Assim que cheguei a casa, Hanna já notou logo que eu estava feliz e disse:

— Hm, me deixe adivinhar, o motivo dessa sua felicidade tem a ver com os seus misteriosos passeios que você tem feito nesses últimos dias?

— É, tem. Respondi sorrindo.

— Hm... Vai dizer o que é, ou vou ter que adivinhar? Disse ela sorrindo.

— Ah — eu me lembrei de que Ezra disse que eu não poderia contar para ninguém sobre o que aconteceu, ou ele perderia o emprego, mas ela é minha amiga e sei que não contaria para ninguém — Que isso fique aqui, entre nós.

— Ok. Disse ela.

— Sabe o professor de literatura?

— Sr. Fitz? Perguntou ela com um sorriso surpreso.

— Ele mesmo.

— Ah não vai me dizer que...

— Eu fiquei com ele — comecei a gritar e pular com ela, como duas loucas.

— Eu não acredito! Uau... Como você conseguiu, garota? Perguntou ela.

Então eu contei tudo o que eu fiz, tive que contar que não foi como eu planejei no começo, mas antes que eu esperasse, o jogo virou.

— Arrasou, mas por que ele pediu segredo? Perguntou Hanna.

— Porque professores não podem ter casos com alunos, acho isso ridículo, mas...

— Ele beija bem? Perguntou ela empolgada.

— Beija, mas pode tirando o olho, ele é meu e você pode ter o garoto que quiser aqui.

— Acontece que eu estou interessada em outro caso complicado, mas o Fitz não é nada mal, viu... Disse ela zoando.

— Nem vem. Falei jogando uma almofada nela.

— Então, vai ter uma festinha hoje, vamos? Disse ela.

— Quando é que não tem festinhas? Perguntei.

— Então, vai ou não? Perguntou.

— Vou não, eu estou cansada e amanhã eu preciso acordar cedo.

— Aula de literatura... Disse ela rindo.

— Eu preciso está inteira e maravilhosa. Respondi lhe dando uma piscadela.

Eu fui até o meu quarto, fechei a porta e fechei meus olhos com a mão na boca me lembrando do beijo. Eu sorri e me joguei de costas para a cama.

— Eu acho e espero que não fique apenas nisso. Falei para mim mesma mordendo o lábio inferior.