Fix Me escrita por Angel


Capítulo 38
Sacrifício


Notas iniciais do capítulo

Ei povo lindo! Estou precisando de ajuda. Agora que a história está maiore tem tuuudo isso de leitores, queria ajuda para mudar a capa. O que vocês acham?
Se estiverem interessados em me mandarem capas, me chamem no particular, OK?
Regra: Não pode ter spoiler ou imagens maliciosas. Acho que só isso tá bom.
O vencedor terá sua capa a amostra de todos como a capa de Mess Me.
que os jogos comecem.
Kiss



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673607/chapter/38

 

corrente discreta da Alice

Evan apareceu feliz até me ver inerte encarando a porta.
        — Alice?
       Solucei e as lágrimas caíram sem parar. Evan me pegou no colo e me levou para os fundos. Eu estava tremendo, chorando e gritando pelo meu irmão.
         Me contaram que Dany me deu um sedativo para eu me acalmar e dormir, pois eu estava em estado de choque.
Acordei ao lado de Thomas, que continuava dormindo tranquilamente.  Me levantei, fui ao banheiro e após fazer minhas necessidades, lavei a mão e encarei meu rosto inchado. Lembrei de tudo que houve e as lágrimas voltaram.
        "Mesmo ele tendo mentido para nós,  nos sequestrados e torturado,  ainda dói perdê-lo.  Porque?!"
       Respirei fundo e fui tomar banho para ver se passava. Após relaxar, coloquei uma roupa que tinha num dos armários. Percebi que era a roupa de casa de Lucas.
"Tinha que ser, não é? "
Vesti e sai do banheiro. Encontrei Dany dormindo no sofá na frente da cama onde estava eu e Thomas. Cheguei perto de meu amigo e toquei em seu rosto.
— Você vai ficar bem, não vai?
— Não se preocupe,  ele vai ficar bem. Tem que ficar. Nem que todos os médicos do mundo tenha que trabalhar juntos para achar o antídoto para ele.
Ele me fez pular de susto.
— Dany,  você está bem?
Ele se levantou e esticou.
— Já dormi em lugares piores. Mas e você? O que houve para você ficar daquele jeito?
Abaixei a cabeça.
— O Lucas foi morto pela Cameron.
Ele ficou surpreso por um segundo mas logo voltou a sua cara séria normal.
— Já não gostava daquela baranga antes.
— Mas e o Thomas? Ele vai ficar bem? Que papo é esse de antídoto?  Ele foi envenenado? Não dava para fazer um pequeno corte e chupar o veneno?
— Calma, menina! Nossa, ele tinha razão quando falou que você era ansiosa.
— Ele falava de mim?
— Ele falava mais de você com um sorriso no rosto do que da própria namorada, aquela traíra.
Senti minhas bochechas queimarem um pouco. Sentei ao lado de Dany e me foquei no mais sério.
— Dany,  me explique, o que eles querem exatamente? O que houve comigo quando eu era pequena, você sabe? E o que eles fizeram com Thomas?
— Eles colocaram a mesma injeção misteriosa que você tomou quando pequena, no Thomas.
— Mas eu não me lembro de ficar assim.
— Bom, pelas pesquisas, o corpo de uma criança é mais saudável e forte. Mas o veneno ficou em seu sangue até você atingir a fase adulta e se fortalecer dentro de você. Entendeu?
— Era por isso que eu sempre ficava desmaiando.
Dei uma pequena observação.
— Mas o corpo de um menino, e até mesmo de um homem, é diferente. Reagimos diferente. Dragon queria super soldados a sua disposição.  Escolheu os melhores homens e também herdeiros para que ele possa controlar, mas ainda estava em fase de pesquisas. Thomas foi uma vítima dele e  não deu muito certo, ficando assim. Seu corpo mudou. Percebi quando fui prendê-lo,  ele estava muito mais forte, quase conseguiu fugir de mim.
Me surpreendi quando ele falou aquilo, pois Dany era literalmente enorme!
— E o que você pretende fazer com ele?
— Vou prender ele no porão até achar outra solução.
— Mas no avião não tem porão.
Ele começou a rir.
— Não, sua esperta. Na casa. Você não sabe para onde vamos?
— Para minha casa na América? Minha mãe deve estar preocupada.
— É isso que Dragon pensa. Não podemos ir para casa até essa guerra acabar. Estamos indo para o refúgio.
— Para onde?
— Lembra do colar que Thomas te deu? Aquele que tinha alguns números?
— Sim.
— Eram coordenadas. Estamos indo para um lugar seguros para os herdeiros. Lá,  ficarei com Thomas no porão do celeiro até achar a solução desse problema.
— Esta bem. Te ajudarei levando a comida.
Coloquei a mão em seu grande braço e sorri para ele.
— Obrigado. Agora vá ver seus amigos. Eu fico de olho nele.
Assenti e sai do quarto.
Passei por uma mini cozinha que tinha umas quatro pessoas dentro.  Sem muito interesse, passei reto e fui para as cabines que havia várias cadeiras. Eu pensava que todos estariam dormindo ou brigando, mas foi totalmente diferente, eles pareciam crianças e adolescentes brincando e contando piadas, ou zoando um ao outro. Grupos se misturavam e, com sorte nos estudos de línguas estrangeiras,  eles conseguia se comunicar. Me surpreendi e depois sorri com aquela felicidade toda dos outros até alguém gritar chamando a atenção de todos.
— Todos estão ouvindo?
Uma voz no rádio começou a falar.
— Sim!
Todos falaram em um coro.
— Bom, primeiramente, bom dia, galera. Sou Nicolas Sarkozy,  seu querido, lindo e perfeito piloto.
— Para de falar besteira, seu idiota!
Falou Alex no fundo e todos riram.
— OK,  só queria avisar que nossa viagem esta acabando e como poucos sabem, não estamos indo levar ninguém para casa. Estamos indo para um pequeno refúgio no meio das montanhas de algum lugar que não posso falar por motivos de segurança. As pessoas começaram a questionar.
— Me dá isso aqui! - Alex reclamou e começou a falar. - Pessoal, muitos devem saber, ou descobriram de um jeito nada legal que seus pais são da máfia e que um louco chamado Dragon nos raptou para nos usar contra nossos próprios pais e eles fazerem tudo o que Dragon quiser, transformando ele assim no chefe de toda a máfia do mundo. Mas seus planos foram por água abaixo e graças a Alice Wayne e seus planos estranhamente incríveis estamos livres.  Palmas para ela, pessoal!
E mesmo que muitos não me conheciam,  todos bateram palmas felizes,  gritando e assobiando.
— Certo, certo. - Nick tentou acalmar o pessoal depois de um tempo. - Assim que chegarmos,  todos terão liberdade de avisar seus pais ou responsáveis que estão bens e vivos, e que o culpado disso tudo é Dragon. Peçam para as mães explicarem aos chefes. Elas tentaram avisar eles, mas ninguém as ouviram e nos ferramos por isso. De seu lindo e perfeito piloto,  câmbio, desligo.
E assim acabou a mensagem. Todos se sentaram novamente ou voltaram a conversar com seus amigos. Eu fique parada até Evan aparecer ao meu lado.
— Oi, pequena. - mesmo sabendo que não foi a intenção de Evan,  aquele apelido apertou um pouco meu coração. - Você está melhor?
Assenti dando o melhor sorriso forçado do mundo.
— O que foi que eu perdi?
— Bom, você virou um ídolo dos herdeiros, além de nos emprestar sua casa para nos esconder, salvou todo mundo e eu serei pai!
Falou alegre com os braços abertos.
— O que?!
— Eu vou ser pai.
— Não,  antes disso.
— Você salvou todo mundo.
— Antes! Você disse que emprestei minha casa?!
— É. 
Ele falou bem animado mas, finalmente percebeu que eu não estava entendendo nada.
— Alice,  - Evan respirou fundo. - lembra do seu colar que você não desgrudava nunca? - Assenti. - Então,  aquele colar estava com Alex,  não sei como.
"Foi Lucas."
— Então,  durante um tempo ela encarava aquele colar para lembrar de nós,  os amigos.  Mas um dia ela o encarou com atenção,  percebeu que aqueles números tinham um significado. Ele tirou o colar do bolso e mostrou pra mim.
— Coordenadas.
Falei surpresa lembrando do que Dany disse. Evan sorriu.
— Então você já sabia.
Neguei com a cabeça.
— Dany,  o cara grande que estava comigo me explicou e então me lembrei que Thomas me deu ele quando éramos crianças,  disse que a mãe dele criou um lugar seguro,  um tipo de esconderijo por causa desse mundo que vivemos. Mas nunca percebi isso até você mostrar o colar.
— Espera, - ele parou a mão na minha frente.  - você e Thomas já se conheciam?
— Sim,  mas por algum motivo não lembrávamos um do outro. - Dei de ombros. - Mas... trocando de assunto,  como você se sente sabendo que vai ser pai?
— Acredite, - Ele falou abrindo o colar e colocando em mim de novo. - no começo eu fiquei em choque.
— Não ficou só de choque.  - Falou Lauren aparecendo atrás de Evan. - Você desmaiou!
Eu comecei a rir enquanto Evan ficava sem graça.
— Não desmaiei! Apenas abaixou drasticamente minha pressão.
Falou baixinho e sem graça.  Eu e Lauren rimos de sua cara.
— Lauren, você está bem?
— Sim, porque?
— Você e Alex ficaram esses 6 meses trancadas. Isso poderia mudar seu psicológico, humor e também afetar o bebê.
— Calma, amiga. - Falou colocando a mão em meu ombro esquerdo. - Eu tinha a Alex e ela a mim. Ajudamos uma a outra e agora somos super amigas.
Ela sorriu. Eu não resisti e tive que abraçar ela enquanto chorava.
— Eu fiquei tão preocupada e culpada por não estar ao lado de vocês.
— Calma, esta tudo bem. E tem mais, - ela falou se afastando e limpando meu rosto. - Conheci um garoto chamado Charlie Derezzi.  Ele é um garoto da nossa idade com cara e mente de nerd. Completou a faculdade de medicina ano passado e ele disse que ajudaria a mim e também a Alex durante a gestação.
— E por sorte dela, ele é gay.
Falou Evan com cara de assustado.
— Isso é ótimo de se ouvir. Finalmente as coisas começaram a melhorar.
Falei suspirando.
— Agora está na hora de você se sentar e descansar. Não pode ficar passeando pelo avião a viagem toda!
Avisou Evan. Lauren bufou e logo foi para sua cadeira ao lado de umas moças asiáticas e começou a falar com elas.
— Eu não poderia ficar mais feliz por vocês.
— Eu também não. .. mas consigo. Alice, posso te contar um segredo?
— Pode confiar em mim.
— Eu preciso de ajuda.
— Com o que?
— Pretendo pedir Lauren em casamento. Mas não sei quando e como.
Meus olhos brilharam.
— VOCÊ. ...
Quando eu quase gritei, Evan colocou sua mão em minha boca.
— Fica quieta, menina!
— Desculpe, não resisti.
Falei sorrindo.
— Assim que chegarmos eu vou querer falar com você logo, esta bem? Então já vai pensando em algo. Por favor.  Você sabe como as mulheres pensam.
Assenti enquanto Evan se afastava e ia ver Lauren.
Sorri e fui até a cabine do piloto, mas parei na porta e lembrei de Alex. Como ela ficaria ao saber que o pai de seu filho, o homem que ela amava,  morreu?
Suspirei e voltei ao quarto com uma pequena dor de cabeça.
Muita coisa irá mudar agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fix Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.