Only You escrita por LivOliveira


Capítulo 6
A viagem


Notas iniciais do capítulo

Oie, gente lindxa. Muito obrigada pelos comentários positivos, estou muito feliz por isso. O capítulo está pequeno e bem básico. Desculpem a demora, ando um pouco ocupada.Enfim, boa leitura e perdoem os erros. E leiam as notas finais.



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Não pode ser. Eu sei que ele está vivo e fica me mandando uma carta por ano. Mas eu não estou nem aí. Ele que fique na vidinha dele em Nova York. Nunca fiz questão de descobrir sobre o porquê dele fugir.

Mas, quer saber? Eu vou. Vou escutar ele e dizer para nunca mais me incomodar. E depois retomo minha vida em Storybrooke. Chegou o momento que tenho que esquecer Neal. Ele é passado. Não me importa mais.

Desligo meu celular e o coloco em cima do criado-mudo. Desligo o abajur e dou um suspiro inquieto.

Gostaria que Neal me deixasse em paz. Mas nem tudo é perfeito.

* * *

Depois de jogar o despertador na parede, tomar um café no Granny's, conversar com Belle sobre Will (o que foi desnecessário pois, ela continua com a mesma opinião), vou para a delegacia.

Malmente entrei no prédio e pude ouvir risos e berros. Não parecia ser de desespero, mas de diversão. Quando passo pela porta, vejo Graham dentro da cela olhando para Killian e David que estavam jogando videogame.

Sério???

Eles estão jogando videogame na delegacia, no horário de trabalho. Pelo o que posso ver, Killian está ganhando.

Ando até a frente da televisão e fico parada, olhando para os dois e com os braços cruzados.

– Chegou quem não devia... - Killian resmunga.

– Acabou nossa alegria... - Completa David resmungando.

– Muito engraçado vocês dois. Killian mal saiu do hospital e já vem fazer gracinha. E meu próprio pai o acompanha. - Digo desligando a televisão. - Essa televisão é para ver as câmeras da cidade, não para jogar Xbox.

– Pegamos Graham. Merecemos um momento de descontração. - David diz colocando o controle do videogame ao lado da televisão.

– Eles estão jogando há duas horas. - Graham comenta.

– Pena que ninguém te perguntou nada. - David responde.

– Tudo bem. Vamos parar por aqui. Todo mundo trabalhando... - Tendo encerrar o assunto. - Pai, Mary levou Henry para escola?

– Sim. E ainda ele convenceu ela á dar pizza para ele de café da manhã. - David responde.

O quê??

– O quê? - Pergunto descrente.

Eu já avisei: "Não dê porcaria para Henry comer, mãe.". Mas ela não me escuta. Ninguém me escuta.

– Ele fez aquela carinha de cachorrinho sem dono e ela não conseguiu dizer não. - David diz.

– Nossa, garoto esperto. Conhece bem a avó. Eu também era assim. Mas eu levei vários castigos de meus pais. - Killian comenta.

– E o que você fez? - Ignoro Killian.

– Continuei bebendo meu café com leite. - David responde.

Isso é sério, produção? Meu filho comeu pizza no café da manhã porque sabe dar um golpe com o olhar em minha mãe e meu pai é um desnaturado.

– Não posso acreditar! - Coloco as mãos no rosto enquanto respiro fundo.

– Estressadinha... Emma é estressadinha... - Killian passa cantarolando.

Acho que ele devia saber que não se brinca comigo quando estou tentando me acalmar.

Alcanço ele e seguro sua camisa.

– Não me chama mais disso. - Aviso. Mas, ele simplesmente sorriu.

– Já disse que você fica linda quando está estressadinha? - Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

– Killian. Some. Daqui. Some! - Praticamente grito. Ele continuou sorrindo e se afastou de mim. - Da próxima vez, pai... - Me viro para David com um sorriso visivelmente falso. - Não permita esse tipo de coisa acontecer. - Ele balança a cabeça positivamente.

– Estressadinha... - Cantarola Killian do outro lado da delegacia.

– Para como isso, seu idiota. - Respondo sentando na minha cadeira.

– Vocês vão ignorar minha presença? - Graham pergunta.

– O máximo que eu conseguir... - David responde.

– E você, Killian? - Graham se vira para Killian.

– Já tive consideração por você, Graham. Inclusive, vim parar aqui por sua causa. - Killian responde.

Não consigo evitar agradecer em minha mente a presença de Killian. Ele tem sido um bom amigo ultimamente.

– Emma...? - Graham se vira para mim.

– Já disse para nunca mais falar meu nome. - Respondo. Ele simplesmente sorri e deita na cama da cela.

– Então... Emma. Você ainda vai para Nova York? - David se aproxima de mim.

Acabo de me lembrar da noite passada. Sobre a mensagem de Neal e o suposto "encontro".

– Vou adiar para amanhã. - Respondo.

– Amanhã? Por que tão cedo? - Ele pergunta.

– Quero me livrar logo disso. Temos um turbilhão de casos para investigar e vamos gastar tempo com Neal. Ele não é um problema nem uma ameaça. - Respondo enquanto separo alguns casos.

– Então ele está vivo...? - David se vira para Graham com um olhar: "Eu te avisei...".

– Não estou dizendo nada. Estou dizendo que estamos dando muita atenção para o caso de Neal. Só isso. - Tento disfarçar.

– Acho que o caso de Neal tem a atenção que merece... - David comenta.

– Ele está morto. - Diz Graham.

– Cala a boca. - David pede.

– Só porquê estou preso não quer dizer que não posso participar do papo. - Graham responde.

– Killian! - Praticamente berro ao ver David indo em direção á Graham. - Pode... Vir comigo? Preciso falar com você.

Eu tenho um plano. Não vou conversar sozinha com Neal. Por isso levarei Killian comigo. Tentarei mostrar para Neal que segui em frente, escalei o muro.

Não levarei meu pai. Ele não sabe a verdade e deixará escapar para Graham se ver Neal. Regina também não. Nem conheço mais Regina. Mary, nem pensar. Ela fará mais perguntas que eu. Perguntas de dia, de noite... Perguntas em todo lugar. Então sobrou Killian. Eu confio nele e sei que ele não contará para ninguém sobre Neal.

– Claro. - Killian responde me seguindo. Saímos da delegacia em silêncio e sigo para a floresta.

O único lugar que posso contar algo do tipo sem que ninguém ouça.

– E então... O que foi? - Ele pergunta.

Sento num tronco e Killian senta ao meu lado. A história será longa...

– Sabe quem é Neal? - Pergunto para ele.

– Ele morreu anos atrás, por quê?

– Como sabe disso?

– Graham me contou. - Suspiro.

– Ele não morreu.

– Não? - Era possível notar o susto nos olhos de Killian.

– Ele está vivo. E em Nova York.

– Como?

– Há alguns anos, o pai de Neal, Gold, ele morreu num acidente de helicóptero. Antes do helicóptero simplesmente explodir e cair no mar, todos na cidade viram, pelo o que parecia ser, Neal e Gold num passeio de helicóptero juntos. Mas, depois... Só vimos uma explosão e o helicóptero cair no mar. Encontramos a carcaça do helicóptero, e junto, o corpo de Gold. Mas não encontramos o corpo de Neal. Ele foi para Nova York. E me manda cartas anuais. Eu não sei porquê ele está lá e como sobreviveu. Mas ele está vivo.

– Por que... Por que está me contando isso?

– Porque o burro do Neal não consegue fazer tudo em sigilo. Pegou o dinheiro da conta daqui e colocou em uma de Nova York. Qualquer suspiro que ele dá, acaba repercutindo aqui. E eu vou para 'investigar' esse problema. - Faço aspas no "investigar". - Acontece que ele está disposto á me contar tudo. E eu preciso saber. Mas eu quero levar você comigo.

– Eu? Pra quê?

– Por favor, não tenho coragem de olhar nos olhos dele sozinha depois de anos. Preciso da sua ajuda. E além do mais, tenho um plano.

– Que plano?

– Um plano genial... - Sorrio.

* * *

– Tome cuidado. - David diz me abraçando.

– Claro, pai. Não tenho mais cinco anos de idade. - Respondo dentro do seu abraço.

– Sei disso. - Ele sai do abraço para olhar em meus olhos. - Mas sempre deve ter cuidado. Agora, não entendi algo: Por que o Killian vai com você?

– Ele quer ganhar um aumento. - Respondo rindo.

– Tudo bem. - Ele dá de ombros e se afasta um pouco com uma cara de: "Acredito muito...".

Estamos na fronteira da cidade. Killian disse que seria mais econômico irmos de carro para Nova York. Eu concordei, e aqui estamos.

– Filha! - Mary me abraça. - Volte logo! - Ela coloca a mão em meu rosto e se afasta.

– Só vamos ficar dois dias, mãe. - Respondo.

Ás vezes, minhas respostas são muito fortes. Mas é a pura verdade. Que culpa tenho eu?

– Para uma mãe, dois dias é muito tempo. - Mary responde.

Sério. Minha mãe parece que procura frases no Google. Ela sempre tem uma frase debaixo da manga e um bom conselho. Pode ser por experiência? Sim. Pode ter encontrado no Google? Sim. Tudo pode com ela.

– Eu sei. - Digo olhando para Henry, que corre em minha direção e me dá um abraço.

– Mãe, vou sentir sua falta! - Ele diz no abraço. É tão bom sentir os braços finos de meu filho...

– Eu também. Mas eu vou voltar logo. - Beijo sua bochecha e me afasto dele.

Vou caminhando até meu fusca acenando para todos. Entro no carro e espero Killian se despedir de todos.

– Ah, Killian. Não tente nada com minha filha, ok? - David avisa, o que me fez olhar a cena pelo retrovisor enquanto caio na gargalhada.

– Desculpe, não posso prometer isso... - Killian responde.

– Você falou o quê? - David se aproxima dele.

– Até mais, David. - Killian entra no carro.

Ligo o carro e saio da cidade dirigindo.

– Só um aviso. - Começo quando estamos um pouco longe de todos que vieram se despedir. - Não subestime meu pai. Você viu do que ele é capaz para me proteger.

– David não cometeria o crime de bater num rosto lindo que nem o meu, não é? - Ele responde. Me viro para ele, que está com um sorriso sexy no rosto.

Volto minha atenção para a pista com um sorriso idiota no rosto.

Killian é bonito, mas é muito convencido...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem a opinião de vocês. Eu posso demorar um pouco para postar um novo capítulo. Desculpem por isso. Mas minha aula começa segunda e vou andar mais ocupada e meu tempo livre será curto. De qualquer jeito, bjs. Até o próximo capítulo (farei de tudo para não demorar).