O começo dos Cullen escrita por rosanaflor


Capítulo 29
Capitulo 29 - Nosso Garoto. Part 1.


Notas iniciais do capítulo

Nossa gnt dessa vez eu sumi por meses né hahah, sinto muito mesmo, eu estive muito preocupada com o Enem então estava sem ideias para escrever, mas aqui está um capitulo maravilhoso.



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1931 – Edward Cullen.

O que foi que eu fiz? Porque não escutei Carlisle e segui a dieta como um bom filho faria, escutar seu pai... Como pude magoar Esme do jeito como fiz no dia em que partira, fiz ela lembrar de seu filho falecido...como ele também partiu, como ele também a deixou. Eu os fiz sofrer como eu nunca tinha feito com ninguém antes e eu me arrependo tanto, tanto!  Eu só queria dar uma de esperto como sempre, mostrar que eu sei me cuidar sozinho, tentar agir como adulto, mas simplesmente pareci mais como um adolescente rebelde que foge dos pais, eu fiz a maior besteira, eu fui um completo idiota.

            Estava no meio de uma floresta, em uma clareira, pensando em várias formas de me redimir com quem eu me tornei, mas eu não conseguia, eu só pensava em como eu era um monstro, matei tantas pessoas que até perdi a conta. No passado isso me fazia sentido, matar os vilões, mas eu só estava sendo tão monstro quanto eles, agindo como maioral, fazendo o trabalho de... Deus, julgando quem merece morrer ou viver, quem merece o perdão ou o purgatório, mas quem era eu para fazer isso? O adolescente que matou milhares de pessoas e que se alimenta de sangue, que nem tem um coração que bate, que nem se quer tem uma alma. Eu só queria gritar o mais alto que eu pudesse para que aquela dor que eu estava sentindo fosse embora, era horrível o que eu estava sentindo era como se em algum momento eu fosse explodir em milhões de pedaços e tudo que eu sentia saísse pelas várzeas... Eu precisava me abrir com alguém, necessitava de alguém com quem eu pudesse desmoronar e que no final essa pessoa pegasse meus caquinhos e me ajudasse a me reerguer. E eu sabia exatamente quem seria essa pessoa. Carlisle me acalmaria e me diria o quanto eu sou uma boa pessoa e o quanto eu sou inteligente, diria palavras sábias com seus anos e anos de prática e depois me daria um abraço me mostrando todo o apoio que ele me daria. Esme sairia pegando meus cacos e me remontaria de novo e me acolheria em seu pequenos braços, dizendo que me amava como um filho. Eu tinha de voltar para eles e dizer o quanto eu senti a falta deles e o quanto eu os amo. Eu não podia perder mais tempo então me levantei do meio das samambaias e corri, corri como se houvesse um dilúvio atrás de mim pronto para me pegar.

            Eu estava na União Soviética, muito longe de casa, tive medo de começar a chamar atenção demais no Estados Unidos, muitos assassinatos sem explicação, corpos sem sangue, então eu fugi fazia mais ou menos uns dois anos. Tive medo de pegar um navio para voltar para casa, pois o caminho era longo, levaria dias para chegar e eu estava com sede, fazia mais de 3 semanas que eu não caçava, então atravessei o estreito de Bering, onde Eua e URSS  fazem divisa, demorei pouco menos de 1 hora para chegar no Alasca. Corri por mais de 4 horas para chegar até a cidade onde eles moram (se é que ainda vivem lá). Boston continuava do mesmo jeito que eu lembro, talvez alguns prédios novos e lanchonetes, mas nenhuma mudança extraordinária. Cada vez que eu ficava mais próximo do que eu já chamei de lar, mais medo eu sentia, tinha medo deles não me aceitarem de volta, eles podiam fazer isso até porque não éramos parentes biológicos e eu entenderia perfeitamente, até porque ninguém iria querer ter um assassino em casa. Pensei em tantas possibilidades que estava avoado quando de repente um pensamento invadiu meu pensamento e eu me senti mais calmo automaticamente, me senti leve, depois de anos um sentimento que há muito tempo eu não sentia me tomou, era felicidade, eu me senti com coragem novamente para bater naquela porta. Era Carlisle e Esme conversando em seu quarto, eles estavam trocando a cocha, pois minha... mãe havia se cansado de estampas floridas.

            Cheguei perto do batente da porta e respirei profundamente e o cheiro deles me tomou como se fosse um remédio curando cada partícula do meu corpo e então eu bati.

 

 

Carlisle Cullen       

            Naquela manhã de 1931.

Esme havia decidido que queria arrumar a casa, trocar cortinas, tapetes, arrumar a cama com outra estampa, até arrumar copos, talheres e pratos da cozinha ela queria e eu sabia exatamente o porquê de toda essa arrumação. Fazia umas duas semanas que eu havia ido trabalhar e um dos meus colegas comentou que eu era muito conservado para um homem de 34 anos, como eu digo ter agora no ano de 31. Nos mudamos para Boston no final do ano de 1921, faz mais de 10 anos que estamos aqui e isso não era nada bom, o Maximo de tempo que ficamos em um local é 7 anos.  Nesse dia cheguei a Esme e disse que precisávamos nos mudar e que não podíamos mais ficar aqui, ela me olhou triste e então disse “Se nos mudarmos Edward não ira nos achar”. Tivemos uma grande discussão aquela noite, lógico que eu também queria ficar, eu sentia muita falta de Edward, fazia mias de 4 anos que não tínhamos nenhuma noticia dele e isso me assombrava, é como se uma metade de mim tivesse ido com ele, mas não faria bem algum arriscar nossas vidas, nem que deixássemos algumas pistas na casa para que ele nos encontrasse mais tarde. Mas depois daquele dia Esme fez questão de fingir que eu não lhe falará nada, sorriu como sempre, conversou comigo normalmente como se nada tivesse acontecido e agora ela deu de querer arrumar a casa.

— Esme, sabe que não precisamos arrumar nada. – Disse cautelosamente. Ela me olhou com olhos imploradores como se dissesse “não vamos começar essa briga de novo”. Então para deixa-la feliz ajudei-a a arrumar tudo, mesmo sabendo que não serviria de nada.

Limpamos praticamente a casa inteira, nenhuma poeira dava para ser vista de tão limpo tudo estava, troquei as cortinas e ela os tapetes, no final estávamos nós dois no quarto, ela escolhia uma das 3 cochas para arrumar nossa cama e pedia minha opinião. Eu não concordava com nada com que fizemos hoje e eu não iria ceder agora no final da noite, estava tentando pressioná-la para conversamos.

— Você sabe bem minha opinião. – Ela me olhou e depois pegou a primeira que ela viu.

— Porque acha tão errado o fato de eu querer ficar... Não estou cometendo crime algum, só tenho esperanças que ele volte... Me de até o final desse mês e então eu irei para onde você quiser. – Ela me implorou ao dizer isso e é lógico que eu cedi, não queria magoa-la mais, nada poderia acontecer se eu esperasse até o final do mês.

— Tudo bem então. – Eu não sei porque, mas foi como se aquela conversa chamasse o mundo ao nosso favor, foi como se a nossa fé fosse tão forte naquele momento que tudo parecia que daria certo... e realmente deu, alguém bateu na porta.

Eu e Esme olhamos para a porta do quarto no mesmo instante e sentimos juntos o cheiro para saber quem era e um cheiro doce inundou o ar, um cheiro que a anos eu não sentia, mas que eu sentia falta mesmo que fosse só no meu subconsciente. Corri para a porta e a abri e o que eu vi me trouce  um alivio que a tempos eu não sentia, o medo, a saudade e a tristeza foram embora tão rápido quanto chegaram a 4 anos e então respirei profundamente e sorri.

— Edward! – Ele me deu um sorriso fraco e olhou para o chão como se sentisse vergonha, seus olhos estavam vermelhos vivo.

— Oi... pai. – Ele me respondeu e então eu o abracei. No começo eu provavelmente peguei ele de surpresa, mas logo ele deitou sua cabeça em meu ombro e em um choro baixo sem lágrimas ele me apertou. – Eu sinto muito pai, me desculpe, eu não deveria ter ido embora. – Antes que eu respondesse a suas desculpas Esme apareceu ao nosso lado e o abraçou também.

— Ah meu deus Edward, não acredito que é você! – Ficamos um tempo apreciando a volta do nosso garoto e depois entramos em casa, Edward se sentou no sofá e começou a dizer.

— Eu sinto tanto por ter deixado vocês, eu queria ter voltado antes mas não me sentia preparado, eu sei que foi uma grande idiotice o que fiz. – Ele brincava com os dedos enquanto dizia.

— Edward no momento em que entrou por aquela porta nós já o perdoamos, meu filho, sentimos tanto a sua falta. – Disse a ele sorrindo.

— Eu sabia que não era loucura ficar por aqui por mais um tempo. – Esme disse olhando para mim e eu sorri, Edward olhou para ela não entendo nada, então pensei em nossa discussão e o dia de hoje e ele riu.

— Me desculpe senhora. – Disse olhando-a. O resto do dia nós ficamos mimando o nosso garoto e dizendo que tínhamos o perdoado, pois ele ficou pedindo desculpas por um bom tempo e eu e Esme só queríamos ficar ali ao seu lado, demonstrando apoio.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não esqueçam de comentar :)
1 - A Rosalie não ira demorar para aparecer hein!
2 - URSS era como chamavam a Rússia antigamente.
3 - Gente para vcs não me acharem louca, a Russia faz sim divisa com Eua ( Alasca), não se esqueçam que o mundo é redondo hahahaa :)
Bjoos!