Will I Love You? escrita por BTShiver


Capítulo 4
First Day Again.


Notas iniciais do capítulo

OIE!
Sei que deveria ter postado esse capítulo milênios atrás, mas estava em semana de provas quando tive inspiração e, como eu disse, a escola nova é mil vezes mais difícil.
Whatever, espero que gostem!
PS: RECADO IMPORTANTE! Gente, precisamos de nomes pro shipp da Eris e do Zabini urgentemente (Lika, obrigada por lembrar) Então, se tiver alguma ideia, deixa nos comentários que eu vou juntar todas e nas próximas notas faço uma votação, okay?
W.S.



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A cada garfada, sentia os olhares de todo o Salão Principal sobre mim. Até os professores encaravam, meio abestalhados, – quem ainda usa essa palavra? Eu. – tentando entender como Eris Malfoy, a Slytherin mais orgulhosa da Casa das Cobras e a que mais odiava a Gryffindor, foi parar na mesa dos leões. A menos de um metro do Zabini.

Tinha vontade de berrar a plenos pulmões que só havia feito aquilo pelo desafio, mas não me agradava a ideia de contar a todos que havia caído feito um chizácaro burro. E, mesmo que ninguém tenha dito, tinha certeza que haveria consequências se contasse a alguém da aposta. Afinal, os gêmeos Potter tinham armado aquilo, e nunca havia falhas em seus planos. Nunca mesmo.

Terminei de comer rapidamente – como sempre – e estava em pé, pronta para sair do Salão e aproveitar o resto do meu tempo livre quando senti uma mão em meu pulso. Era o Zabini. Desviei do toque rapidamente.

— O que foi? – sussurrei, já que a garota intrometida que estava sentada ao seu lado (vulgo quase no colo dele) claramente se esforçava ao máximo para ouvir o que estava acontecendo.

— Eu não terminei de comer, Eris. – disse o meu nome como se estivesse fazendo um favor a alguém. Claro que não estava. Era a porra do meu nome! Ele tinha de me chamar daquele jeito! – E não esqueça que você não tem a capacidade de se afastar de mim, querida. – me senti em A Seleção com aquele “querida” e fui obrigada a responder:

— Eu não sou sua querida. – claro que Christopher não era Maxon Schreave, mas não pude resistir. Infelizmente, eu entendi a mensagem subliminar e voltei a sentar ao lado do meu irmão, fingindo que a praga de olhos azuis ao seu lado não existia.

~*~

Tive de esperar mais DEZ malditos minutos até que a princesinha terminasse de mastigar a sua comida. E o prato dele continha menos coisas que o meu.

Finalmente, o Zabini levantou-se e virou para sair sem nem sequer olhar para o meu rosto. Chamei Tristan e, com ele, segui atrás do bastardo até o lado de fora do Salão. Estava absorta em pensamentos, porém fui arrancada daqueles doces devaneios sobre a morte lenta e dolorosa de Christopher quando meu irmão chamou-me, provavelmente pela bilionésima vez.

— Eris, está me ouvindo? – questionou. Encarei-o.

— O que foi? – bufou. Ouvi o Gryffindor a nossa frente rir. – Você tinha me prometido que me mostraria o lugar onde se esconde quando quer ficar sozinha, lembra? Alyssa disse que nem ela sabe onde é, mas você disse que me levaria lá quando eu entrasse em Hogwarts. Bem, estou aqui. Pode me levar lá? – e fez a carinha de cachorro que caiu da mudança. Suspirei.

No terceiro andar, havia uma escadinha do lado de fora de uma janela mais escondida que levava a um jardim esquecido pelos alunos e professores. Em alguma época fora utilizado, pois uma trilha desgastada de pedras coberta por arcos – agora subjugados por plantas que isolavam aquele lugar do resto do mundo - levava até uma pequena estufa de vidro. O material transparente continuava intacto, mas do lado de fora, inúmeras plantas cresceram e acabaram escondendo-o totalmente da visão de qualquer um que olhasse por qualquer outro ângulo. Era lindo olhar para todas aquelas folhas e caules, e a decoração interior também não deixava a desejar.

A estufa contava com um chão de pedras claras e limpas, uma mesa de metal com tampão de vidro, as pernas em forma de lindos arabescos e duas cadeiras almofadadas no mesmo estilo. Um sofá de dois lugares, branco como o resto dos móveis, ficava encostado à parede com uma mesinha de centro a sua frente, todos esculpidos no padrão da mesinha, e também havia uma cristaleira branca que orava com o resto do ambiente, onde eu guardava coisas que não queria deixar jogadas no dormitório e algumas caixas de chá. No ano passado, havia comprado um jogo de chá com bule de porcelana e duas xícaras com pires para deixar lá. Combinavam com o estilo do lugar, e chá era uma bebida simplesmente perfeita. Era meu lugar de repouso e isolamento, onde podia ficar em silêncio por horas no tempo livre e ninguém me achava. Eu ficava dentro. Os problemas, fora.

Já estava cursando o sexto ano. Mais dois anos e não voltaria mais para aquele lugar, que seria inteiramente de Tristan. Havia contado a ele sobre o meu “cantinho secreto” no ano passado, já tentando colocar na sua cabeça que aquele lugar era especial e não deveria – em hipótese alguma – ser revelado a qualquer outra pessoa além dele mesmo.

Zabini parou e ficou ao meu lado com uma sobrancelha levantada.

— Então Erika tem mesmo um canto exclusivo para os seus amassos? Pensei que você era santa, Malfoy. – minha vez de bufar.

— Primeiro: é E-R-I-S. Segundo, eu não tenho um canto para amassos. Terceiro, dá pra parar de falar merda na frente do meu irmãozinho? – disse, morta de raiva.

— Tudo bem, Eris. Eu não presto atenção no que ele diz. Já percebi que é perda de tempo. – Ty disse e eu abri o maior sorriso que meus lábios permitiam.

— Bom garoto! – Zabini fez uma careta, o que só me fez rir mais. Meu irmão era demais.

— Então você pode me levar lá hoje, Eris? – estava prestes a dizer que sim quando algo me ocorreu: levar Tristan até lá seria mostrar meu esconderijo a Zabini, e eu não queria que aquele lugar virasse um motel. Não mesmo. Sentindo-me um monstro, falei:

— Agora não posso, Ty. Tenho de passar no meu dormitório e pegar ajeitar umas coisas. Quando eu terminar, já estará na hora da aula. – ele murchou e eu tive vontade de contar a verdade, mas ainda não estava segura sobre as consequências. Tinha de falar com os gêmeos. – Tenho que ir agora. Qualquer coisa, me chama, okay? – ele assentiu e virei-me. Zabini andou ao meu lado, acompanhando facilmente os passos apressados que eu dava.

— Eu poderia perguntar o porquê da mentira, mas é meio óbvio. – ele comentou.

— É. – foi tudo que eu disse. Estava com Ty na cabeça. Tinha algo errado com ele. Geralmente, meu irmão teria irritado até o meu último fio de cabelo até que eu o levasse para lá. E ele estava relativamente mais quieto que o normal. Devia ser a adaptação ao novo ambiente, só isso.

Chegamos ao corujal e procurei por Hades, minha coruja. Ele estivera doente, por isso não consegui traze-lo comigo no trem, mas, para o meu alívio, ele estava lá, num poleiro mais alto, dormindo. Chamei-o.

A coruja mesclada de olhos amarelos voou até o meu braço ao som de seu nome. Acariciei suas penas e olhei para o Zabini, que me encarava, divertido.

— Eu deveria ter imaginado que a sua coruja teria o nome do deus do inferno. É bem a sua cara. – sorriso de lado. Revirei os olhos e peguei um pedaço de pergaminho e a pena da bolsa. Escrevi um bilhete rapidamente e entreguei para Hades.

— Entregue para os gêmeos, okay? – ele levantou voo e partiu. Guardei a pena e encaminhei-me para o dormitório, Zabini no meu encalço. Quando chegamos, fui direto para o sofá da salinha e esparramei-me lá. O bastardo fez o mesmo, tão perto que nossos braços se tocavam. Afastei-me um pouco, mas, por burrice minha, aquele era o menor sofá do local e o espaço era diminuto demais.

— Viu, Erika? Eu não sou tão ruim assim. Não brigamos até agora e eu nem reclamei quando me fez andar até o corujal. Ou quando seu irmão me insultou. – sorriso de lado. De novo, revirei os olhos. Estava claro que eu faria aquilo com enorme frequência enquanto estivéssemos presos por aquele desafio.

— Dá pra colocar na cabeça que eu me chamo Eris? E a gente ainda não brigou porque eu estou me controlando ao máximo pra não berrar com você. E é seu dever não reclamar das cousas que eu faço, geralmente mais sensatas ou importantes que os seus atos imaturos. E se você falar qualquer coisa sobre o meu irmão, eu juro que te castro e faço você engolir o que te foi cortado. Estamos entendidos? – ele estava abrindo a boca para responder, mas Jack e Carter entraram naquele momento, provavelmente impedindo uma briga.

— O que foi, Eris? Já está com saudades? – Jack perguntou enquanto sentava no braço do sofá. Carter fez o mesmo, do outro lado.

— Preciso tirar uma questão a limpo com vocês. Acontece alguma coisa se eu revelar pra alguém que estou andando com essa coisa – apontei para o Zabini. – graças a um desafio? – os gêmeos trocaram um olhar desapontado.

— É. A mesma coisa que acontece se vocês se separarem. – gemi e afundei nas almofadas.

— Vocês podem, pelo menos, contar pro Tristan? Não vou passar o mês inteiro mentindo pro meu irmão. E ele vai estranhar o fato de eu viver colada com o bastardo aqui. – trocaram um olhar.

— Nós não pensamos nisso, Eris. Desculpa, mas... – Carter começou.

— Se qualquer um descobrir, as consequências vão aparecer. – fechei os olhos e afundei mais ainda.

— Por culpa de vocês, eu vou ter que passar o mês inteiro mentindo pro meu irmão num período que ele precisa de mim. Muito obrigada. – levantei de súbito e dei um passo para frente, mas parei, lembrando-me do desafio. – Zabini, vem. – vendo como a situação estava tensa, ele, milagrosamente, obedeceu calado. Ajuntei a minha bolsa do chão e saí.


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários?
Eu sei que o começo da história está meio parado, mas preciso disso pro desenrolar dos fatos, okay?
PS: tentei colocar imagem, mas não ia a todo custo.



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