O começo dos Cullen escrita por rosanaflor


Capítulo 15
Capitulo 15 - Destinos traçados.


Notas iniciais do capítulo

"Eu queria que ela vivesse, tivesse uma segunda chance, um pensamento me invadiu e eu queria manda-lo para longe, juro que tentei mas uma parte de mim queria transforma-la."



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POV Carlisle.

       De acordo com o Edward, caçar fica mais fácil depois de um tempo, ele quase não se suja mais, suas roupas saem ilesas, não posso dizer o mesmo do cabelo que geralmente está cheio de folhas por causa das lutas dele contra leões da montanha, sim leões, meu filho descobriu com o tempo que os carnívoros tem gosto melhor, ele estava testando suas preferências, eu prefiro os herbívoros.

     Ficamos até umas oito da noite caçando, então decidimos voltar, não estávamos com pressa fomos caminhando e conversando, perguntei a ele o que ficou fazendo o dia todo.

— Logo depois que você saiu, eu fui tocar piano, depois que me cansei li o jornal e depois fui lá na árvore ler um livro.

— Leu o jornal? Não sabia que se interessava por noticias. – Ele riu da minha voz de surpresa.

— E não me interesso, mas uma noticia me chamou atenção, um homem chamado John Baird, disse que vai inventar uma tal de televisão, bom, ele e mais algumas pessoas.

— E o que seria isso? – Perguntei a ele com curiosidade.

— Em 1880 um francês chamado Maurice, percebeu que imagens sucessivas apresentadas numa certa velocidade dava impressão de movimento, então eles querem passar isso em uma televisão, para que possamos assistir em uma dessas filmes por exemplo.

— Isso é bem diferente do que inventavam. – Disse a ele. Realmente ninguém no meu tempo poderia imaginar uma máquina na qual você pode assistir a filmes em sua própria casa.

     Chegando em casa, meu filho foi até a mesinha de centro e pegou o caderno de partituras, pegou uma caneta tinteira que havia dentro da gaveta da cômoda na sala e começou a escrever notas nela. Fui para o escritório e comecei a ler um livro novo, daqui algumas horas seria meu turno no trabalho.

2 semanas depois.

 

Havia acabado de chegar em casa, na minha mão havia um certificado de melhor cirurgião do hospital. O Sr. Bradley me deu depois de três anos trabalhando.

— Quantos desse você já tem? – Edward me perguntou, assim que entrei, me sorrindo. – Olá.

— Oi Edward. – Sorri de volta pela recepção. – Muitos pra falar a verdade, mas o primeiro de Ashland. – Ele riu. – Estou de plantão hoje, só voltei para ver se estava bem e deixar isso.

— Estou bem, estava no meu quarto lendo, voltara tarde?

— Até as oito horas da noite estarei de volta, amanhã terei folga.

— Tudo bem então, bom trabalho. – Ele sorriu e foi lá para cima. Peguei minhas coisas novamente e fui para o hospital, terminar o turno.

       O dia estava bem calmo, nenhuma movimentação, já estava ficando entediado. Fui para minha sala e fiquei assinando papeladas, receitas, tudo que estava na minha mesa. Já passava das 18 horas, quando acabei meu serviço, fui para a recepção entregar os papéis, quando a Enfermeira Jones veio correndo ao meu encontro.

— Doutor, uma moça acaba de chegar no hospital, ela está muito ferida, quase não respira, pelo que parece ela pulou de um penhasco, alguns homens a encontraram. – Corri atrás dela, parecia algo grave, provavelmente ela teria ossos quebrados. Quando chegamos outros dois médicos estavam cuidando dela, perguntei se alguém a reconhecera, eles disseram que não, então me aproximei para ver o quão ruim era e não acreditei no que meus olhos viram ou não queria acreditar.

— Esme. – Sussurrei baixo, ninguém me ouvira. Eu fiquei sem reação, em poucos segundos corri meus olhos por seu corpo vendo os estragos e era muito ruim, provavelmente não sairia viva dessa. Suas duas pernas estavam quebradas, sua costela estava fraturada, seu braço direito também estava quebrado e a mão esquerda tinha três dedos fragmentados, senti cheiro de sangue, vinha de sua cabeça, que estava gravemente fraturada. Comecei a fazer massagem cardíaca, pois ela não estava respirando direito, ficamos um bom tempo tentando.

— Vamos desistir. – Não vi quem havia dito isso, mas era um dos doutores que estavam ali. – Não tem jeito, mesmo que viva, não poderá andar novamente e provavelmente terá problemas de memória, ela queria isso mesmo, vamos deixar acontecer. Levem ela para o necrotério. – Tirei minhas mãos dela e recompus minha feição, por que ela fez isso? Uma moça tão linda, de acordo com meus cálculos devia ter vinte e cinco anos, estava ainda mais encantadora do que era apenas com dezesseis. Tentei me segurar o máximo que consegui, mas o desejo foi muito maior, fui até o necrotério.

       Fui até seu corpo quase sem vida. Ela estava pálida, perdeu muito sangue, ainda respirava um pouco, suas sobrancelhas estavam levemente franzidas, não era de dor, provavelmente seu corpo estava imobilizado, a dama não sentia nada, devia estar assustada. Me lembrei de quando a vi pela primeira vez, tão engraçada, doce, romântica, era uma mistura de tudo o que é bom no mundo, eu me apaixonei por Esme. Lembro-me que me disse o significado do seus nome, diminutivo de “Esmeralda” que é uma pedra muito valiosa, de um vermelho vivo e Esme significa muito amor, representava ela. “Por que fez isso?” pensei novamente.

       Eu queria que ela vivesse, tivesse uma segunda chance, um pensamento me invadiu e eu queria manda-lo para longe, juro que tentei mas uma parte de mim queria transforma-la. Toquei sua face macia com as pontas dos dedos, eu tinha que faze-lo. Pensei em Edward, o que ele acharia, minha parte mais otimista acredita que vá me perdoar. Então o fiz. Não daria tempo de fazer a mesma coisa que fiz com o Edward, leva-la para minha casa, ela morreria no caminho, mas eu duvidava que ela tivesse forças para gritar e se mexer. Me inclinei sobre ela, tirei seu cabelo cuidadosamente do pescoço, eu tinha que parar rapidamente ela havia perdido muito sangue. “Me desculpe” sussurrei em seu ouvido, então a mordi.

       Seu sangue era tão doce quanto o de Edward, era maravilhoso, mas foi como tomar em conta gotas, fui o mais cuidadoso que pude, seu coração acelerou, ela tentou se mexer mas não conseguiu, tentou gritar mas nenhum som saiu. Então parei por um momento e a olhei. Esme manteve os olhos fechados, mas sua face era de dor, abria e fechava a boca várias vezes, olhei para porta, para me certificar que não havia ninguém ali e a mordi novamente. Quanto mais veneno no corpo, mais rápido e eficaz é. Novamente parei, e a transformação começou.

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

1 - Sobre a televisão é verdade. John Baird foi o inventor da televisão, ele e vários outros homens de outros países foram a construindo de pouquinho em pouquinho . A televisão foi inventada em 1926.
2 - Eu passei 2 semanas, por que não queria que Carlisle encontrasse a Esme no dia do aniversário de Edward.

Espero que estejam gostando, comentem por favor, isso me deixa muito feliz e fiquem à vontade para opinar. Abraços!!