Made In NY - Second Season escrita por Vinneys


Capítulo 11
Bora esquecer os problemas


Notas iniciais do capítulo

Olá hihi estamos vivas ainda caso ainda exista algum leitor vagando por aqui!

Explicações lá embaixo... Não deixem de ler por favor!!

Boa Leitura



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Pov. Katy

 Já fazia horas que eu estava aqui sozinha na praça perto da casa dos meus pais. Estava sentada em baixo de uma arvore abraçando meu corpo como uma lunática, meu rosto devia estar inchado horrores de tanto choro, já estava começando a escurecer quando eu me situei do horário.

 Eu já tinha pensando em fazer tantas coisas. Queria voltar na escola e encher Tyler de porrada, queria ir atrás da Jullie e queima aquela vagabunda viva, queria sair por ai gritando o quanto infeliz eu estava. Mas eu não conseguia, não estava preparada pra passar por isso, por tanto não sabia qual era a reação certa.

 No ultimo ato do meu desespero, e eu sabia que iria me arrepender muito disso, peguei meu celular e liguei pra Lucy. Ela atendeu no segundo toque.

—Katy, aonde você esta? Mas que merda, a gente ta preocupada com você sua infeliz e tu some assim... – ela parou de gritar quando ouvi Cassie murmurar baixinho: “Não grita com ela, ela deve estar frágil”. Revirei os olhos – Certo, ta tudo bem? Aonde você ta, quer conversar sobre... O que aconteceu?

—Não eu quero fingir que não aconteceu nada hoje. Eu estou ótima – Minha voz de choro me denunciou e eu a ouvi suspirar, mas ela não tocou no assunto – O que me propõem pra essa noite? É fim de semana não quero ficar em casa.

—Katy eu não acho que é uma boa...

—Lucy – disse irritada – Já disse que esta tudo bem. Se você não estiver a fim de curtir o fim de semana comigo, legal, eu vou sozinha.

—Não! – ela gritou - Me espera que estamos indo ai, aonde você esta?

 Disse a ela onde estava e depois desliguei o telefone encerrando aquela conversa.

 Não queria prolongar esse assunto eu só queria superar aquilo. Queria superar Tyler e esquecer ele do mesmo jeito que ele me esqueceu quando transou com a Jullie. E só de lembrar isso, aquelas fotos já vinham na minha mente e eu queria chorar de novo, mas não tive tempo pra isso porque as meninas não demoraram pra chegar.

 Quando percebi o discurso que viria delas sobre estarem preocupadas comigo as impedi antes mesmo de começar.

—Eu não quero tocar no assunto sobre o que aconteceu hoje, só quero sair e tentar ocupar a minha mente. Pode ser gente?

 -Pode – Lucy tentou parecer animada. Mas sabia que elas estavam preocupadas. – Tem um bar aqui perto com musica ao vivo, a gente podia ir conhecer, o que acha?

—Perfeito! E ah, onde esta Vick? – perguntei quando me dei conta de que só estavam Lucy e Cassie aqui.

—Ela saiu com Chad, achamos que você iria querer ficar sozinha hoje, nem imaginamos que fosse dar sinal de vida – Cassie se explicou por ela – Ela estava preocupada com você, se quiser ligamos pra ela vir...

—Não, não – a parei quando ela tentou pegar o celular – Gente é serio ta tudo bem, e acho que alguma de nós tem que aproveitar a vida. Vamos lá?

 Fomos caminhando mesmo. O bar não era tão longe assim e nem estava cheio, até porque era domingo e estava tarde á maioria das pessoas estavam descansando para começar a próxima semana.

 O bar não era lá aquelas coisas, e parecia ter muitos estrangeiros por ali, porque a maioria das pessoas estava falando enrolado. 

 Demos uma olhada antes de nós sentarmos e me dei conta de que não iriamos achar nada melhor do que aquilo num domingo à noite. Bufei irritada. Mas na verdade eu não queria luxo eu só queria ficar entretida, queria algo que me ocupa-se a mente.

—Gente, aquele não é Jason? – Perguntou Cassie apontando pra uma mesa onde sim, ele estava sentado sozinho encarando o palco onde uma banda péssima tocava. – É ele sim, vamos lá!

 Seguimos até a mesa onde ele estava e ele não parecia ter notado nossa presença até nos sentarmos lá sem cerimonia nenhuma. Ele estava com uma cara um pouco acabada e nos olhou surpreso.

—O que esta fazendo aqui Jason? – Lucy perguntou.

—Poderia perguntar o mesmo a vocês, mas já sei a resposta – falou encarando Katy que já chegou roubando a garrafa dele – To enchendo a cara – ele sorriu cansado e apontou o dedo pro palco. – Mas deveria ter escolhido outro lugar pra fazer isso porque meus ouvidos vão sangrar a qualquer momento se eu continuar obrigando eles a ouvirem isso.

 Sinceramente eu tinha que concordar, aquela banda era péssima e o som das caixas estava saindo horrível, meio tremulo. Suspirei.

—Os meninos sabem que vocês estão aqui? – perguntou erguendo as sobrancelhas.

—Depende do que você julga como saber – Lucy sorriu amarelo e tamborilou os dedos na mesa nervosamente. - Eles sabem que saímos, mas não exatamente pra onde.

[...]                                                                            

Pov. Lucy

 Eu não estava conseguido me aventurar direito naquela noite. Katy estava tentando mostrar que estava bem o que eu sabia que não era verdade. E Nicolas não parava de mandar mensagens querendo saber onde eu estava. Eu sentia que uma hora as coisas iam começar a dar errado.

 Katy já tinha pedido varias garrafas de bebidas e nos tínhamos virado algumas, mas eu estava tentando me manter no máximo consciente, esse era um momento dela meter o louco, não eu.

—Vamos dançar gente! – disse ela se levantando. Cassie deu um pulo da cadeira indo se juntar a ela.

—Eu vou ficar aqui, podem ir – disse.

 Jason resolveu me fazer companhia e ficou sentado lá comigo enquanto as duas dançavam que nem doidas uma musica horrível mexicana. Que domingo!

—Porque ta aqui Jason, não respondeu minha pergunta – disse puxando papo.

—Ahh – ele respirou fundo – Jullie! Briguei com ela pelo que aconteceu mais cedo, sinceramente não sei o que esta acontecendo. Não sei mais o que fazer com ela. Ela esta acabando com a minha vida.

— Com a vida de todos nós na verdade. Eu sinto muito, mas a sua irmã vai acabar pagando por tudo que ela esta fazendo a gente passar, de um jeito ou de outo e isso não vai ser bom. Ela não sabe com quem ela ta mexendo. Mas de verdade sinto muito por você Jason, não gosto de te ver assim.

 Ele forçou um sorriso, e encaramos por um minuto a Macarena se formando na nossa frente onde estava Katy, Cassie, um velho bigodudo e um cara horrível com chapéu e bigode de colombiano.

 Ele respirou fundo.

—Obrigada Lucy, mas quanto a Jullie eu vou fazê-la parar não importa como, mas se ela continuar assim eu vou ter que dar um jeito!

 Eu nem imaginava como devia estar sendo difícil pra ele. Mas toda vez que alguém falava sobre Jullie eu ficava louca. Eu ainda ia quebrar ela na porrada qualquer dia. Ah se eu ia.

—Bom, vou ligar pro Nicolas e avisar onde estou e depois vou me juntar a elas porque não pretendo ficar sentada aqui a noite toda. – ele sorriu.

—Vai lá!

[...]

Pov. Jason

 Depois que a Lucy saiu para ligar pro Nicolas eu decidi ir embora. Não faria bem nenhum eu chegar na faculdade amanhã com ressaca, o ano mal tinha começado pra eu dar uma dessas.

 Portanto me levantei tirando a carteira do bolso e fui até o balcão pagar a minha conta. Tinha uma moça de costas pra mim arrumando os copos na estante.

—Com licença, é aqui que eu pago a conta? – perguntei quase gritando pra ela conseguir me ouvir e quando ela se virou eu fiquei sem ação. Lá estava ela novamente trombando no meu caminho, Natalie Moore, a garota que eu atropelei, e que eu encontrei ontem no parque estava aqui na minha frente de novo. – Ahh... Oi!

 Ela cerrou os olhos na minha direção não acreditando que estava me vendo também. Depois balançou a cabeça em negação terminando de secar alguns copos que estava na sua mão.

—Você esta me seguindo? – ela sussurrou se inclinando na minha direção e eu fiquei um tempo meio desorientado, ela tinha cheiro de morangos, e eu fiquei em silencio absorvendo aquilo e tentando não parecer muito babaca.

—Estou é claro, puis um sensor em você da ultima vez que nos vimos, sei de cada passo seu – ela arregalou os olhos levemente e deu um passo pra trás, eu ri. – É brincadeira!

—Idiota – ela revirou os olhos e eu ri mais ainda – Vai querer mais alguma coisa Sr. Sluter?

Fiquei surpreso demais por ela ainda lembrar do meu nome.

—Não obrigado, só a conta mesmo. – ela pegou a comanda da minha mão e fez a conta de tudo que eu gastei enquanto eu a observava. O cabelo claro tava preso num rabo de cavalo alto com alguns fios soltando, diferente de ontem ela estava usando um uniforme bem sexy, um short escuro e uma regata colada nos peitos. Ela me fitou e eu entreguei o cartão de crédito a ela e paguei a conta.

—Obrigada pela preferencia! – tentou ser simpática.

—Não imaginava que trabalhava aqui – disse e ela fechou a cara.

—Por quê? Porque é coisa de vagabunda trabalhar em um bar? Nem todo mundo é rico Sr. Sluter , e eu tenho contas pra pagar, e outras coisas... – ela deixou a frase morrer na metade.

—Eu sei, não foi o que eu quis dizer. É só que... – eu não tava conseguindo me expressar. Queria dizer: você é boa demais pra esse lugar, mas eu mal a conhecia. – Como você consegue trabalhar aqui ouvindo isso? – apontei para aquela banda horrorosa.

 Ela desfez a cara fechada tentando não sorrir.

—Não consigo, eu ponho tampões ás vezes, mas não ajuda muito...

  Ela foi interrompida por um barulho de algo quebrando. Me virei pra ver o que era e observei Katy caída no chão e tinha levado uma mesa consigo, ela ria como se fosse a coisa mais hilária do mundo. Ela estava completamente bêbada.

—Mas que droga! – suspirei.

 Vi Cassie se esforçar pra ajuda-la mais caiu junto com ela e ficaram as duas jogadas no chão. Lucy voltou na mesma hora e trocou olhares de mim pra elas e entendeu o recado no meu olhar. Ela saiu correndo pra ajudar.

—Você as conhece? – Natalie perguntou e eu respirei fundo antes de responder.

—Sim, moramos juntos.

—Ahh – a encarei e ela estava com as sobrancelhas erguidas – Qual delas é sua namorada?

 Eu gargalhei. Que pergunta!

—O que? Nenhuma, elas são como irmãs pra mim. – ela me encarou desacreditada – É serio, não namoro com nenhuma delas, se quer saber mesmo eu já beijei aquela baixinha que parece estar com o cabelo pegando fogo quando eu estava bêbado em Las Vegas, mas depois levei um soco do namorado dela que no caso é o meu melhor amigo.

—Jesus Cristo – ela disse assustada.

—É eu fui sequestrado depois disso, mas não vem ao caso... – parei de falar quando ela arregalou os olhos de novo.

—Oh Jason! – Lucy me gritou irritada, a encarei. Agora ela também estava no chão tentando erguer Katy sem muito sucesso – Será que rola uma ajuda aqui?

 Mas que ótimo!

[...]

Pov. Natalie

 Eu não acreditava que esse cara estava na minha frente de novo. Serio, seria possível que agora eu ficaria trombando com ele por todo lugar que eu passa-se. Por Deus que azar... Ou sorte. Não o conheço pra julgar.

Tenho sérios ressentimentos por ele ter me atropelado, mas ele compensou quando me ajudou ontem. Eu sou meio desligada então, não era 100% culpa dele. É só que ele tinha alguma coisa que me chamava atenção e eu não sabia bem o que era. Se era aqueles olhos claros, ou quando ele sorria de alguma coisa que eu fazia sem perceber ou quando ele não falava nada com nada e eu nunca entendia. Ele não era como os garotos que eu conhecia, chamativo, arrogante ou desesperado por atenção. Ele era gentil e tinha alguma coisa nele que emanava calmaria. Mas de todos os dias que o via ele - e principalmente hoje – ele parecia exausto e de alguma forma desanimado. Eu queria perguntar o que era, mas eu não devia. Não devia nem conversar com ele. Eu não podia, esses garotos não eram pra mim.

 Quando a garota o chamou ele me deu as costas sem pensar duas vezes e correu pra ajuda-la. A outra menina que estava jogada no chão estava realmente péssima e ele teve que pega-la no colo. Eu senti solidariedade e fui ajuda-lo com a outra menina.

—Ta tudo bem Lucy, eu só estou um pouco tonta... E acho que machuquei meu pé – Disse a pequenininha.

—Quer ajuda? – perguntei e a menina do cabelo preto e cheia de tatuagem assentiu.

 A baixinha passou os braços pelo nosso pescoço e foi mancando até o lado de fora. Eu chamei um taxi pra eles enquanto Jason sofria um pouco com a outra menina no seu colo que não parava de resmungar.

—Jason, ele me abandonou... Ele não me amava, ele mentiu pra mim. Eu sou feia? – perguntou ela com lagrimas nos olhos. – Eu não entendo, eu amava tanto ele. Porque ele fez aquilo comigo? Porcaria, o que eu vou fazer da minha vida agora sem ele. E pior... Ter que vê-lo todos os dias, eu não vou suportar... Eu vou embora! Pra longe, bem longe... Ninguém nunca mais vai me achar!

 Ele respirou fundo irritado.

—Para com isso, você é linda e não foi culpa dele eu já disse. Nada do que eu te disser agora vai mudar sua cabeça, você esta bêbada. Vamos pra casa tomar uma ducha gelada e dormir.

 Eu me sensibilizei por ela, apesar de não entender nada do que estava acontecendo. O taxi chegou alguns minutos depois foi complicado coloca-los no carro. A menina não parava de chorar e a outra reclamava do pé toda hora e meu ombro já estava dolorido.

—Obrigada pela ajuda, não sei como ia fazer isso sem você. Elas estão longe de estarem sóbrias – agradeceu ele.

—Eu não estou bêbada não – a menina das tatuagens gritou sentada do lado do motorista, enquanto abaixava e levantava o vidro do carro sem nenhuma razão aparente, acho que era Lucy o seu nome. Eu ri.

—Aham - Jason rolou os olhos – Enfim obrigada.

—Não há de que. Seus amigos são um pouco... Agitados, não? – falei sem ter certeza se era isso mesmo - Deve ser ótimo morar com eles – disse ironicamente e ele sorriu.

—Você não faz ideia – na verdade eu imaginava. Ele tirou um cheque do bolso, escreveu algo nele e me entregou – Pela mesa que aquela criatura quebrou.

 Eu até poderia negar, mas caso fizesse isso era capaz do meu chefe descontar do meu salario e ia ser péssimo porque eu quase não recebo nada.

—Eu adoraria que a próxima vez que eu te encontra-se não fosse por acaso, sabe. Me da o seu telefone?

 Eu congelei em pânico. Ele estava pedindo meu numero serio? Ah meu Deus. Eu não podia fazer isso. Engoli em seco.

—Eu não sei se isso é uma boa ideia – minha voz saiu fraca e baixa.

 Ele deu um sorriso insistente.

—Nunca vai saber se não me der seu numero – disse ele – E outra eu posso descobrir se você não me falar!

 Eu gargalhei e ele pareceu surpreso em me ver rindo.

—Ok, eu vou ficar esperando sua ligação. Quando você descobrir meu numero sozinho – seu rosto tomou um brilho e ele assentiu mordendo os lábios. Dei as costas a ele aquilo foi demais pra mim – Boa noite Sr. Sluter!

—Até breve Natalie! – ouvi sua voz dizer, mas não queria olhar pra ele. Esperei até ouvir o carro se afastar.

Quando me virei o carro já tinha ido embora e eu fiquei encarando a rua extasiada. Ele não merecia sair com uma pessoa como eu, eu não tinha nada pra oferecer a ele, não era interessante, não era rica, não era bonita. E ele era tudo isso, pelo menos pra mim.

 Eu estava perdida, mas alguma parte de mim estava torcendo pra que ele me liga-se na próxima manhã.

 

 


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Notas finais do capítulo

Sabem como eu odeio dar desculpas mas todo mundo sabe como fica complicado escrever em época de fim ano, por que tem natal, ano novo ai vem ferias e família... É complicado pra gente pq o capitulo precisa da avaliação de nos 4 antes de ser postado, e nessas épocas nos nunca estamos juntas pra resolver, por isso o capitulo demora mais a sair. Então, nos perdoem pelo transtorno. Saiba que amamos vcs mais que chocolate.

Agora aguenta coração que tem casal novo se formando galerinha. Eu quero sugestão de nomes de shippes nos comentarios pra Natalie e o Jason. Manda ai que o melhor a gente escolhe e divulga o nome da pessoinha que inventou.

Até o proximo capitulo e esse eu tenho certeza que vem bem rapidinho porque ja estamos terminando de escrever!

Bom fim de semana. Beijos Xoxo

By~Thatty



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