Fix Me escrita por Angel


Capítulo 36
Trocando ideias com o inimigo


Notas iniciais do capítulo

Oi lindos e lindas... amei os comentários de vocês. Ri demais!
Então espero que gostem... a ação está chegando, aguardem.



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Voltei para o quarto das banheiras,  onde acordei hoje. Olhei em volta e percebi que não mudou nada.  Andei um pouco até onde eu estive. A banheira ainda estava cheia e suas águas paradas e tranquilas. Olhei para meu reflexo e encontrei cortes pequenos. Sorte a minha que os hematomas e marcas roxas já haviam sumido.
Ouvi passos se aproximado de onde eu estava. Olhei para a porta e esperei alguém aparecer. Minhas pernas não me obedeciam e eu não consegui me esconder.
Uma mão apareceu, tocou as pontas dos dedos e empurrou a porta que rangeu em seguida. A pessoa apareceu e olhou para mim surpreso. Era Lucas. Ele se aproximou de mim e ficou centímetro de distância.  Enquanto eu estava com roupa simples, descabelada e com o corpo todo machucado,  ele estava cheiroso, bem vestido e saudável.  Mas seu olhar era diferente um olhar que nunca vi antes.
— Você está bem?
Ri com sua pergunta estúpida.
— Bem? Como pode me perguntar isso depois de um acidente de carro,  traição,  rapto, tortura e ter engravidado e prendido sua namorada durante todo esse tempo? ! Bem sei quanto tempo estou aqui!
— 6 meses.
Perdi o chão.
— É. .. É sério?
Ele assentiu triste.
— Porque você fez isso com a gente? Achei que você nos amava! Achei que você me amava.
— Sim. E você também achou que eu era seu irmão.
Falou sério. As lágrimas queria cair, mas eu me negava a chorar na frente dele.
— O que você pretende fazer com a gente?!
— Você ainda não entendeu? Meu pai quer usar vocês contra os inimigos dele. Para que eles trabalhem para Dragon. Se não obedecerem,  irá matar toda sua família,  começando por vocês.
— E você aceitou isso numa boa?
Ele deu de ombros.
— Nasci para isso. Tudo pelo que eu passei era para me fortalecer. Mas meu pai não vai me dar o trono até eu não ter mais nenhuma fraqueza.
Ri irônica.
— Você ainda tem uma fraqueza?
— Sim. Duas. .. na verdade, agora são três.
Coloquei minha mão na parede, pois sabia que eu poderia perder as forças a qualquer momento.
— Do... do que você está falando.
Ele suspirou triste.
— Um - ele se aproximou e  tocou em minha testa. - Você.  Dois e três... - Ele colocou as mãos no bolso e virou o rosto. - Você já sabe.
Eu já estava confusa. E odeio ficar assim. Comecei a socar o peito de Lucas enquanto as lágrimas teimosas escorriam.
— Como pode sentir ter o direito de falar que nos ama, ou que se preocupa conosco ou que nós somos sua fraqueza depois de tudo que você fez.
Ele não resistiu. Segurou meus pulsos e me puxou para um abraço forte.
Parei de me debater quando senti um soluço vindo dele.
— Era o único jeito de ele não matar vocês. Não sabia que ele faria tal maldade.
Ele me apertou.
— Você ainda quer nosso perdão?
— Mais que tudo.
— Então nos tire daqui.
Ele parou, se afastou um pouco, mas não deixou ver seu rosto.
— Você quer tanto isso? 
— Sabe o que isso significa?
— Que irei te perdoar e talvez, algum dia, te amar novamente.
— Algum dia?
Ele deu uma pequena risada.
— Sim ou não.  Escolha!
— Ele suspirou e voltou ao Abraço.
— É claro que sim. Você sempre será minha pequena, boba.
Eu queria muito retribuir seu abraço, mas não poderia mostrar confiança depois de tudo que ele fez comigo, com Alex e com meus amigos.
— Qual é o plano?
— Precisamos fazer uma rebelião. Falei me afastando dele.
Lucas levantou as sobrancelhas surpreso.
— O que?
— Percebi que o número de soldados é menor que o número de presos. Se a maioria tiver pelo menos uma base de como é se defender, pode dar certo.
— Alice, - Lucas suspirou. - os ghosts foram, praticamente, nascidos para lutar e matar. Você acha mesmo que um bando de jovens mimados irão fazer algo?
Sorri.
— Deixe essa parte comigo. Eu tenho meus contatos. Mas preciso da sua ajuda. Dragon não pode sonhar que estamos planejando isso.
Lucas bufou preocupado.
— Isso eu consigo fazer. Mas e depois?
— Sairemos daqui pelas portas dos fundos.  Eu preciso saber onde estamos, para onde vamos e como vamos. Consegue fazer isso e me dar a noite?
— Sim. Parece que você está bem melhor para voltar ao cubo com os outros. Então não irá demorar para que o plano ocorra.
Assenti.
— Lucas. Estou confiando em você.  Não me decepcione novamente.
Ele assentiu de volta.
— Você precisa voltar para a banheira. Daqui a 17 minutos os soldados virão para te deixar no quarto novamente. Você precisa estar inconsciente.
— E como farei isso sem um olho roxo?
Perguntei irônica.
Ele revirou os olhos e tirou do bolso uma seringa. Automaticamente me encolhi contra a parede, enquanto engolia em seco. Ele se aproximou e logo me lembrei de algo importante.
— Espere,  cadê o Thomas?
Ele se assustou e olhou para baixo.
— Ele...
Assim que Lucas me explicou tudo, coloquei a mão na boca para não gritar, o choro já não estava mais sobre meu controle e os soluços já haviam começado. Lucas aproveitou minha guarda baixa e me sedou.
***
Abri os olhos, que estavam pesados e me encontrei no quarto que eu estava no começo dessa confusão toda. Tudo logo passou pela minha cabeça,  mas não tive forças nem para chorar, então apenas suspirei alto. Fiquei deitada por mais algum tempo, mas não conseguia descansar. Apenas pensava em Thomas. Será que eu poderia ter esperança desta vez?
Tentei sentir meu corpo e aos pouco consegui mexer tudo. Suspirei mais uma vez e levantei, sentando na cama.
Fiquei lá por um tempo, até os ghosts abrirem a porta e deixar Lucas entrar. Ele estava todo formal, com a barba para fazer e os cabelos jogados para trás e com um semblante sério. Ele parecia muito mais velho do que é.
Assim que as portas se fecharam atrás dele, Lucas relaxou e parecia mais calmo.
— Consegui.
Falou enquanto tirava alguns papéis amassados de seu terno.
Ele colocou esticado em cima da cama e me apresentou algumas plantas.
— É aqui que estamos. - Ele apontou para um canto pequeno. - e aqui é o cubo.  - passeou com o dedo até mostrar outro quadrado maior.
— E onde é a saída?
Perguntei procurando alguma porta entre as extremidades.
Lucas pegou outra planta que tinha apenas um quadrado enorme que cobria a folha quase toda e um pequeno quadrado no canto esquerdo.
— Aqui.
— E o que é isso?
— O andar térreo.  Fica a vinte andares acima de nós.
Congelei.
— Vi... vinte andares?!
Eu quase gritei. Lucas colocou sua mão em minha boca para os guardas não ouvirem.
— Essa porta pode ser de ferro, mas não é a prova de sons!
— Desculpa. E qual é o seu plano?
— Já que você deu a ideia de uma rebelião.  Meu pai vai precisar de todos os soldados para controlar a situação. E, de acordo com minhas pesquisas, mesmo com todos os ghosts,  ainda não será possível controlar direito. Podemos juntar todos os guardas no cubo, atacar eles e prendê-los lá enquanto saímos.
— E quanto a Dragon?
— Ele só veio naquela vez. Eu que dou todas as informações diárias para ele por email. Ele está na Europa agora brincando com Mark e os outros chefes da máfia daquele local.
— Pai.
Sussurrei triste. Mesmo tentando odiar ele, não consigo tirá-lo de meus pensamentos.
— Mais alguma dúvida?
— O local é o transporte.
— Terá um avião esperando vocês assim que iniciar o plano. E.. - Ele coçou a cabeça - é melhor você se agasalhar.
— Porque?
Levantei uma sobrancelha desconfiada.
— Estamos no Alasca.
— O...
Quando eu ia gritar, Lucas me calou novamente com sua mão quente e fez sinal de silêncio enquanto ficava sério.
— Agora que você sabe como será o plano. Quando você começará ele?
Suspirei e afastei sua mão enquanto olhava em seus olhos.
— Amanhã.


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Notas finais do capítulo

E então?
Calma, morecos. Voltarei logo!
Hehe



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