Era para ser você escrita por Sah Gatsby


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Estou super contente de que estejam gostando da fic, estou bem animada pra escrever, não quero dar spoiler, mas estou escrevendo a parte que eu tanto esperava aheuhau acredito que vocês vão adorar, porque eu adorei ! Bem, não vou ficar falando muito, e só pra constar está no capítulo 32, então vai demorar um pouquinho. Até boa leitura.
Nosso objetivo é satisfazer baby ^^



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Cheguei em casa, já estava bem calma; entrei e minha mãe estava na cozinha, fui até lá, peguei um copo de água e matei minha sede.

—Que bom que chegou docinho. Genevieve acabou de ligar nos convidando para ir até a casa dela, vamos?

—Ta, ta legal. Vamos sim. 

Fomos no meu carro, liguei o rádio e não falei nada, uma vez ou outra minha mãe perguntava alguma coisa e eu respondia sem saber o que ela perguntou, estava bem perdida nos meus devaneios, e só conseguia pensar se eu tinha feito muito drama pra pouca coisa, mas acontece que eu me senti ofendida, eu não gostei nada mesmo do modo que ele falou comigo, ele foi rude demais. “Chega”, meu inconsciente disse para mim. Não vou mais pensar nisso, não vou pensar no Logan, pelo menos não enquanto eu ainda estiver com raiva dele.

Chegamos, estacionei o carro em frente á casa, Genevieve veio toda animada nos cumprimentar, entramos e nos sentamos na sala, ela e mamãe conversavam enquanto eu tentava me esforçar para prestar atenção no que elas diziam, mas eu não estava nem um pouco interessada em saber o que tinha acontecido na novela mexicana.

—Onde fica o banheiro? –perguntei já em pé.

—Sobe as escadas, terceira porta a esquerda.

Fui até as escadas, e subi de dois em dois degraus, caminhei pelo corredor até a terceira porta a esquerda, entrei e fiquei me olhando no espelho. Encarei a figura pálida com os olhos escuros que estava na minha frente, pensei em fazer um bronzeamento artificial, mas gosto de mim do jeito que eu sou. Bom, a verdade mesmo é que é muito empenho fazer um bronzeamento artificial no corpo todo, e eu não quero gastar dinheiro com isso, é desnecessário. Lavei minhas mãos, e joguei o cabelo para trás, para dar um pouco mais de vida, sequei as mãos e fui abrir a porta, quando sai me esbarrei com tudo no Christoph, cambaleei, e ele segurou nos meus braços para me equilibrar.

—Preste mais atenção quando estiver andando. –eu disse sem nenhum humor.

—Preste atenção você, quando for sair do banheiro. –ele riu baixo.

—Vou anotar isso.

—O que aconteceu? –ele perguntou agora me olhando fixamente.

—Nada, nada demais. -desviei os olhos do dele.

Acho que só entendo o que o Logan quis dizer com olhar intimidador, quando olho nos olhos do Christoph, não sei se era a cor exótica, ou o modo como ele me olhava, mas isso me intimidava, fico meio sem jeito de olhar no fundo dos olhos dele, quando ele olha assim para mim. É como se ele pudesse ver dentro de mim, como se ele soubesse o que eu estou sentindo, o que estou pensando.

—Vem cá. –ele disse segurando no meu pulso e me fazendo segui-lo.

Ele abriu uma porta, e entrou, entrei atrás dele, e fiquei olhando ao redor. Esse deve ser o quarto dele. É grande, com as cortinas branca, as paredes azuis com listras brancas, uma cama de casal com a cabeceira também branca, uma escrivaninha na parede.

—Senta aí. –ele falou apontando pra cadeira do meu lado. –Brigou com o Logan?

—Por acaso você é um tipo de tele-pata, ou vidente, deixa eu tentar mais uma. Você tem uma bola de cristal, onde você guarda?

Estava começando a pensar em ter motivos para ter medo do Christoph, como ele soube disso, se não fosse nenhuma daquelas coisas, ele tem um ótimo palpite, vou pedir pra ele jogar na mega sena para mim.

—Bola de cristal? –ele começou a dar gargalhada.

—Qual a graça?

—Você. –ele disse em meio á risada.

—Eu? Você quem é um bobo alegre. –revirei os olhos e ele continuava rindo.

—Você inventa cada coisa. –ele disse agora parando de rir.

—Como é que você soube que eu e o Logan brigamos? -perguntei de uma vez.

—Eu não soube. Foi só um palpite, pela sua cara, deve ter acontecido alguma coisa, eu só chutei.

—Acredito. –disse meio irônica.

—Porque brigaram?

—Por que ele é simplesmente um babaca. E eu não tive paciência pra aturar o jeito que ele falou comigo.

—Sei. Então... veio atrás do chá de novo? Ou foi só pra me contar a fofoca?

—Nenhum, e nem outro. Sua mãe convidou a minha, e eu trouxe ela, é melhor do que ficar em casa e deixando a raiva invadir meus pensamentos.

Ele se levantou e caminhou até onde eu estava, parou na minha frente e esticou o braço até a prateleira que estava acima de mim, pegou um livro e voltou se sentar na cama. Ele não disse nada, e eu só fiquei olhando da capa do livro pro rosto dele. De repente o celular dele toca, ele pega em cima do criado mudo ao lado da cama, e lê alguma mensagem, eu acho, ele franze a testa, levanta os olhos e olha para mim, ainda sem dizer uma palavra.

—Tem algum plano pra amanhã á noite?

—Até onde eu me lembre não, por quê? –perguntei confusa.

—Você vai comigo a uma festa de aniversário. –ele disse sério.

—Você nem perguntou se eu quero ir.

—Eu tenho um convite, meu primo não vai mais poder ir, então você vai. Ou prefere ficar em casa e deixar a raiva invadir seus pensamentos? –ele estava com um sorriso torto, e zombeteiro no rosto.

Não respondi, cerrei os olhos, e fiquei encarando ele, que parecia estar se divertindo com a minha expressão.

—Vou falar com a sua mãe.

Ele se levantou e saiu, deixando a porta entre aberta. Enquanto ele não voltava, caminhei até a janela, que era uma porta de vidro do teto até o chão, que dava para a sacada, encostei os cotovelos no parapeito e fique olhando pro jardim. A vista dava pro mar, era lindo; o Christoph falava muito desse tal primo dele, mas eu nunca o vi, nem se quer sei o nome desse misterioso primo. Ta aí, acho que vou chamá-lo de “O Primo”, comecei a rir sozinha, isso era idiotice, eu inventava cada bobagem.

—Você deve ter caído da árvore quando era criança. –o Christoph disse parado atrás de mim.

—Na verdade, eu cai da ponte. Levei três pontos no joelho.

—Sua mãe disse que não tem problema nenhum você ir comigo amanhã. Então eu te pego ás cinco, a festa é ás sete e meia. De carro daqui até o continente leva cerca de duas horas.

—É aniversário de quem?

—Um amigo. O pai dele é amigo do meu, conheço ele a um bom tempo.

—Entendi.

—Quer chá? –ele perguntou depois de alguns minutos em silêncio.

—Achei que nunca fosse perguntar. –disse sorrindo.

Fomos até a cozinha, tinha uma senhora, a mesma que serviu o jantar na outra noite. Ela preparou nosso chá, enquanto contava as travessuras do Christoph quando era criança, nós rimos, bom eu ri bem mais da cara dele. O nome da senhora é Grace, ela praticamente viu o Christoph nascer, e veio morar com os Voughan assim que a mãe dele voltou de Londres, depois dele nascer. Ela era uma senhora muito adorável, preparou algumas coisinhas para comermos, confesso que nunca tinha comido um pão caseiro tão bom quanto o que ela fez.

Quando eu e minha mãe estávamos voltando para casa, ela disse que achou muito bom o Christoph ter me convidado para ir com ele no aniversário, ela disse também que a Genevieve comentou que depois que ele teve o suposto acidente na lagoa, ele não teve mais amizade com os garotos da ilha, exceto “O Primo”. E que quando ela soube que ele fez amizade com alguém, -e esse alguém sou eu- ela ficou feliz.

No jantar eu comentei com meu pai que eu iria com o Christoph amanhã a noite na festa de aniversário de um amigo dele, por que “O Primo”, furou, ele achou uma boa idéia e riu da piadinha que eu fiz do primo dele. Mas que culpa eu tinha se o garoto é um completo mistério, e nem mesmo o nome dele eu sei, só sei que ele é primo do Christoph e que toda vez que ele vai mencionar o primo diz “meu primo”. Nada mais justo que chamá-lo de “O Primo”, além do mais, da um mistério no nome.

Depois do jantar assisti um filme com a minha irmã, assim que acabou fui pro meu quarto, deitei na cama e dormi, tive um sono tão profundo que nem sonhei, e se sonhei, nem lembro o que foi. Na manhã seguinte acordei, me aprontei e fui para escola, nem fiz questão de passar perto do Logan, o que ajudou também porque eu nem vi ele, o tempo passou rápido, para minha felicidade; quando eu estava indo embora o Christoph veio falar para eu ficar pronta ás cinco, que ele estaria lá em ponto. Fui direto pra casa, e achei melhor ir arrumando minha roupa, assim eu não me atrasaria.

Separei minha melhor calça jeans, uma blusa básica de manga comprida preta, só um pouquinho transparente, nada vulgar, e um par de sapato de salto alto fechado, preto com bege, que combina perfeitamente com a blusa. Fui tomar um banho, depois me maquiei, como eu sempre gostava de uma maquiagem mais natural, não passei disso, só passei um batom marrom, que deixava meus lábios com mais volume. Me vi no espelho, já maquiada, e adorei a arte que eu fiz em mim, fui para o meu quarto e me troquei; nem tinha visto o tempo passar, quando estava colocando meu sapato, minha irmã apareceu na porta.

—O Christoph chegou. –ela disse colocando a cabeça pra dentro.

—Já desço. –levantei peguei meu perfume, e esborrifei.

—Uau... Pietra, eu nunca te vejo tão bem arrumada assim. Está linda.

—Obrigada, mas a única coisa de diferente é o batom e o salto.  

—Mesmo assim, está arrasando. O que aconteceu com o Logan?

—Brigamos. Ele foi um completo arrogante, e eu não consegui ser paciente então...

—Sei, eu te conheço. –ela disse rindo.

—Não quero falar sobre isso, mais tarde eu te explico melhor. Bom vou indo, antes que eu me atrase.

—Ok.


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