The Werewolf Problem escrita por violet hood


Capítulo 1
The Werewolf Problem


Notas iniciais do capítulo

HELLOU!
Eu não to escrevendo faz tempo e foi um grande desafio escrever isso. Nunca tinha escrito sobre o casal, a one-shot era outra e no final acabei escrevendo essa.TERMINEI 15 MIN ANTES DO TEMPO ACABAR PORRA
Espero que vocês gostem!
AGORA O MOMENTO DE REVELAR A MIGA SECRET
E É A NINA!!!!!!!!!!!!!
Amiga quando vi que te tirei fiquei "sério isso? por que não estou surpresa?" kk
Mas fiquei muito feliz em ter te tirado. Você me fez escrever sobre um casal que nunca tinha escrito, perdi vários fios de cabelo, mas gostei do desafio.
Eu te amo muito, você é minha flarke shipper favorita (graças a deus a única em minha vida) e eu te amo muito *-*
A fanfic não tem aqueles 10000000k que você gosta em uma fic kkkk, mas foi escrita com muito amor e se você não gostar é melhor comentar pelo menos um gostei u_______________u



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Capítulo único

Remus Lupin não sabia por que aquilo estava acontecendo. Ele era uma boa pessoa, fazia trabalhos voluntários, ajudava velhinhos a atravessar a rua e ainda dava aulas particulares para os amigos sem cobrar nada. Então, por que diabos Remus foi escolhido para virar um lobisomem?

Não era para estar naquela floresta, justo naquela noite de lua cheia. Contudo, James havia insistido em investigar um animal perigoso que vivia na floresta, talvez fosse um monstro gigante e feroz (agora todos sabiam que o monstro era um lobisomem), Sirius concordou na hora, aproveitando a chance de passar mais algumas horas longe da própria casa e Peter nunca contestava as ideias loucas dos amigos.

Remus gostaria muito que dizer que foi arrastado contra sua vontade. Mas ele era um homem (ok, garoto) da ciência, gostava de explicações que faziam sentido, com bases cientificas. E precisava provar para James que aquele tipo de coisa não existia em lugar algum, muito menos em Godric's Hollow.

A coisa mais perigosa que tinha na pacata cidade de Godric's Hollow eram poodles mimados e ferozes. Bem, agora era Remus Lupin.

Entretanto, o pior nem era “o seu problema peludo”, como James apelidou. Era o que o ser um lobisomem fazia com ele. Não, Remus não matava nenhuma pessoa nas noites de lua cheia (comia alguns coelhos na floresta, mas isso era outra história), o maior problema é que ele sempre acordava, pelado, no mesmo lugar: o quintal de Sirius Black.

Isso mesmo. Pelado no quintal de Sirius Black.

Remus não fazia ideia do porquê aquilo acontecia. Ser um lobisomem já não era castigo suficiente? Parece que não. Depois de todas as noites de lua cheia, ele tinha que passar pelo mesmo constrangimento.

Sirius nunca reclamou, ou fez nenhum comentário sobre aquele problema. Ele sempre estava lá para ajudar o amigo, o levando para o quarto sem que os pais de Sirius notassem. Sirius até tinha algumas roupas de Remus no canto do armário.

Se James soubesse disso diria que os dois eram um casal. Mas aquilo nunca seria verdade, Remus e Sirius eram apenas amigos. Ou melhor, Sirius sempre veria Remus como um amigo.

Ele precisava descobrir como fazer aquilo parar. Contudo, não era o maior especialista em lobisomem. O único que conhecia foi o que o mordeu e depois sumiu na floresta, Remus não fazia ideia de como encontrar o cara, ou como agir caso o encontrasse. Tentou fazer pesquisar sobre lobisomens, porém, tudo que encontrava era baseado em “Teen Wolf” ou “Crepúsculo”.

O garoto sabia que só havia uma pessoa capaz de ajudá-lo, mas não podia contar seu segredo para ela.

Na manhã depois de uma noite de lua cheia, foi para aula esperando ter uma chance de encontrar Lily Evans sozinha. Por sorte, conseguiu falar com ela antes da hora do almoço.

— Lily! — aproximou-se dela, que estava sentada de baixo de uma árvore no jardim da escola.

Lily tirou os olhos do dever de química (só ela conseguia estudar com vários adolescentes loucos gritando igual doidos em volta) e ao ver que era Remus, sorriu.

— Bom dia, Remus — cumprimentou, mas logo depois seu rosto assumiu uma expressão preocupada. — Você está bem? Parece cansado.

O garoto se sentou na grama.

— Noite difícil — respondeu.

— Estudando até tarde para as provas de novo? — perguntou. Lily usava seu melhor tom de mãe. — Eu já disse que isso faz mal para você. Remus, você precisa dormir mais, tenho certeza que vai ir muito bem nas provas com umas horinhas a mais de sono.

Quis rir daquilo. O Remus que ficava até tarde estudando parecia não existir mais. Claro que ele ainda estudava muito, mas agora parecia impossível estudos serem o motivo dele não conseguir dormir. Se ele não estava acordado até tarde por causa da lua cheia, estava acordado pensando como sua vida se transformou naquela grande bagunça.

— Eu vou tentar dormir mais, prometo — mentiu esperando que Lily não notasse. — Preciso te perguntar uma coisa.

— O quê?

Ok, agora Remus estava ferrado. Como ele perguntava sobre o conhecimento de Lily em lobisomem sem levantar suspeitas ou fazer com que a amiga achasse que ele era um louco.

— Você... — começou nervoso. — Você lê muito sobre lobisomens?

— Como é que é? — Lily fez uma careta engraçada, aquela não era a pergunta que ela esperava. — Você quer saber sobre lobisomens?

— Sim, eu gostaria muito de saber mais sobre lobisomens — respondeu. — São seres fascinantes.

— Com certeza — Lily riu. Remus relaxou ao ouvir a risada. — Eu leio alguns romances adolescente com lobisomens.

— Crepúsculo?

— Não! — Lily pareceu ofendida. — A Hora do Lobisomem.

Ele ficou confuso. Lembrava de ter se deparado com aquele livro em uma de suas pesquisas sobre lobisomens.

— Mas esse livro não é do Stephen King? — indagou. — Não sabia que ele escrevia para adolescentes.

 — Eu sou uma adolescente e estou lendo, então é para adolescente também. — Lily fez bico. — Mas por que você quer saber sobre isso? — questionou. — Não me diga que James Potter ainda está atrás do monstro da floresta?

“Ele já achou, Lily. E agora eu sou um também”

— Não é sobre isso, James já saiu dessa — assegurou, o que não era uma mentira completa. — É que eu estava pensando em uma situação.

— Qual situação? — Lily arqueou uma sobrancelha. Ela parecia preocupada, Remus tinha certeza de que estava preocupada com a sanidade dele. Entretanto, agora não tinha mais volta.

— Eu ando muito interessado nesse assunto. Não sei por que nunca fui muito interessado em lobisomens antes. — Porque antes eles não existiam. Porque Remus não era um. — Mas fiquei imaginando, se um lobisomem depois da lua cheia sempre acorda nesse mesmo lugar. Por que esse lugar? E por que ele é tão importante?

— O que vocês fizeram dessa vez? Estão metidos em algum problema de novo? — Com “vocês” Lily se referia a Remus, James, Sirius e Peter.

“Nós não fizemos nada, mas eu estou com muitos problemas”.

 — Te prometo que os outros não estão envolvidos nisso. Foi só uma dúvida que me veio.

Lily não pareceu acreditar, mas também não parecia que ia insistir no assunto.

— Talvez o lugar seja o lar dele. — Ela respondeu a pergunta.

— Não, ele não mora lá.

A garota pareceu pensar em outra resposta.

— Alguém vive nesse lugar?

— Sim.

— Então talvez seja o lar do lobisomem! — falou animada como se tivesse resolvido um enigma. — Mas não o lugar e sim a pessoa.

Remus fez uma careta. Lily não estava certa, aquilo não estava acontecendo. Contudo, antes que pudesse dizer algo, ela continuou:

— Eu já li algumas histórias que diziam que lobisomens são muito fiéis aos seus parceiros.

— Eu tenho certeza que não é isso — falou rapidamente.

— Claro que é! — protestou Lily. — Por que você está nervoso por causa disso? Por acaso você é um lobisomem?

Remus conseguia notar o tom de voz brincalhão na pergunta, mas isso não o deixou menos nervoso.

— Claro que não, Lily — respondeu. — Lobisomens não existem.

— Eu só estava brincando — disse preocupado. — Você está bem? Remus, você está pálido.

Nada estava bem. Se Lily estivesse certeza (e estava porque fazia todo o sentido), Remus estava apaixonado por Sirius Black.

Ele tentou negar isso por anos, fingia que era apenas uma queda, algo passageiro.

 Sentia-se confuso desde que conheceu Sirius. James e Peter sempre foram seus amigos e Remus sempre os viu apenas como amigos. Porém, com Sirius, ele nunca quis que fossem só amigos.

Era complicado, confuso, um completo desastre. Seu lado lobisomem queria um parceiro e seu lado humano queria que fosse Sirius Black.

— Remus! — Lily parecia muito preocupada. Se ficasse mais tempo por ali, ela o levaria para a enfermaria.

— Eu estou bem. — Levantou-se um pouco sem jeito. — Preciso ir. Obrigado pela ajuda.

Tentou muito se concentrar na aula. Mas era complicado quando Sirius estava tão perto. Será que ele sabia? Será que havia notado como Remus se sentia? Ou talvez ele soubesse sobre isso de parceiro. Não, claro que não. Ele teria falado algo se soubesse.

Pelo menos, James estava lá para fazer piadas idiotas e Peter para gargalhar alto. Aquilo melhorava um pouco a situação.

— Eu tive uma ideia! — James anunciou assim que a última aula acabou.

— Desde que não envolva visitar florestas habitadas por monstros no meio da noite, eu posso pensar em ouvir a sua ideia — disse Remus juntando suas coisas.

Sirius deu um tapinha nas costas de Remus, o garoto parou na hora de guardar o material. Mas Black não pareceu notar.

— Qualquer coisa a gente tem o lobisomem Remus para nos ajudar!

Remus revirou os olhos, mas sorriu.

— E depois o lobisomem Remus vai matar todos vocês.

— Isso não seria muito legal — falou Peter pensativo, logo depois seu rosto se iluminou. — Você acordou hoje cercado de pessoas mortas?

— Que horror, Wormtail! — exclamou James. — Por que você anda com o humor tão obscuro?

Peter deu os ombros, envergonhado.

— Então... — Remus começou. — Qual é a sua ideia, Prongs?

— Eu, Sirius e Peter vamos arranjar bastante carne, assim na próxima lua cheia a gente pode ficar com você — contou. — Lobisomens são como cachorros grandes, né? Se a gente der comida não vai querer nos atacar.

O lobisomem encarou o amigo com uma expressão não muito feliz.

— É uma péssima ideia.

— Pare de ser chato, Remus — disse. — Só queremos te ajudar.

Os amigos sempre tentavam bolar planos para poderem passar a lua cheia com Remus, mas no final todos sabiam que aquilo não era possível.

— Não vai rolar, James. — Colocou a mochila sobre o ombro.

— Não parece mesmo um bom plano. — Sirius concordou.

— Eu não quero morrer — disse Peter. Ele parecia apavorado, como se naquele momento se imaginasse sendo devorado por um lobisomem.

— Tudo bem, talvez essa não tenha sido minha melhor ideia — suspirou derrotado. — Às vezes queria que a gente pudesse se transformar em animais só para poder ficar na floresta junto com você.

***

Era noite de lua cheia e Remus estava ainda mais nervoso. Ele iria para floresta, ia ser transformar e no final acordaria no quintal de Sirius Black. Já havia tentado no máximo não agir diferente perto de Sirius. Aquilo precisava parar

Isso não iria acontecer dessa vez. Talvez se ele se concentrasse em qualquer outro lugar fosse parar lá quando acordasse. Era algo bobo de se pensar, porém, agora que o garoto sabia a verdade ele imaginava que era só questão de tempo até Sirius questionar o que estava acontecendo.

O plano não deu certo. Ele acordou no quintal dos Black e Sirius estendia uma coberta para Remus, como se já estivesse acostumado com aquela estranha rotina.

— Você demorou para acordar hoje — disse. — Acho que não vai dar para você passar em sua casa antes de irmos para escola.

Remus demorou um pouco para entender o que estava acontecendo. Sua cabeça estava girando e ele estava sujo dos pés à cabeça.

— Posso dizer para os meus pais que você dormiu aqui — continuou Sirius, assim que notou que o outro garoto não ia falar nada.

— Tu-tudo bem — falou colocando a mão sobre a cabeça, esperando a tontura acabar.  — Mando uma mensagem do seu celular, vou dizer que a gente ficou estudando até tarde.

Sirius estendeu a mão para Remus.

— Vamos entrar. Você precisa de um banho.

O lobisomem não tinha forças para levantar-se sozinho, então aceitou a ajuda.

— Vai se foder — disse com um sorriso fraco, sua cabeça ainda girava, empurrando Sirius levemente para o lado. 

Sirius riu, e Remus não o impediu de colocar a mão em seu ombro, para lhe dar apoio.

***

Remus se sentia muito melhor depois de um banho, sua cabeça não girava mais e não tinha sangue de animais desconhecidos em seu pescoço.

Sirius o havia entregado uma escova de dentes novas e tinha um uniforme seu na casa, por via das dúvidas apenas, Remus nunca achou que fosse de fato precisar. O maior problema é que ele não tinha material escolar, mas aquilo não era o fim do mundo.

O fim do mundo para Remus foi quando ele se olhou no espelho (de roupa e banho tomado) e notou o quanto estava ferrado. Ele estava na casa de Sirius, e Lily estava certa.

Lar não é um lugar, é uma pessoa.

Mas Sirius só o via como amigo, e pior, era hétero. O que Remus sentia iria sumir um dia, não importa o que sua parte lobisomem achava disso. Um dia Sirius se casaria com uma mulher de uma família rica e talvez Remus fosse o padrinho do casamento. Não havia nada que o garoto pudesse fazer sobre isso.

Quando entrou no quarto o outro estava sentado na cama, tão distraído que não notou quando Remus entrou.

— Sirius, vamos nos atrasar — chamou.

— Sim, claro — disse levantando e pegando seu material.

Entretanto, antes que pudessem sair Sirius falou algo que fez parar antes que pudesse abrir a porta.

— Lily me contou algo.

Remus não sabia o que fazer. Ela contou, ele sabia, ele sabia!

“Por que Deus você está fazendo isso comigo?”

Vendo que obteria uma resposta, Sirius continuou.

— Ela disse que você fez perguntas estranhas sobre lobisomens, perguntou se estávamos aprontando alguma coisa — disse. — Ela me falou sobre isso de parceiro, Remus.

Naquela hora o lobisomem quis poder ser transformar e sair correndo dali.

— Você não vai dizer nada?

Remus não conseguia dizer nada.

— A gente vai se atrasar — falou sem olhar para o amigo.

— Não ia ser tão ruim... — Sirius coçou a cabeça nervoso. — Ser... você sabe... — Ele estava indo dizer o que Remus achava que ele estava indo dizer? — Ser seu parceiro.

O garoto não soube o que dizer, ele estava confuso, tipo muito confuso. Contudo, não precisou dizer nada, Sirius o beijou.

Não foi um beijo delicado, Remus não esperava que fosse. Demorou uns segundos para que o garoto pudesse entender o que estava acontecendo. E assim que sua mente voltou a funcionar, ele correspondeu ao beijo.

Aquilo era uma bagunça. As duas mãos de Sirius seguravam o rosto de Remus como se tivesse medo de que o outro fosse recuar. Remus nunca recuaria. Os uniformes estavam amassados e as coisas de Sirius haviam caído no chão.  

Não era o primeiro beijo de Remus, mas era como beijar pela primeira vez.

Quando se sepraram, ofegantes, o lobisomem ainda estava confuso.

— Eu não achei que...

— Eu fosse gay? — completou. — Você não é tão inteligente, é bem burro para muitas coisas.

Sirius não deixou que Remus retrucasse, o puxou para outro beijo.

Eles iriam se atrasar para aula. E quem ligava?

Ser lobisomem tinha um lado bom afinal.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me avisem caso encontrem erros, escrevi correndo ashuashu
E espero que você tb tenha gostado, Nina!
KissusViolet