You Should've Been There escrita por prongs


Capítulo 1
U: I'm sorry I didn't make it


Notas iniciais do capítulo

Clarinha (https://fanfiction.com.br/u/64530/), minha linda, meu amor, VOCÊ É MINHA AMIGA SECRETA!!!!!! Você é uma pessoa maravilhosa, engraçada, tem os melhores memes e, nossa, como eu amo aquele grupo por ter me apresentado gente incrível como você!!! Eu fiquei perdida quando te tirei, confesso. Escrevi uma fic. Perdi a fic. Reescrevi essa aqui em duas horas. MUITOS ROLOS NESSE AMIGO SECRETO. Como eu disse no grupo mil vezes, eu não se esse é o tipo de fic que você normalmente lê e não sei se você vai amar, mas saiba que eu escrevi com muito amor e carinho. Feliz natal atrasado, já que esse era amigo secreto de natal HAHAHAHAH eu realmente espero que você goste, COISA LINDA ♥



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“Feliz aniversário, Rosie.”

A voz dele no telefone é triste e magoada e me faz sentir pontadas de dor no meu coração, enquanto sinto meus olhos inchados por causa das lágrimas que me acompanharam durante toda a noite. Olho para o lado de fora da janela do meu quarto por um instante e observo as luzes de Natal na cidade. Elas não parecem ter um significado feliz agora.

“Me desculpa por não ter estado aí”, ele murmura, realmente machucado e arrependido, fazendo com que eu a cada momento o ame mais, apesar de estar triste e desapontada. “Eu queria mais do que tudo ter ido, acredite. Eu sinto muito.”

E as horas anteriores passam como um carro em alta velocidade na minha mente.

A cada minuto que se passava, eu ficava mais nervosa. Todos os meus convidados já haviam chegado, menos Scorpius. Albus e Alice bebiam com Amy e Elizabeth, James e Grace conversavam com Molly, Hugo e Luke riam de alguma coisa que Lily tinha dito. A música estava alta e eu estava olhando para a porta com um copo de margarita na mão.

Eu só conseguia pensar que a qualquer minuto ele abriria a porta com aquele sorriso que dizia “querida, eu estou bem aqui”, que ele sempre trazia quando aparecia. Quando isso acontecesse, seria como se um milhão de pequenas estrelas brilhantes tivessem se alinhado no céu e, Deus, eu ficaria tão feliz. Ele ia fazer isso. Eu sabia que sim. Ele tinha que fazer isso.

Era o meu aniversário.

Ele tinha que estar lá.

Fred pôs uma mão quente no meu ombro e eu olhei para ele, assustada. Eu estava muito concentrada na porta. Ele me olhou preocupado e esfregou meu braço.

“Hey, Rose, você tá bem?”

Demorei demais pra responder e, quando percebi isso, soltei a resposta naturalmente, com uma risada.

“Sim”, olhei pra meu primo, abrindo meu sorriso enorme. “Claro que estou. É o meu aniversário, afinal de contas. Só tô…”, levantei meu copo de margarita. “Me aquecendo um pouco pra mais tarde.”

Ele riu de volta, apesar de não acreditar em mim, e foi embora.

A porta se abriu e, merda, meu coração estava prestes a parar e eu podia jurar que ia vomitar tudo o que comera nas últimas três semanas de tão empolgada que fiquei, mas Teddy e Victoire entraram e eu respirei fundo para manter a calma e abrir um sorriso.

“Rose!”, Teddy exclamou, me abraçando com seus braços longos e magrelos. Logo que ele me soltou, Victoire me agarrou e me deu uma embalagem de presente. “Feliz aniversário! Como você tá?”

Engoli em seco e continuei sorrindo.

“Ótima! Que bom que vocês vieram, sério. Ali tem bebidas e ali tem toda a comida, todo o pessoal já chegou…”

Eles assentiram e entraram na sala de estar e ri ironicamente para mim mesma. Todo mundo já havia chegado, menos a pessoa mais importante.

Eu não consegui pensar em nada a não ser nele mais cedo, me falando sobre o jantar importante que sua avó marcara de última hora e como ele não queria ir, só queria vir para a minha festa, mas também que se ele faltasse a mais uma reunião de família, seria deserdado pelo avô, o que eu duvidava muito, visto que ele amava o neto mais que tudo, mas sabia o quanto a presença dele era importante para a sua família.

A presença dele aqui também era a coisa mais importante para mim, mas, ei, é isso que as pessoas fazem quando amam. Sacrifícios. Ele já faltara a milhares de jantares e reuniões por minha culpa, eu não podia pedir aquilo, mesmo que fosse o meu aniversário. Ele não me pediria.

“Mas eu prometo que vou estar lá. Eu vou, sei lá, comer a entrada do jantar e fingir que a comida me deu dor de barriga… Mas eu vou estar lá.”

Droga, Scorpius. Você disse que estaria aqui. Onde estava você?

Parecia que tudo estava ocorrendo em câmera lenta a essa altura. Olhei para o meu vestido de festa que comprei para a ocasião, passei por um espelho e olhei para o batom vermelho que havia comprado na semana passada, porque eu sabia como ele gostava quando eu usava batom vermelho. Mas ele não estava lá. Todos ao meu redor estavam rindo e se divertindo, mas quando eu olhava para a sala, sabia que havia alguma coisa faltando.

“Eu também sinto muito.”, sussurro de volta para o celular, sem ter muita certeza que ele me escuta, mas ao mesmo tempo sabendo que ele me entende.

“Como foi a festa?”, ele pergunta logo em seguida, sabendo que se ficarmos em silêncio eu posso começar a chorar, então tenho que continuar falando.

“Divertida.”, minto. Foi tudo menos divertida.

Horas haviam se passado, já tínhamos abaixado o volume por causa do horário e nada de ele aparecer. Eu me sentia mais horrível a cada segundo e só queria que ele estivesse lá, comigo, no meu aniversário. Mas já que ele não estava, eu queria, mais do que tudo, ficar sozinha. Passei pela sala, esperando que as pessoas ignorassem a aniversariante, o que era muito improvável.

Quando passei pela mesa de comida, Amy se virou para mim, com o sorriso enorme e os olhos verdes alegres olhando ao redor e me ofereceu um copo de cerveja. Quando eu disse que não queria, ela levantou o olhar para mim e falou.

“Ei, onde está Scorpius? Eu não o vi a noite toda.”

Meus olhos se encheram de lágrimas no mesmo momento. Sabia que ele não estava lá, mas era diferente quando alguém dizia. Eu ainda estava pensando com todas as minhas forças que ele apareceria do nada, mas quando Amy falou aquilo, foi como se finalmente eu tivesse percebido que ele não viria.

Me virei de costas para uma das minhas melhores amigas e comecei a andar rápido demais no meio das pessoas e, é lógico, Albus percebeu que havia algo errado. Ele sempre percebia. Ele se levantou e me seguiu pelo corredor rapidamente. Entrei no banheiro e deixei escapar um soluço alto da minha garganta e, antes que eu pudesse trancar a porta, meu primo, que também era meu melhor amigo, a abriu e, sendo mais forte que eu, a empurrou, nos trancando dentro do banheiro.

Eu não choro com facilidade, mas uma vez que começo a chorar, não consigo parar. E foi o que aconteceu. Comecei a soluçar e as lágrimas lavavam meu rosto desesperadamente, enquanto meu corpo tremia involuntariamente. Albus simplesmente me abraçou, apertando meu rosto em seu ombro, esperando que eu parasse. Ele sabia porque eu estava chorando e não havia nada que ele dissesse que pudesse me acalmar no momento.

E, com todas as minhas esperanças finalmente se esgotando, consegui falar, com minha voz quebrada pelo choro e abafada pelo abraço.

“Ele disse que estaria aqui. Ele disse que viria.”

“Eu sei”, é tudo o que ele me responde, baixinho.

“E os parabéns?”, ele continua perguntando e puxando assunto, para que eu não chore nem me sinta sozinha. “Cantaram o mais alto que puderam, para acordar a vizinhança?”

Quase consigo ver ele sorrindo enquanto diz isso, o que me faz rir pela primeira vez na noite.

“Claro. É o que fazem todos os anos, né?”

“E você sorriu muito?”, sua voz pergunta ternamente e eu não tenho coragem suficiente para dizer a verdade.

“Demais.”

Alguém, provavelmente Molly ou Lucy, bateu na porta do banheiro, nos avisando que era meia-noite e que iam cantar os parabéns. Olhei para Albus e ele me desejou, apenas movendo os lábios, um feliz aniversário. Eu agradeci silenciosamente com um movimento de cabeça e, sem enxugar as lágrimas, saí do banheiro, com ele logo atrás de mim.

O que você deve falar quando tem lágrimas correndo pelo seu rosto na frente de todas as pessoas que você conhece e ama?

Eu não sei, então apenas fiquei calada e sorri de lado, me dirigindo à mesa do bolo. Todos começam a cantar, o mais alto que conseguem, numa tradição que vem desde os meus doze anos. Ele estava lá quando começaram isso, uma besteira, apenas para irritar os vizinhos na época, éramos apenas amigos, mas eu estava aqui, fazendo vinte e dois anos, meu suposto número da sorte, e ele era meu namorado e deveria estar lá, mas não estava.

O que você deve fazer quando a pessoa mais importante pra você é a pessoa que não apareceu no seu aniversário?

Eu não sei, então apenas sorri pra cada um dos meus amigos que me desejou um feliz aniversário. Depois do bolo, aos poucos, eles começaram a ir embora. Albus e Alice ficaram mais alguns minutos para me ajudar a arrumar a bagunça que estava no meu apartamento, mas logo foram embora também. Logo eu estava sozinha, no silêncio e no escuro, pensando no fracasso que haviam sido as primeiras horas do meu aniversário.

Coloquei meu pijama mais confortável, tirei toda a maquiagem do meu rosto, apaguei todas as luzes e me deitei na minha cama, encarando o tento, iluminado apenas pelas luzes noturnas de Londres que entravam pela minha janela. Eu não sentia sono nenhum. Tudo que conseguia sentir naquele momento era tristeza e saudade. Olhei para o celular, que marcava 2:52 da manhã e, um minuto depois, no momento exato que eu nasci, seria oficialmente meu aniversário.

E foi quando meu telefone tocou.

O apelido de Scorpius no contato piscava no visor e minhas mãos voaram para o aparelho. Atendi o telefonema sem dizer nada, sabendo que ele falaria antes. Ele sempre falava antes.

“Feliz aniversário, Rosie.”

“Sua voz tá estranha. Parece que sua garganta tá seca.”, ele nota depois de alguns segundos de silêncio.

“É, eu não bebi muito líquido hoje”, minto de novo. Minha voz está desse jeito porque eu chorei. Sei que, em algum lugar, ele sabe disso.

“Vá beber água. Você sabe que eu vou estar aqui.”

Sorrio com a nossa pequena mania. Ele sabe que tenho medo de me levantar para ir beber água e sabe que quando eu ligo de madrugada é apenas para escutar sua respiração do outro lado da linha, para ter uma confirmação que eu não estou sozinha, que ele está do meu lado. Ele coloca o seu telefone mais próximo do rosto e eu aperto o meu contra a orelha quando me levanto.

Vou andando pelo corredor escutando sua respiração e parece, por um momento, que ele está comigo.

Quando passo pela porta do meu apartamento e vou me virar para entrar na cozinha, alguém bate na minha porta. Meu coração acelera e penso que é impossível, mas mesmo assim sei que não é.

Bloqueio o celular e, com minha mão livre, abro a porta e lá está ele, em seu casaco preto, com seu único piercing na sobrancelha, com seu cabelo loiro extremamente bagunçado, com uma mão segurando um pequeno bolinho e outra ainda segurando o celular no rosto, um sorriso tímido no rosto e seus olhos cinzentos me encarando como se eu pudesse salvá-lo de todo mal do mundo.

Meu celular escorrega da minha mão e cai no carpete sem fazer silêncio. Ele entra e fecha a porta atrás de si, se aproximando. Seu braço estende o cupcake e ele sorri pra mim.

“Feliz aniversário, Rosie. Meu avô me prendeu no escritório dele depois do jantar pra falar sobre o futuro e você sabe como ele é… Desculpe não ter vindo.”

Olho para ele e sinto vontade de chorar, mas não mais de tristeza ou desapontamento, e sim alegria por ele estar na minha frente, mais lindo do que jamais esteve.

“Do que você está falando? Você está bem aqui. Isso é o que importa.”

Por causa da altura anormal de Scorpius, fico na ponta dos pés para beijá-lo e, mesmo assim, ele tem que se curvar e, no momento que nossos lábios se encontram, ele deixa meu cupcake de aniversário cair no chão, mas eu realmente não me importo, porque é o meu aniversário e ele prometeu que estaria comigo e aqui está ele. E a cada segundo que passo ao seu lado percebo que eu o amo mais do que no segundo anterior.


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Notas finais do capítulo

ESSA FIC DE AMIGO SECRETO FOI O MAIOR DESAFIO DA MINHA VIDA POR FAVOR DEIXEM UMA FORÇA AÍ EMBAIXO