Magos Vs Bruxas interativa escrita por Adler


Capítulo 4
Na Capital


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO!!!! AMO VOCÊS MEUS DELÍCIAS!! ♥

Jornal atualizado com as novas fichas, amores. Qualquer hora confiram.

Sem querer ser chata, mas seria muito legal que todos vocês me dissessem o que estão achando da fic.



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Os enormes portões da Capital estavam pra serem abertos. Eram de madeira com detalhes em ouro e se destacavam na muralha de prata e rochas. Tudo aqui tem um ar místico e puro. Normalmente os magos vivem em vilas simplórias com poucos luxos, pois estas são mais fáceis de colocar sob um feitiço anti-humanos. Então uma cidade grande completamente encoberta desperta muita admiração entre os seres mágicos. A Capital fica sobre uma ilha no Pacífico e esta nunca constará num mapa humano, afinal até mesmo a ilha fica escondida do povo sem magia. Portanto, quando um mero mago de vila vê estes portões se abrindo, é a maior das honras.

Assim sentiam-se os Irmãos Nômades que chegavam com suas bagagens. Era só erguer sua carta de ouro e os soldados davam-lhe a passagem. Hiroshi mantinha-se quieto como sempre, ocupava-se admirando os incontáveis detalhes de cada construção. Mari olhava para as calçadas de esmeralda e reparava nas expressões sorridentes das pessoas que pareciam nunca terem conhecido a tristeza.

— Esse lugar parece ter saído de um conto de fadas. –disse a garota encantada com tudo ao seu redor.

— Parece mesmo. Al-Inrá foi feita para ser maravilhosa e ostentar magia. –falou o garoto que começou a buscar a sede do Conselho em seu mapa.

Seguiram conversando sobre a dificuldade de chegar à Capital e sobre o quanto tudo aquilo tinha valido o esforço. Não muito tempo depois, os irmãos chegaram numa rua onde havia um palácio estranho e levemente assustador, ou seja, não combinava em nada com o resto da cidade.

— Mas o que aquele prédio bizarro faz num lugar desses?! –estranhou a jovem.

— Bem... –ele conferiu novamente o mapa. –Aquele prédio bizarro é a sede do Conselho.

Eles se entreolharam confusos, porém acharam melhor não contestar nada por enquanto. Simplesmente entraram, apresentaram sua carta de ouro na recepção e foram conduzidos para uma sala de espera luxuosa. Ironicamente, em meio a todo aquele luxo, havia um sujeito largado num dos sofás causando certo estranhamento nos irmãos, afinal, além da inadequada postura, ele ainda jogava umas bolinhas de fogo pra cima que se dissipavam ao chegarem a certa altura. A voz dele ressoou em tom de descontração ao vê-los chegar:

— Pelo visto o Conselho resolveu perturbar todo mundo de uma vez, não é?

— Quem é você? –perguntou Mira achando aquela postura dele relaxada demais para um jogador.

— Engraçado uma maga me perguntar isso na Capital. –disse ele ajeitando uma das almofadas. –Tenho muitos nomes nos jornais... Última Sombra, Cavaleiro da Destruição, Imperador das Chamas... –posicionou a almofada retomando a posição relaxada de quem está prestes a dormir no sofá de casa. –Mas talvez você deva ter ouvido falarem mais de Ragnar Gorthus.

— Ragnar? –ergueu uma das sobrancelhas com certa dúvida. –O Dragonborn?

— Exatamente. –sorriu satisfeito. –O que contam de mim na sua terra?

— Contam que você quase destruiu uma vila no Japão enquanto lutava contra um monstro marinho. Sua reputação ainda está meio manchada naquela região.

— Ah! Isso foi há uns dois anos. E eu ajudei a consertarem tudo. –falou como se não passasse de um mero exagero deles.

Uma garota que acabava de adentrar quase riu daquilo tudo.

— Deixa isso de lado. Esse cara não tem mais jeito. –disse em tom de brincadeira fazendo ambos rir.

Hiroshi estava lendo uma revista até então, mas estranhou a recém-chegada estar com um chicote enorme enrolado em sua cinta. Logo a jovem percebeu o olhar confuso.

— Uma domadora deve estar sempre pronta, entende?

— Relaxe, Zarina! –falou Rag. –Não precisa ter tanta cautela na Capital. Aqui podemos andar sem armas na rua.

— Verdade. Aqui está cheio de soldados patrulhando em cada esquina. –completou Mari.

— Eu prefiro me prevenir. Nenhum lugar é completamente seguro.

— A criminalidade aqui é praticamente nula. –acrescentou Hiroshi. –Não notificam um caso aqui há três meses. E nunca houve casos de invasão.

— Gente, eu sei que minha atitude é incomum, mas não sei por que o Conselho nos convocou aqui. Prefiro não contar com a sorte.

Realmente a atitude dos conselheiros era suspeita e duvidosa. Entretanto, não deram prosseguimento a este assunto. Poucos minutos depois, já estavam todos confortáveis em poltronas compartilhando histórias incríveis de missões que fizeram ou de monstros que derrotaram. Os magos estavam tão entretidos que mal perceberam a chegada de uma moça loira a qual se mantinha quieta encantada com as histórias. Naquele momento, Ragnar contava sobre como conseguiu uma de suas cartas:

— (...) Eu já estava há dias escalando o Himalaia atrás daquela pista que poderia muito bem ser falsa. Mas eu tinha certeza que tinha algo de grande valor naquela montanha gélida, dava pra sentir. Lá pelo meio da subida, um trol das neves me atacou. Ele era maior que a maioria e mais forte também, só que isso não significou nada pra mim. Fui com tudo contra ele e saí com apenas um pequeno arranhão. No topo, encontrei outros seis daquele bicho que me deram bastante trabalho. Ao derrota-los, uma luz prateada brilhou forte na minha frente e fez com que os trols voltassem ao seu tamanho normal. Logo ela veio até as minhas mãos e revelou-se como uma das minhas melhores cartas.

A loira deixou escapar um suspiro de espanto ao ouvir aquele relato chamando, acidentalmente, a atenção para si.

— Desculpem-me por atrapalhar a conversa de vocês. –disse ficando meio vermelha por conta da timidez.

— Não se preocupe com isso. –disse Mari sorrindo. –Sente-se conosco.

Mesmo estando meio sem graça, ela aproximou-se deles. Suas bochechas ficaram ainda mais ruborizadas quando percebeu Zarina encarando-a com os olhos semicerrados.

— Você é da Coreia do Sul, não é?

A loira fez que sim com a cabeça e a Domadora sorriu desfazendo aquele certo ar de tensão.

— Eu achava que nunca veria a Scarlaty pessoalmente. Sabia que suas histórias estão ficando cada vez mais conhecidas no mundo?

Não que fosse desagradável a presença dos demais, porém Thamara ainda sentia sua timidez travar-lhe. Por sorte, naquele exato momento a porta rangeu ao ser aberta. Um rapaz com postura infantil e animadíssima adentrava a sala.

— Bom dia! –falou sorridente acenando para todos. –Meu nome é Marcos Levi.

A recepcionista entrava atrás dele, porém ela era um tanto quanto rabugenta.

— O Conselho vos chama. –disse ela cortando o clima agradável do local. –Sigam-me.

Ela os levou até uma sala de escritório onde apenas um dos conselheiros se encontrava. Infelizmente era o pior deles.

— Só estes que chegaram de viagem?! –reclamou o velho raivoso à recepcionista. –Que tipo de juventude descompromissada é esta?! São estes irresponsáveis que chamamos de jogadores?!

— Acalme-se, senhor Nill. –disse a funcionária. –A maioria dos jogadores ainda se encontra em missões do outro lado do mundo. Mesmo sendo uma convocação do Conselho, não houve possibilidade para eles abandonarem seus compromissos.

O velho não desfez seu semblante irritado e, por conta de seu mau-humor, deu o recado da forma mais seca possível para os magos à sua frente.

— Não vou revelar o porquê disto sem a presença de todas as doze cartas de ouro em minha sala, mas o Conselho ordena que todos vocês morem na Capital de agora em diante. Espero que já tenham adquirido suas estalagens, pois será aqui que vocês passarão os próximos meses.

Ao dizer isso os expulsou de lá.

— O que tem de errado com ele? –Perguntou Mira.

— Aquele sujeito sempre foi assim. –disse Ragnar. –Por sorte ele está mais alegrinho hoje.

Os jogadores seguiram juntos até um lindo restaurante e depois cada um foi para a sua estalagem, mas a dúvida dos objetivos do Conselho ainda pairava no ar.


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Notas finais do capítulo

Galera que mandou ficha de mago, diga-me: "você suspeita ou ignora?"



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