Fix Me escrita por Angel


Capítulo 44
Manhã


Notas iniciais do capítulo

Fala povo sumido! Mais um capítulo frequento para vocês. Em breve eles sairão do Refúgio, mas antes disso passarão por várias surpresas... huehue. .. fiquem atentos!
Kiss



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Ao acordar, não encontrei Thomas, automaticamente olhei em volta e não o vi. Sai da cama com a maior dor nas costa por dormir sentada e me estiquei. Peguei minha toalha e fui ao banheiro tomar um banho para relaxar. Ao abrir a porta encontrei Thomas de toalha enquanto lavava o rosto na pia.

– Oi, Minnie.

Ele levantou o rosto e me olhou pelo espelho dando um sorriso. Aquele sorriso meigo.
Senti minhas bochechas queimarem um pouco.
– Você pode, por favor, colocar uma roupa?!
Ele secou o rosto e se aproximou com um sorriso malicioso.
– Porque? Não gostou da paisagem?
– Primeiro, você está molhado e pode pegar um resfriado. Segundo, se alguma garota aparecer no quarto, te ver assim e fofocar para várias outras e eu não conseguir mais entrar no meu próprio quarto, vou te mandar para a casa de vidro morar com o Charlie no meio dos mosquitos!
Ele começou a rir.
– Não se preocupe, só preciso de uma garota na minha vida.
Ele se aproximou e eu não estava gostando da situação.
– Thomas, não encoste em mim deste jeito.
– Mas você não gosta de mim?
Fez bico.
– Gosto, mas não gosto de ficar com roupas molhadas.
– Que pena.
Ele começou se aproximar mais rápido e eu logo corri para a cama e pulei em cima dela, sabendo que ele estava atras de mim. Dei a volta e fui até a porta, mas ele me alcançou e me impediu de abri-la.
– Já era, gatinha.
E me abraçou e começou a fazer cócegas. Me rebati e corri para a cama com a esperança das cobertas me protegerem, mas foi em vão. Tommy foi para cima de mim e voltou com as cócegas até eu começar a chorar de rir.
– Paro?
Falei entre risos.
– Você quer mais?!
Neguei com a cabeça.
Ele passou a mão em meus cabelos e tirou do meu rosto.
– Obrigado.
Sussurrou.
– Pelo que?
– Por tudo. E, principalmente por não ter me abandonado.
Sorri.
– Bobo. Você foi meu primeiro e melhor amigo. Nunca te abandonaria.
Ele começou a passar a mão em minha bochecha.
– Alice, eu...
Antes de ele falar, ouvimos um estrondo e a porta se abrir com toda a força e Charlie vermelho e todo sujo.
–EUREKA!
Ele parou, abriu a boca surpreso e ficou chocado.
– De-desculpem!
Nos entre olhamos e percebemos que não estamos em uma posição inocente. Logo pulamos da cama e ficamos sem graça.
– O que foi, Charlie?
Perguntei me aproximando enquanto Thomas volta para o banheiro e coloca uma roupa.
Charlie sorri para mim e me mostra um vidro com um tipo de liquido vermelho florescente.
Olhei para ele sem entender nada. Ele revirou os olhos mas não tirou o sorriso de seu rosto.
– Alice, eu consegui achar a cura para ele.
– É .. é sério?
No momento eu não acreditei.
– Lógico, boba!
– Como?
– Comparei os dados que colhi dele quando estava normal e quando estava alterado e descobri o que colocaram nele.
– O que é?
– Não sei o nome, mas consegui saber que os cientistas dos caras são muito bons!
– E como você pretende colocar isso nele? Ou precisa beber isso?
– Essa é a má noticia.
– O que?
– Só posso colocar isso quando ele estiver em crise. Pois só assim vai fazer efeito.
– Não.
Falei quase sem voz.
– Mas te garanto a cura. E consigo fazer mais se eu plantar mais da erva que usei.
Suspirei e sorri aliviada.
– Obrigada por tudo.
Ele sorriu e o abracei. Nesta hora Thomas sai do banheiro, com roupa, e se surpreende com minha aproximação.
Me afastei de Charlie e sorri para ele.
– Finalmente as coisas estão dando certo!
falei batendo palmas.
Thomas levantou a sobrancelha sem entender.
– Vou fazer pudim para festejar. Alice, me ajuda?
– Claro!
Falei e balancei a mão para Thomas em sinal de despedida.
Antes de sair totalmente do quarto, vi de canto ele com um olhar triste.  Mas acho que foi impressão minha.
P. O. V Thomas
O que será que eu perdi enquanto estava no celeiro? Esse Charlie pode ter me ajudado a melhorar,  mas não vou com a cara dele. Principiante o jeito que ele olha para Alice.
O que deu em mim?!
Balancei a cabeça para tentar tirar esses pensamentos e segui rumo à cozinha.
Lá encontrei Oshio e outra mulher guardando os pratos. Ela virou e sorriu para mim.
– Olá senhor Cameron. Quer café?
Assenti.
– Por favor, Oshio. Não me chame assim. Pode ser só Thomas.
Ela riu sem graça.
– Tudo bem, Thomas.
Oshio era nova mas tem O dom da culinária. Seu café é perfeito e eu sempre enrolo no quarto para ser o último a tomar café e ser o único a tomar aquele feito pela coreana fofa. Ou seria japonesa?
A mesma entrega uma xícara limpa e deixou o bule perto e voltou a seus afazeres com a amiga.
– Chi,  você soube?
A menina perguntou para Oshio.
– O que, Mei?
– Parece que a salvadora vai ficar noiva?
"Salvadora?"
– Sério? Com quem?
– Um tal de Charlie. Aquele médico russo com um corpão que só vive naquela casa de vidro.
– Sei! Nossa, ele é lindo mesmo e os dois são perfeitos um para o outro. Ele é carinhoso e bem inteligente. Alice merece.
Logo engasguei ao ouvir o nome de Alice.
"Espera, Alice é a salvadora?! Ela está namorando o doutor? Porque ela não me contou isso?!"
– Você está bem, senpai?
– Sim. Apenas engoli na hora errada.
Falei olhando para baixo e limpando a mesa.
– Quer mais café?
– Não.  Já tomei o suficiente. Com licença.
Levantei e sai a procura de Alice para saber a verdade. Sabia que ela estaria na casa de vidro e fui lá a passos largos.
Encontrei ela de costas, sentada num banco com Charlie ao seu lado. Fiquei parado lá e ouvi a conversa deles.
– Tem certeza disso, Charlie?
– Absoluta! Você não confia em mim?
– Confio, mas... Não quero que nada de ruim aconteça com ele.
– Ele vai ficar bem.
– Então porque eu não posso contar para Thomas?!
"Eu? Contar o que?!"
– Porque ele pode não aceitar de começo. Fique ao lado dele por enquanto pois ele fica calma ao seu lado e quando for a hora,  contaremos.
"Do que eles estão falando?! Será que é verdade?! Não pode ser, Alice me contaria!"
Sai de lá antes que alguém me visse e fui até a sala de jogos falar com Nicolas.
Encontrei ele treinando luta.
– Fala, Thomas.
Falou e logo parou o treino e pegou a toalha.
– Preciso falar com você,  agora.
Falei inquieto. Ele se assustou e me seguiu para a grande varanda que havia ali. Sim, a maioria dos cômodos e salas desta mansão tem uma varanda,  porém,  essa tem passagem para o grande quintal.
– O que houve?
– É a Alice. Preciso saber a relação dela com Charlie. E não tem ninguém mais ou menos discreto que você.
– Você quer que eu espie sua namorada?
Ele falou prendendo o riso.
– Ela não é minha namorada!
Minha voz falhou um pouco, fazendo com que Nicolas não segurasse o riso.
– OK,  eu vou descobrir.  Me dê três dias e nos encontramos novamente. Essa é por conta da casa.
Levantei a sobrancelha.
– Você queria que eu pagasse com o que? Brócolis? Aqui não tem dinheiro, jumento!
– Verdade, não é? Velhos costumes são difíceis de esquecer.
Falou rindo e passando a mão na cabeça sem graça.
– Então você vai fazer treino comigo.
– Oi?
– Estou precisando de um parceiro mesmo desde que, sem querer, quebrei a perna de Mike.
– Sem querer,  não é?
Falei irônico. Ele colocou a mão em meu ombro e ficou sério.
– Para você se distrair desta mulher, vou te ajudar.
– Como?
– Thomas, você vai aprender a lutar de verdade em menos de um mês!
– Só quero ver!
Falei rindo.
– Então se arrume. Seu treino começa agora!
– Agora?!
– Sim! Vai logo, cara!
Ele me fez correr, levantar peso, me ensinou alguns golpes básicos de vários tipos de lutas e me fez aprender argola além de controlar minha alimentação agora.
– De onde tiraram essas drogas de argolas olímpicas?!
Falei enquanto me equilibrava nas argolas com os braços.
– Cala a boca e se concentre!
Fiquei assim com esse treino durante três dias e já estou morto. Treino o dia todo e chego no quarto, tomo banho e desmaio na cama.  Quando Nick falou que iria me distrair de Alice, ele não estava brincando. Não a vejo faz tempo e quando vejo ela chegar no quarto, toma banho, dá um "boa noite" e eu adormeço. Ficou assim esse tempo todo,  eu fingindo estar tudo normal e Alice ainda guardando algum segredo de mim.
Tive uma noite horrível, tive aquele pesadelo novamente com Dragon. Acordei ensopado e com a respiração alterado. Olhei para o lado e encontrei Alice me encarando preocupada.
– Thomas,  teve aquele pesadelo de novo?
Passei a mão na cabeça e senti meu corpo tremendo.  Assenti e ela logo me abraçou forte. Ignorei todo o resto e apenas chorei em seu colo como uma criança assustada. Logo ela começou a cantar baixinho e a fazer carinho em meus cabelos.
Eu tremia comi nunca. Hoje aquilo parecia real. O sorriso malicioso  de Dragon enquanto o próprio me torturava e me prendia naquele porão escuro onde ninguém sabia que eu existia ali. Ele me destruiu. Destruiu meu espírito,  minha mente,  minha confiança.  Mas eu havia encontrado um jeito de me recuperar,  quando encontrei o sorriso de Alice quando acordei aqui no Refúgio. Ela cuidou de mim sem medo até me conquistar novamente. Até me concertar novamente.  E foi neste momento que descobri o que realmente sentia por ela.
Adormeci novamente com o doce som de sua voz. Porém, dormi em seu peito pois ela dormiu deitada pelo cansaço.
Acordamos pelo barulho de várias pessoas gritando lá fora e nos encaramos assustados e com as caras inchadas pelo sono. A minha devia estar muito mais que inchada depois de ontem a noite. Alice sorriu e riu pela minha cara, mal conseguia abrir os olhos, mas conseguia enxergar um pouco.
– Do que você está rindo?
– Seu cabelo está engraçado.
Ele deve estar bem bagunçado mesmo.
– Lógico, você que bagunçou ele!
Sorri. Os gritos animados voltaram.
– O que está acontecendo?
– Vamos ver.
Levantei e fui até a janela. Logo senti meu músculos doloridos pelo treino desses dias e perdi um pouco de equilíbrio.
– Tudo bem?
– Sim apenas levantei muito rápido.
Deu uma desculpa qualquer.
Alice foi para o meu lado e nós dois vimos o pessoal lá em baixo em cadeiras e outras correndo.
– Será que eles estão fazendo uma competição?
Eu ri com a careta dela.
– Parece que sim.
– Vamos descer?! Eu também quero participar!
Falou no maior animo e já abrindo a porta.
– Alice! - falei numa voz grossa e cortante que a fez dar um pequeno pulo. - Você vai assim?
Apontei para seu "inocente" pijama de regata e shorts rosa.
Ela logo gritou e correu para o banheiro se arrumar.
Sentei na cama e suspirei, tentando achar alguma força.  Ouvi alguém bater na porta e ela logo se abriu apresentando Nicolas.
– Cara, já se passaram três dias. Quer conversar?
Fiz uma cara séria e mandei ele ficar quieto e apontei para a porta do banheiro, onde estava Alice.
– Vamos caminhar e você me explica o que está acontecendo lá em baixo.
Dei uma desculpa e ele entendeu o recado.
– Alice,  estou indo na frente, tudo bem?
– Tenha cuidado. Desço daqui a pouco.
Gritou lá de dentro.
Coloquei uma blusa qualquer e desci com Nicolas até o salão de treinamento, onde estava todo aberto, claro e vazio, pois todos estavam lá fora.
– O que descobriu.
Perguntei parando na sua frente.
– Mew,  sabia que aquele Charlie estavam está te dando uma rasteira? Acho que ele está mesmo dando em cima da Alice. Só não confirmei o noivado.
– O mais importante você não faz!
Falei esfregando a cabeça frustrado.
– Foi mal, cara. Mas sua gata é bem famosa aqui desde que chegamos!
Suspirei.
– É,  eu soube.
Ouvi gritos novamente de animação.
– Agora me explique o que está acontecendo lá fora.
Falei indo para a saída da varanda e me apoiando no batente.
– Também quero saber.
Se apresentou Alice com uma leg preta e top vermelho mostrando seu corpo bem formado.
– Alice, se você continuar assim, também me apaixono.
Falou Nicolas com um olhar malicioso.
– Do que você está falando?
Ela levantou a sobrancelha. Soquei o braço de Nick que logo pediu desculpas para ela e mudou rapidamente de assunto.
– Então, a competição é por país. Uma mini olimpíadas aqui no refúgio.  Pode chamar de OliMuRe.
– O que?
Perguntamos juntos.
– Olimpia Mundial do Refúgio. Ainda estamos procurando um nome melhor.
– Quem foi o cérebro que inventou esse nome estranho?!
Alice perguntou prendendo o riso.
– Suas amigas!
– Ah.
– Vamos. Todos inscreveram você como uma jogadora de vôlei.
– O que?!
Falamos juntos de novo.
– Sim. Desta vez é misturado. Homens e mulheres jogando vôlei juntos. Só é separado em países.  Ou seja,  você,  Thomas, Evan e Maggie estarão no time inglês e eu estarei jogando contra vocês com meu time campeão.
– Quando?
Perguntou Alice animada e com fogo nos olhos. Nunca tinha visto ela assim.
– É a próxima competição. Vai ser daqui a algumas horas.
– Ótimo!  Vou juntar o time. Só mais uma dúvida.  Quem é Maggie?
– É uma garota que não desgruda da Maria chiquinha nos cabelos e sempre está de vestido. Ela está lá no canto.
Encontrei uma negra alta com as características que Nicolas falou.
– É aquela ali?
Apontei assustado. Ela era maior que eu!
– Ela é inglesa?!
– Sim,  de pais africanos. Só o que sei. Preciso ir. Vejo vocês a tarde.
Suspiramos enquanto Nicolas se afastava.
– Tommy,  eu não lembro dela! Mas me parece familiar.
Encarei Alice que estava pensativa. Eu não conseguia parar de pensar que ela estava com Charlie. Justo agora que eu iria falar o que sentia.
Emburrado,  respirei fundo e sai indo direto para a direção de Dany que estava ao lado da Maggie.
– Oi.
Falou curto sem tirar os olhos dos corredores.
– Oi.
Eu o acompanhei.
– Melhorou?
– Estou indo. Agora comecei a treinar com Nick e ele não larga do meu pé.  Até esta controlando minha alimentação.
Ele sorriu um pouco.
– Muito bem. Continue assim.
– Não precisa se preocupar,  se não der certo, terei você para me colocar na linha de novo.
Seu sorriso sumiu.
– Talvez não.
– Como assim?
– Depois do jogo eu te explico,  mas não se preocupe. Apenas se divirta.
Assenti sem entender muito e ele se afastou entrando na mansão e sumindo de minha visão.
– Tudo bem?
Alice apareceu na minha frente e abaixei um pouco a cabeça para encará-la melhor.
– Não sei. O Dany está um pouco estranho.
– Isso é normal vindo dele, não acha?
Rimos juntos.
– Já conversou com o pessoal do time?
– Vou conhecer a Maggie e nos falamos daqui a dez minutos para saber como será o jogo, esta bem?
Ela mexia um das pernas de ansiedade.
– Esta nervosa?
– Ansiosa. Faz um tempo que não jogo. Estou animada.
– Faz alongamento com a Maggie, que eu falo com o Evan, está bem?
Ela assentiu e foi ao encontro da moça alta. Percebi que ela tem facilidade para conhecer os outros com apenas um sorriso.  Ao contrário de mim. Sempre fui mal humorado, sério e indelicado. Acho que isso é por causa de meu pai, que me preparou para ficar em seu lugar quando morresse.
Suspirei ao lembrar dele.
Me distrai quando Evan apareceu na minha frente sorrindo.
– E aí,  Thomas.  Está melhor?
Assenti e olhei de baixo para cima. Ele estava com um shorts colado e uma regata branca, e sua cara estava branca de tanto protetor solar.
– E você? Vai para o deserto?
Ri.
– Engraçadinho. Isso foi idéia da Lauren.  E eu morro de medo de magoar ela e atingir o bebê.
– É verdade, você vai ser pai.
– Isso ainda soa estranho.
Ele riu comigo.
– E então.  - Já comecei as perguntas. - Ansioso também?
– Cara, eu não jogo vôlei desde o fundamental! Só me escolheram por causa da altura!
– Então vamos treinar um pouco na quadra fechada.
Entramos na mansão e fomos treinar até a tarde. Essa foi nossa manhã,  estranha e com como começo das olimpíadas do refúgio. Algo me diz que iria acontecer muita coisa e não sabíamos disso.


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