabou ficando mais grudada na gente. Ah! Não contei? Ela estava namorando com o tal cara que tinha encontrado. Sorte dos dois lados.
...
Dez meses depois.
Isso mesmo. Dez meses de namoro e alguns quebrados – antes de eu aceitar, então seria como se já estivéssemos juntos há um ano basicamente. Ítalo agora tinha onze e eu vinte. Segundo ano de faculdade, ah, me faz lembrar de quando o conheci.
Todavia, existia um espaço em branco. Mesmo depois de tanto tempo, nunca fui à casa dele, e isso me intrigava.
— Está bem movimentado hoje... – falei enquanto carregava alguns livros.
— Escuta Ariel, aquele não é seu namorado? – diz Isaac.
Olhei para o lado.
Gelei. Era Benjamin. Abraçado a uma garota. Enquanto a beijava.
QUEEE?!
Eu mal pude me mover de tão chocado que fiquei. Os livros caíram de minhas mãos, o barulho fez ele e a garota olharem para mim. Eu fiquei tipo, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO DESGRAÇA?! E ele, qual o problema dele?
Olhava pra mim como se não me conhecesse, como assim?! Quando levantei o pé para ir em sua direção, escutei a voz familiar atrás de mim.
— Ele me encontrou...
Bastou eu virar, o que vejo? Benjamin.... BENJAMIN?! – meu cérebro explodiu. Agora existem dois?
Olha para mim.
— Ariel, venha comigo! – pretendia me puxar, mas o outro Benjamin se aproximou.
— Está tentando se esconder, Ben?
— Ah... – ele me larga – por que está aqui? – falou com rispidez.
— Que rude Benjamin. Não é assim que deve tratar seu irmão. – disse ele.
— Irmão? – falei espontaneamente.
Olha pra mim.
— É amigo dele?
— Ah... Sim, meu nome é Ariel.
— Bento. Prazer. Como deve ter percebido, sou gêmeo idêntico dele.
Sorriu.
— Vá embora. – exigiu Benjamin.
— Gêmeo?! Nunca me disse que tinha um! – reclamei com Ben.
— Ele tem dessas coisas, não é Ben?
Ele não responde.
— Você parece ser muito amigo dele, não quer ir na nossa casa hoje? É nosso aniversário, vai ser bom ter mais alguém.
— Claro! – aceitei na hora. Ben completaria vinte e três, pretendíamos fazer alguma coisa em casa mas resolvi mudar, não perderia essa chance.
— Ariel, não....
— Por que não Benjamin? Eu sempre quis conhecer, chega de adiar. – cruzo os braços.
— Então vamos agora. – falou Bento.
— Não, ainda estou no trabalho.
— Então iremos esperar você terminar seu expediente, não é, Laura?
A moça – cabelos e olhos negros – concorda com a cabeça.
— Ela é minha noiva. – sorriu.
— ARGH! – Benjamin sai bufando dando passadas fortes no chão. Parecia muito irritado.
— Desculpe por ser tão apressado, é que se deixarmos para outro dia, ele iria te dar uma desculpa para não vir.
— Imaginei.
Fui terminar meu trabalho. Ben não ficou perto do irmão em momento algum, estranhei. Depois do expediente fomos no carro de Benjamin até a casa dele. Começou a chover. Liguei para Ítalo avisando que chegaria mais tarde, ele nem se importou já que ficou preso naquele vídeo game.
As casas eram simplesmente enormes, tive de levantar a cabeça para olhar o topo delas. Porém, justamente a mais destacada, a mais bonita era a que ele morava. Estaciona. Benjamin demonstrava a todo momento ser contra aquilo, então quando o gêmeo e a noiva entraram na casa ele me puxa para uma conversa particular.
— Ariel, ainda podemos voltar, vamos por favor.
— Benjamin, qual é o problema?
— É que.... – ele vira o rosto.
— Por que todo esse medo?
Não responde. Dou de ombros.
— Vamos, quero comemorar seu aniversário aqui! – o puxei até a entrada da própria casa.
O que será que ele me esconde tanto?
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xoxo =*