Only You escrita por LivOliveira


Capítulo 8
Revelações complicadas - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oien, gente. Desculpa mil vezes a demora. Vocês não sabem o que aconteceu. Eu escrevo pelo meu celular e ele simplesmente excluiu o capítulo. Eu ia postar na semana passada, mas eu não consegui recuperar. Então tive que escrever tudo de novo. Mas, está tudo bem. Já terminei (não está tão perfeitinho como o outro que excluiu, mas tudo bem) e espero que gostem. Boa leitura!



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— Tudo fazia parte de um plano que fiz. - Explica Neal. - Chamei meu pai para um passeio de helicóptero, como nos velhos tempos. Sobrevoei sobre seu pai e aquele... Graham. Fiz de propósito. Era tudo um plano. Eu queria ter testemunhas. - Neal dá de ombros. - Cumprimentei os dois e continuei, indo em direção á praia. Já que esse nunca era meu trajeto, Gold estranhou e começou á discutir comigo. Só então ele descobriu que tinha uma hélice falhando e o motor também. E estávamos sobrevoando o mar...

Por que tem certas pessoas que tem a capacidade de usar sua inteligência para o mal? Eu não reconheço Neal. Quer dizer, parece que nunca o conheci e esse é ele.

— Lá em baixo tinha uma lancha sozinha. - Ele dá outro suspiro, como se estivesse se lembrando do dia e tivesse se arrependido. Mas não dá para se arrepender. Já aconteceu. - Era minha. Me livrei dos cintos e me equipei com o único paraquedas que tinha. Me despedi dele, e pulei. Aterrissei bem no meio da lancha. De lá de baixo, pude ver o helicóptero explodir. Então fugi da cidade e vim parar aqui, em Nova York.

Tudo faz sentido. Consegui entender completamente.

Neal quis fazer Graham e meu pai de testemunhas. Queria que eles pensassem que ele tinha morrido, porque minutos antes do "acidente", ele estava com Gold. Graham e David teriam certeza de sua morte.

Um plano bem elaborado por Neal. Mas foi para o mal. Só porque o pai dele era ruim de se engolir, não quer dizer que ele precisava morrer. Não podemos julgar ninguém.

— Por que fez isso, Neal? - Pergunto depois dessa grande explosão de verdades.

— Eu nunca quis te ver sofrer, Emma. Nunca. Se eu continuasse com aquilo, eu ia acabar te magoando e..

— Você já me magoou, Neal. - O interrompo. - Não há como mudar isso.

— Seria pior no futuro. Eu te fiz um favor. Te livrei de uma prisão, Emma.

— Você falou que o plano de Gold era fazer você casar comigo e me engravidar, certo?

— Sim. Nós nos casamos. Mas, já a parte do filho... Eu tentei. Mas não sei o que Gold queria me obrigando á fazer isso. Eu nunca soube.

— Henry. - É o que consigo dizer.

Está na hora de Neal saber a verdade. Que ele é pai. E, vai que ele decide assumir? Mas o pior é que consigo ficar brava com Neal. Eu não o amo mais. Mas é complicado explicar... Ele me largou grávida. Tudo bem que ele não sabia de nada, mas isso não impediu um pequeno ser se formar dentro de mim. Neal errou, mas será que ele mudou?

— Henry? - Neal repete.

— O nome dele é Henry. - Percebo a mão de Killian ficar fria. Dou um suspiro e olho atentamente para Neal, que não está entendendo nada. - O... Nosso filho se chama Henry.

— No-nosso filho? - Percebo Neal engolir á seco.

— Você me abandonou grávida, Neal.

— Eu não sabia disso. Eu nunca teria feito aquilo, eu teria assumido, Emma.

— Tarde demais. - Me levanto e puxo Killian comigo. - Você teve sua chance e a gastou por causa de uma merda de herança. - Saio do parque com Killian andando rápido.

— Emma, você está agindo errado... - Killian sussurra.

— Eu fiz o que achei que era certo. - Respondo.

— Eu vou atrás de você e meu filho, Emma! Você não pode me afastar dele! - Grita Neal de lá do parque. - E também vou investigar esse seu namorado falso. - Paro na frente do carro.

Como ele descobriu? Será que eu sou tão ruim em atuar? Eu fui bem até agora, eu acho.

Killian abre a porta, tentando ignorar Neal. O que realmente é desnecessário.

— Ele não é falso. - É o que respondo.

Por que estou respondendo? Eu não deveria ignorar? Sim, eu deveria. Mas a idiota aqui, prefere responder o homem que mais fez sofrer em toda vida.

— Então prove. - Neal pede. Killian fica olhando para mim com a cara de "O que você vai fazer?".

Bem, seu eu beijasse Killian, Neal acabaria com o assunto de vez. Mas eu não quero encostar nos lábios perfeitos de Killian. Ou quero? Ah, meu Deus! Quanta pressão!

— Eu não tenho que provar! -Empurro Killian para dentro do carro.

— Ei, machucou... - Ele reclama.

— Fica calado!

— Chegou a estressadinha... - Killian cantarola. Fecho a porta antes de eu querer pular em cima dele. Killian tirou a mão da porta em momento recorde .

Parabéns, Killian. Você me fez ficar mais sem paciência do que eu já estou.

Em vez de entrar no carro, assim como Killian (na verdade, o caso dele é diferente. Eu que o empurrei.), vou até Neal que já estava vindo ao meu encontro.

— Emma, esqueça o passado. Podemos ser amigos... - Ele começa.

Não importa o que aconteceu no passado, ele me abandonou. Isso é imperdoável. Ele destruiu tantas vidas por causa de uma herança do pai? Isso é sério?

O interrompo com um belo tapa em seu rosto, que deixou minha mão marcada. Ele se afastou de mim e passou a mão na marca, tentando aliviar a ardência que eu sei que ele está sentindo. Neal senta no banco e abaixa a cabeça.

— Se você acha que vai voltar para minha vida depois de ter me abandonado grávida, você está muito enganado! - Berro, para exatamente as pessoas á nossa volta ouvirem.

— Emma, para com isso. - Neal olha ao redor. - As pessoas estão olhando.

E realmente estavam olhando. As pessoas gostam de saber da vida dos outros. Agora só falta aparecer o jornal aqui...

— Eu não vou parar, Neal. Você precisa saber que dinheiro não é tudo!

— Acredite, é sim... - Dou outro tapa nele.

— Como você pode pensar isso? Poderia ter pedido divórcio. Seria a coisa mais simples á fazer.

— Aí eu ficaria sem minha herança. - Ele finalmente se levanta, esfregando a mão na bochecha marcada.

Confesso, para uma pessoa de fora, está cena está sento hilária. Um homem com duas marcas de mão no rosto e discutindo com uma loira estressada no meio do Central Park.

— Você realmente só pensa nessa herança? - Abaixo o tom de voz.

— Sim. Mas estou disposto á assumir esse filho. - Ele se aproxima de mim. - Eu posso viver com você e... Henry. Podemos usar a herança de meu falecido pai em nossas vidas... - Ele se aproxima mais de mim.

Juro, eu poderia pensar que ele está centímetros de distância de mim para me beijar ou algo do tipo. Mas ele não é louco. Não mesmo.

— Quer saber a minha opinião sobre isso? - Dou um sorriso esperançoso falso enquanto ele segura minha mão. Não creio que Neal chegou á esse ponto. Trouxa. - Nunca nessa vida. - Dou um chute "naquele lugar" dele.

Ele cai no chão pressionando aquele lugar com a mão e gemendo de dor. Quer dizer, eu não queria tirar a oportunidade dele de ter filhos um dia, mas se aconteceu, o que posso fazer?

— Droga, Emma! Por que fez isso? - Ele praticamente gemeu.

— Eu mudei, Neal. - Dou um sorriso vitorioso e saio do Central Park. Podia-se ouvir as ridas de algumas pessoas. Outras, boquiabertas de espanto.

Dei as costas para ele e fui em direção ao meu carro. Consegui ver Killian olhando pela janela. Entro no carro e fecho a porta.

— Mas que droga você fez? - Killian pergunta enquanto coloco o cinto de segurança.

— Para de reclamar sobre as minhas atitudes! - Ligo o carro e acelero.

— Ele tem o direito, Emma.

— Ele perdeu esse direito quando me abandonou grávida. - Killian permanece em silêncio.

Meu celular emite um som de mensagem. Sem tirar o olho da pista, pego ele e me viro para ler.

Desconhecido - Eu te entendo completamente, Emma. Mas vá ao banco e pegue um documento que deixei para você. Ele diz que foi um engano o que aconteceu com o dinheiro.

— O que ele falou? - Killian pergunta. Me impressiona esse dom de adivinhar dele.

— Vamos ao banco cobrir mais de suas mentiras... - Respondo já dirigindo até o endereço que diz o documento.

— Tudo bem...

* * *

— Já não passamos por esse prédio? - Pergunta Killian.

— Não, é claro que não. - Respondo. - Tem vários prédios iguais em Nova York, Killian.

— É, mas este com essa lanchonete ao lado e uma macieira na frente já estamos há meia hora passando. Todos os prédios iguais á esse tem essa lanchonete e essa macieira? - Ele se vira para mim.

— Está dizendo que estamos perdidos?

Bem, sim. Estamos um pouco, eu acho. Mas eu segui o que o endereço dizia. Não tenho culpa.

— Se é assim que se diz passar por um mesmo prédio por meia hora, sim. Acho que estamos.

— Eu vou dar um jeito, só não dificulte, por favor. - Estaciono perto do prédio e dou um suspiro.

— O que vamos fazer agora?

Antes de eu poder responder, ouço uma batida de leve na janela. Me viro e vejo um homem segurando um mapa, simbolizando que precisava de ajuda. Abaixo o vidro e olho pra ele.

— Olha, desculpa, mas também estamos perdidos e...

— Cala a boca e passa o celular! - Ele saca uma arma. - Você e o bonitão ali.

Killian automaticamente pega seu celular e entrega para o ladrão, já eu fico indecisa.

— Não está me ouvindo não, loirinha? Eu mandei passar o celular. Você é surda? - O homem insiste.

— Não, não. Ela não é. Toma e sai daqui, por favor. - Killian diz e entrega meu celular para o ladrão.

O homem dá um sorriso e guarda os celulares.

— Não aconteceu nada aqui, entenderam? - Ele avisa.

— Aconteceu? O que aconteceu? Não aconteceu nada. - Killian responde.

— Que bom. Gosto assim. Quando vocês são prestativos e tudo fica na paz. Em falar nisso, vou dar no pé. Fiquem na paz... - Então ele sai como se nada tivesse acontecido.

Ficamos praticamente cinco minutos em silêncio.

— Eu nem tinha terminado de pagar. - Digo, para abafar o silêncio.

— Você está viva, Emma. Agradeça. - Killian responde.

Pronto. Estamos sem nossos celulares e estamos perdidos. Como sobreviver? Não sei. Eu realmente não sei.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Mil vezes desculpem pela demora. Mas eu fiquei com tanta raiva do meu celular que o joguei na parede. Mas ele não quebrou (que bom). Vou tentar não demorar para postar o próximo!

PSIU: Hey, Mabel. Obrigada pelos comentários e eu pude conceder seu desejo em dobro. Obrigada de novo ;)