Always escrita por Seshat
Notas iniciais do capítulo
Yo.
Aqui estou com mais uma fic. Espero que gostem, sério mesmo.
Minha primeira fic Hétero de HP.
[...]
-- Olhe... Para... Mim – sussurrou o bruxo.
Os olhos verdes encontraram os negros, mas em um segundo alguma coisa no fundo dos olhos de Snape pareceu sumir, deixando-os fixos, inexpressivos e vazios. A mão que segurava Harry bateu no chão e Snape não se mexeu mais.
**
Os olhos negros se abriram ao sentir o leve toque em sua bochecha, uma menina ruiva de olhos expressivos lhe encarava. A olhou com uma leve confusão.
—- Está acordado? – ela perguntou com voz baixa, quase um sussurro.
—- Sim – respondeu incerto. Afinal, sua última lembrança era os olhos dela em sua mente.
—- Mamãe disse que as panquecas estão prontas – a pequena sorriu, Severo Snape ergueu as mãos e tocou os fios quase alaranjados da cabeça da pequena – você já está vindo?
—- Estou – afastou a mão da pequena e se levantou – diga que já estou indo – a ruivinha sorriu e assentiu com obediência. As coisas estavam cada vez mais confusas em sua mente, olhou o quarto onde estava. As paredes pintadas em tom claro, uma mesinha de cabeceira dos dois lados, um livro enfeitava a mesinha. Olhou também com curiosidade o porta-retratos que estava ali, ergueu as sobrancelhas e pegou o objeto, nele havia a foto de um casal, uma ruiva sorria lindamente segurando um buquê, o homem ao lado demonstrava um leve sorriso, os cabelos negros lhe caindo pelos ombros.
Sentiu o coração batendo forte, seguiu a passos largos pela casa. Outras fotos apareciam: Um homem abraçando uma mulher grávida, um homem beijando a barriga protuberante, um casal sorrindo segurando um pequeno embrulho cor de rosa e ao pé da escada uma última fotografia, um homem segurava a mão de uma pequena ruiva.
**
Severo Snape nunca foi conhecido como um homem sonhador e nem que acreditasse em ilusões, mas naquele momento a única coisa que desejava era que tudo fosse real.
Sentiu os olhos lacrimejarem observando a bela ruiva, Lillian estava passando café no momento em que pisara na cozinha, a menina o olhava com o semblante curioso, sorriu para a pequena – está chorando papai? – ele passou a mão pela face sentindo que estava molhada, sorriu mais uma vez sorrindo – o senhor quer um abraço? – a ruivinha se levantou e antes que pudesse responder se jogou no colo do pai.
Lillian observava pelo canto dos olhos a interação, tocou o ventre já protuberante e sorriu. Era como se seu marido tivesse tendo noção somente agora da linda família que tinha construído – Emilly, deixe seu pai tomar café e termine o seu – se virou para os dois. Severo sentiu o coração bater forte, o ventre protuberante de sua amada, também não lhe passara despercebido.
A ruiva sorriu e ergueu a mão esquerda, um lindo diamante brilhava – me acompanhe querido – Snape se levantou e seguiu a mulher, Emilly continuou a mesa, ele não percebeu o sorriso triste estampado na face da menina.
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Severo Snape não era conhecido por demonstrar emoções, mas naquele momento as lágrimas corriam por sua face e a expressão de dor era muito evidente. Sentiu o toque suave em sua pele, Lillian secava-lhe as lágrimas.
—- Por que? – ele perguntou, agarrou as mãos da mulher e beijou ambas as palmas – por que?
Lillian sorriu de lado – por que é a sua vez de ser feliz – soltou-se das mãos do marido e lhe beijou os lábios – há muito tempo, um menino, branco e de cabelo escorrido me prometeu que seria para sempre. E eu acreditei e esperei por ele – o homem soluçou. A mulher sorriu novamente, os olhos verdes brilhando em lágrimas – ele cresceu, ficou forte e hoje está aqui. O meu para sempre também depende de você Severo.
Ele a olhou e finalmente sorriu – Always Lillian – ela fechou os olhos e uma lágrima correu por sua face.
**
Um senhor observava de longe toda a cena. Tinha um sorriso orgulhoso nos lábios.
—- Conseguimos – ele sussurrou baixinho, era um dizer para ele próprio. Olhou a cena por mais alguns segundos até que outro homem se aproximou – ele encontrou o caminho, meu trabalho está feito.
—- Vamos Allan – ele olhou para o homem com um sorriso.
—- é muito cedo, tem tantos que ainda precisam de mim – argumentou, o homem sabia disso.
—- você fez muitos sorrirem e chorarem, fez com que o ódio e o amor estivessem em cada coração. Marcou uma geração inteira e sei que continuará marcando.
—- Mas e se me esquecerem? – disse seu medo.
O homem sorriu – impossível Allan – o senhor suspirou.
—- Always – o homem assentiu e começou seu caminho – mas para onde iremos?
—- para o seu “sempre” – Allan sorriu.
**
Naquela mesma noite uma fina chuva caiu sobre as cidades, garotos e garotas, acordaram com a notícia. Lágrimas e apelos. E esses mesmo que choraram, saíram de suas casas e entraram na chuva, ergueram suas varinhas e com todo coração gritaram:
“ALWAYS”
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Então? O que acharam.