- Encontros e Desencontros escrita por lsf


Capítulo 21
O fim ou apenas o recomeço?


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse é o ultimo.

Adorei ter escrito essa fic pra vocês, adorei ter a compania de vocês ao meu lado ao desenrolar da fic, enfim, adorei tudo.

Agradeço ao Mauricio de Souza por criar personagens tão bons (TMJ), agradeço aos leitores da Comunidade Fanfics - TMJ no orkut, aos que se inscreveram na fic pela mesma comunidade e aos meus leitores queridos do Nyah! Aos que mandam reviews, um muito obrigada, aos que não mandam um obrigada por lerem.

Até a próxima.

LF



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67326/chapter/21

- Narração Alex –

 

Eu acabei de pegar no sono. Três minutos depois, perto das 2:00 horas da madrugada, batem na minha porta. Finjo que não ouvi e tento dormir novamente.

 

_Alexander! Abre! – Dizia uma voz feminina, desesperada batendo na porta. Coloquei meu casaco e fui abrir e vi que era a Ale e a Kim.

 

_Ah... Achei que o quarto dos namorados de vocês duas fossem do outro lado do prédio. – Disse com sono e fazendo piadinha da situação que se encontravam. Estávamos com pijamas e casacos bem quentes. Não podia esquecer as pantufas.

 

_Não é hora pra brincadeira. A Amanda... Eu não sei onde ela está. – Disse a Ale me puxando para o corredor.

 

_Ela nos deixou uma folha dizendo que iria se encontrar com você e que não iria demorar muito. – Completou a Kim, me fazendo começar a ficar preocupado. – Mas na folha não dizia a onde era, então tivemos que apelar. – Meu coração começou a palpitar. Lembro que não conseguia dormir por um pressentimento ruim. E esse pressentimento seria com a Amanda? -Espero que não. – Você realmente gosta dela?

 

_A amo mais do que tudo.

 

_Então o que ainda estamos fazendo aqui? Vamos logo! – Disse a Ale com pressa. Guiei-as até o local do nosso encontro. Meu pijama não era quente, uma regata e uma calça de moletom, mas eu estava usando um casaco. O sereno caia fortemente. O que antes era quente e confortável agora estava ficando frio. Estava tudo meio molhado. Eu a vi desmaiada perto do lugar que tínhamos nos encontrados. Aquele grito que ela tinha dado era alem de tudo um grito de socorro, e eu falhei. Não á protegi. Lágrimas começavam a escorrer sobre minha face de um modo que nunca havia visto. Meu coração acelerava como se fosse sair da boca. Minhas veias ardiam, eu estava realmente apavorado. Não, mais que apavorado, desesperado. Desesperado por saber que deixei a pessoa que mais amo numa situação horrível. Estava caída no chão, com a boca roxa. Estava branca, tremendo. Tirei meu casaco e fiquei apenas com a minha regata cinza, a cobri com o meu casaco e a peguei no colo. Ale e Kim nos olhavam aflitas, sabiam que só eu podia ajuda-la. Ela estava meio molhada devido ao sereno. Corri com ela no colo até o edifício dos professores, que é onde fica a enfermaria. Agora me diz, quem faria uma enfermaria no 7º andar?! Acredite, aqui é assim. Cheguei bem rápido sobre as circunstancias que o edifício é bem longe. Vou direto para o elevador e dou com a cara numa plaquinha dizendo que está estragado. Lá vai o Alex subindo sete andares de escadas com uma garota no colo e com frio. Bem que eu queria que fosse brincadeira, mas se não tivéssemos aparecido a Amanda estaria com, no mínimo, hipotermia. A pele dela já começara a voltar ao normal, pois estávamos num lugar não muito frio e ela estava com o meu casaco. Quando estávamos perto do 5º andar, ela começou a abrir lentamente os olhos e sua boca tentou sussurrar palavras quase inaudíveis.

 

_Alex... Me... – Assenti com a cabeça, coloquei meu dedo indicador na boca dela, fechei os olhos entreabertos dela e beijei sua testa. Ela voltou a dormir, dormia um sono leve. Cheguei na enfermaria e as enfermeiras logo nos atenderam.

 

_Bom, ela está melhor, vai passar a noite aqui em observação. – Disse a enfermeira. Eu sentara em uma maca para descansar. – E você rapazinho, parece péssimo. Precisa de algo? – Bom, eu estava arfando, com cara de sono, minha regata estava molhada por causa do suor e estava exausto por carregar uma garota por mais de sete andares.

 

_Não, estou bem. Obrigado. – Disse e logo depois levantei da maca.

 

_Onde vocês estavam? – A enfermeira chefe Marie me perguntara. Não poderia responder com sinceridade pois ai ficaria encrencado.

 

_Eu estava sem sono e decidir dar uma volta, ai á encontrei. Desculpe-me.

 

_Garoto, você é muito corajoso, acredito que não goste dela só como amiga. Carregar uma garota por tanto tempo não é por qualquer motivo.

 

_Realmente, então, por favor cuide bem dela. – Sai da enfermaria. Depois vi Ale e Kim vindo correndo. Vendo o meu estado elas se apavoraram, só assenti com a cabeça e elas sorriram e continuaram andando em direção á enfermaria. Deitei exausto em minha cama e adormeci preocupado.

 

- Narração Amanda –

 

A ultima coisa que vi foi os lábios do Alex tocando minha testa, depois dormi novamente. Acordei agora, deitada numa cama na enfermaria. Vi a Ale e a Kim sentadas no pequeno sofá dormindo. Olhei em volta e vi o casaco do Alex em uma maca. A câimbra que eu havia sentido agora não me doía mais. Não pude deixar de rir da Ale e da Kim e soltei um leve risinho. Elas acordaram e vieram falar comigo. Eu não sabia muito bem o que tinha acontecido na noite anterior então pedi que elas me explicassem. Me explicaram tudo e eu fiquei pasma.

 

_Você tem muita sorte. – Disse a Kim.

 

_O Alexander te ama muito. – Completou a Ale. Eu apenas sorri e respondi:

 

_Eu também o amo muito. – Elas me abraçaram fraternalmente. O Andrews chegou depois e me olhou com cara de preocupado. – Não se preocupe, estou bem. – Ele sorriu aliviado, deu um selinho na Ale e a abraçou por trás. Alex apareceu na porta e sorriu.

 

_Que bom que você está bem Amanda. – Disse ele, se aproximando.

 

_O que você ta fazendo aqui Huller? E como ousa chamar minha irmã pelo nome? – Eu fiquei sem palavras. Ele ignorou o que o Andrews disse e me deu um beijo na testa. Andrews o empurrou com força, o que o fez cair no chão. - O que pensa que está fazendo? – Ele simplesmente se levantou, pegou o casaco e saiu. Perto da porta simplesmente disse “Adeus.”, eu senti que não era um adeus comum, tinha tristeza na voz. Ele saiu e foi em direção as escadarias.

 

_SEU... SEU IDIOTA! – Gritava com o Andrews, e batia em seu peito forte. – ELE ME SALVOU! – Ele percebeu que eu gostava do Alex e segurou meus pulsos. Agora não precisava mais me fazer de forte. Ele me soltou e me abraçou. – E-Eu... Eu o amo. E não me interessa o que diga, não vou deixar de lutar por isso. – Ele levou um susto, se afastou de mim e me abraçou novamente.

 

_Sua tola, você sempre será minha irmãzinha. Não interessa se eu gosto ou não dele, quem tem que gostar é você. E acho que ele também gosta de você, pra se atrever daquela maneira tem que ter algum motivo especial. E esse motivo especial é você. Agora, se você realmente o ama, o que ainda ta fazendo aqui? – Sorrimos e nos abraçamos. O Thiago vinha subindo as escadas então lhe perguntei se tinha visto o Alexander.

 

_Não, ele não desceu as escadas. – Ele respondeu francamente. O pior está por vir, estou sentindo. Comecei a subir as escadas correndo desesperadamente.

 

_Alex! Alex! – Gritava, mas só ouvia o eco de minha voz. Ele já deve estar no terraço. Faltava um andar pra chegar no terraço. Corri e gritei como se minha vida dependesse daquilo. Bom, pelo menos parte dela depende. Acabei de subir as escadas e me deparo com o Alex em cima do murinho que tem pra não deixar as pessoas caírem. Ele iria se atirar do terraço de um prédio de 10 andares.

 

_Amanda, o que faz aqui?

 

_Vim te salvar. Alex, me perdoa. Eu te amo mais que tudo, só tenho medo. Ontem descobri que posso vence-los, mas preciso de você pra isso. – Ele deu um leve sorriso.

 

_Eu não posso me perdoar. Ontem te deixei lá quando você mais precisava de mim.

 

_Não, eu me deixei lá. Alex, desce daí. Por mim. – Iria me aproximando dele. Pingos de chuva começaram a cair de leve. A chuva começou a aumentar. Ele pegou as minhas mãos para descer e a chuva molhou entre seus pés, ele iria cair, mas o segurei. Estava pendendo num prédio de 10º andares. Iríamos cair, não teria força pra segura-lo. Comecei a cair junto com ele.

 

_Amanda, me solta. Se não você vai cair também.

 

_Se for pra morrer, que seja junto com você! – Não estava mais sentindo o chão. Ia cair com tudo.

 

_Pena estragar esse momento, mas hoje ninguém morre. – Era o Júnior e o Andrews. Júnior começou a me puxar de volta e o Andrews puxou o Alex. As duas famílias finalmente tinham se unido. Alex me segurou pela cintura e me beijou. Foi o nosso melhor beijo, tinha amor, tinha desejo, tinha alivio e aventura.

 

_Ainda bem que não te perdi. – Ele disse em meu ouvido.

  _Sem você eu não seria nada. – Eles aplaudiram e nós descemos. Começamos a andar de mãos dadas pela escola. Todos comentavam, mas não estávamos nem ai. Queríamos curtir a vida. Semana que vem é as férias de inverno e Alex vai lá em casa, oficializar e depois eu vou na casa dele. Lá em casa eu não tenho tanto medo. Tenho mais medo da casa do pai e da mãe dele.

 

- Narração Alex –

 

Eu não tenho medo da reação dos pais da Amanda, tenho medo da reação dos meus pais. E sim, pode ter medo. Várias pessoas já me perguntaram o que tava acontecendo entre mim e a Amanda “Namoro.”, minha resposta pra maioria e eles ainda arregalavam os olhos e abriam a boca. Eu a Amanda combinamos assim: Vai cada um pra sua casa, eu vou falar com meus pais e depois vou passar 2 dias na casa dela. Quando esses dois dias se passarem, ela vai ir pra minha casa e vai ficar dois dias.

 

Uma semana depois...

 

Hoje estou indo pra casa. Ficarei com muitas saudades da Amanda, mas logo nos veremos. Eu estou muito aflito e com muito medo. Não me importo o que eles façam comigo, desde que não a machuquem. Não necessariamente fisicamente, mas sentimentalmente. Já a machuquei uma vez, nunca me perdoaria se a machucassem de novo.

 

_Mãe e pai, venham aqui! Chegamos! – Gritou o Júnior perto da escada. Meus pais logo desceram.

 

_Vai que é tua. Admiro tua coragem cara. – Sussurrou o Guii no meu ouvido. Bom, o Guii foi o primeiro. Contou que estava namorando com a Júlia e que tirou nota baixa em Geografia, mas prometeu se recuperar. Depois foi o Júnior, contou que estava solteiro, que esta bem em tudo e que vinha treinando muito.

 

_E você, filho? – Disse a minha mãe, olhando alegremente em meus olhos, segurando a minha mão em cima da mesa.

 

_Eu, bom... – Gaguejei, escorria uma gota de suor em meu rosto. Estava tremendo. Força Alexander! – Eu estou bem em todas as matérias, e estou namorando com uma garota linda, simpática e que eu amo muito. E por favor, não a julguem pelo sobrenome antes de conhece-la.

 

_E quem é a garota? – Meu pai parecia ter percebido, só queria a confirmação.

 

_Amanda Souza. – Minha mãe ficou pasma, meu pai enraivecido.

 

_Porque justo essa garota? – Dizia, quase gritando. Sentia meu sangue fervendo e ele continuou a aumentar o tom da voz. – Tem mais de 300 garotas lá e você escolhe justo ela?!

 

_Mas pai, eu a amo.

 

_Não ouse me chamar de pai.

 

_Querido, de uma chance a ele. – Dizia minha mãe, tentando acalma-lo. – Se ele a ama e ela o ama, deixe-os. – Minha mãe estava certa, e eu sabia que meu pai tinha mesmo eram ciúmes, eu consegui o amor da Amanda, mas ele não conseguiu o da Mônica.

 

_Sem uma chance. Alexander não é mais meu filho. Não carrega mais meu sobrenome. – Ele disse irritado. – Agora vai lá no seu quarto, pegue suas coisa e suma daqui. AGORA! – Subi, peguei minhas coisas e guardei na mochila. Não sabia o que estava fazendo, mas prometi a Amanda que faria tudo por ela e estou cumprindo. Peguei o dinheiro que tinha guardado. Ia indo em direção a porta enquanto meu pai subia as escadas. Meus irmãos me ajudaram, me deram força e dinheiro. Minha mãe só sussurrou no meu ouvido:

 

_Eu vou dar um jeito, filho. Mas por enquanto, vai pra casa de um amigo. Mamãe te ama muito. – E me deu um beijo na testa. Logo também havia subido pra acalmar meu pai. Sai de casa e começo andar em direção a rodoviária. Um dia de viagem pra casa da Amanda. Sei que chegaria um dia antes do combinado, mas teria que ser. Estava disposto a tudo. E fiz o que tinha que fazer, peguei um ônibus que viajaria um dia com destino a cidade da Amanda. Estava pagando o preço por um amor proibido. Quando o ônibus parou, desci e fui ao banheiro. Conhecia um amigo que morava na cidade, Fontes. Fui até a casa dele, expliquei tudo.

 

_Faria a mesma coisa se acontecesse comigo e com a Vic. – E nós sorrimos, ele me acolheu. Liguei pra Amanda avisando do que tinha acontecido, depois fui tomar um banho, vesti minha melhor camisa e minha melhor calça, penteei o cabelo e passei meu perfume. Peguei meu casaco da sorte, o que a Amanda usara no dia que ficou doente, e sai em direção ao desconhecido. A Amanda me recebeu com um selinho e perguntou se eu estava bem. Assenti e nós entramos. Ela já parecia ter explicado pros pais dela. Mas a situação estava bem tensa. Eu estava sentado do lado da Amanda e os pais dela na nossa frente, me encarando.

 

_Quais são as suas intenções com a minha filha, galoto? – Bem que mamãe disse que seu Cebola trocava os erres pelos esses quando estava nervoso.

 

_As melhores, senhor Souza. Eu a amo muito e fui expulso de casa por isso. – Eles tinha ficado pasma também. Eu expliquei a situação pra eles e eles compreenderam.

 

_Bem vindo à família. – Disse a Dona Mônica. Eu sorri e agradeci, e dei um beijo na Amanda. – E se quiser, pode ficar aqui em casa até dar resultado a sua briga com seus pais. – O Seu Cebola olhou com uma cara de surpreso, mas logo completou:

 

_Não se empolgue, vai dormir no qualto do Andrews. – Todos rimos, e eu agradeci. Fui buscar minhas coisas na casa do Fontes e quando venho voltando pra casa da Amanda, vejo o carro do meu pai vindo em direção a casa dela. Juro que estou aflito demais. Estou com muito medo.

 

_Alex! Que bom que está bem, filho. – Disse a minha mãe me abraçando. Como ela sabia que eu estava aqui? Mãe sabe de tudo. Ela tinha resolvido tudo antes do que eu esperava. Minha mãe era minha super heroína.

 

_Digo o mesmo. – Disse meu pai, descendo do carro. – Me desculpe. Se você a ama e ela o ama, devem ficar juntos. – Eu o abracei de um modo que nunca tinha feito antes. Seu Cebola e Dona Mônica saem de casa, atrás veio a Amanda e o Andrews. Eu a abracei e ela me abraçou. Meus pais e os pais dela ficaram se encarando. Até que Seu Cebola falou algo.

 

_Acho que já somos velhos demais pra uma rivalidade. Nossos filhos se amam e não podemos impedir isso, por mais que quisermos. Concorda em pararmos com isso? – Perguntou bem calmamente. Todos ficaram espantados, ninguém esperava isso.

 

- Narração Off –

 

_Concordo. – Disse Toni, e os dois apertaram as mãos. Uma rivalidade terrível tinha sido encerrada, e ainda por causa de dois adolescentes que se amam. O amor pode tudo, se você acreditar e tiver força.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada amores, até ;*

LF

Só peço um apelo aos leitores fantasmas: MANDEM REVIEWS, se gostaram ou se não gostaram. É horrivel escrever pra pessoas que não dizem se gostaram ou não.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "- Encontros e Desencontros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.