Pov. Tyler

Depois do sábado no parque, eu tinha prometido ao meu pai que iria passar aquela noite com ele. Até porque ele é muito sozinho e depois que eu fui morar com o pessoal não venho muito aqui. Katy não quis vir comigo porque diz ela foi fazer coisa de mulher, com as meninas. Então prefiro nem estar por perto.

 Já estava um pouco tarde quando eu cheguei, porque fui passar em casa antes pra tomar um banho. Assim que cheguei à frente de casa meu pai tava terminando de regar o jardim.

—Tyler! – ele disse empolgado quando meu viu – Finalmente lembrou que tem pai...

—Sempre me lembro – falei rolando os olhos.

 Ele me deu um abraço desajeitado e depois disso entramos em casa. Ele começou a falar varias coisas ao mesmo tempo. Contou-me as novidades da cidade pela visão de um policial, me perguntou da faculdade e falamos sobre varias outras coisas.

—E onde esta minha nora preferida?

—Puxa saco – disse rindo – E ela é a única nora que você tem porque até onde eu sei, sou seu único filho. Mas, ela esta em casa, fazendo coisas de mulheres com as amigas!

—Ah, ela nem vem mais me visitar – disse tristonho. Ele adorava Katy. Quem não adorava na verdade? – Como estão as coisas com elas?

 -Estão indo muito bem – ele avaliou meu rosto desconfiado e eu encarei o chão. Até porque eu não estava tão certo se as coisas estavam assim tão bem entre nós.

—Não parece – ele deu de ombros e saiu da cozinha. Cinco minutos depois ele voltou com uma pequena caixa e um bilhete em cima. – Mas se não está aposto que vai melhorar. Deixarem isso pra você uns minutos antes de você chegar.

Peguei a pequena caixa azul nas mãos e abri. Tinha pequenos bolinhos de chocolate dentro, decorados perfeitamente com o símbolo do meu time e um bilhete do lado, escrito: “Para te dar sorte no jogo amanhã, com amor...”

E tinha um coraçãozinho no final.

—Foi a Katy não é? – ele perguntou animado dei de ombros.

—Não sei, não esta assinado.

—É claro que foi ela, quem mais seria?

 Eu sorri abertamente e devorei um dos bolinhos. Certamente se tem comida envolvida tem dedo da Katy nisso. E os bolinhos estavam ótimos.

—Quer um pai?

—Ah não, estou de dieta – piscou pra mim sacando o distintivo na bancada – Garoto vou ter que dar um pulinho na delegacia, mas não demoro!

—Tudo bem... Vai lá!

 Aproveitei que meu pai tinha saído e subi pro meu antigo quarto deixando a caixa dos bolinhos lá em baixo. Eu deveria estar realmente bem cansado porque até os degraus da escada estavam dançando na minha frente, quase cai umas duas vezes. Abri a porta do quarto e cai na cama encarando o teto, o vendo subir e descer varias vezes e minha visão ficar cada vez mais turva.

...

Pov. Jullie

 Olhei-me novamente no espelho arrumando mais uma vez minha peruca morena e ajeitando os óculos. O pai do Tyler estava saindo de casa exatamente na hora em que eu me aproximei.

 Ok. Era agora a hora do show!

—Boa noite senhor! – ele levou um susto quando me viu de repente.

—Boa noite. Eu posso te ajudar?

—Sim, por acaso o Tyler esta em casa? – Ele não respondeu e de repente me encarou desconfiado.

 Claro que uma garota que não fosse a Katy procurando por ele essa hora da noite ia desconfia-lo de alguma maneira. Tratei logo de tirar essas malicias da cabeça dele, pra que ele não estragasse tudo.

— É que ele confundiu o uniforme dele e pegou o do meu namorado. Eu sou amiga da Katy não se lembra de mim?

—Desculpe, mas não...

—Bom, eu to com um pouco de pressa será que posso ir lá e trocar os uniformes. É que meu namorado ta me esperando no carro sabe e eu já tinha avisado a Katy que passaria aqui pra trocar – ele continuou me encarando sem dizer nada – Ela pode ficar brava, sabe como a Katy é quando fica irritada. E se der algo errado amanha ela vai acabar me culpando.

 Ele balançou a cabeça rapidamente como se espanasse certos pensamentos e sorriu gentil.

—Claro, pode ir lá, o Tyler esta lá sim. E mande um beijo pra Katy!

—Ah obrigada, pode deixar que eu mando sim!

 Ele deu a costas e entrou na sua viatura. Sorri vitoriosa quando ele cantou pneu pelas ruas.

 Abri a porta da frente e dei de cara com a sala da casa vazia. Andei na ponta dos pés e fui até a escada, parando um pouco só pra observar a caixinha que eu tinha mandado entregar com os bolinhos batizados com boa noite cinderela, remexido e com metade deles já comido.

Ótimo! Uma hora dessas ele já deve estar sonhando com carneirinhos. Subi as escadas empolgada, até porque não queria que o pai dele voltasse e me pegasse ali ainda. A porta do quarto dele estava aberta e eu já fui entrando. Tyler estava largado em cima da cama ainda vestido e com metade do corpo pra fora. Sim, ele estava apagado e agora as coisas iriam começar ficar interessantes.

 Aproximei-me cutucando ele um pouco e ele não reagiu, só resmungou alguma coisa sobre Katy e voltou a dormir. Ri sozinha!

—Perfeito! – Respirei fundo e tentei ser o mais rápida possível. Tirei seu tênis e suas calças, e demorei alguns minutos pra tira sua camiseta. Ele era muito grande e pesado. E nossa que homem era aquele, fiquei tentada a tirar a cueca também, mas já não me bastava quase ter matado a ridícula da Victoria, não queria ser processada ou acusada de estupro também. Então tirei minha peruca, óculos e sobretudo que estava vestindo, ficando somente de calcinha e sutiã. – Ah Tyler... Vamos aproveitar essa noite juntos querido... – Disse passando a mão no seu peito. O que? Qual era o problema deu tirar uma casquinha.

 Deitei ao seu lado e passei uma perna pela sua cintura enquanto envolvi seus braços no meu corpo e comecei a tirar varias fotinhos nossas. Ah meu Deus, essas fotos vão ficar incríveis! Tirei varias delas e em muitas posições diferentes. E assim que terminei, suspirei empolgada.

—Ah Tyler – acariciei seu rosto sereno – Quem sabe quando a Katy terminar com você depois de ver essas fotos, você não me de uma chance. – Gargalhei imaginando sozinha toda essa situação e me dei o luxo de tirar mais uma casquinha dando um selinho nele enquanto ele estava dopado – Amorzinho, você já pode se considerar um homem solteiro!