Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 5
Decepções e Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, tudo bem? Novo capitulo pra vocês.



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P.O.V João Santos

Me arrumo pra escola, pensando no sonho em que tive na última noite. Creio que a maioria das pessoas ficariam assustadas, mas eu não estou sentindo nenhum medo, o que é bem estranho de fato. No caminho da escola, acabo não ficando muito atento, até que esbarro em um cara de cabelos vermelhos.

— Ow cara, vê se presta mais atenção. - Diz o garoto, me ajudando a levantar. - Sabia que não se anda olhando pras nuvens, quando está andando na rua?

— Desculpa Castiel. - Digo esfregando a mão na cabeça.

— Como você sabe meu nome?

— Eu tô na mesma na sala que você, se esqueceu?

— Na verdade, nem prestei atenção em ninguém, desde que cheguei naquela maldita sala. - Diz ele, acendendo o cigarro.

— Hum, sei... Bem, vou entrando, ah, e toma cuidado para não te flagrarem com o cigarro.

— Hunf, tô pouco me importando se vão ou não.

Me afasto e entro na escola, ficando sentado em um banco no pátio logo a frente das salas, tentando meditar sobre o meu sonho. Depois daquilo, até parece que algo mudou em mim, me sinto mais forte fisicamente, parece que minha inteligência e perspicácia aumentaram. Tudo isso é muito estranho, muito estranho mesmo...

P.O.V Mônica Souza

Ainda estou muito estressada com o ocorrido, até parece que o DC não gosta mais de mim, e prefere ficar com o Toni do que comigo, que sou a namorada dele. Certo que não é bom ficar de grude o tempo inteiro, mas ser tão ignorada assim, é realmente um pé no saco. Desabafo isso, enquanto venho conversando com a Magali.

— Nossa amiga, sinto muito, mas olha pelo lado bom.

— Que lado bom?

— Bem, er... É, parece que não tem mesmo. Desculpa, Mô.

— Ah, tudo bem, deixa para lá. Mas para ser sincera, estou pensando em me separar do DC.

— Peraí, sério? Mônica, pensa bem, não se precipite, talvez uma conversa arrume tudo.

— Não Maga, sinceramente não irá dar. O DC e eu vinhamos brigando muito ultimamente, sabe, e eu não tô afim de ser deixada para escanteio, não mesmo.

— Mô...

— As vezes me sinto melhor se eu ficasse esperando pelo Cebola, pelo menos, ele era carinhoso. - Diz Mônica cabisbaixa.

Estávamos andando pela escola, até que vejo João, sentado, pensativo. Resolvo ir falar com ele, enquanto a Maga foi falar com o Cascão.

— Ei, acorda.

João toma um susto e quase cai, e eu prendo para não dar risada.

— Ah, o-oi Mônica.

— Desculpa, não queria te assustar. Tudo bem com você?

— Mais ou menos, não dormi muito bem essa noite, sabe...

— Deve ser de tanto ficar na internet. - Digo fazendo uma careta. - Bem, vamos entrar? A aula já está começando.

— Tá bem.

João pega sua mochila, mas ainda sinto que meu novo amigo estava muito esquisito, não parecia apenas uma noite de sono ruim.

P.O.V Cebola Menezes

Ver a Mônica andando com aquele João, me faz sentir um certo ciúmes de fato, mas nada colossal, até porque, sabia que a Mônica vinha andando em maus lençóis com o DC, e, caso eu esteja ainda solteiro depois que se separarem, tentarei de novo reconquista-la, mas enquanto isso não ocorre, vou conhecendo cada vez mais a Jéssica, que realmente parece ser uma garota muito legal.

— Ontem foram quantos headshots? Um, dois, três... Cinco!

Olho para trás e vejo a Jéssica mostrando o sinal de cinco com a mão direita. Realmente, ô garota que gosta de vencer.

— Hunf, só ganhou por que eu deixei. - Digo virando a cara com um sorriso sarcástico. - E também usando hack, até eu.

— Vai nessa, eu nem levei muito a sério ontem, Cebola.

— Mas escuta, deixa eu te perguntar, ontem você me deixou no vácuo perguntando se você tinha namorado onde morava.

— Sim, eu tinha, mas...

— Mas? - Eu falo curioso. - O que foi?

— Ele me traiu na frente dos amigos dele e dos meus. - Jessica fala, abaixando a cabeça. - Aí, desde daquele dia, sempre evitei ter namoros...

— Nossa, que otário. - Cebola fala indignado. - Você deve ter sofrido bastante...

— É, sofri mesmo... Mas e você? Não tem namorada?

— Olha, é melhor você sentar, pois a história e bem longa...

P.O.V Laura Styles

Venho com minha mais nova amiga Maria Fernanda, acompanhada de um garoto topetudo, usando uma camisa preta e calça da mesma cor. Como é mesmo o nome dele? Ah sim, Do Contra. Eu venho calada, enquanto os dois vêm conversando e rindo, e cá pra nós, o garoto estranho.

— Então você curte Nirvana? Que raro, a maioria dos rockeiros antigos que conheço curte Guns.

— Eu sou bem diferente da maioria das pessoas. - Diz Do Contra dando de ombros. - O pessoal devia olhar mais o outro lado da moeda, ter uma visão diferente do comum, acho que sou uma das poucas pessoas que é assim.

— Ou seria você que gosta de dar um de diferentão, só pra se aparecer? - Diz Maria.

— Hunf - Do Contra diz revirando os olhos. Andamos até que um cara loiro, um pouco bombado e bem bonito por sinal, caminha em nossa direção. Olhando bem, lembrei desse cara. É o mesmo que tinha batido comigo ontem.

— E ae Toni, beleza?

— Beleza, tudo tranquilo, muito calmo por sinal. - Toni olha pra mim e logo me lança um aceno e diz um singelo "oi". Será que esse menino não se lembrava de mim? Fomos caminhando até a sala, e me sento bem na frente, junto com a Maria Eduarda, e com aquele DC indo até a Mônica, que se não me engano, parece ser a namorada dele.

P.O.V Do Contra Fagundes

Vou até a Mônica, que conversava com a Denise e aquele garoto novo, mas ela parece não curtir muito minha aproximação. Tento dar um beijo nela, mas ela desvia.

— Mônica, o que foi?

— DC, eu... Nos falamos mais tarde, não aqui, não agora.

— É por causa da briga de ontem? Mônica, por favor...

— Eu vou no banheiro. - Ela diz na maior frieza, saindo, sem sequer olhar na minha cara.

— Espera, Mônica...

— Amiga, que babado, vou até postar no facebook que o relacionamento do ano tá indo pro talo. - Diz Denise debochando, mexendo no celular.

— Cala a boca, Denise .- Digo e saio resmungando. Realmente a Denise é muito besta.

P.O.V Castiel Salvatore

Jogo meu cigarro fora, quando percebo a loirinha misteriosa se aproximando da escola. Pego a mochila que estava no chão e corro pra onde ela está. Agarro o braço dela, e ela vira me dando um soco, que por pouco não desvio.

— Eita, que maneira perigosa de me cumprimentar, hein? - Digo de maneira debochada.

— Você de novo, o que quer, hein? - Diz ela, tirando o braço que eu estava segurando.

— Gostaria de saber o porquê de você ter agido daquela maneira ontem. - Digo em um tom mais sério.

— E-eu não sei do que está falando. - Ela diz tentando disfarçar.

— Você sabe sim, quando eu andava no bairro, te vi entrando num carro muito preocupada.

— Isso não é da sua conta!!! - Ela diz brava, soltando algumas lágrimas. Eu sempre fui muito insistente e curioso, porque são poucas vezes que eu me interesso por algo que não me diz respeito. Vi que, aquele não era o momento de importuna-la. Logo, dou as costas para ela e digo:

— Caso queira desabafar, venha até mim. - Depois, ando ao caminho contrário da entrada da escola.

— Ei, você vai cabular aula logo nos primeiros dias?

— Você não me conhece mesmo garota...

Falo de um jeito bem anti-heroico e saio da escola, mas estranhei a maneira que eu mesmo agi. Sério mesmo? Nunca fui alguém muito bom com boa parte das pessoas, e logo com uma garota que mal conheço, ofereço um "ombro amigo"? Bem, o jeito por agora é relaxar, escutando umas músicas na frente da escola. Eu espero não estar me apaixonando, não mesmo, odeio me apegar as pessoas para me decepcionar depois.

P.O.V Cascão Araújo

Coloco uma faixa anunciando uma convocação para um segundo guitarrista, logo, entro no local onde a banda ensaia e percebo que uma garota linda de cabelos longos estava sentada, me esperando. Essa menina, era uma pessoa nova, definitivamente era um novo amor.

— Magali, o que você faz aqui?

— Tava te esperando, gato.

Logo Magali me puxa pelo colarinho e me beija surpreendentemente, não esperava isso vindo logo da Magali, que é uma garota tão meiga e angelical. Realmente, debaixo daquela pureza que ela emana diariamente, ela esconde um fogo incrível, difícil de apagar. Nunca com a Cascuda tive um beijo tão quente, tão gostoso, tão pegado, tão excitado.

— Mas o que tá acontecendo aqui??!

Logo nós dois se separamos imediatamente e vemos Xaveco segurando duas baquetas de bateria. Deu vontade de matar o Xaveco naquela hora, poxa cara, tinha que desfazer um momento único desse?

— X-Xaveco, o que você tá fazendo aqui? - Digo tremendo de susto misturando com raiva.

— Eu trabalho como ajudante aqui, você se esqueceu?

— Ainda assim, bate na porta antes de entrar. - Diz Magali, um pouco nervosa.

— Podem ficar tranquilos, eu não falo pra ninguém.

Ao mesmo tempo que ele fala isso, sinto uma tristeza vindo do meu amigo. Deve ser porque talvez ele nunca teve alguém que gostasse dele, e eu tinha desconfianças da garota que ele amava. É difícil ter um amor não correspondido.


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Notas finais do capítulo

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