O coração de Isabela. escrita por Laris


Capítulo 38
Capítulo 38 - Um ponto de vista diferente.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo no ponto de vista da Manu.



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Alguns meses depois

Oi, aqui é a Manu invadindo a história da Isabela.

O casamento da nossa mãe estava próximo e meus nervos estavam a flor da pele. Acordei bem cedinho no sábado porque ia ser um longo dia. Íamos ajudar a nossa mãe com o vestido e depois ela ia embora e eu ia sair com o Joaquim e a Isa iria para a casa ficar com o padrinho dela, depois eu ia para a casa da Isa dormir lá.

Fomos em uma loja que a Isa disse que era boa. Na vitrine tinham uns vestidos maravilhosos, fiquei encantada. A nossa mãe entrou e começou a experimentar alguns vestidos e eu e a Isa ficamos sentadas esperando ela no provador, a cada vestido ela saia para avaliarmos, a Isa estava muito seletiva e não aprovava nenhum. Em um dos vestidos nossa mãe disse:

— Não sei se vou poder comprar um vestido desses, são muito caros!

— Não se preocupe com isso mãe, agora o meu dinheiro é nosso e você merece se casar com o melhor vestido.

— Não me sinto muito confortável em usar um vestido muito caro filha, sempre fui muito simples.

— Nem pense nisso, você tem que usar um vestido lindo e não importa o preço.

A nossa mãe entrou para experimentar mais um, não parecia tão animada com a ideia de comprar um vestido caro.

Quando ela saiu eu e a Isa ficamos animadas, este vestido estava lindo e foi decidido que seria esse. Na hora de pagar nossa mãe quase desistiu mas acabou sendo convencida pela Isa, ela era ótima em convencer pessoas.

Depois disso nos três fomos comer hambúrguer em uma lanchonete. Adorava o nosso tempo juntas, a Isa ainda era meio reservada, mas pelo menos parecíamos uma família. Estou feliz de finalmente estarmos reunidas.

 

Combinei de encontrar em uma praça com o Joaquim, a Isa disse que eu podia sair com o Damião e ele me trouxe aqui.

Fiquei olhando em volta procurando o Joaquim, será que ele estava atrasado?

Senti alguém me abraçar por trás, virei um pouco o rosto e sorri quando vi que era o Joaquim, ele me deu um beijinho no pescoço e eu ri um pouco porque fez cosquinha.

Depois ele me soltou e ficamos de frente um para o outro.

— Como foi com sua mãe Manu? – Ele disse e pegou na minha mão, começamos a andar pela praça.

— Foi bom, escolhemos um vestido perfeito! – Eu disse animada.

— Que bom!

Continuamos andando e eu fiquei observando a praça, era bem diferente da praça do vilarejo e bem mais cheia.

— O que está observando tanto? – O Joaquim me disse.

— Só estou comparando essa praça com a do vilarejo, são bem diferentes.

— É verdade, mas eu gosto muito dela, por isso quis te trazer aqui.

Eu sorri para ele.

— Quer uma casquinha? – Ele disse apontando para um carrinho de sorvete.

— Quero! Nunca tomei sorvete na cidade! – Eu disse animada, será que era parecido com o sorvete da Dona Fiorina?

Fomos até lá e compramos uma casquinha e fomos sentar em um banco. Dei uma lambida e achei gosto, era bem diferente do sorvete do vilarejo.

— Eu gostei! – Sorri para ele.

— Que bom! – Ele sorriu de volta. – E está animada com o casamento da sua mãe?

— Estou sim, ela está muito feliz, o que me deixa feliz também.

— Depois de tudo que vocês passaram, vocês merecem tudo isso. – Ele deu uma última mordida no sorvete, ele comeu muito rápido!

— Obrigada. – Pensei um pouco e completei. – Por tudo. Por estar comigo quando eu precisava.

— Não precisa agradecer. – Ele me deu a mão. – Eu sempre vou estar com você, eu te amo.

Ele se aproximou e me beijou, foi um beijo gelado porque nossas bocas estavam frias por causa do sorvete. Me esqueci do mundo enquanto beijava ele e acabei derrubando meu sorvete e parte caiu na minha roupa.

— Ai lasqueira! – Eu disse olhando para a sujeira. – Sujei tudo, sou muito desastrada.

Eu estava envergonhada.

— Não se preocupe, vou te ajudar.

Ele pegou uns guardanapos e me ajudou a limpar.

Ficamos lá na praça mais um tempo e assistimos ao pôr do sol.

Mais tarde o Damião deu carona para o Joaquim até a casa dele. Pedi para o Damião esperar enquanto eu me despedia dele.

Fomos de mãos dadas até a porta do prédio.

— Então nos vemos depois. – Eu disse.

Era sempre difícil quando eu me despedia dele, porque diferente da Isa eu não podia ver ele todos os dias, e eu sempre sentia saudade.

— Eu te amo. – Ele me disse.

— Eu também te amo. – Eu sorri para ele.

Ele colocou a mão na minha cintura e me puxou para um beijo.

Depois disso nos despedimos e eu fui para a casa da Isa.

 

Cumprimentei o Raul que estava na sala e subi para o quarto, a Isa estava deitada ouvindo música com o headphone. Eu resolvi trocar de roupa primeiro, fui até o banheiro e tomei banho. Depois vesti uma roupa que tinha trago na bolsa.

Quando voltei para o quarto a Isa estava do mesmo jeito.

Eu acenei para ver que ela tinha chegado, ela acenou e volta e virou para o outro lado. Será que ela não percebeu que eu queria conversar?

Contornei a cama e agachei em frente a ela. Ela olhou para mim e revirou os olhos.

— O que foi Manuela? – Disse ela tirando o headphone.

— Eu queria conversar. – Eu disse sorrindo para ela.

— Conversar sobre o que?

Eu queria falar com ela sobre hoje, mas ela não parecia estar muito afim de conversar.

— Pode deixar. – Eu disse ficando triste. – Vou ir deitar.

Ela colocou o headphone de novo e eu levantei e fui deitar do outro lado da cama. Não estava com nada de sono. Fiquei virando de um lado para o outro.

A Isa virou para mim irritada e tirou o headphone.

— Tudo bem, sobre o que você quer conversar?

Eu sorri animada e comecei a falar sobre meu encontro com o Joaquim, contei que eu amava ele muito e que ele era perfeito. A Isa não falava muito, mas pelo menos estava me ouvindo.

— Fico muito feliz te ter uma irmã para conversar, sempre senti falta de alguém. – Eu disse para ela. – Você também Isa?

— Acho que sim. – Ela disse fingindo não importar, mas o sorriso que ela deu disse tudo.

— Te amo maninha! – Eu disse abraçando ela esperando ela me afastar, mas ela não afastou.

— Também te amo Manu. – Ela disse meio baixinho, mas eu ouvi muito bem e abracei ela mais forte.

— Tá bom Manu! – Ela disse e eu soltei ela.  – Vamos dormir agora, já tem uma hora que você está falando!

Ela disse e eu olhei no relógio, tinha passado uma hora mesmo.

— Desculpinha. – Eu disse sorrindo para ela.

Ela se deitou de novo na cama e virou para o outro lado. Eu também deitei e demorei um pouco a dormir porque fiquei pensando em como eu estava ainda mais feliz com a minha vida agora.


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Notas finais do capítulo

Esse foi a capítulo da Manuela! Espero que gostem!!

Esse já é o antepenúltimo capítulo, a história está quase acabando. :(

Mas eu já postei o primeiro capítulo da história que eu disse para vocês que estava fazendo, se quiser ler: https://fanfiction.com.br/historia/686314/Iguais_mas_Diferentes/

Tenham uma ótima semana!
Beijinhos!



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