O começo dos Cullen escrita por rosanaflor


Capítulo 27
Capitulo 27 - Aqui se faz... Aqui se paga.


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capitulo! Estou muito feliz com os comentários que ando recebendo fico muito feliz que estejam gostando, isso me da mais vontade de escrever, fiquem a vontade para mandarem opiniões, falarem do que gostam do que não gostam, se querem algo de especial e seria legal se me dessem ideias também!



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Pov Edward.

Eu não fazia ideia da onde eu me encontrava, havia fugido tanto, era uma cidade pequena, poucas pessoas nas ruas, casas simples. Já havia se passado cinco meses desde que comecei a seguir minha própria vida, em minhas costas mais de doze mortes, ladrões, pedófilos, estupradores, assassinos, pessoas que eu julgava não merecedoras da vida.

Estava caminhando pela cidade, procurando uma oitava vitima, o sol já estava se pondo quando uma praça me fez parar, eu conhecia aquele lugar... Minot. Lembrar-me daquele local me fez pensar em Carlisle e Esme, foi para onde nos mudamos logo após a transformação de minha... Mãe. Fui até lá e me sentei em uma pedra, o céu não estava coberto de neblina o que era uma novidade, as estrelas brilhavam como nunca, a alguns passos distantes havia crianças brincando, famílias rindo, amigos bebendo, tudo muito... Humano. Os pensamentos de todos invadiram minha cabeça.

“Oh, é melhor irmos para casa para jantarmos.”

“... Sete, oito, nove, dez, lá vou eu!”

“Já é tão tarde?!”                                 

“Eu deveria pedi-la em casamento, a amo tanto.”

 “Aquela desgraçada acabou com a minha vida, mas ela vai pagar na mesma moeda, ela e o amante.”

Assustei-me com o último pensamento, não pela grosseria, mas pelo o que vi em seguida, o rosto da mulher que eu declarava como minha mãe. Ele pensava em varias formas de se vingar de Esme, matando-a, machucando-a e indo embora com uma criança nos braços, provavelmente o filho que ela perdera dele. Surpreendeu-me que ele soubesse de Carlisle, mas logo lembrei de que Charles descobrira onde estávamos, pois fora ao hospital perguntar sobre quem havia cuidado de sua “mulher”, ele o chamava de “amante de Esme”.

            Olhei para todos os rostos daquela praça, procurando por Charles, eu sabia como ele era pelos pensamentos de minha mãe e logo o encontrei. Ele estava sentado no chão encostado em uma arvore, longe das pessoas, em sua mão ele tinha uma garrafa de whisky, suas roupas estavam limpas, usava um terno marrom, com um chapéu. Em nome da mulher que me acolheu como um filho, ele iria morrer como merecia. Fiquei por mais de duas horas esperando o momento em que a praça ficaria vazia escutando todos os pensamentos inúteis que ele tinha de Esme, quando finalmente o ultimo casal de namorados fora embora. Levantei-me da pedra onde estava e fui até ele, não havia bebido muito, então estava sóbrio. Parei em frente a ele e o olhei com intensidade.

— Olá Charles. – O Cumprimentei. Ele se assustou não havia me visto.

— Olá senhor. – Ele me olhou com duvida. – Como sabe meu nome, nós nos conhecemos? – disse se levantando.

— Você não me conhece, mas conhece meu pai, sou Edward Cullen. – Fazia tempo que eu não falava esse sobrenome, ele me trouxe uma angustia. Charles me olhou, sua raiva estampada em seu rosto, ele percebera o mesmo sobrenome.

— Onde esta minha esposa, eu sei que seu pai é amante dela. – Charles disse com a voz alterada, se ele continuasse a gritar chamaria atenção, então o peguei pelo pescoço e o prendi contra a arvore, ele acabou se engasgando com o grito e tentou se soltar do meu aperto de aço, mas sua mão me batendo parecia uma pena. Peguei um lenço que eu tinha no bolso e o enfiei na boca do infeliz, segurando seus braços logo em seguida.

— Se você continuar gritando ira chamar a atenção para nós, ai terei que te matar mais rápido do que eu pretendo, então fique quieto e eu penso se terei alguma piedade em te matar com menos dor. – Seus olhos estavam arregalados de medo, em seus pensamentos estava meu rosto, com os olhos vermelhos da dieta que sigo. Logo ele parou de tentar se soltar. – Muito bom. Agora escute. Não faz ideia do que fez a Esme passar, por sua causa ela perdera um filho, por sua causa ela tentou suicídio, a sorte dela foi conhecer o Dr. Carlisle, ela esta conseguindo ter uma segunda chance na vida dela e você quer estragar tudo... De novo. Sua mãe não lhe ensinou a ter bons modos? – Ele tentou se soltar novamente dos meus braços, por raiva peguei sua mão e quebrei seu dedo mindinho. Desta vez ele ficou quieto e mordeu o pano que estava em sua boca fazendo um som que parecia um rosnado. – Eu lhe fiz uma pergunta.

— Si-si-m-m-m. – Disse-me com a voz entrecortada por causa do lenço.

— Então porque batia nela, abusava dela, a tratava como se não fosse nada? Você prometeu amá-la, casou-se com ela. Não a respeitava, vivia em um bordel, chegava bêbado em casa. Você é um desprezível Charles, imagino que iria adorar se fosse ao contrario. – Disse com tom de ironia. – A fez sofrer e ainda tem a coragem de ir atrás dela? – Disse isso quebrando seu dedo anelar de ambas as mãos, ignorei seu rosnado. – Você ira queimar no inferno por ter feito tudo isso, irá pagar feio por tê-la feito sofrer. – Quebrei seus dedos do meio e os indicadores. – Ele começou a chorar a partir disso e eu ri. – Agora você chora, quando encontra alguém do seu tamanho você vira um covarde?

— A po... Policia ira te... Te encontrar. – Eu sorri assustadoramente.

— Eu duvido muito Charles. – Minha boca já estava cheia de veneno ficar tão próximo a ele estava fazendo minha garganta gritar. – Espero que consiga se redimir seja lá para onde você for. – Dito isso quebrei seu braço esquerdo, mas antes que ele pudesse urrar de dor eu o mordi sugando todo seu sangue doce até não ter mais nada. O soltei onde estava e olhei pro corpo sem vida em minha frente. Carlisle e Esme poderiam seguir em frente agora, sem espíritos do passado para atormentá-los.

 

 

 

Pov Esme.

1928

            Estava na sala bordando um vestido rosa, havia tempos que tinha começado a fazê-lo, mas nunca terminei, o rádio estava ligado tocava “Irving Berlin’s Sunshine”, uma de minhas músicas prediletas. Já passava das oito da noite, Carlisle estava no escritório dele, havia ficado lá quase o dia inteiro, às vezes saia para me dar um beijo e dizer que estava bem, mas eu sabia o porquê de ter ficado lá, ele estava triste. Hoje faz exatamente um ano que nosso menino foi para o mundo, não havíamos tido noticias dele desde então. Carlisle sempre diz que ele voltara, mas ele tinha fé que Edward voltasse em menos de um ano, não esperávamos que fosse por muito tempo, estávamos enganados.  Levantei-me do sofá e fui até seu escritório, meu marido estava de cabeça baixa suas mãos cobriam seu rosto. Fui até onde ele estava sentado e afaguei seu cabelo liso louro, pegando suas próprias mãos nas minhas obrigando-o a olhar para mim.

— Ele irá voltar Carlisle, ele só precisa de mais tempo. – Ele sorriu fracamente.

— Eu não tenho mais tanta certeza disso Esme. – Eu o olhei com raiva.

— Não diga uma coisa dessas, como você mesmo colocou no dia em que ele fora, é questão de tempo. Basta Edward perceber o que está fazendo. – Ele abaixou a cabeça.

— Me desculpe consorte, não direi isto novamente, ele ira voltar. – Tive de sorrir de sua cara de culpado. Sentei em seu colo e nos abraçamos demonstrando apoio um para o outro.

Horas mais tarde.

Estava abraçada a Carlisle na cama, ele brincava com uma mecha do meu cabelo, distraído, pensativo, triste... Alegre? Eu não sabia dizer o que aquele rosto significava, mas era uma mistura de alegria com algo.

— Esme, precisamos nos arrumar, temos uma festa para ir. – Eu o olhei sem entender nada. – Querida, eu lhe falei da festa de arrecadamento de dinheiro para o hospital.

— Ah... Droga. – Disse chateada por ter de sair dali. Carlisle gargalhou e começou a distribuir beijos em minhas bochechas.

— Também não queria sair daqui amor, se quiser podemos ficar tenho certeza que o meu chefe irá entender perfeitamente.

— Não seja bobo, nós vamos a essa festa, até porque nós temos a madrugada toda ainda... Certo? – Sorri envergonhada o empurrando de cima de mim, não era meu costume dizer tais coisas. Ele riu.

— Claro que temos. – Disse levantando – se.

            Fui para o chuveiro tomando um banho rápido, ao sair fui direto para nosso armário e fiquei olhando todos os meus vestidos, eu não fazia ideia de como ir vestida, era a primeira vez que iria para uma festa assim.

— O que foi? – Carlisle me pegou olhando as roupas.

— Eu não sei como ir vestida. – Ele me sorriu e pegou meu lugar olhando meus vestidos.

— Que tal esse? – Era um vestido bege escuro, suas mangas eram medias, e na frente havia um desenho de borboleta, era acinturado e comprido. Eu amava aquele vestido, mas nunca tinha tido oportunidade de usá-lo.

— É perfeito. – Fiquei me arrumando, passando maquiagem, arrumando o cabelo, não sabia se o prendia ou deixava solto, no fim decidi deixar meus cachos soltos. Fui até Carlisle que me esperava na sala, seu terno era preto com uma grava borboleta, aquele homem era muito charmoso e sorria para mim... Deus, eu era a mulher mais sortuda por ser dona daquele sorriso.

— Esta maravilhosamente linda Sra. Cullen.

— Obrigada Dr. Cullen, o senhor também.

            A festa estava cheia de pessoas, todas da classe mais alta, chefes, empresários, médicos de alto renome mundial, inclusive Alexander Fleming que neste mesmo ano descobriu a penicilina, uma grande descoberta da medicina me disse Carlisle e ele veio da Escócia para Boston para fazer palestras. Conheci o chefe de meu marido, um homem muito fino e simpático, Carlisle gostava bastante dele. A noite foi bastante agradável, conheci varias pessoas... Nunca pensei que conseguiria me controlar ao ponto de apertar mãos e sorrir sem querer beber sangue, eu estava me controlando muito bem. Dançamos, rimos e o hospital arrecadou dinheiro suficiente para fazer as reformas necessárias e comprar equipamentos novos e o doutor Fleming se ofereceu para dar palestras para todos os médicos que lá trabalhavam.

— Sabia que é a dama mais bem vestida da festa? – Carlisle sussurrou em meu ouvido enquanto dançávamos.

— Diz isso porque sou sua esposa. – Ele riu.

— Não querida, todos que me cumprimentaram hoje me disseram isso. – Eu o olhei envergonhada e sorri, ele riu de novo. – Venha, vamos para casa.

— Foi uma honra conhecer a senhora, Carlisle é um homem de sorte. – Disse-me seu chefe. Sorrimos para ele e fomos para casa havia sido um longo dia. No caminho para casa fomos quietos, pensativos, eu sabia exatamente o que ele pensava, o mesmo que eu. Apesar da festa, da descontração, das risadas, ainda sim pensávamos nele e aonde ele poderia estar nesse imenso mundo, era ainda pior chegar em casa e ver a luz de seu quarto apagada ou de não sermos recebidos por seu sorriso torto, ao pé da porta. Ele ira voltar Esme, minha consciência me dizia, questão de tempo.

— Gostou de ter ido? – Perguntou-me quando chegamos em casa.

— Claro, foi adorável, me diverti muito. – Respondi sorrindo.

— Se controlou muito bem na festa, tenho certeza de que já não é mais uma recém criada. – Não pude esconder minha satisfação.

— Isso é musica para meus ouvidos, é bom saber que deixei de ser aquela louca. – Ele riu.

— Muitas pessoas não conseguem esse controle depois de cinco anos, demora bem mais que isso, sinta-se honrada. – Fomos para o quarto para tirarmos nossas roupas de festa e fui pega de surpresa quando Carlisle começou a me beijar ferozmente. – Se não me engano prometi que na madrugada terminaríamos o que começamos a tarde. E assim foi nossa noite cheia de amor, depois de um longo dia.


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Notas finais do capítulo

1 - Dakota do Norte - Minot, foi o local onde eles moravam e a Esme viu o carro de Charles.
2 - Esme e Carlisle é o meu casal favorito e por isso eu sinto uma raiva gigante de Charles, era para ele ter sofrido mais, mas Edward tem um coração grande em minha história.
3 - Alexander Fleming é real, ele descobriu a penicilina após uma viagem de férias, ele esqueceu edeixou seus potinhos de pesquisa aberto e uma bactéria tomou conta.
4 - Esse vestido eu xonei nele e vi a Esme nele.



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