Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 35
I'm Selene!


Notas iniciais do capítulo

Oie meus linduxos ♥ aqui estou eu, com mais um capítulo fresquinho
O capitulo inteiro é da Selene, então não sei se vão gostar, mas enfim, espero que sim heueheue Pois essa vampira está prestes a ir embora ^^


Boa leitura!!!!
— Monike



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P.O.V Selene Schlüter

Aquele dia aparece na minha mente o tempo todo, é como se eu tivesse voltando no tempo, mas eu sei que não estou. Aquele dia foi o dia em que eu perdi alguém que eu amo, eu sei que ele não me amava, mas doí, se ao menos tivesse sido nublado para eu botar culpa no dia.

Eu o vi querer morrer, os olhos implorando, se ele sabia que eu estava lá? É obvio que não, ele raramente me percebia, eu estava lá vendo ele ser feliz com aquela vadia, tá ela não é vadia, mas me dá ódio, eu estou atrás daquele homem desde que eu o transformei, daí chega uma garota fraca se jogando para cima dele, falando que vai salvá-lo e ele vai lá e acredita. Acho que não nasci para ter coisas boas na minha vida, tanto na vida vampírica quanto na mundana. Me tiraram meu filho, mataram meu primeiro amor e agora meu outro amor.

Dimitry dizia que queria morrer e não conseguia, mas na verdade ele tinha medo de quando morrer de certos modos, ir para um lugar onde não visse sua querida, Mary. Eu sei que ele não tentou tudo, pois se ele arrancasse seu coração ou cabeça morreria, mas aí ele iria para o purgatório, a mesma coisa se ele se expôs-se no sol sem um anel - meu caso colar - que não permite virar pó a luz do dia, ou ainda à estaca de madeira de carvalho pura rodeada de verbena. Mesmo que a última não seja uma garantia de morte, afinal muitos vampiros poderosos não morrem por causa da estaca.

Esses modos de morte você sempre acaba indo para o purgatório para vampiros, onde você paga por todas as coisas ruins que você já fez e aqueles que não fizeram também. O único jeito de sair de lá é se alguém lhe tirar daquele lugar, mas isso é quase que impossível de acontecer, já que vampiros não são muito conhecidos por terem amigos, e ninguém sabe ao certo onde fica o purgatório.

Acho que o único modo para um vampiro depois que morrer ir para um lugar bom é morrendo pela adaga Dagger Of Life And Death. Que é praticamente guardada pela Dona Morte, o problema é que ela não mata todos os vampiros que pedem, não sei muito bem como funciona a escolha de qual vampiro vai para um bom lugar, então só sei que o Dimitry está lá com a Mary.

Confesso sentir inveja dela, afinal aquele vampiro mesmo depois que ela morreu, nunca deixou de amá-la. Isso prova que o amor verdadeiro é poderoso e duradouro, não que uma vampira egoísta como eu sei bem como é amar verdadeiramente, mas enfim, as vezes você ama, mesmo que não seja para sempre. E mesmo eu tento vários anos de idade, há pessoas que você nunca esquece, como meu filho que eu apenas vi uma vez, meus pais que eu matei, o meu primeiro amor morto pelo meu pai, e agora, Dimitry, a pessoa que me deu divertimento nessa vida eterna.

~~~~~*~~~~~

Ainda me sinto enojada por ter me alimentado daquele gordo escroto com o sangue que mais parecia esterco, não que eu já comi alguma vez merda, mas é sério nunca bebi o sangue de alguém tão podre quanto o daquele cara. Mas não posso reclamar, sangue é alimento, e eu preciso mesmo que seja horrível, para continuar poderosa como sou.

Se ainda aquele moleque parasse de pegar no meu pé, eu não beberia porcaria, João como eu odeio ter te conhecido, parece que todo lugar que eu tento atacar ele aparece, e o que eu posso fazer? Não quero ir para o purgatório. Ainda que as vezes consigo beber sangue bom, mas não tem graça tomar só alguns goles, o bom é quando suga até o final, pois o gosto é bem melhor, acho que a única forma de um vampiro se sentir perto do paraíso é bebendo da vítima até o final.

— Como foi seu dia, milady? – Pergunta Gabryll me estendendo um lenço, assim que chego na minha mansão.

— Horrível. – Respondo com um suspiro, limpo minha boca sujando o lenço de sangue.

— Se quiser contar, adoraria ouvir como foi. – Diz atencioso quando sentamos no sofá da sala de estar.

— Quer mesmo saber? – Pergunto rindo e ele concorda. Depois que eu conto tudo do meu dia, ele se oferece para me dar seu sangue, eu apenas nego, o sangue dele tem um gosto bom, mas não gosto de deixá-lo fraco.

Gabryll sempre foi atencioso comigo, sempre quis cuidar de mim, me amar. Eu sei que subjugados fariam de tudo pelo seu vampiro, mas ele não faz por ser isso, ele realmente se importa, realmente me ama, e eu sinto pena dele, sim eu o amo, só que não tanto quanto ele e não do jeito dele. Quando o conheci deixei claro que não o amava, e era fato, mas com o tempo eu comecei a me apegar a ele, ou seja, me apaixonei pelo jeito que ele me trata, não sei se consideraria esse amor puro, está mais para egoísta. Gabryll não liga para isso, ele sabe como eu me sinto, ele me conhece melhor do que ninguém.

— Milady, você está bem? – Pergunta, depois de um tempo que eu o encarava.

— Você gostaria de voltar a ser humano? – Pergunto de repente e ele se surpreende, até eu me surpreendo por perguntar isso.

— Não, sendo subjugado eu posso viver mais tempo ao seu lado. – Responde dando de ombros e eu suspiro.

— Você sabe que... – Lagrimas começam a cair de meu rosto, nada falsas. Posso parecer uma vampira sem coração e a maior parte do tempo manipuladora e cruel, mas me importo com esse cara a minha frente, e eu não aguento vê-lo assim, ser um subjugado não é algo bom, eles raramente agem por si só, eles vivem para servir a seu amo. Ele não merece isso...

— Eu sei que não é algo bom, sei que sou praticamente um morto-vivo controlado por você, mas eu não ligo, pois estou com você. – Diz limpando minhas lagrimas.

— Eu posso reverter isso, sou uma vampira poderosa, você pode achar alguém bom para você, também poderá ser feliz, e... – Ele me cala com um beijo.

— Eu sou feliz só de estar com você, e eu não irei sair do seu lado até eu morrer.

— Eu não te amo. – Digo tentando parecer sincera e ele ri.

— Você não me amava, você já me contou tudo, e eu consigo sentir. – Dá de ombros e eu arqueio uma sobrancelha. – Coisa de subjugado, é isso que me torna um pouco dependente, pois você não está apenas me usando.

— E se... – Começo, mas realmente não sei se ele gostaria, ou se seria o certo.

— Se? – Insiste.

— Se você virasse um vampiro? – Pergunto com um sorriso, e logo uma ideia me veio, para um subjugado virar vampiro ele não precisa necessariamente ser revertido a humano, mas ele não sabe como isso funciona, pois eu nunca disse.

E se eu apenas mentir sobre a transformação? Se ele acreditar, eu o deixo humano e depois sumo, para que ele volte a ter uma vida humana, boa e feliz.

— Se eu continuar com você não é ruim, afinal viverei para sempre. Prometo não ser ciumento. – Sorri malicioso e eu rio.

— Primeiro eu tenho que te deixar humano... – Começo e logo coloco minhas mãos em sua cabeça. – Relaxe, você só dormirá e não sentirá dor. – Quando estava prestes a fazê-lo dormir, o mesmo segura minhas mãos me olhando fixamente.

— Você tem que prometer que não irá me deixar. – Diz e eu concordo com a cabeça. – Eu sei que está mentindo. – Ele se levanta e anda até uma estante pegando uma poção.

— O que?! – Exclamo e logo entendo que poção era... – Não beba. – Ordeno e ele ignora minha ordem.

— É sua escolha, eu morro ou você me transforma. – Ele bebe e em seguida caí no chão.

Aquela poção matava um subjugado para sempre, ele não poderia reviver com nada, apenas como um vampiro, mas só se a transição for feita no mesmo dia que ele tomar.

— Eu te odeio. – Grito e trato de prepara-lo para a transformação. Ele não morreria, a escolha foi dele agora, mas não quer dizer que ele precise pagar pelos erros que o coração faz, ele não vai morrer por ser idiota ao ponto de cometer um meio suicido de amor por alguém como eu.

~~~~~*~~~~~

Faz quatro dias e nada dele acordar, eu sei que depende do transformado, que uns podem demorar mais que os outros, mas eu estou muito ansiosa e com medo, não quero me sentir culpa por ter obrigado ele a fazer isso, fui eu que sugeri, se eu não tivesse sugerido.

— Que Droga, Selene, você deve ser a pior vampira do mundo, tenta ser má, mas não é o tempo todo. – Como eu preferiria ser só boa ou só má, não ter esse misto de sentimentos e de ações.

Do nada começo a escutar uma tosse de garganta seca vindo do quarto onde Gabryll estava. Subo correndo com minha velocidade vampírica e atravesso o corredor até o quarto, lá estava ele, totalmente mais pálido que o normal, mas não tinha mais aquela face morta de um subjugado. Sei que não há vampiros feios, pois a aparência melhora, só que aquele cara continua o mesmo, só que tão... Estranhamente vivo, e não do jeito de se mexer, algo nele pareceu tão caloroso e como se fosse humano, ele estava igual quando o conheci.

— Você está vivo. – Corro e o abraço. Acho que não comentei, mas há casos de que quem toma aquela poção estrema, não volta, mesmo que comecem a transição no segundo depois da poção ter sido bebida. É praticamente uma poção suicida para subjugados.

— Não achei que você fosse... – Sua voz falha entre o abraço e eu sinto à vontade de bater nele.

— Seu idiota, você achou que eu ia te deixar morrer. – Saio do abraço e o emburro fazendo cair na cama. – Eu odeio você. – Sussurro com ódio e me deito por cima dele.

— Não está parecendo. – Diz com um sorriso malicioso e eu concordo com a cabeça.

— É mesmo? – Ameaço e logo lhe dou um beijo, sinto que as pressas dele perfuram minha boca o fazendo se afastar de mim.

— Desculpa. – Diz olhando para o lado todo envergonhado.

— Bobo, você só está com fome. Vem, você precisa matar alguém. – Pego em sua mão o puxando até o porão dá casa.

— Desde quando ela está ali? – Pergunta assim que paramos na frente de uma garota de 23 anos, ruiva, com olhos verdes e pele pálida.

— Há três dias, ela iria se matar com uma faca, então não acho que vai ser errado você a matar, ela quer isso. – Dou de ombros e ele suspira, ele tinha que sugar alguém até a morte, parte da transformação.

— Tudo bem. – Diz indo até a menina e olhando nos olhos dela para a hipnotizar. – Você quer mesmo morrer? – Pergunta com uma voz tremida, não o julgo, é a primeira vez que ele faz algo tão errado e que fica na cabeça para sempre. Você só se acostuma depois de no mínimo trinta.

— Sim, quero ir para um lugar de paz, onde se machucar não é algo diário. – Diz ela e ele suspira.

— Você não sentirá dor, feche os olhos e imagine seu paraíso. – Ela o obedece.

Gabryll morde o pescoço dela sugando todo aquele sangue doce, aquilo era tremendamente sexy e tentador, minha vontade era de me juntar, mas não posso, ele precisa terminar a transformação. Mesmo que a fome e o desejo sejam fortes.

Quando o sangue da garota foi totalmente drenado, Gabryll a solta e vira na minha direção. Eu me vi nele, aquele cara a minha frente está sentindo tudo o que eu senti.

— Vá para meu quarto, só vou cuidar do corpo e já subo. – Ele concorda e some do porão.

Pego o corpo da garota e levo até o jardim da mansão, depois de a enterrar coloco a flor da morte branca, para que de algum jeito ajude ela a ir para um caminho bom e conseguir que na morte seja feliz.

 ~~~~~*~~~~~

Assim que entro no meu quarto vejo Gabryll bisbilhotando meu álbum de fotos. Chego sorrateiramente atrás dele e o abraço. Ele se vira e me beija, é estranho beijar ele e não sentir aquela ligação de subjugado, mas é um estranho bom.

— Vamos sair daqui? – Pergunta me olhando profundamente e eu rio.

— Não gosta do meu quarto? – Brinco e ele ri divertido.

— Digo, dessa cidade. Não há nada que te prende mais aqui. Vamos viajar pelo mundo, você sempre quis ir para Paris de novo, não é? – Sugere e faço uma cara pensativa.

— Não é uma ideia ruim. – Falo me fazendo de indiferente, ele me olha com raiva.

Gabryll me emburra até a cama para ficar em cima de mim e começar a me beijar. Seus carinhos sempre foram os melhores, acho que deve ser pelo fato dele me amar. Uma vez vi em algum lugar que os carinhos de quem te ama são muito melhores do que daquele que só te deseja.

— Vem comigo? – Pergunta sussurrando no meu ouvido logo me dando beijos e chupões pelo meu pescoço. Tiro sua camisa e ele rasga minha blusa, mudando os beijos do pescoço para meus seios ainda cobertos pelo sutiã. – Vamos ir para longe, você pode me usar para qualquer coisa. – Sussurra voltando seus beijos para meu pescoço e suas mãos até minha calça.

— Não quero te usar, quero que me ame e me faça feliz. – Sussurro o fazendo para com tudo que estava fazendo e me encarar, ele tinha o sorriso mais feliz que eu já vi em anos.

— É o que eu mais quero fazer.

Eu apenas quero te amar... Suas palavras entram em minha mente me fazendo arrepiar, ele ainda estava interligado comigo de alguma forma, e eu não me importo, pois isso é incrível.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam do capitulo, :3
Sei que o capitulo não é de um personagem amado, mas espero que a forma que ele foi escrito tenha sido bom.
Enfim, obrigada, por acompanharem a fic, e comentarem :3
Beijooooos e Até Breve!!! ^^



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