Past said hello escrita por MilaChan


Capítulo 3
Hunting and the hunter


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar logo o complemento do capítulo anterior. Espero que gostem ; )
Tradução: A caça e o caçador



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673464/chapter/3

 POV Elijah Mikaelson

Minha mão segura o pescoço dela com firmeza e fazia força para que ela se mantivesse pressionada contra o tronco da árvore.

 - Você simplesmente acabou de me torturou, sem se quer hesitar por um mísero momento. E nunca trocamos uma mera palavra, tenho direito de saber com quem estou lhe dando.

 - Tem tanta certeza assim de que fui eu? - Sua voz é bastante suave, porém precisa.

 - Na maioria das vezes, minhas intuições sempre estão certas - Digo apertando vagarosamente o pescoço dela até chegar o ponto em que ela começa a se contorcer.

 - Você esqueceu de mencionar o fato de estar me seguindo. Digamos que não é um comportamento muito típico que se espera de um desconhecido - Ela tem uma maior dificuldade em falar com a pressão que estou fazendo em seu pescoço - Mas pensa que eu não vi a velocidade com que me pressionou contra essa árvore, está claro que é um vampiro.

  Estreito meus olhos perante aquele comentário.

 - Como sabe dos vampiros? - Ela parece mais relaxada, pois solta uma leve risada.

 - Já se deu conta da cidade em que está pisando? Não é novidade que as pessoas daqui saibam sobre isso. E então, o que pretende fazer comigo? Vai me matar?

 - Não me parece alguém nativa daqui - Digo analisando ela - Não faz o tipo das mulheres daqui.

  Há uma neblina de presença constante no ambiente, que faz minhas mãos começarem a esfriar. Mas uma é aquecida pelo sangue que corre pelo seu pescoço. E sinto muitas vezes a contração de seus músculos conforme vou avançando em meus comentários e perguntas.

 - E quer saber de algo mais, você fala como se também não fosse uma. Eu vi seus olhos naquela noite, ou melhor ''o'' seu olho. Mas que tipo de vampira é você que só tem um dos olhos a pulsar sangue?

  Novamente ela volta a relaxar os músculos, como se tivesse na ponta da língua todas as respostas. Até mesmo para as perguntas que eu nem havia pensado. Me deixava intrigado o fato de sua voz não vacilar, era algo tão preciso que surpreendia.

 - Então era você o perfeito cavalheiro com qual dancei naquela noite. Desculpe não reconhece-lo, mas as máscaras sempre causam um mistério por não conseguirmos enxergar o rosto de ninguém. Mas queira me perdoar, pois creio que o senhor não deve ter passado muito bem naquela noite. Não possuo olhos de vampiro.

  Sua voz conseguia ser tão convincente e manipuladora, que se não tivesse com ela em minhas mãos como concretização de que ela de fato existia, teria acreditado piamente em suas palavras. Mas mesmo não acreditando cegamente, elas me abalam. Porém não deixo transparecer, mesmo não enxergando seu rosto devido ao véu, sei que ela me observa e analisa cada detalhe de minhas reações.

  Mas então me concentro na frustação que sentia em cada resposta negativa que ouvia sair das bocas de todos que perguntava sobre o paradeiro dessa garota, me fazendo duvidar sobre o que os meus olhos tinham visto e agora ela também estava fazendo a mesma coisa. Não iria deixar que isso ocorresse novamente.

  A raiva toma conta de mim.

  Aperto seu pescoço com mais intensamente e em seguida a deito no chão com força me colocando em cima dela.

 - Não queira negar o que é a verdade, sei o que vi. Por isso estou aqui, se não tivesse visto aquele olho não perderia meu tempo indo a sua procura. Então não me venha com argumentos vazios, dizendo que eu não passava bem. Sei o que vi tão ricamente em detalhes que posso descreve-los com precisão.

  Ela tem dificuldade em respirar, pois começa a tossir e sinto seu pescoço suar e se aquecer.

 - Se de faro possui dois olhos normais, por que usa um véu para cobrir seu rosto. Ainda mais já estando de noite.

  Parece que sinto seus lábios formarem um sorriso, por mais que não os veja.

 - Tradições familiares. Não é algo bem visto uma mulher que mostra seu rosto a todos.

  Eu rio sarcasticamente.

 - Sua desculpa não me convenceu.

  Ela então faz força contra o meu corpo em cima do seu, para erguer o tronco e ficar perto do meu rosto. Mesmo com minha mão ainda pressionando seu pescoço com força

 - Não me lembro de ter a obrigação de satisfaze-lo - Ela volta a tossir e se deita novamente ao chão da floresta.

 - Está tudo bem? Me parece nervosa - Minha voz soa de forma calma, porém falsa com relação a qualquer preocupação que possa sentir com relação a ela.

 - Digamos que um vampiro em cima de mim, me pressionando contra o chão e ainda me enforcando não seja a situação que me deixa mais tranquila - Ela volta a se contorcer em minha mão, juntamente com todo o resto do seu corpo.

  Sinto que não vou conseguir nenhuma resposta dessa maneira, então começo a pensar em alguma maneira de conseguir o que quero. Até que me surge uma ideia.

  De forma lenta começo a retirar minha mão de seu pescoço, seu gesto é de surpresa. E por fim vou me levantando, tudo de forma bastante lenta e calma.

  Ela está desconfiada, pois não saiu correndo de imediato. Está esperando que eu faça algo. Até que ela começa a se levantar, massageia com uma das mãos o pescoço e se levanta de maneira tão sigilosa, como se tivesse receio de fazer movimentos bruscos.

  Depois de passar alguns minutos ela começa a caminhar, não a impeço. Preciso seguir com a minha ideia, espero.

  Quando ela está há uns três metros de mim, avanço sobre ela novamente e seguro seu pulso com violência. Arrancando o véu com a outra mão.

  O mesmo tom ruivo que me lembrou ao fogo, com uma cascata de leves cachos no fim dos fios que iam um até acima da cintura. Então agora só preciso que ela se vire para mim.

  Com a mão que estou segurando o seu pulso, a puxo para perto de mim. Fazendo então com que ela fique frente a frente comigo, com uma distância mínima.

  Mas quando olho novamente para aqueles olhos, não consigo acreditar no que vejo.

  - Isso é impossível - Deixo escapar tais palavras de minha boca.

  Um de seus olhos de fato se mostrava ser verde, da mesma forma como me lembrava de ter visto naquela noite. Mas o outro, que podia jurar serem iguais aos de um vampiro, hoje estava azul. Ela possuía um olho de cada cor.

  Meu choque é enorme, largo o pulso dela e me distancio. Tento entender o que está acontecendo. Pois estava crente naquilo que tinha enxergado que não posso acreditar que tudo o que vi tenha sido um simples devaneio de minha mente.

  Me encosto no tronco de uma árvore e puxo meus cabelos. O que está acontecendo?!

  Ao olhar de relance para ela, percebo que ela não demonstra uma mísera reação. Sequer se mexe, apenas me observa.

 - O que você esconde? - Não queria, mas minha voz já possui um leve tom de desespero - Não vou lhe causar mal algum, só quero entender.

 - Não há nada para entender, você apenas se confundiu - Sua voz é da mesma calma e precisão que há de momentos antes.

  Estou em negação, não quero acreditar que aquilo era tudo engano. Busco um sentindo nisso tudo, até chegar ao ponto em que soco o tronco da árvore.

  Não me resta mais nenhum caminho para o qual recorrer.

  .....

  Mas é então que noto algo.

  Percebo que ela volta a se contorcer e a sentir desconforto, mesmo com sem estar tocando nela.

  Ela abria e fechava as mãos, esticava o pescoço e fechava os olhos. É como se sentisse dor.

  Essas reações começam a me intrigar. E vou me aproximando dela.

 - Você não está bem. O que está acontecendo? - Ao me aproximar, ela faz sinal para que eu mantenha distancia.

  Ela se apoia na árvore mais próxima e pressiona os olhos com a mão. Então começo a notar as veias, apenas do lado direito de seu pescoço, começarem a pulsar.

  Estreito os olhos e faço a única coisa para confirmar o que tinha visto naquela noite. Faço um pequeno corte em minha mão e deixo o sangue escorrer.

  E instantaneamente ela tira a mão dos olhos e enfim vejo.

  Um dos olhos verdes e o outro similar aos de um vampiro. Ainda tenho muitas dúvidas sem resposta dentro de mim, mas pelo menos sei que o que vi não era uma loucura.

  Dessa vez ela me ataca e me coloca contra uma árvore, pressionando o braço contra meu peito. Sinto toda a força que emana de seu corpo.

 - O que você quer de mim?!

 - Eu só... estou intrigado. Mas não quero lhe causar mal algum - Disse sendo honesto, de fato minha intenção nunca foi lhe causar dor ou sofrimento.

 - Você não tinha esse direito! - Sua voz transmite fúria - Não sabe com o que acabou de se envolver. Sabe o que me impede de mata-lo? Essa cidade é amaldiçoada por seres como nós. Caçam vampiros como caçam cervos e se eu o matar estarei apontando uma arma direto para mim, eles rapidamente descobririam.

 - Está fugindo não é? - Digo calmamente - Você esconde algo, que vai muito além de ser uma vampira.

 - Guarde essas suas curiosidades para você. Nunca trazem vantagens - Diz ela ainda fazendo pressão contra o meu peito. Mas percebo que olha de relance para o sangue que escorre de minha mão.

 - Você está com fome. Está se impedindo de se alimentar por medo. Eu posso ajuda-la.

 - Não há nada que prove que eu possa confiar em você - Diz ela, com isso retira o braço de mim e começa a se afastar - Espero que não encontra-lo de novo.

  Ela se afasta mais e em seguida se vira, começando a se afastar cada vez mais de mim conforme dá seus passos.

  E quando já estou para perde-la de vista, grito.

 - Sou um dos originais.

  Quando digo isso ela para. E mesmo a distancia podia sentir todos os músculos dela se enrijecerem e seus punhos se fecharem com força. Mas ela não voltou , continuou caminhando. Sem sequer olhar para trás.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso pessoal, espero que estejam gostando da trama. Quem será essa garota e o que será que ela esconde???? Rsrsrsrs. Bjoos e até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Past said hello" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.