Blue is the hottest color escrita por TulipaFlores


Capítulo 9
Nunca vi uma varinha




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Benzinho dirigia seu possante e eu estava ouvindo música no meu celular novo que a Susie me deu.
Chegamos em frente de casa e não tinha ninguém, graças ao meu bom Deus. Subi e o Ben ficou na sala. Peguei umas roupas e coloquei comida pro Kevin.

– Ben? - o chamei descendo as escadas.

– Fala - ele disse tirando sua atenção do celular para mim.

– Posso levar o Kevin.

– Não mesmo.

– Ah por favor, ele vai ficar quietinho.

– Não Claire. Eu odeio cachorros.

– E eu odeio você - joguei a primeira coisa que eu vi na minha frente, e vi um esmalte voar na testa dele. Ele reclamou do dor e ficou passando a mão na testa. Quando tirou a mão, pude ver a vermelhidão e ri do meu feito.

– Você é uma idiota mesmo em. Eu podia ir embora e te deixar ai.

– Não Benzinho. Desculpa meu amor- me estiquei e fiquei na ponta dos pés, e beijei sua testa.

– Tá tá, vamos - ele falou e me puxou para fora de casa.

[..]

– Pela estrada a fora eu vou bem sozinha, levar esses doces para a vovozinha - eu cantava alto e o Ben fazia uma cara de jegue sofrido pela minha afinação impecável - Ela mora longe, o caminho é deserto, e o Ben do mal passou aqui por perto - ele me olhou com uma das suas piores caras, e vi que era melhor eu me calar se não quisesse ser assassinada brutalmente pelo Omnitriz.

Chegamos em sua casa e eu corri pra cozinha, estava com uma fome de uns 20 ratos sem esôfago. Peguei um prato e enchi de macarrão que estava encima do fogão. Enchi a boca de macarrão. Que macarrão de Deus.

– Está achando que aqui é sua casa é?! Tenha modos.

– Eu estou com fome ué - falei de boca cheia e vi macarrão voar da minha boca direto na cara do Ben, comecei a rir e ele me fuzilou com os olhos.

– Sua nojenta - vi ele correr igual a lacraia pro banheiro lavar o rosto.

– Olá - ouvi uma voz grossa atrás de mim que definitivamente não era da Susie, me virei e dei de cara com um Deus grego dos olhos azuis, mais bonitos que os do Ben lógico - Estou vendo que gostou do meu macarrão.

– Eu amei - falei agora de boca vazia pra não jogar macarrão na cara dele também.

– Você deve ser a Claire. Eu sou Tommy.

– Já chegou pai - a anta do Ben atrapalhou nosso momento love. Mas espera ai. Pai? Ele disse pai? Não é possível que essa anta tenha um pai tão gostoso como ele - Estou vendo que já conheceu a Claire - Ben ficou do meu lado, e eu ainda tentava raciocinar como aquela homem conseguiu ter um filho como ele.

– Muito legal a sua amiga, ela gostou do meu macarrão - ele disse orgulhoso.

– Não só do macarrão - falei maliciosa mas acho que ele não ouviu. Senti o Ben me beliscar e segurei o grito com um sorriso falso.

– Bom crianças, vou resolver umas coisas no meu quarto, qualquer coisa é só me chamar. E Claire, sinta-se em casa.

– Com certeza - ele sorriu e saiu de cena - Potaquepareo, porque você não falou que seu pai era tão gostoso?! Meu Deus que homem - falei me abanando.

– Ei ei, respeito. Ele é meu pai.

– Mas não deixa de ser gostoso - falei e voltei a comer meu macarrão divino.

[...]

Já estava tarde e eu estava varada de sono e não sei onde a Susie se enfiou. Comecei a procura-lo pela sua mansão, até que passei em frente a um quarto que a porta estava entreaberta. Olhei sem querer pela abertura e vi uma costas nua. Ai meu pai do céu. Olhei mais de perto e vi que era o Ben tirando a roupa, ele estava só de cueca. Até que ele tem um corpinho gostoso. Continuei olhando SEM QUERER, e ele tirava a roupa lentamente, parecia que queria me torturar, ele se virou de frente para mim e não me viu. Eu acho. E então pude ver um extra volume na sua cueca. Não é possível que tudo isso seja dele. Olho novamente e ele tinha um sorriso sapeca no rosto. Sai de lá imediatamente, antes que ele resolvesse colocar a anaconda pra tomar um ar.

Fui para o quarto do Ben e me deitei na sua cama luxuosa.

– Ah como isso é bom meu Deus - falei desfrutando daquela diviníssima cama.

– Eu nem comecei e você ja está gostando?! - abri os olhos e vi o palmito encima de mim com cara de comedor.

– Sai de cima de mim - falei cerrando os dentes, e ele ria da situação - Eu não estou vendo graça Susie.

– Eu já disse pra você não me chamar assim - ele falou com cara de bravo e a um centímetro do meu rosto. Senti seu hálito quente no meu rosto e eu estava com os olhos arregalados. Olhei para baixo e só agora percebi que ele estava só de cueca. Porra estou fodida, literalmente - Não precisa ficar assustada bruxinha - ele passou a mão na minha coxa e eu tentei me levantar mas ele me segurou e subiu a mão até minha virilha.

– Me larga seu nojento.

– Relaxa, você vai gostar - ele passou a lingua no meu pescoço igual um lagarto e foi descendo a boca e beijando meu pescoço - Eu vi Claire... - ele falou e só agora percebi que estava de olhos fechados, abri os olhos e tentei mantê-los assim - Eu vi você me olhando na porta. Gostou do que viu? - olhou para mim e dei graças a Deus por estar de olhos abertos. Tentei fingir uma cara de esnobe, de quem não estava gostando daquilo. Como eu disse FINGIR que não estava gostando.

– Já vi melhores - falei indiferente. Ele me olhou e deu uma risada sarcástica.

– Se é que já viu - ok, agora ele me ofendeu, quem ele acha que é pra falar isso de mim? É claro que eu já... Tá bom eu nunca vi uma varinha, mas ninguém precisa saber. Eu ia responder ele, mas fui interrompida pela sua língua na minha barriga. Ele fazia movimentos circulares em volta do meu umbigo. Que língua mágica. Senti que ele estava descendo para a zona de perigo. Ah mermão, ai ninguém toca. Dei um golpe monstro de jujitsu que fez ele cair longe e sangrando. Mentira gente. Eu tentei empurrar ele sem sucesso, ai eu rolei pro chão, bati a boca no carpete, engoli poeira e sai engatinhando. Me levantei zonza e me recompus arrumando minha roupa.

– Se me der licença, vou ir tomar banho, e espero não ser incomodada - sai fingindo estar tudo bem e ele ficou rindo igual uma Susie fora da caixa.

Tomei banho cantando a musica da Kelly Key, Barbie Girl. Foi uma indireta pra Susie, e acho que ele entendeu, porque as vezes ele batia na porta do banheiro mandando eu sair, e eu ignorava e cantava mais alto. Sai do banho e coloquei meu pijama gigante, não ia usar um dos meus pijamas curtos pro Ben 10 me atacar durante a madrugada. Sai do banheiro e o Ben estava deitado com os braços atrás da cabeça, como se me esperasse sair.

– Você vai dormir com isso? - falou com cara de desanimo e ao mesmo tempo de estranheza.

– Vou, tem algum problema com a minha roupa?

– Só acho que você vai suar pra caramba, está fazendo o maior calor.

– Não te perguntei nada - olhei novamente e percebi que ele ainda estava de cueca - Cara, da pra você colocar uma roupa? - falei me virando pra não olhar aquela monstruosidade.

– Eu durmo assim meu amor - fiz cara de nojo com o "meu amor".

– Então vai para sua cama que eu quero dormir.

– Essa é a minha cama.

– Eu sei, mas eu vou dormir aí, então vaza.

– Quem vai dormir aqui sou eu, se quiser dormir aqui, vai ter que ser comigo - fez cara de safado e eu me afastei. Não sou louca de dormir na mesma cama que esse doente por sexo.

– E onde eu vou dormir?

– Dorme lá embaixo no sofá.

– Vamos tirar par ou impar - falei alegre por minha idéia esplêndida.

– Não - cortou meu barato - A casa é minha, a cama é minha e quem dorme aqui sou eu, já disse, se quiser dormir aqui vai ter que ser comigo.

– Prefiro dormir numa cama de pregos - puxei seu cobertor e seu travesseiro e sai do quarto. Ouvi ele resmungar algo e eu fingir não ouvir. Me deitei no sofá e esperei o sono me pegar de jeito.

– Vem ni mim sono, vem ni mim - falei pouco antes de cair no meu coma profundo.


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