Estrelado Céu escrita por Tira os oios


Capítulo 1
One Shot




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9 horas da noite. A cidade estava linda , iluminada com todo aquele brilho das ruas de Paris, e a vista da torre Eiffel era grandiosa vista do prédio onde eu repousava, sentada no telhado já em forma de Marinette. Mas o principal estava faltando: ele estava atrasado.

Pouco depois ouvi o som do gato aterrissando no telhado onde eu o esperava e se aproximando. Não olhei para ele pois estava disposta a dar uma bronca pela demora. Ele se sentou ao meu lado me olhando no rosto, mas eu não tirei os olhos da paisagem.

— Desculpa...— ele sorriu de canto. Eu o olhei erguendo uma sobrancelha, ainda firme e ele me roubou um selinho. — Dessa vez eu perdoo, mas na próxima a tolerância é meia hora!

— Tá, tá... — ele se deitou ao meu lado com os braços apoiados atrás de sua nuca. Olhávamos fixamente para as estrelas. Não havia uma nuvem sequer ás tampando, foi uma grande sorte encontrar um céu como aquele.

—My lady era tão tímida...— ele riu e eu corei na mesma hora, o fitando brava. — Ora, vamos... Admita, você chegava até a gaguejar.

— Porque eu não sabia que era “você” — cruzei os braços. Mas como ele me irrita! Eu pensava. Subitamente ele puxou minha mão e eu caí deitada eu seu ombro.

Pensei em dar bronca mais uma vez, mas caí hipnotizada em seus olhos verdes voltados para o céu. O estrelado refletia em seus orbes. E aquela expressão de satisfação e felicidade em seu rosto. Sem notar, eu estava o admirando. Nunca admito, mas o admiro muito, e me apaixonei de uma forma sincera. Não mais um garoto modelo, mais belo da sala, do qual todas as garotas brigam por. Mas por esse gato fanfarrão, que me protege e traz a certeza que me ama.

Depois de um tempo acho que ele notou que eu estava o olhando, e me encarou de volta, com o olhar desentendido. Mal sabia tudo o que passava sobre minha cabeça, mas acho que ele notou que parei de me fazer de durona e estava sorrindo agora.

Olhamos para nossos lábios e eu os beijei, passando o dedo por debaixo de seu queixo. Ele correspondeu na mesma hora. Selinhos atrás de selinhos, abrindo um pouco mais a boca em cada um deles, até nossas línguas finalmente se encontrarem.

Senti ele apoiar a mão sobre minha nuca, mexendo um pouco mais aquele beijo apaixonado. O bendito fazia isso muito bem. Nos separamos ainda de olhos fechados, as testas coladas e sorrindo. Me aconcheguei de volta em seu ombro em fiquei sentido um cafuné sobre minha cabeça.

—Devíamos contar ao pessoal? — ele perguntou

— Mas não temos ideia do que isso pode causar...

—Vão descobrir um dia, assim como nós nos descobrimos.

—Acho que você tem alguma razão... É melhor que saibam por nós...

— Temo a reação do meu pai... —disse de um jeito desesperançoso. Deitei sobre ele o olhando no rosto.

—Vamos lidar com isso juntos. Será um trabalho em equipe como os outros.

Ele sorriu e me abraçou fortemente.

— Não quero que ele, nem ninguém, me separe de você... Isso é o que tudo o que peço...

Eu correspondi o abraço.

— Ninguém irá, pode ter certeza... Você está mais carinhoso que o comum hoje.

Ele não respondeu meu comentário, mas passou os lábio pelo meu pescoço acariciando e depositou um beijo. Eu fraquejei, deixando ele fazer o que quisesse e o mesmo acabou lambendo meu pescoço.

—Chat! — reclamei me levantando e passando a mão na parte lambida, e o boboca ficou rindo — Tsc, difícil crer que sou sua namorada!

Ele se levantou pulando e me surpreendeu mais uma vez, me pegando no colo.

— Vou te levar para casa agora... — foi saltando de prédio em prédio.

— Eu posso ir sozinha, sabia?

— Só estou tentando se romântico. — repousou no telhado de minha casa. Logo em seguida sua transformação esgotou.

—Rá! Agora terá que ir embora de carro — debochei. Ele deu de ombros.

— Estou cansado mesmo... — Me deu um último selinho e agarrou em um poste, deslizando para o chão. Fiquei na sacada de meu quarto o olhando ligar para seu motorista e ir embora.

Olhei aquele céu único mais uma vez, antes do sono bater e eu estrar para meu quarto. Meu coração estava contente.


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