Cupido Não escrita por Dramática


Capítulo 7
7 - Falsa face


Notas iniciais do capítulo

Boa noite queridos, maravilhosos! ♥

Depois de tanto tempo eu vim enviar mais um capítulo de Cupido Não, mostrando mais um pouco sobre o Aidan.

E até agora eu não acredito que eu recebi uma recomendação divina por parte da Reeanns, realmente é um presente que sempre vou lembrar com muito carinho. Até porque é a minha primeira que recebi nessa história. Agradeço demais pelas palavras, que muito me motivaram. Estava doida para postar e poder dizer o quanto fico feliz em um novo capítulo, de coração. ♥

Muito obrigada a Jowlly, Reeanns,umaescritorasemnome e Anky por comentarem desde a outra postagem. Muito me motiva, significa mesmo para mim. Agradecendo também, não podendo esquecer, ao Bosteta, Umaescritorasemnome, Reeanns, Kali, Jowlly e Mayra Collins favoritar e Reeanns, Kyle e Umaescritorasemnome por acompanharem, fico losenjeada por saber que mais pessoas deram chance e estão acompanhando a fic.

Espero que gostem, pois faço para vocês;



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Capítulo Sete

Falsa Face

“Durante a nossa vida:

Conhecemos pessoas que vêm e que ficam,

Outras que vêm e passam.

Existem aquelas que,

Vêm, ficam e depois de algum tempo se vão.

Mas existem aquelas que vêm e se vão com uma enorme vontade de ficar...”

(Charles Chaplin)

 

Olhos prendiam-se ao meu, de um azulado cinzento, que sumia por conta da pupila que se dilatava, corpos encostados, sua mão pousada em minha cintura e rosto, sorrindo de uma maneira levada. Piscava para ver se era miragem, porém ele ainda não saia de cima de mim, deixando-me aterrorizada por perceber o que poderia ocorrer se nada fizesse. Dei um grito tão alto que a garganta doeu, todavia foi o bastante para se afastar.

 — Aidan, fique sabendo que agora você passou dos limites! — disse após me recompor, respirando fundo próximo de me pronunciar.

Riu, pouco se importando com o meu aviso, aproximando-se de maneira lenta para apenas beijar minha mão com uma delicadeza surpreendente, digno de um Don Juan. Ao contrário de mim ele parecia relaxado, como se visitasse essa casa desde criança.

— Por acaso ainda é virgem? — questionou de forma preocupada e calma, fazendo-me crer, mesmo que por um segundo, que esse fato era relevante. — Se quiser eu peço permissão para a sua mãe antes. — claro, deveria prever, na verdade já tinha até passado da hora para ele começar com as suas piadinhas.

Rolei os olhos, comovendo-me em nada com a sua fala e jeito sexy, esquecendo-me também do gesto de antes. Fitei-o de maneira séria, ignorando a sua tentativa de sedução.

— Quer saber? Eu não sou é pura faz tempo. — confessei, sem nem um pingo de humor nas palavras ditas.

— É, não existem mesmo certinhas como antigamente. — debochou, mexendo o rosto de um lado para o outro de forma negativa.

— E você é o exemplo de que não tem homens respeitosos pelo mundo. — revidei, querendo novamente demonstrar o quanto estava sendo evasivo em suas ações.

Levantou-se do sofá, do qual tinha ficado desde que me empurrou para ele quando chegamos, praticamente jogando-se em cima de mim, interpretando muito mal o meu convite. Vi-o apertar o botão da televisão, deixando no canal em que passava um filme que não conhecia.

— Admito, realmente eu não sei mais como tratar as mulheres. Eu apenas quero esquecer que Emma faz isso comigo, contudo em contrapartida estou me comportando como ela. — sussurrou, fechando os olhos e virando-se de lado, como se não quisesse ter dito isso para mim.

Ergui a mão, apoiando-a em seu ombro e apertando, mostrando em gesto que em nada tinha com que se envergonhar, não precisando nada ser proferido para me entender.

— Não sou bom em me confessar para as pessoas. — comentou, ainda sem poder ver seus belos olhos ou rosto.

— Ela te traia? — questionei, tentando usar dos meus meses como conselheira para continuar essa conversa.

— Preciso de curativo. — trocou de assunto, mas foi o suficiente para me recordar que tinha brigado com o meu melhor amigo.

— Perdão, esqueci-me disso. — fui sincera, parando entre a sala e a cozinha para contemplá-lo.

Assisti ao Aidan que se fazia de valentão, lutava com qualquer pessoa que o estressava, que se esforçava para ganhar o torneio de natação, que ficava com várias mulheres, porém que a maioria temia e não queria chegar perto, todavia eu pude viver para presenciar outro alguém, do qual mostrava o sofrimento que era amar outra pessoa. Parecia mais humano, tão igual a mim.

— Foi minha a culpa. — rebateu quando já estava pegando o kit de primeiros socorros.

— Você apenas é incompreendido, no entanto, ainda assim, espero que não me beije mais quando bem desejar. — pedi.

— Desculpa, mas qual graça teria? — respondeu, sorrindo de lado em minha direção, para depois se aproximar e justamente fazer o contrário do que tinha mandado, só que logo o quebrei, tornando-se um selinho.

O que eu fiz? Tive de dar um tapa em sua cara, daqueles bem fortes e doloridos, ao ponto de poder mudar suas atitudes. Era o que eu ansiava, mas, infelizmente, querer não é poder.

— Por acaso tudo o que disse era brincadeira? Ou resolveu perder a memória de uma hora para a outra? — levantando os braços e colocando o esparadrapo em seu machucado de maneira desajeitada, ouvindo-o gemer pela dor.

— O que acha? — gargalhou antes de questionar.

Fitei-o de uma forma que o agoniasse, fazendo-o esperar para escutar a minha voz, praticamente suplicando para que eu dissesse algo que o fizesse acreditar que ainda estava irada com ele por ter me beijado e enganado. Só que não ia cair no seu jogo!

— Que você só tem a casca de bad boy. — provoquei.

Sua expressão presunçosa foi desmanchada instantaneamente após terminar a frase, deixando-me de certa forma satisfeita pelo que causei nele.

— Está enganada Alis, e, peço, que não baixe totalmente a guarda, pois se o fizer não me responsabilizarei pelas consequências. — declarou, saindo pela porta de uma maneira tão rápida que me surpreendeu.

Por acaso não era ele que estava há pouco tempo machucado?

Meu celular vibrou mais algumas vezes, tendo de olhar ao não ter mais para onde correr.

“Está convidada para ir à festa, será no próximo sábado, as 19h.” — Quinn.

Como eu tinha o número dela pouco importava quando eu tinha me pedido para ir a comemoração, principalmente quando sabia que tinha brigado com o James. E, pior, não ia fazer meu melhor amigo uma festa surpresa?

“Pode vir a praça? Estarei te esperando.” — James.

Essa mensagem foi enviada há quinze minutos, dando um sinal de que deveria fazer a coisa certa. Não poderia simplesmente pensar apenas em mim, no amor que sinto por ele, e comportar-me como a vilã da história.

Nem troquei de roupa e fui correndo em direção ao local que se encontrava, vendo-o com uma roupa branca, calça jeans, o cabelo cacheado e castanho bagunçando com o vento, fazendo a questão de me lembrar do quão belo era. Sentava-se no banco perto do escorregador, onde sempre íamos desde a infância. Mais conhecido como o nosso canto.

— Por que demorou tanto? — começou, o tom elevado.

— Eu, é, estava com o Aidan. — confesso, estava sem graça por ter de responder.

— Ally, percebi que estava sendo muito imaturo por parar de falar contigo por causa de uma pessoa que eu odeio, principalmente precisando de ti em um momento tão importante pelo qual logo passarei. Mas isso não anula que você me enganou. — disse, parecendo até mais calmo, como se sua reação anterior fosse uma simulação.

— Não poderia contar a ninguém sobre minha identidade, isso inclui você, já que estava bravo comigo, além de que poderia dificultar para a pessoa contar o que a aflige no sentido amoroso, já que estudo no mesmo colégio. — expliquei de maneira afobada, tentando fazê-lo entender meus motivos.

Mesmo que eu na realidade queria dizer que: “tinha vergonha de sua reação se descobrisse”.

— Então esquece o que eu falei. Que tal tomarmos um sorvete? — fez o convite de forma envergonhada, sorrindo pela primeira vez para mim desde que soube sobre mim e o seu inimigo.

Pedi um de morango e corri para o local que estávamos antes, saboreando de maneira lenta como forma de retardar o momento. Sim, eu tinha mesmo de contar, porém não era nada fácil.  

— Está bem? — sussurrou tão perto que me arrepiei.

— Claro. — menti.

— Eu te conheço, e não é de hoje! Sei muito bem quando tem algo a esconder, mas dessa vez quero acreditar que vai me dizer.

Respirei bem fundo, mordendo mais de um pedaço da casquinha para ganhar um tempo.

— A Quinn me convidou para a festa dela. Por acaso sabia disso? — iniciei.

— Sério? E agora, o que eu faço com todos os meus preparativos? — notei-o tão desesparado que fiquei triste por ele.

— Sinto muito. — não conseguia comentar nada além disso.

Neste instante ouvi seu riso, de uma forma que me fez bater nele com fraqueza. Se ele sabia quem eu era, também o entendia, ainda mais por amá-lo há anos. 

— Pode ir me contando. — pedi.

— Bem, depois que descobri que era você que ia me ajudar falei com ela por telefone, finalizando por falar sobre isso, mas ainda farei a homenagem. No fim acabou por me convencer que estava sendo um idiota contigo. — disse, sorrindo.

— Ainda bem, pensei que ia ter de consolar de novo. — brinquei, recebendo como reação uma expressão chateada, que sabia que era fingimento.

Ficamos até bem tarde na praça, falando sobre coisas triviais, observando o céu estrelado e apostando quem encontrava as três marias ou outra primeiro, como se nunca tivessemos nos afastado. Só que eu não tinha percebido nesse momento que alguém nos observava, via nossos gestos, contava os risos dados por nós, e, isso, no começo, não era para ser tão assustador.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do que o Aidan disse e de seus gestos? Será verdade? E da reconciliação da Alexia e do James? Quero muito saber a opinião dos meus leitores sobre o rumo que está tomando essa fic.

A imagem não é minha, desculpem-me também se tiver algum erro, podendo me avisar se encontrarem, até porque não sou muito boa em detectar essas coisas.

Aceito criticas construtivas, sendo que todo o comentário será muito bem vindo por mim. Quem quiser recomendar, que nem a diva da Reeanss fez, fará dessa autora alguém muito feliz, sendo que isto inclui favoritar, acompanhar, ler, comentar (seja por MP também). Na realidade gosto muito de interagir com meus leitores, por isso podem também me mandar mensagem privada.

Beijos, até a próxima.